Fanfics Brasil - Toda Sua 13 Toda Sua & Profundamente Sua & Para Sempre Sua & Somente Sua

Fanfic: Toda Sua & Profundamente Sua & Para Sempre Sua & Somente Sua | Tema: AyA [ADAPTADO]


Capítulo: Toda Sua 13

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Apanhei o garfo e ataquei a salada de frango, nozes, queijo feta e frutas vermelhas. Estava uma delícia, e eu tinha fome. Fiquei feliz por Stanton não ter começado a falar imediatamente, pois assim podia apreciar a refeição, mas o silêncio não durou muito.
“Annie, querida, eu gostaria de conversar sobre esse seu interesse por krav maga.”
Fiquei paralisada. “Como é?”
Stanton tomou um gole de água gelada e se recostou, com o maxilar contraído de uma forma que avisava que eu não ia gostar do que ele estava prestes a dizer. “Sua mãe ficou preocupadíssima ontem à noite quando você foi àquele lugar no Brooklyn. Demorou um tempo para ela se acalmar e se convencer de que eu poderia tomar providências para que você faça isso de maneira segura. Ela não quer...”
“Espere.” Eu larguei meu garfo cuidadosamente, já sem o menor apetite. “Como é que ela sabe aonde eu fui?”
“Ela rastreou seu celular.”
“Não acredito!” Eu respirei fundo, desabando na cadeira. A tranquilidade com que ele deu essa resposta, como se fosse a coisa mais natural do mundo, me deixou enojada. Senti algo no estômago, que subitamente parecia mais interessado em rejeitar o conteúdo do almoço do que em digeri-lo. “Foi por isso que ela insistiu que eu usasse um telefone da empresa. Não tinha nada a ver com economia.”
“Claro que um dos motivos era esse. Mas assim ela também podia ter paz de espírito.”
“Paz de espírito? Espionando a própria filha, uma mulher adulta? Isso não é saudável, Richard. Você precisa entender. Ela ainda faz terapia com o doutor Petersen?”
Stanton pareceu incomodado. “Sim, é claro.”
“Ela conta pra ele o que anda fazendo?”
“Não sei”, ele respondeu, seco. “Isso é assunto dela. Eu não interfiro.”
É claro que ele interferia. Stanton a pajeava o tempo todo, fazia tudo para agradá-la e mimá-la. Ele permitia que a obsessão dela pela minha segurança alcançasse proporções descomunais. “Ela precisa pôr uma pedra sobre tudo o que aconteceu. Eu já fiz isso.”
“Você era uma menina inocente, Annie. Ela se sente culpada por não ter conseguido proteger você. Precisamos ter um pouquinho de tolerância.”
“Tolerância? Ela invadiu minha privacidade!” Minha cabeça estava a mil. Como minha mãe tinha coragem de desrespeitar minha individualidade daquela forma? E por que
fazia aquilo? Ela estava ficando maluca e me enlouquecendo junto. “Isso precisa acabar.”
“Não tem problema nenhum. Já conversei com Clancy. Ele vai levar você quando precisar ir ao Brooklyn. Está tudo combinado. Vai ser muito melhor para você.”


“Não tente fingir que a maior beneficiada sou eu.” Meus olhos estavam ardendo e minha garganta queimava com o choro e a frustração contidos. Detestei a maneira como ele se referiu ao Brooklyn, como se fosse um país subdesenvolvido. “Sou uma mulher adulta. Posso tomar minhas próprias decisões. Existe uma lei que diz isso!”
“Não precisa elevar o tom de voz comigo, Annie. Estou apenas fazendo o melhor para sua mãe. E para você.”
Eu me afastei da mesa. “Você está incentivando esse comportamento. Está mantendo ela doente, e me deixando doente também.”
“Sente-se. Você precisa comer. Monica está preocupada, acha que você não está se alimentando direito.”
“Ela se preocupa com tudo, Richard. Esse é o problema.” Larguei meu guardanapo sobre a mesa. “Preciso voltar ao trabalho.”


Dei as costas, tomando imediatamente o caminho da porta para sair dali o quanto antes. Peguei minha bolsa com a secretária e deixei meu celular em cima da mesa dela. Clancy, que estava me esperando na recepção, veio atrás de mim, e eu sabia que não adiantava tentar dispensá-lo. Ele seguia as ordens de Stanton e de mais ninguém. Clancy me levou de volta enquanto eu fumegava no banco de trás. Eu poderia reclamar o quanto quisesse, mas no fim não era muito diferente do meu padrasto, porque no fim acabaria cedendo. Eu ia deixar minha vontade de lado e fazer o que minha mãe queria, porque a ideia de fazê-la sofrer ainda mais era de cortar o coração. Ela era emotiva e sensível demais, e me amava a ponto de enlouquecer por causa disso.
Eu estava de péssimo humor ao chegar ao Crossfire. Quando Clancy me deixou no meio-fio, olhei para os dois lados na calçada lotada à procura de um mercadinho para comprar chocolate ou de uma loja para arrumar um celular novo.
Acabei dando uma volta no quarteirão e comprando meia dúzia de chocolates na farmácia da esquina antes de entrar no prédio. Só fazia uma hora que eu tinha saído, mas eu não estava a fim de usar a hora a mais que Mark havia me concedido. Precisava trabalhar
para esquecer minha família perturbada.
Ao entrar sozinha no elevador, rasguei a embalagem de uma barra de chocolate e a mordi furiosamente. Estava disposta a consumir toda a minha cota de chocolate antes de chegar ao vigésimo andar, mas o elevador parou no quarto. Gostei da ideia de ter um tempo extra para deixar o chocolate e o caramelo derreterem na minha língua.
A porta abriu, revelando a figura de Alfonso Cross, que conversava com dois outros homens.
Como sempre, fiquei sem ar diante dele, o que só reacendeu minha raiva, que já estava começando a diminuir. Por que ele tinha aquele efeito sobre mim? Quando eu conseguiria ficar imune a ele?
Ele olhou para dentro. Ao me ver, seus lábios se curvaram em um sorriso de tirar o fôlego.
Que ótimo. Que sorte a minha. Eu agora era uma espécie de desafio para ele. O sorriso de Alfonso se desfez em uma expressão séria. “Falamos sobre isso mais tarde”, ele murmurou para seus companheiros sem tirar os olhos de mim.
Alfonso entrou no elevador e os dispensou com um gesto de mão. Eles pareceram surpresos. Olharam para mim, para Alfonso, e depois para mim de novo.
Fiz menção de sair, ciente de que seria melhor para minha saúde mental pegar outro elevador.
“Por que a pressa, Annie?” Ele me agarrou pelo cotovelo e me puxou de volta. A porta fechou e o elevador se pôs suavemente em movimento.
“O que você está fazendo?”, protestei. Depois de ter que lidar com Stanton, a última coisa de que eu precisava era de outro macho dominante me dando ordens. Alfonso agarrou meus braços e forçou o contato visual. Seus olhos azuis eram intensos. “Tem alguma coisa incomodando você. O que é?”
Aquele aperto afetou ainda mais meu mau humor, e a eletricidade que eu sabia existir entre nós enfim se manifestou. “Você.”
“Eu?” Seus dedos aliviaram a pressão sobre meus ombros. Depois de me soltar, ele tirou uma chave solitária do bolso e a enfiou no painel. Todos os botões se apagaram, a não ser o do último andar.
Ele estava vestido de preto de novo, com riscas de giz em cinza. Vê-lo de costas foi uma revelação. Seus ombros eram largos sem serem ostensivos, realçando sua cintura bem delineada e suas pernas compridas. Os cabelos sedosos roçando o colarinho me despertaram o desejo de agarrá-los e puxá-los. Com força. Eu o desejava com toda a minha raiva. Estava disposta a uma boa briga.
“Não estou nem um pouco a fim desse tipo de conversa, senhor Alfonso.”
Ele observava o mostrador em estilo antigo acima da porta passar pelos números dos andares que deixávamos para trás. “Posso deixar você a fim.”
“Não estou interessada.”
Alfonso olhou para mim por cima do ombro. Sua camisa e sua gravata tinham o mesmo tom azulado de sua íris. O efeito do conjunto era devastador. “Não minta pra mim, Anahi. Nunca.”
“Não é mentira. E daí que eu me sinto atraída por você? A maioria das mulheres deve se sentir.” Embrulhei o pedaço de chocolate que havia restado e joguei de volta na sacola, que enfiei dentro da bolsa. Quando estava com Alfonso Cross, eu não precisava de chocolate. “Mas não estou interessada em levar isso adiante.”
Então ele se virou para mim, lentamente, com um esboço de sorriso percorrendo sua boca tentadora. Sua tranquilidade e impassibilidade me deixaram ainda mais descontrolada.
“Atração é uma palavra civilizada demais para...”, ele percorreu com a mão o espaço entre nós, “isto.”
“Pode me chamar de maluca, mas eu preciso gostar de um cara antes de tirar a roupa na frente dele.”
“Eu não diria maluca. Mas não tenho tempo nem disposição pra namoros.”
“Pois então somos dois. Ainda bem que tiramos isso a limpo.”


Ele chegou mais perto, erguendo a mão na direção do meu rosto. Eu me obriguei a não lhe dar a satisfação de me esquivar ou parecer intimidada. Ele esfregou o polegar na minha boca, levou-o até a dele, chupou a ponta do dedo e sussurrou: “Chocolate e você. Que delícia”.
Senti um tremor pelo corpo todo, seguido por uma compressão entre minhas pernas ao me imaginar lambendo aquele corpo absurdamente sexy regado com chocolate. Seu olhar se tornou mais intenso e sua voz baixou para um tom de intimidade.
“Romance não é meu forte, Annie. Mas conheço mil maneiras de fazer gozar. Basta você querer.”
O elevador parou subitamente. Ele tirou a chave do painel e a porta abriu.
Eu me encolhi em um canto e fiz um sinal com a mão para que ele se afastasse.
“Realmente não estou interessada.”
“Veremos.” Alfonso me pegou pelo cotovelo e, de maneira gentil mas insistente, me pôs para fora.



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Fui junto com ele porque gostava da emoção de estar a seu lado, e também porque estava curiosa para saber o que Alfonso diria se interagíssemos por mais de cinco minutos, para variar.A porta abriu tão rapidamente que não foi preciso nem diminuir o passo. A bonita ruiva da recepção se levantou depressa, an ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 13



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  • caldeiradias Postado em 02/10/2015 - 21:03:53

    Saudades dessa web....

  • caldeiradias Postado em 26/09/2015 - 11:55:35

    Posta mais! !!!

  • ☆lenyponny☆ Postado em 23/09/2015 - 19:13:08

    omg! esse dois Fogooo puroooo ooooohhhh Deliciaaaaaa kkkkk *-* ooo nossa tadinha o que ela passo foi terrivel q bom q eles estao se entendo nossa qual sera o trauma do Ponchito continuuuuuaaaaa!!! ameii esses cap picantes *-* rsrsr

  • ingridcristie Postado em 04/09/2015 - 09:46:26

    camilaponnyguiraldeli bem-vinda querida, espero que esteja gostando, acompanhe sempre que puder.. Pois é, nosso Alfonso tem traumas, mas não posso falar o que é, se não entrego a história kkkkkkkk..

  • camilaponnyguiraldeli Postado em 02/09/2015 - 13:28:21

    Olá! Leitora nova! Eu adoro essa fic, amo de paixão! O que aconteceu com o Poncho que ele é traumatizado heim?! Essa saida dessa coisinha(Magdalene) nao foi atoa ne! Posta mais!!!! Bjoo

  • ☆lenyponny☆ Postado em 22/08/2015 - 07:14:15

    hummmmm queee caloooor dar com esses dois kkkk perfeitooos! *-* ta cada vez perfeitaaa sua fic S2 amandoooo a cada cap *-* continuuuuuaaaa!!! <3<3<3 bjuuuss!!

  • ☆lenyponny☆ Postado em 20/08/2015 - 21:26:52

    omg!! esses dois oooohhhh calor *-* continuuuaaa!! S2

  • ☆lenyponny☆ Postado em 19/08/2015 - 13:27:06

    nossa sem palavras sera q o Poncho tem poblemas do passado tbm. hummmm hot perfeitoooo Fogo Ponny amooo *-* continuuuuaaa!!! s2 s2

  • ☆lenyponny☆ Postado em 17/08/2015 - 12:47:09

    omg! esses dois uuuiii ooohhh calor kkkk continuuuuaaa! <3<3

  • ☆lenyponny☆ Postado em 15/08/2015 - 07:25:34

    eeeee a Any finalmente sedeuuu huhuhuhu comecar a safadesaaaaa kkk continuuuuaaa! continuuuuaaa!! S2


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