Fanfic: Toda Sua & Profundamente Sua & Para Sempre Sua & Somente Sua | Tema: AyA [ADAPTADO]
Bufei por entre os dentes. Não estava certa de quais eram as motivações de Alfonso, mas a possibilidade de ele ter terminado comigo por causa de Nathan e agora estar fazendo de tudo para se poupar de um escândalo me magoava mais do que qualquer outra coisa. Contorci— me de dor, dobrando a coluna para longe do encosto do assento. Pensei que o passado dele tinha criado um atrito entre nós, mas fazia mais sentido imaginar que tudo aquilo havia sido causado pelo meu.
Pela primeira vez na vida agradeci o fato de minha mãe ser tão egocêntrica. Foi isso que a impediu de ver que eu estava arrasada.
— Ele tinha o direito de saber, consegui dizer com uma voz tão rouca que nem parecia a minha. — E ele tem o direito de tentar se proteger de eventuais respingos em sua imagem.
— Você nunca contou nada para nenhum outro namorado.
— Eu nunca tinha namorado ninguém que por qualquer motivo banal já aparece em todas as manchetes de jornal. Olhei pela janela do carro, para o engarrafamento em que estávamos presas. — Alfonso e as Indústrias Cross são conhecidos mundialmente, mãe. Ele está a anos —luz dos caras que namorei na faculdade.
Ela ainda disse mais algumas coisas, mas não escutei. Fechei—me em mim mesma para me proteger, para me desligar de uma realidade que de uma hora para outra se tornara difícil demais de suportar.
O consultório do dr. Petersen era exatamente como eu me lembrava. Decorado com cores neutras, era ao mesmo tempo profissional e aconchegante. Ele era assim também — um homem bonito com cabelos grisalhos e olhos azuis inteligentes e compreensivos.
O dr. Petersen nos deu as boas—vindas com um sorriso no rosto, comentando sobre a beleza de minha mãe e sobre como éramos parecidas. Disse que estava feliz em me ver de novo e que eu parecia estar muito bem, mas deu para perceber que só falou isso para agradar a minha mãe. Ele era um observador experiente demais para deixar de notar os sentimentos que eu estava reprimindo.
— Então, o dr. Petersen começou, acomodando—se na poltrona diante do sofá em que eu e minha mãe tínhamos nos sentado. — O que traz vocês aqui hoje?
Eu contei a ele que minha mãe vinha rastreando meus movimentos através do sinal do celular, e que isso fez com que eu me sentisse violada. Minha mãe falou do meu interesse por krav maga, e expressou que isso era um sinal de que eu não estava me sentindo segura. Contei que ela e Stanton haviam praticamente comprado a academia de Christopher Uckermann, o que fazia com que eu me sentisse sufocada e claustrofóbica. Ela falou que eu tinha traído sua confiança ao confiar assuntos personalíssimos a estranhos, o que a fez se sentir sem defesas e
dolorosamente exposta.
Durante esse tempo todo, Petersen ouviu com atenção, tomou notas e falou bem pouco até que tivéssemos desabafado.
Quando ficamos em silêncio, ele perguntou: — Monica, por que não me falou nada sobre ter rastreado o telefone de Anahi?.
O ângulo de seu queixo se alterou, uma postura de defesa que eu conhecia muito bem. — Não vejo nada de errado nisso. Muitos outros pais rastreiam os filhos através do celular. — Filhos menores de idade, rebati. — Sou adulta. A minha vida pessoal só diz respeito a mim.
— Caso você se pusesse no lugar dela, Monica, questionou o dr. Petersen, — é possível que se sentisse da mesma forma? E se você descobrisse que alguém anda monitorando seus passos sem seu conhecimento e sua permissão?
— Se esse alguém fosse minha mãe e isso garantisse sua paz de espírito, eu não me importaria, ela argumentou.
— E você já parou para pensar nos efeitos de suas atitudes sobre a paz de espírito da Anahi?, ele perguntou educadamente. — Sua vontade de proteger sua filha é compreensível, mas você deveria discutir abertamente com ela as medidas que vai tomar para isso. É importante ouvir o ponto de vista de Anahi — e esperar cooperação apenas quando for vontade dela. É preciso respeitar sua prerrogativa de estabelecer limites que não são tão amplos como você gostaria.
Minha mãe bufou, indignada.
— Anahi precisa ter o espaço dela, Monica, ele continuou, — e sentir que é ela quem controla sua própria vida. Tudo isso foi tirado dela por um bom tempo, e precisamos respeitar seu direito de se restabelecer da maneira como achar melhor.
— Ah. Minha mãe torceu o lenço entre os dedos. — Não tinha pensado nisso sob esse ponto de vista.
Segurei a mão dela quando seu lábio inferior começou a tremer violentamente. — Nada seria capaz de me convencer a não falar com Alfonso sobre meu passado. Mas eu poderia ter avisado você antes. Desculpe por não ter pensado nisso.
— Você é muito mais forte do que eu, ela disse, — mas não consigo deixar de me preocupar.
— Minha sugestão, aconselhou o dr. Petersen, — é que você reflita sobre quais tipos de eventos e situações mais lhe causam ansiedade, Monica. Depois disso, registre tudo por escrito.
Minha mãe concordou com a cabeça.
— Quando tiver uma lista mais ou menos definida, não precisa ser nada muito detalhado, vocês podem sentar para conversar e encontrar soluções para essas preocupações — atitudes com as quais ambas concordem. Por exemplo, se ficar sem notícias da Anahi por mais de um dia incomoda você, talvez uma mensagem de texto no celular ou um e—mail seja uma forma menos invasiva de lidar com isso.
— Certo.
— Se vocês quiserem, podemos discutir a lista juntos.
Essa interação entre os dois quase me fez surtar. Era praticamente um insulto. Eu não esperava que o dr. Petersen pusesse juízo à força na cabeça da minha mãe, mas esperava que ele fosse um pouquinho mais duro — alguém precisava fazer isso, alguém cuja autoridade ela respeitasse.
Quando a sessão terminou e estávamos de saída, pedi para minha mãe esperar um pouco para que eu pudesse fazer uma última pergunta ao dr. Petersen em particular.
— Sim, Anahi? Ele estava de pé na minha frente, aparentando sabedoria e paciência infinitas.
— Eu andei pensando sobre uma coisa... Fiz uma pausa, engolindo em seco. — É possível que duas vítimas de abuso tenham uma relação romântica saudável?
— Perfeitamente. Sua resposta imediata e convicta permitiu que eu voltasse a respirar.
Apertei sua mão. — Obrigada.
Quando cheguei em casa, abri a porta com as chaves que Alfonso tinha devolvido e fui direto para o quarto, cumprimentando Chris, que estava praticando ioga seguindo as instruções de um DVD, apenas com um breve aceno.
Tirei a roupa enquanto caminhava para a cama e entrei debaixo das cobertas frias só de lingerie. Abracei um travesseiro e fechei os olhos, tão exaurida que não conseguia pensar em mais nada.
A porta se abriu e um instante depois Chris estava sentado ao meu lado.
Ele afastou os cabelos do meu rosto lavado de lágrimas. — O que aconteceu, gata?
— Levei um pé na bunda hoje. E por uma porra de um bilhetinho.
Ele suspirou. — Você sabe como as coisas funcionam, Annie. Ele vai querer manter você à distância, porque acha que vai ser mais uma decepção na vida dele.
— E estou fazendo de tudo pra mostrar que ele está certo. Consegui me enxergar perfeitamente na descrição de Chris. — Corri quando as coisas ficaram feias, porque tinha certeza de que tudo ia terminar mal. E a única atitude que tomei a respeito foi ir embora em vez de ser deixada pra trás.
— Porque você precisa lutar pra manter sua própria reabilitação. Ele deitou junto às minhas costas, passando um dos braços bem definidos sobre mim e me apertando contra ele. Eu me aninhei naquele abraço de que nem sabia que precisava. — Ele deve ter me chutado por causa do meu passado, não do dele.
— Se isso for verdade, ainda bem que terminou. Mas acho que no fim vocês vão acabar se entendendo. Pelo menos é o que eu queria que acontecesse. Sua respiração roçava de leve meu pescoço. — Quero finais felizes pra todo mundo que já sofreu o diabo na vida. Mostre que é possível, Annie, querida. Me faça acreditar.
Prévia do próximo capítulo
A sexta—feira começou com Trey tomando café da manhã comigo e com Chris depois de dormir lá em casa. Enquanto bebia a primeira xícara de café do dia, observei o modo como eles interagiam e fiquei contentíssima ao ver seus sorrisos de cumplicidade e a maneira discreta como trocavam carícias furtivas. ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 13
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caldeiradias Postado em 02/10/2015 - 21:03:53
Saudades dessa web....
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caldeiradias Postado em 26/09/2015 - 11:55:35
Posta mais! !!!
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☆lenyponny☆ Postado em 23/09/2015 - 19:13:08
omg! esse dois Fogooo puroooo ooooohhhh Deliciaaaaaa kkkkk *-* ooo nossa tadinha o que ela passo foi terrivel q bom q eles estao se entendo nossa qual sera o trauma do Ponchito continuuuuuaaaaa!!! ameii esses cap picantes *-* rsrsr
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ingridcristie Postado em 04/09/2015 - 09:46:26
camilaponnyguiraldeli bem-vinda querida, espero que esteja gostando, acompanhe sempre que puder.. Pois é, nosso Alfonso tem traumas, mas não posso falar o que é, se não entrego a história kkkkkkkk..
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camilaponnyguiraldeli Postado em 02/09/2015 - 13:28:21
Olá! Leitora nova! Eu adoro essa fic, amo de paixão! O que aconteceu com o Poncho que ele é traumatizado heim?! Essa saida dessa coisinha(Magdalene) nao foi atoa ne! Posta mais!!!! Bjoo
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☆lenyponny☆ Postado em 22/08/2015 - 07:14:15
hummmmm queee caloooor dar com esses dois kkkk perfeitooos! *-* ta cada vez perfeitaaa sua fic S2 amandoooo a cada cap *-* continuuuuuaaaa!!! <3<3<3 bjuuuss!!
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☆lenyponny☆ Postado em 20/08/2015 - 21:26:52
omg!! esses dois oooohhhh calor *-* continuuuaaa!! S2
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☆lenyponny☆ Postado em 19/08/2015 - 13:27:06
nossa sem palavras sera q o Poncho tem poblemas do passado tbm. hummmm hot perfeitoooo Fogo Ponny amooo *-* continuuuuaaa!!! s2 s2
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☆lenyponny☆ Postado em 17/08/2015 - 12:47:09
omg! esses dois uuuiii ooohhh calor kkkk continuuuuaaa! <3<3
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☆lenyponny☆ Postado em 15/08/2015 - 07:25:34
eeeee a Any finalmente sedeuuu huhuhuhu comecar a safadesaaaaa kkk continuuuuaaa! continuuuuaaa!! S2