Fanfics Brasil - 27 A Probabilidade estatística do Amor a Primeira Vista - Adaptada (Terminada))

Fanfic: A Probabilidade estatística do Amor a Primeira Vista - Adaptada (Terminada)) | Tema: Vondy


Capítulo: 27

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— Seu pai está procurando você — diz Violet, apontando para um prédio de pedras velhas. — Ele e Charlotte estão lá dentro. Ela está retocando a maquiagem antes de começar a tirar as fotos.


— Que horas é a festa? — pergunta.


Pela maneira como Violet olha para ela, parece que perguntou alguma coisa do tipo “onde está o céu”. A informação deve ser bem óbvia.


— Você não recebeu a programação?


— Não deu tempo de ler tudo — diz Dulce com vergonha.


— Só começa às seis.


— E o que fazemos até lá?


— Bem, vão demorar para tirar todas as fotos.


— E depois?


Violet encolhe os ombros.


— Vamos todos para o hotel.


Dulce fica olhando para ela sem entender nada.


— É onde vai acontecer a festa — explica —, então acho que vamos para lá logo.


— Legal — diz, e Violet ergue uma das sobrancelhas.


— Você não vai se encontrar com seu pai?


— Isso — diz sem sair do lugar —, vou sim.


— Ele está na igreja — repete Violet devagar, como se estivesse começando a achar que a enteada da amiga fosse meio lenta. — Bem ali.


Dulce não se mexe para ir embora. A expressão de Violet fica mais suave.


— Olhe — diz ela —, meu pai se casou de novo quando eu era mais nova que você, então sei como se sente. Mas você deu sorte de ter Charlotte como madrasta, sabia?


Na verdade, não sabe. Mal sabe quem Charlotte é, mas não responde isso.


Violet franze o rosto.


— A minha foi péssima. Eu a odiava, mesmo quando me pedia para fazer as coisas mais simples, coisas que minha própria mãe me pediria para fazer, tipo ir à igreja ou ajudar na casa. Nessas horas, a maior diferença é quem está pedindo o favor, e, quando era ela, eu odiava. — Para de falar e sorri. — Aí, um dia, percebi que não era dela que eu tinha raiva, mas sim dele.


Dulce olha para a igreja por um momento, antes de responder.


— Então — diz, finalmente — acho que fui mais rápida que você.


Violet concorda, talvez por perceber que não ajudou muito, e passa a mão em seu ombro. Ela se vira para entrar na igreja e sente medo do que a espera lá dentro. O que exatamente deve ser dito a um pai que não se vê há anos quando está se casando com uma mulher que você jamais conheceu? Se há uma etiqueta para esse tipo de situação, Dulce com certeza a desconhece.


A igreja está em silêncio. Todos estão lá fora esperando pela saída do noivo e da noiva. Seus sapatos ecoam pelo chão de cerâmica enquanto caminha pelo porão, passando as mãos pelas paredes de pedra. Perto das escadas, o som de vozes flutua como fumaça, e Dulce para a fim de escutar.


— Por você, tudo bem, então? — pergunta uma mulher, e outra murmura tão baixo que Dulce não consegue escutar. — Acho que isso dificultaria tudo.


— Claro que não — diz a outra mulher, que Dulce reconhece ser Charlotte. — Além do mais, ela mora com a mãe.


Dulce fica congelada ao lado das escadas e prende a respiração.


Lá vem, pensa. A madrasta malvada.


É agora que Dulce vai saber as coisas horríveis que têm falado sobre ela, que vai descobrir como estão felizes por ela morar longe, pois não a querem por perto mesmo. Passou tantos meses imaginando isso, imaginando o quanto Charlotte é terrível, e lá está sua oportunidade. Está tão nervosa em descobrir a verdade que quase não escuta a continuação da conversa.


— Eu queria conhecê-la melhor — diz Charlotte. — Espero que eles se resolvam logo.


A outra mulher dá uma risada.


— Tipo em nove meses?


— Bem... — diz Charlotte, e Dulce tem a impressão de que ela está sorrindo.


Dulce desce alguns degraus e se desequilibra nos saltos muito altos. Os corredores da igreja estão escuros e silenciosos, e ela sente frio, apesar da temperatura.


Nove meses, pensa com os olhos cheios de lágrimas.


Primeiro, pensa na mãe meio sem saber se quer protegê-la ou ser protegida. Tanto faz, o que mais quer agora é ouvir a voz da mãe, porém o telefone está lá embaixo, na mesma sala em que Charlotte se encontra, e, além disso, como daria essa notícia? Ela sabe que a mãe tem a tendência de amenizar as coisas, é quase tão tranquila quanto ela é passional. Mas isso é diferente, é algo maior, e parece impossível que até mesmo sua mãe vá se sentir calma diante dessa notícia.


Dulce com certeza não está calma.


Fica parada lá, buscando apoio na porta e olhando para os degraus, até que escuta passos no corredor e o som de homens rindo. Ela sai apressada pelo corredor para disfarçar e fica examinando as unhas com uma expressão de casualidade, quando o pai aparece com o padre.


— Dulce — diz ele, segurando-a pelos ombros e falando como se fosse normal vê-la todos os dias. — Este é o reverendo Walker.


— Prazer em conhecê-la, querida — fala o senhor, apertando sua mão, antes de voltar a falar com o pai. — Vejo você na festa, Andrew. Parabéns, de novo.


— Muito obrigado, padre — diz, e pai e filha observam o senhor ir embora, com a veste negra esvoaçante como uma capa.


Quando o perdem de vista, o pai se vira para Dulce com um sorriso no rosto.


— Que bom ver você, filhota — diz ele.


Dulce não consegue forçar um sorriso. Olha para a porta do porão e duas palavras ecoam em sua mente.


Nove meses.


O pai está bem perto dela, tão perto que dá para sentir o cheiro da loção pós-barba, um odor forte de menta, e as memórias que traz fazem seu coração bater mais rápido. Ele está olhando para ela como se estivesse esperando por alguma coisa — o quê? —, como se fosse ela quem tivesse que começar a falar e deixar o coração cair aos pés dele.


Como se fosse ela com segredos para contar.


Passou tanto tempo evitando o pai, esforçou-se tanto para tirá-lo de sua vida — como se fosse fácil, como se ele fosse um boneco de papel —, e agora é ele quem está mentindo para ela.


— Parabéns — murmura Dulce e aceita o abraço sem graça que acaba sendo mais cordial que qualquer outra coisa.


O pai se afasta sem jeito.


— Que bom que você conseguiu chegar.


— Que bom — concorda ela. — Foi bonito.


— Charlotte quer muito te conhecer — diz ele, e Dulce fica tensa.


— Legal — responde.


O pai dá um sorriso cheio de esperanças.


— Acho que vocês duas vão se dar muito bem.


— Legal — repete.


Ele limpa a garganta e mexe na gravata-borboleta. Parece tenso e desconfortável, mas Dulce não sabe se é por causa do smoking ou da situação.


— Filha — diz ele —, na verdade estou feliz por encontrar você sozinha. Quero falar com você sobre uma coisa.


Dulce estica as costas e afasta os pés como se estivesse se preparando para receber um impacto forte. Não tem como sentir alívio por ele ter resolvido contar sobre o bebê; o mais importante é definir de que maneira reagir... Silêncio? Surpresa? Incredulidade? Seu rosto está limpo como um quadro-branco, quando ele finalmente solta a bomba.


— Charlotte queria que eu e você dançássemos uma valsa na festa — diz.


Dulce, mais chocada com isso que com a notícia que estava se preparando para receber, simplesmente encara o pai.


Ele levanta as mãos.


— Eu sei, eu sei — diz —, falei que você ia detestar a ideia, que não tinha como você querer dançar com o seu velho pai na frente de um bando de pessoas... — Ele para de falar, obviamente esperando que Dulce contribua.


— Não sei dançar direito — diz, depois de certo tempo.


— Eu sei — concorda, sorrindo —, nem eu. Mas é o dia dela, e parece que é importante, e...


— Tudo bem — diz Dulce, fechando os olhos.


— Tudo bem?


— Tudo bem.


— Que ótimo — diz o pai genuinamente surpreso. Ele não sabe como reagir e está radiante por essa vitória inesperada. — Ela vai amar.


— Que bom — responde Dulce, sem conseguir disfarçar o tom de tristeza.


Sente-se exaurida de repente, sem forças para lutar. Pediu por isso, afinal de contas. Não queria nada com a vida nova do pai, e agora lá está ele, iniciando uma vida nova sem ela.


A questão não é mais Charlotte. Em nove meses, ele vai ter um outro filho, ou uma filha, talvez.


E nem sequer contou para ela.


A dor que sente é parecida com a dor de quando ele se foi; é a mesma ferida sensível que se abriu quando ele contou sobre Charlotte. Só que desta vez, sem nem perceber, ela se apoia na dor, em vez de afastá-la.


Afinal de contas, uma coisa é sair correndo, fugindo de alguém que quer lhe pegar.



Outra coisa bem diferente é correr sozinha.


 



amanda_savinon_uckermann_vondy: Seja bem vinda minha linda <3


nanda_filadoro2002: Seja bem vinda, bom, surpresas viram. kkkk. vou continuar


candy_vondy: em pleno século XXI não trocar telefone é um absurdo kkkk.  obg por sempre comparecer por aqui e comentar.. ps: TE AMO <3





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Autor(a): juh_uckermann_Collins

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08h17 Hora da Costa Leste - 13h17 Hora de Greenwich Na noite anterior, quando ela e Christopher dividiram um pretzel no avião, ele ficou quieto analisando o perfil dela por tanto tempo, sem dizer nada, que ela teve que falar alguma coisa. — Que foi? — O que você quer ser quando crescer? Ela franziu o rosto. — Que pergunta de criança ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 46



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  • jucinairaespozani Postado em 14/09/2015 - 00:32:37

    Amei :')

  • Furacao Maite Postado em 12/09/2015 - 00:49:12

    Desculpa o sumiço!!!!! aaah que lindo! Amei tudo!!! É uma pena que acabou! Todas as fics que eu gostava estão acabando! muito triste isso! Mas eu amei!!!

  • candy_vondy Postado em 10/09/2015 - 22:39:40

    Eu tbm te amo!!!!*_*..Olha,essa fic foi uma das melhores q eu já li de vdd..Vou te confessar uma coisa:Eu n gostava de ler fics adaptadas,mas dps de ler essa eu passei a ler..Eu me encantei com essa web desde o primeiro capítulo até o último <3 Ah!Parabéns! Vc escreveu os capítulos extras muito bem.. Adorei o final..quando eu puder eu passo na sua nova fic,por enquanto eu n posso pq estou estudando pra uma prova q eu vou ter e esses dias estou cheia de para casa pra fazer e sou estou entrando aqui no site para ler as minhas fics favoritadas..Bom, hj n precisa escrever continua neh??Então até mais!!Bjs!!Te amoooooooo

  • candy_vondy Postado em 04/09/2015 - 23:22:54

    Onde vc estava??Vc sumiu em??Ainda bem q n era um sonho!!Continuaaa

  • candy_vondy Postado em 31/08/2015 - 22:18:06

    Tomara q n seja um sonho..por favor q n seja!!!Quando eu puder eu passo na sua fic nova..continuaaa

  • Furacao Maite Postado em 31/08/2015 - 15:03:38

    *-*

  • jucinairaespozani Postado em 31/08/2015 - 14:58:17

    Continua, amei a fic

  • Furacao Maite Postado em 31/08/2015 - 00:11:27

    tambem espero que não seja um sonho!! espero que ele esteja realmente lá hahahaha

  • candy_vondy Postado em 29/08/2015 - 02:22:43

    Me fala q a Dulce n ta sonhando.. Por favor!!Pq se n eu vou ficar com raiva do Christopher por n ter ido no aeroporto... Continuaa

  • candy_vondy Postado em 27/08/2015 - 22:37:38

    Vc escreve super bem,parabéns!! Eu to amando cada vez mais esse final alternativo!!! Vc é d+..Continuaaaaa


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