Fanfics Brasil - Capitulo 12 Uma Prova de Amor AyA (Adaptada).Finalizada

Fanfic: Uma Prova de Amor AyA (Adaptada).Finalizada | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: Capitulo 12

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Jess responde que não muito, pois ele é um bebê bastante tranquilo.


Naturalmente.


—           Nós realmente temos muita sorte — Ray comenta. — Na verdade, nós é que temos que acordá-­‐lo à noite para mamar.


—           Isso é bem incomum — falo, olhando nervosa para Alfonso.


Todo mundo ignora meu comentário enquanto Ray pega de volta seu filho, o coloca na cadeirinha e a leva escada abaixo até a rua, onde ele


 


acha um táxi quase instantaneamente. Espero que o bebê conte como uma quinta pessoa, acima do limite legal de um táxi, mas o motorista não reclama.


O restante da noite segue tranquilamente, com Raymond Jr. dormindo pacificamente no restaurante barulhento. Nosso bate-­‐papo é normal e agradável, e eu quase esqueço que tem uma criança dormindo debaixo da mesa. Quando todo o resto falha, espero ver um embaraçoso seio para fora da roupa, mas Jess mostra uma discreta mamadeira e explica que decidiu que amamentar no peito não era para ela.


A não ser pela palavra encanto, não tenho nada a dizer sobre Jess, Ray ou o bebê.


A caminho de casa, naquela noite, Alfonso pergunta o que achei do Raymond Jr.


Digo que ele é muito bonitinho, uma gracinha.


—           Mas? — Alfonso indaga, pois meu tom sugere um mas.


Começo a falar sobre como é raro um bebê dormir tanto. Falo para Alfonso que todas as crianças da minha irmã tinham cólicas e que a maioria dos bebês dá muito mais trabalho do que Raymond Jr. Meu monólogo não é exatamente sutil, mas nem a resposta de Alfonso é sutil. Ele faz uma oferta crucial e nada prática: que ele teria “responsabilidade total e completa durante as noites” caso nosso bebê fosse do tipo difícil. Como se ele acreditasse que a única coisa que me impede de ter filhos é meu desejo de dormir oito horas por noite. Ele continua com um discurso sobre sua empresa ter uma política liberal de licença de paternidade, e que ele gosta da ideia de ser um pai que fica em casa.


—           Um pai que fica em casa? Você ama sua carreira! Alfonso dá de ombros.


 


—           Eu amaria nosso bebê também... a questão é, você não teria que mudar nada em sua rotina, Anahi — ele rebate. Então, repete sua afirmação, com a mesma ênfase no você e no nada.


—           Eu ouvi quando você falou a primeira vez — digo.


Naquela noite, por volta das 3 horas da manhã, me encontro acordada e preocupada. Penso seriamente em sacudir Alfonso e dizer: “Sua vez de cuidar do bebê, querido”. Porque uma coisa é você falar sobre acordar no meio da noite. Outra bem diferente é ter que  fazer  isso quando a única coisa que você quer é dormir.


Mas decido agir diferente. Afinal de contas, do jeito que as coisas estão acontecendo comigo ultimamente, Alfonso talvez se levantasse, assoviasse e ainda começasse a falar em nome de bêbes .


Os comentários de Alfonso sobre bebês chegam ao ponto do suborno e continuam a ser disparados ao longo dos dias seguintes. Digo a mim mesma para ter calma, não brigar, dar um tempo. Digo a mim mesma que eu deveria esperar pelo menos o tempo que ele levou tocando violão, na esperança de que bebês sejam só sua atual fixação. Ou talvez ele esteja um pouco inquieto, enfadado ou procurando por algo para preencher um vazio. Isso viria ao encontro de uma de minhas teorias que responde à pergunta: por que alguns casais, mesmo aqueles que não nasceram para ser pais, têm filhos? A teoria é que parte da atração por crianças deve  ter a ver com o foco da nossa sociedade nos primeiros. Como referências e rituais de passagem. Temos nosso primeiro beijo, primeiro namoro, formatura da escola, faculdade, formatura da faculdade, primeiro emprego, casamento, primeira casa. Ter um filho parece ser algo  natural, o próximo passo a seguir na evolução da vida, o único grande momento que nos resta viver. Ou talvez os casais simplesmente desejem indiretamente vivenciar todos esses primeiros passos novamente  por meio de seus filhos. Reviver os grandes acontecimentos e corrigir seus erros. Não estou dizendo que todos os casais têm filhos por esse motivo, a maioria parece mesmo querer vivenciar toda essa experiência, mas acho que alguns são assim.


 


Caso Alfonso se encaixe nessa categoria, vou me esforçar para trabalhar um pouco menos e me certificar de que nossa vida de casal seja a mais completa e divertida possível. Vou ver se consigo fazer todas as coisas que sempre fizemos juntos, mas com maior intensidade e frequência. Vou fazer reservas em novos restaurantes, vamos  ouvir música incrível e ver arte fabulosa. Planejo dar escapadas de fim de semana para a região de Berkshires e para os Hamptons.


Mais importante ainda, vou seguir o conselho de Jess e manter nossa vida sexual mais vigorosa. Jess acredita que o sexo é a panaceia para qualquer problema, e é por isso que ela está convencida de que Trey vai largar a esposa logo (segundo a própria Jess, ela é incrível na cama).


Certa noite, vesti minha melhor lingerie e iniciei o tipo de noite de amor que vale uma vida inteira. Durante todo o tempo, sinto nossa forte atração química, a parte do nosso relacionamento que estava faltando desde a viagem para St. John. Tenho certeza de que o esforço vai virar as coisas para o meu lado.


Depois de tudo, minha mente está a Alfonso . Mas, de repente, volto a pensar em bebês. Resisto  à  vontade  de  salientar  o óbvio — que uma criança poderia colocar em risco nossa vida sexual. Que nós teríamos pouco tempo ou energia para o sexo. Que não poderíamos mais nos colocar em primeiro lugar. Alfonso deve estar pensando a mesma coisa quando dá um beijo na minha testa e balbucia:


—           Amo você, Anahi... Bons sonhos.


—           Para você também — falo, me sentindo sonolenta. Foi aí que Alfonso se vira para o lado e diz:


—           Anahi, se tivermos um filho, prometo que você será a primeira mulher na história do mundo a não perder nenhum minuto de sono.


 Alfonso não costuma conversar depois que a gente faz amor, então fico particularmente irritada por ele estar quebrando  o padrão tipicamente masculino com essa pérola. Sinto meus músculos  se retesarem ao dizer:


—           Pelo amor de Deus, Alfonso! Não estamos falando de um cachorrinho de estimação. Estamos falando de um bebê!


—           O que você quer dizer com isso?


—           Você age como se estivesse se oferecendo para levar um maldito beagle para passear no meio da noite! Estamos falando de um bebê aqui!


—           Eu sei disso — ele diz.


—           Um bebê vai mudar completamente minha vida. Nossa vida.


—           Sei disso — Alfonso responde. — Mas nossa vida vai mudar para melhor. Prometo.


—           Você não pode me prometer uma coisa dessa — contesto. — É uma promessa ridícula e impossível de cumprir. Você não tem ideia do que ter um filho vai fazer conosco. Além do mais, existem muitas, muitas outras razões pelas quais eu não quero filhos, além do meu amor por uma boa noite de sono.


—           Ok. Como o quê? — Alfonso pergunta.


—           Já discutimos isso antes — falo, sem querer repetir meus motivos ou analisá-­‐los mais de perto. — Muitas vezes.


Contudo, ele me pressiona e começo com um motivo simples e superficial. Digo a ele que não quero ficar grávida.


—           Mulheres grávidas são lindas — ele diz. Reviro meus olhos.


 —          Além do mais, você só vai ficar grávida por nove meses. Um grão de areia no mar da vida.


—           Para você é fácil falar. Não quero ser invadida desse modo, não importa que o período seja curto... e eu gosto de malhar — argumento. Sei que esse motivo não se sustenta muito, especialmente porque eu não frequento a academia há semanas.


—           Você pode malhar quando estiver grávida, sabe disso — ele explica.


—           Sim, tudo bem. Eu vejo aquelas mulheres esbaforidas caminhando na esteira. Elas parecem extremamente infelizes... E você sabe que eu estou pensando em correr a maratona de Nova York. Talvez o ano que vem. É uma coisa que eu sempre quis fazer — digo, o que, na teoria, é verdade.


Correr uma maratona é um dos meus objetivos de vida. Mas, até agora, nunca passei dos dois quilômetros. Não sou naturalmente muito atlética, ao contrário de Alfonso, que corre e nada sem esforço. Ainda assim, quando vejo alguém mais velho ou deficiente atravessar a linha de chegada todos os anos, imagino que eu também possa fazer isso. Algum dia.


—           Bem, sempre tem a possibilidade de adotarmos um bebê — ele comenta.


—           Essa não é a questão, e você sabe disso. A gravidez é o menor


dos problemas.


—           Tudo bem — ele diz. — Então, não precisamos ter um bebê imediatamente. Isto é, podemos esperar alguns anos. Não preciso ter um filho agora. Só quero que você me diga que vai pensar um pouco e considerar a ideia.


 Vejo uma saída e fico tentada a ganhar tempo. Eu poderia “pensar sobre o assunto” por alguns anos e então só dizer que parei de tomar a pílula. Iria esperar nós chegarmos aos 40 anos e torcer para que a infertilidade nos atingisse. Resolver o problema naturalmente. Mas me recuso a ser desonesta. Não existe relacionamento sem honestidade. Então, lhe digo a verdade: que eu não vou mudar de ideia.


Alfonso parece ignorar completamente minha afirmação e pede para que eu lhe dê uma outra razão.


Faço a vontade dele e digo:


—           Certo. Eu gosto de morar na cidade. Ele se senta na cama e fala:


—           Podemos ter um filho na cidade.


Fico admirando a linha dos seus ombros enquanto digo:


—           Isso não é fácil. Iríamos precisar arrumar um lugar maior e não podemos bancar isso.


—           Bom, você nunca se sente meio cansada de morar em Manhattan? Nós dois crescemos em bairros residenciais, afinal de contas. Não seria legal voltar para nossas raízes? Ter um quintal novamente? Árvores e esquilos, e um pouco de silêncio e paz?


—           Ok, agora você está parecendo um  louco  falando  — arremato. — Nós dois adoramos morar na cidade.


—           Eu sei, mas...



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Autor(a): eduardah

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 22



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  • franmarmentini♥ Postado em 23/08/2015 - 22:39:06

    Acabou a fic???? E os filhos??? ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/08/2015 - 21:35:45

    *.*

  • sra.herrera Postado em 23/08/2015 - 17:35:56

    Continua amo essa fic quero aya juntos logo #RaivaDoPoncho -_-

  • eduardah Postado em 23/08/2015 - 01:53:10

    Tem uma saída sim , faça igual eu , quando eu li esse livro, assim como eu tb li COMO EU ERA ANTES DE VOCÊ pulava tudo essas cenas kkkkkkk ...

  • eduardah Postado em 23/08/2015 - 01:49:59

    Essa ainda sendo , acontecendo tudo é Uma História de amor, tem algo que já entrou na fic, na História que vai começar a se encaminhar aos eixos , dividi ela em 4 Partes e já estou na terceira , aguarde , eu disse tem coisas aqui que por mim não postava mas , no fim vcs vão acabar tendo uma surpresa Bem legal a respeito de um dos dois , e enfim dos dois tb , não abandona não , vc ainda vai rir ....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 23:16:33

    ;/

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 22:44:33

    ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 22:19:50

    Não to gostando ;( eu não quero ficar lendo a any com outro...e ela apaixonada por outro...e com certeza poncho ta com outra....que história mais triste é essa...

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 21:39:22

    Migaaaa serio..não consigo ler...eu to até chorando...de tristeza....poncho nem aparece...cada um ta na sua...não vejo saída....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 21:33:58

    Poxa como vc quer que eu leia isso...any transando com outro!!!!! Poncho deve estar fazendo o mesmo também... ;( isso acabou comigo....


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