Fanfics Brasil - Capitulo 19 Uma Prova de Amor AyA (Adaptada).Finalizada

Fanfic: Uma Prova de Amor AyA (Adaptada).Finalizada | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: Capitulo 19

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Não sei dizer se as semanas seguintes passam rápido demais ou se são terrivelmente lentas. De certo modo, parece que Alfonso e eu estamos terminando tudo da noite para o dia, de um jeito fácil demais. Fico pensando que só celebridades volúveis terminam casamentos com tanta facilidade quanto nós. Ou jovens tolos que se apaixonam repentinamente, mudam de ideia assim que a paixão esfria, não pensam que seus votos são sagrados e acreditam que rompimentos são fatos que acontecem na  vida a toda hora.


Por outro lado, no entanto, os dias que antecedem nosso divórcio parecem se estender para sempre. Acordo todas as manhãs com a sensação ruim de que minha vida está se descontrolando. Que nunca mais serei feliz. Apesar de meus enormes esforços para me manter ocupada e distraída, sinto como se tivesse levando socos no estômago várias vezes ao dia. Até rezo para que Alfonso mude de ideia.


Enquanto isso, decido voltar a morar com Jess. Morar com ela me conforta um pouco, mas também parece um retrocesso. É como se estivesse voltando para a casa dos meus pais depois de sair de casa. Estou retrocedendo a um ponto anterior da minha vida, e isso nunca parece ser bom. Reconheço que é uma medida temporária, que acabarei tendo minha  própria  casa,  mas  ainda  me  sinto  uma  perdedora.  Também me sinto culpada por invadir a vida de Jess, apesar de ela insistir que está felicíssima por eu estar de volta. Ofereço-­‐me para dividir as despesas, o que soa estranho, considerando que ela é a dona do apartamento. Ela diz para eu não ser ridícula e que, afinal de contas, nunca está em casa.


—            Além do mais, para que servem os amigos, Anahi, se não podem catar os cacos que um homem deixa para trás?


Ainda assim, digo a ela que faço questão de pagar pelo supermercado e pelas comidas que pedimos para entregar. Também tento ficar lendo até mais tarde no escritório, para Jess ficar um pouco sozinha em seu apartamento. Sempre trabalhei muitas horas, mas nunca fui inspirada assim. Ponho todas as leituras em dia e resolvo todas as pendências que vêm se arrastando há meses. Até minha mesa está arrumada pela primeira vez em anos, coisa que deixou minha assistente de longa data, Rosemary, maravilhada.


—            Qual a ocasião especial? — ela pergunta.


—            Estou me divorciando — digo a ela.


—            Sinto muito — ela responde, e ponto final. Rosemary é tão discreta quanto organizada.


—            Não sinta — digo. — Meu escritório precisava disso.


Claro que eu estava brincando, mas realmente acho que enfiar a cara no trabalho e ficar no escritório até altas horas é terapêutico. Digo a mim mesma que há vantagens em estar solteira novamente. Vou ser aquele tipo de pessoa que perde um ente querido e, em resposta ao sofrimento, cria uma fundação. Vou encontrar o lado bom dessa perda. Farei com que algo aconteça, algo que não teria acontecido de outro modo. Digo a mim mesma para sonhar grande, sonhar alto. Talvez algum dia terei meu próprio selo editorial: Anahi Parr Books. Algo que não aconteceria se eu tivesse tido um filho com Alfonso. Algo que poderia não ter se realizado se eu tivesse ficado com Alfonso, mesmo sem um bebê. Gosto de pensar em Alfonso olhando as prateleiras das livrarias e vendo a lombada de um livro estampada com meu nome. Talvez até adquira um livro daqueles decorativos de arquitetura. Tenho certeza de que um desses ele veria.Enquanto isso, nos primeiros dias de separação, ele e eu conversamos muito pouco e, quando o fazemos, não falamos muito. Há silêncios embaraçosos, questões desajeitadas sobre correspondência, contas e nossas respectivas agendas. Fica claro que não queremos estar no apartamento ao mesmo tempo. Falamos alguns “Como vai?”, ambos respondendo educadamente que estamos “bem, muito bem”. Somos ambos orgulhosos, teimosos e sinistramente distantes. Passa pela minha cabeça que talvez estejamos tentando ganhar tempo, enrolando, esperando para ver se o outro cede. Pelo menos é o que eu espero que esteja acontecendo, mas, lá no fundo, sei que estamos irremediavelmente separados, e sinto que Alfonso sabe disso também.


Ao final de uma conversa, Alfonso suspira e fala:


—            Só quero que você seja feliz, Anahi. Só isso.


O que ele me diz não faz nenhum sentido, pois acabei de lhe dizer que chequei as mensagens no apartamento e a tia dele ligou duas vezes.


—            Tá — falo entre dentes.


—            Oi? — ele pergunta desse jeito esquisito que sempre me irritou. Alfonso só fala assim quando entendeu exatamente o que eu disse, mas não gostou.


—            Claramente, isso não é a única coisa que você quer — falo, imaginando Alfonso com um recém-­‐nascido no colo se esgoelando de tanto gritar.


 


Ele não responde nada, não há nada que ele possa dizer. Tenho um sentimento estranho, parece vitória e satisfação. É sempre bom quando você prova exatamente seu ponto de vista.


—            Bom, a gente se vê — digo e vou até carro.


—            Sim, sim — Alfonso fala de um jeito petulante. — A gente se vê.


Desligo o telefone e agendo outra visita à minha advogada, Nina Raden. Nina é incrível, dura e agressiva, o tipo de criatura que você imagina quando ouve a música “She’s always a woman”, de Billy Joel. Seus lábios estão estufados de tanto colágeno e ela sorri muito, o que dá um contraste marcante ao seu desejo óbvio de tornar meu divórcio o mais disputado possível. Percebo que seu ganha-­‐pão vem de agradar mulheres que foram traídas por toda Manhattan. Aposto que ela já disse “Vamos pegar esse cretino!” muito mais vezes do que disse “Bom dia”.


Durante nossa segunda sessão, tenho que lhe repetir três vezes que não quero contratar um investigador particular e que eu  tenho certeza de que não existe outra mulher na vida de Alfonso. Ela claramente não está acostumada a rompimentos como o nosso.


—            Você nunca pode ter certeza disso — ela afirma.


—            Tenho certeza absoluta — digo. — A menos que, por sorte, ele já tenha escolhido uma barriga para carregar seu bebê.


Ela me lança um olhar demorado que diz “isso é exatamente o que ele planejou”. Então, ela lambe o dedão e vira uma folha de seu caderno. Ela me diz que, baseada no que lhe falei em nossa primeira reunião, as razões para o divórcio serão “abandono construtivo”. É uma expressão que me deixa triste tanto por soar mal quanto por seu significado.Concordo com a cabeça, sem falar uma palavra, enquanto Nina fica toda animada com nossos Alfonsos, me dizendo que, se eu quero ouro, devo pedir a Lua. Ela fala bastante e faz muitos gestos, e suas pulseiras brilhantes sobem e descem pelos braços longos e esbeltos. Olho para ela sem entender nada e insisto que Alfonso e eu não temos muita coisa para dividir.


—            Só ficamos casados por três anos. E pagamos aluguel, você se lembra? — digo, grata por nunca termos dado o grande passo de comprar um imóvel em Nova York.


—            Tudo bem. Tudo bem. E carros? Mobílias? Tapetes? Arte? Cristais? Ações? Propriedades em comum com terceiros? — ela vai perguntando com a palma das mãos virada para cima. Seu rosto cheio de botox se esforça para se expressar, mas não consegue. Encolho os ombros.


—            Temos um Honda Civic 1999. É um monte de lata-­‐velha.


Ela me olha, irritada, para me mostrar que tenho que me   esforçar mais.


 —           Vou pensar em mais coisas — digo.


—            Ótimo. Ótimo — ela fala, olhando de relance para o relógio. —


Pela minha experiência, você só se arrepende se pedir muito pouco.


—            Ahn-­‐hã — respondo.


—            Então, me envie um e-­‐mail com qualquer coisa que venha à sua cabeça. Vou anexar uma lista com todos os Alfonsos na Seção A do Acordo de Separação.


Nunca pensei em nossas “coisas” como Alfonsos. Sempre pensei que dividiríamos tudo, inclusive nossas vidas. Mesmo a contragosto, decido levar minha tarefa a sério. Ligo para meu futuro ex-­‐marido  e digo a ele que preciso ficar no apartamento por algumas horas à noite. Ele diz que tudo bem, que vai ter que trabalhar até mais tarde.



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Autor(a): eduardah

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 22



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  • franmarmentini♥ Postado em 23/08/2015 - 22:39:06

    Acabou a fic???? E os filhos??? ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/08/2015 - 21:35:45

    *.*

  • sra.herrera Postado em 23/08/2015 - 17:35:56

    Continua amo essa fic quero aya juntos logo #RaivaDoPoncho -_-

  • eduardah Postado em 23/08/2015 - 01:53:10

    Tem uma saída sim , faça igual eu , quando eu li esse livro, assim como eu tb li COMO EU ERA ANTES DE VOCÊ pulava tudo essas cenas kkkkkkk ...

  • eduardah Postado em 23/08/2015 - 01:49:59

    Essa ainda sendo , acontecendo tudo é Uma História de amor, tem algo que já entrou na fic, na História que vai começar a se encaminhar aos eixos , dividi ela em 4 Partes e já estou na terceira , aguarde , eu disse tem coisas aqui que por mim não postava mas , no fim vcs vão acabar tendo uma surpresa Bem legal a respeito de um dos dois , e enfim dos dois tb , não abandona não , vc ainda vai rir ....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 23:16:33

    ;/

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 22:44:33

    ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 22:19:50

    Não to gostando ;( eu não quero ficar lendo a any com outro...e ela apaixonada por outro...e com certeza poncho ta com outra....que história mais triste é essa...

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 21:39:22

    Migaaaa serio..não consigo ler...eu to até chorando...de tristeza....poncho nem aparece...cada um ta na sua...não vejo saída....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 21:33:58

    Poxa como vc quer que eu leia isso...any transando com outro!!!!! Poncho deve estar fazendo o mesmo também... ;( isso acabou comigo....


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