Fanfics Brasil - Capitulo 22 Uma Prova de Amor AyA (Adaptada).Finalizada

Fanfic: Uma Prova de Amor AyA (Adaptada).Finalizada | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: Capitulo 22

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Todos os olhares se voltam para mim. Até mesmo os amigos de Maura, que nunca tinham me visto antes, estão me olhando e esperando pela minha resposta. Passa pela minha cabeça mentir pela última vez, mas não consigo. Então, digo para Zoe:


—           Às vezes as coisas não funcionam.


Maura me olha como se fosse desmaiar, tanto pelo impacto da notícia como pelo toque negativo que a notícia causou em sua festa. Meu pai vem praticamente correndo em minha direção e me abraça, sussurrando em meu ouvido que tudo vai dar certo. Minha mãe começa a berrar.


—           Eu sabia! Eu sabia! — ela soluça, enquanto Dwight, que chegara há apenas alguns minutos, abana o rosto dela com um guardanapo cor-de- rosa com a inscrição: “Zoe faz seis anos!”.


Me afasto do meu pai e digo:


—           Estou bem.


Uma das amigas de Maura, uma mulher com o cabelo bem negro e o maior par de brincos de diamante que eu já havia visto longe de um tapete vermelho, oferece um lenço de papel para minha mãe. Depois, ela entrega um para Daphne, que está em prantos, em resposta pavloviana aos soluços de minha mãe.


Um silêncio cobre a sala e Zoe, que parece chocada, mas está firme, faz outra pergunta certeira:


—           É por que você não quer ter filhos ou por que você não o ama?


Não posso deixar de me encantar com a astúcia e a capacidade de uma menina de seis anos de: colocar o dedo na ferida, trazer o assunto do meu divórcio à tona e de trazer, com ele, todos os meus dilemas.


 Claro que a resposta é simples: eu não quero filhos, logo Alfonso não me quer. Quase respondo isso, desse jeitinho, mas sorrio e dou uma daquelas explicações horríveis de adulto, o tipo de resposta que me coloca no nível evasivo e de uma péssima mãe. Ou pelo menos no nível de uma tia ruim.


—           Simplesmente não era para ser, Zoe — explico para minha sobrinha.


Zoe me olha de um jeito que deixa bem claro que ela não tem ideia do que eu quis dizer. Caramba, nem eu mesma sei o que isso significa! No entanto, antes que ela possa formular sua próxima pergunta, sorrio, fico de pé, caminho até a sala de jantar e me sirvo de outro pedaço de bolo. Dessa vez fico com o “S”, de separação, todo enfeitado com  uma cobertura verde e rosa.


As ligações persistentes vieram velozes e furiosas. O padrão e os intervalos entre as mensagens que deixaram em minha secretária pareciam combinados, o que não duvido: Maura, Daphne, papai, Maura, Daphne, papai. As mensagens de mamãe eram mais aleatórias, assim como ela.


Demoro para retornar as ligações, o que achei uma boa ideia, pois já saberei que a histeria foi superada e poderemos, finalmente, conversar. Posso afirmar que se juntaram em uma linha de frente: “Só queremos o que for melhor para você, e, embora amemos Alfonso, sempre vamos estar do seu lado”. Atribuo à terapeuta de Maura, a estrelada Cheryl Fishstein, essa reação. Ser racional e calmo nunca foi um instinto básico na minha família.


O único comentário que me deixa abalada é o pedido de Daphne para conversar com Alfonso.


—           E dizer o quê? — pergunto.


—           Dizer que sinto muito que as coisas não tenham dado certo entre vocês... Que vou sentir falta dele... Talvez lhe perguntar como ele está... Mas só vou ligar se você concordar.


Digo a ela que pode fazer o que bem entender, mas não quero saber os detalhes da conversa deles, que, certamente, vai se   desenvolver em torno do quanto os dois querem filhos. (Na verdade, Daphne começou essa conversa dizendo que está menstruada; acho que conheço o ciclo menstrual da minha irmã melhor do que o meu.)


—           A família dele entrou em contato com você? — ela pergunta. Digo que não. Passa pela minha cabeça que deveria ficar magoada,mas, por algum motivo que desconheço, não fico. Acho que a família de Alfonso me respeitava e gostava de mim, mas nunca senti muito carinho da parte deles. Então, esse silêncio não é uma grande surpresa. E acho que a gente só fica mesmo magoada quando as coisas nos surpreendem. (Talvez por isso eu seja imune às atitudes de minha mãe.) Tenho certeza de que, a certa altura, a mãe de Alfonso vai me mandar uma mensagem em seu papel de carta formal e com monograma. Ela deve estar relendo artigos da Anne Landers sobre o que dizer para uma ex- nora. A menos  que  ela  esteja muito ocupada na tarefa de fazer a manta do primeiro filho de Alfonso.


No sábado à tarde seguinte, estou caminhando pela ponte do Brooklyn com Michael, no meio de uma multidão de corredores e ciclistas, quando ele jura para mim que a vista do meio da ponte é terapêutica. Estamos aqui porque ontem, no trabalho, confessei que estava um pouquinho deprimida. Ele ficou parado ao lado da minha mesa:


—           Claro que está deprimida. Seria estranho se você não estivesse.


Foi então que ele disse que tinha uma ideia para me alegrar e perguntou se, por acaso, eu tinha algum plano para a tarde do dia seguinte. Respondi a ele que não. Quando a gente passa do estado civil casada para divorciada tão abruptamente quanto aconteceu comigo, a agenda vazia parece ser costumeira nos fins de semana. Disse a ele que Jess e eu tínhamos planejado ir até os Hamptons, mas ela teve uma “viagem de negócios” de última hora (na verdade, essa é a desculpa que ela dá para encontrar Trey). Michael me disse para estar na casa dele, em Alphabet City, às dez horas. Senti que era um convite movido por pena, mas não deixei o orgulho me impedir de me divertir. E Michael é sempre divertido.


Hoje de manhã nos encontramos perto do apartamento dele e estamos, agora, na passagem de pedestres da ponte do Brooklyn. É um dia quente de junho, mais quente do que junho costuma ser em Nova York, e ficou mais quente ainda por causa do reflexo da luz do sol no aço. Nosso passo é lento e as pessoas passam por nós pelos dois lados.


Fico pensando que este é meu primeiro verão sem Alfonso depois de muito tempo. Minha primeira mudança de estação sem ele. Não nos falamos há quase dois meses. Nosso divórcio está finalizado, os papéis chegaram pelo correio há alguns dias, sem cerimônia nem festa. Arquivei-­‐ os junto com minha certidão de nascimento e meu cartão da previdência social, em uma pasta verde denominada “Documentos importantes”. E só.


Estou pensando na palavra ex-­‐marido, como ela soa triste e tem um quê de sofisticada, enquanto Michael diz algo sobre o  alicerce da ponte ser de madeira.


—           A gente pensa que por ser de madeira ela iria apodrecer e estragar, não é? — Michael comenta.


—           Sim — digo. — Porém, Veneza também foi construída sobre madeira e é bem mais velha do que isto aqui.


—           Bem pensado — ele retruca. — Talvez a bactéria que corrói a madeira precise de ar para sobreviver?


—           Não sei — respondo.


Ex-marido. Ex-marido. Ex-marido.


 —          E então, você já atravessou esta ponte antes? — pergunto para Michael.


—           Sim, algumas vezes... inclusive logo após o 11 de setembro. Isso dá uma certa perspectiva das coisas. Você vai entender o que eu quero dizer — ele explica. — É o equivalente urbano a sair em uma trilha. Dá tranquilidade.


Olho em frente, vejo as torres góticas de pedra e o fundo azul-­‐ cobalto do céu, entrecortado por uma malha de cabos de suspensão. Tem um efeito visual incrível, porém digo a Michael que sempre coloquei a ponte do Brooklyn no mesmo patamar da Estátua da Liberdade e do Empire State.


—           Os pontos turísticos de Nova York ficam melhores em um cartão-­‐postal. Ou do alto de um avião — comento, me desviando para evitar uma trombada com um cara obeso, que espirrava muito e vestia uma camiseta do Derek Jeter. — Longe das cacas e das multidões.


Michael dá um sorriso sábio.


—           Você é um pouco elitista, sabe.


—           Nunca poderei ser considerada elitista — digo.


—           Bom, com comentários desse tipo, eu diria que você não está lado a lado com o povo — ele rebate. Percebo que está preparando mentalmente sua lista de exemplos. A maioria das pessoas não consegue dar exemplos com tanta facilidade, porém Michael sempre consegue juntar uma série de fatos para usar contra você.


—           Estou lado a lado com o povo — digo.


—           Nã-­‐nã-­‐ni-­‐na-­‐não! Você não gosta de parques de diversões. Você não gosta dos torcedores que balançam aqueles dedos de isopor nos jogos do Knicks. Você nunca iria a Times Square na noite de Ano-­‐novo.


 


—           Nem você — retruco. — Fala o nome de alguém que conhecemos que iria lá!


Ele ergue as mãos e caminha com passos mais rápidos.


—           E... — ele fala prestes a apresentar o grand finale — ... você odiou Titanic. Pelo amor de Deus, não conheço uma garota que tenha detestado Titanic. É antiamericano detestar Titanic.


—           Eu não detestei — digo, pensando nos Oscars de anos atrás. — Só não achei que merecia ganhar o prêmio de melhor filme.


—           Você não está lado a lado com o povo — ele repete. Penso por um instante e retruco:


—           Eu ando de metrô. Não dá para ficar mais ao lado do povo do que isso.


—           Simples conveniência.


—           Não. Eu gosto do metrô, na verdade.


—           Besteira. Vi como você segura  desajeitada  naqueles balaústres — ele fala, imitando como eu me seguro. — E como você faz o possível para suas pernas não encostarem na pessoa ao lado. E você usa gel antibacteriano quando sai dali.


Concordo com a cabeça.


—           Então eu tenho um leve transtorno obsessivo-­‐compulsivo... O que você quer dizer com isso, afinal de contas?


—           A questão é... seus padrões são altos demais.


—           No cinema? No transporte público?


—           Em geral.


Tenho a sensação de que estamos prestes a falar sobre minha vida pessoal. Michael está me dizendo, há um bom tempo, que tenho que seguir em frente. Entrar em um site de relacionamentos. Sair com um belo estranho que conheci em um bar. Disse a ele que não estava interessada em nenhum cara, bonito ou não.


—           Eu sei que Alfonso era o cara... — Michael admite. O modo como ele diz isso me faz pensar que ele não acha que Alfonso era o cara, afinal de contas. — Mas...


Eu o interrompo e digo:


—           Eu sabia que você ia falar da minha vida amorosa. Deus do céu, Michael! Só estou divorciada há alguns dias.


Ele olha por sobre os ombros, como se estivéssemos sendo seguidos, e diz:


—           Eu entendo. Mas você já está separada há mais tempo... E, na minha experiência, depois de um grande rompimento, e acho que um divórcio é o caso, o que ajuda é seguir em frente e se envolver com o primeiro que aparece. Entrar de cabeça.


—           Você está se candidatando? Ele me olha e sorri.


—           Você está aceitando candidatos?


—           Não — retruco. — Não estou.


—           Não achei que estivesse... Mas, se você mudar de ideia, estou à disposição.


—           Você está tentando me dizer alguma coisa, Michael? Por acaso você esteve apaixonado por mim durante todos estes anos? — falo, brincando, e lhe dou uma olhada de cima a baixo. Ele está usando uma camiseta amarelo-­‐canário, chinelos Adidas e short cargo cáqui, que revelam suas pernas longas e sinuosas. Tem alguma coisa no modo confiante como ele anda, com as pernas levemente arqueadas, que sugere que ele é bom de cama.


 Ele dá um sorrisinho.


—           Não, não se preocupe. Não estou tentando dar uma de Harry e Sally para cima de você... Só acho que você deveria saber que estou sempre disposto a ajudar uma amiga.


—           Me ajudar? Por acaso você também não está em um período de seca?


—           Seis semanas não é um período de seca — ele retruca. Então, pigarreia e diz: — Olhe, só estou dizendo que você é muito atraente. Nota 8, sem dúvida. Então, se precisar de um voluntário, ou qualquer outra coisa, estou à sua disposição.


—           Nossa! Quem precisa da paisagem da Ponte do Brooklyn com uma conversa como essa?


Michael sorri enquanto me leva para o lado da ponte.


—           Aqui é um bom local — ele comenta.


Eu o sigo e olho por sobre a água reluzente em direção a Manhattan. O horizonte é maravilhoso, mesmo sem o World Trade Center. À nossa volta, as pessoas estão tirando fotos e apontando para os pontos turísticos. Olho a ponte em direção ao Brooklyn e vejo uma garota adolescente fazer o sinal da paz e jogar um beijo para um rapaz que se aproxima dela. Imagino a conversa deles mais cedo: “Me  encontre na ponte do Brooklyn, meu bem”. Fecho os olhos, ouço um helicóptero sobrevoar minha cabeça e sinto uma brisa leve soprar no rosto.


Depois de um longo momento de silêncio, procuro no bolso minha aliança de casamento, que eu trouxe comigo. Dei uma última olhada nela, passei a mão na inscrição do lado de dentro “Para sempre, Alfonso”. Solto a tensão dos ombros antes de lançá-­‐la para o alto, para dentro do East River. Fico orgulhosa da minha jogada firme e nada feminina, uma vantagem por não ter irmãos e um pai que adora beisebol; ele concentrou todos os seus esforços em mim. Tento manter meus olhos no lugar preciso onde ela vai cair, mas a perco de vista na metade do caminho, a aliança de platina se perdendo em meio ao cinza do rio.


—           Isso é o que eu acho que era? — Michael pergunta. Ele parece impressionado.


—           É — digo, apertando os olhos para olhar para a água.


Suas sobrancelhas escuras se erguem acima dos óculos da Oakley.


—           Meio dramático. Parece o Titanic, hein?


—           Viu? Rose e eu temos muito em comum.


—           Falando sério, esse foi um passo importante — Michael comenta.


—           Obrigada.


—           Fico quase com vontade de beijar você! — ele exclama. — A cereja do bolo para esta pequena cerimônia, sabe?


Penso na sua proposta por um momento e no fato de que isso poderia acrescentar um pouco mais de textura em nossa amizade. Todas as vezes que eu ouvisse a pergunta inevitável, aquela que sempre perguntam para amigos de sexos diferentes: “Vocês dois já se beijaram ou qualquer outra coisa?”, poderei responder: “Na verdade, sim. Uma vez, logo depois que eu arremessei minha aliança por cima da Ponte do Brooklyn”. Daria uma bela história para meu repertório romântico, uma que Jess certamente apreciaria, principalmente porque ela acha Michael um tesão. Além do mais, talvez um simples beijo, como o arremesso simbólico da minha aliança, poderia servir como um tipo de catalisador.


Acho     que        Michael estava apenas me         provocando. Por um momento, observo seus lábios carnudos e penso em beijá-­‐lo.  Mas   hesito,saio da atmosfera da espontaneidade e entro em um território embaraçoso. Decido que é melhor assim. Por que complicar minha vida beijando um amigo, especialmente um amigo do trabalho?


Olho para trás em direção ao horizonte e encolho os ombros descompromissadamente.


—           Você não acha melhor a gente se embebedar no Brooklyn?


—           Claro! — Michael concorda. — Já que você insiste...


Atravessamos a ponte e vamos para o Brooklyn. Não diminuímos o passo até chegarmos ao Superfine, um restaurante na Front Street que Michael diz ter uma comida excelente e um ambiente casual e alto-­‐astral. As mesas estão todas cheias e nos sentamos no bar debaixo do frescor do aAlfonsoçoado ar-­‐condicionado. Curvo minhas pernas em volta do banquinho enquanto Michael pergunta à bartender, uma senhora com maria-­‐ chiquinha no cabelo (o que eu acho ser uma combinação assustadora), que tipo de chope eles têm. Ela recita todas as opções. Nada nos interessa e, então, pedimos duas garrafas de Heineken. Tomo um gole da minha cerveja, mais por sede do que para saboreá-­‐la. Então, enquanto Michael continua na cerveja, eu decido pedir um “dirty” martíni. Michael me olha espantado e sorri.


Pedimos um burrito e o dividimos; é enorme. Também dividimos rapidamente uma porção de fritas. Apesar de ter comido, fico alta. O tempo começa a ficar em câmara lenta, assim como qualquer lembrança de Alfonso. Michael e eu conversamos sobre os livros em que estamos trabalhando e sobre as pessoas do escritório. Conto para ele as últimas novidades do relacionamento de Jess com Trey, sei que ela não se importaria. Jess é bem aberta quanto aos detalhes de sua vida.


 


Retiro uma azeitona embebida em vodca com um palito e a coloco em minha boca, dizendo, para mim mesma, que seria prudente diminuir o ritmo da bebida. Preciso ficar com a cabeça leve e não cair em um estado moroso e bêbado. Claro que isso é pedir demais quando estamos bebendo martínis. E quanto mais eu bebo, mais meus pensamentos se voltam para Alfonso. A certa altura, deixo escapar:


—           Não achava que fosse sentir tanta falta dele.


Michael acaricia com a mão as laterais do seu copo, limpa a umidade no seu short e diz:


—           Então, o que foi exatamente que aconteceu entre vocês? Respondo prontamente:


—           Queríamos coisas diferentes. Ele revira os olhos.


—           Deus do céu, Anahi! Que lenga-­‐lenga! Conta o que foi que aconteceu.


—           Certo. Alfonso queria um filho.


—           E você?


Faço uma pausa e confesso:


—           Eu não queria... não quero... um filho.


—           E o que você quer?


Nunca alguém tinha formulado essa pergunta desse modo, e eu tenho que pensar por um momento antes de responder.


—           Eu quero um relacionamento bom e compromissado. Quero ter um amigo íntimo e me divertir. Como agora... Quero liberdade para realizar meu trabalho sem me sentir culpada nem presa a alguém. Quero simplesmente ser livre.


 


—           Ah! — Michael exclama e toma um longo gole de cerveja. — Entendi.


—           Me diz o que você está pensando — digo, reconhecendo que é mais provável aceitar e tolerar críticas quando alguém não está muito disposto a fazê-­‐las.


—           Não sei — ele retruca. — É que o simples fato de ser casado limita sua liberdade. Ter um marido, ou um relacionamento qualquer, coloca restrições. Você lidou bem com tudo isso. Eu não aceito esse tipo de restrição. Por isso tive que terminar com a Maya — ele comenta, se referindo à sua ex-­‐namorada. Foi o relacionamento mais sério que Michael já teve, e terminou quando ela quis uma aliança ou a chave do apartamento dele. Ele continua: — Eu tinha tanto medo de não ser bom nisso que não quis nem tentar... Acho que você largou Alfonso mais por medo do que por qualquer outra coisa.


—           Medo do quê? — pergunto. Ele encolhe os ombros e diz:


—           Medo de fracassar. Medo de mudança. Medo do desconhecido. — Olho para ele, meio tonta. — E, ainda assim, aqui está você... — ele fala e sua voz vai diminuindo lentamente.


Não precisa completar a frase, sei como ela termina. Aqui estou eu, enfrentando todos esses medos. Medo do fracasso, medo da mudança, medo do desconhecido. E bem aqui, em um bar debaixo da Ponte do Brooklyn, sinto uma dorzinha de arrependimento.


Michael diz que precisa voltar para casa, que ele tem um encontro quente hoje à noite. Na verdade, ele não diz que é quente, mas eu deduzo. Michael só sai com mulheres fogosas. Então, pegamos o metrô de volta para Manhattan e nos separamos no Lower East Side.


 —          Você acha que vai ficar bem sozinha? — Michael pergunta.


—           Sim — digo, lhe dando um beijo no rosto. — Obrigada por hoje.


—           Foi um prazer — ele diz, tocando a aba de um chapéu imaginário.


Ao dizer adeus, imagino se, quando chegar a segunda-­‐feira, vou ter coragem de confessar a Michael a burrice que estou prestes a fazer.


 


 


 


 


 


 


 


 




franmarmentini♥ :Simmm Fram essa Historia começou a ser postada aqui sim,e ela não acabou de postar e Excluiu ,Não Pense assim dele ...


any_portilla_herrera: Assim a Hisoria iria Terminar Logo.


 


Eu Amei esse Livro,assim como existe no livro um momento de Calma,existe de Tormenta ,Porém no decorrer da Historia claro que vai acontecer ``N`` coisas ,MAS NÃO ABANDONEM ,Lembre-se ``TUDO TEM UM PORQUE ``


Quero agradecer as Leitoras que estão acompanhando,Muito Obrigada .


 


 


 



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Autor(a): eduardah

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 22



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  • franmarmentini♥ Postado em 23/08/2015 - 22:39:06

    Acabou a fic???? E os filhos??? ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/08/2015 - 21:35:45

    *.*

  • sra.herrera Postado em 23/08/2015 - 17:35:56

    Continua amo essa fic quero aya juntos logo #RaivaDoPoncho -_-

  • eduardah Postado em 23/08/2015 - 01:53:10

    Tem uma saída sim , faça igual eu , quando eu li esse livro, assim como eu tb li COMO EU ERA ANTES DE VOCÊ pulava tudo essas cenas kkkkkkk ...

  • eduardah Postado em 23/08/2015 - 01:49:59

    Essa ainda sendo , acontecendo tudo é Uma História de amor, tem algo que já entrou na fic, na História que vai começar a se encaminhar aos eixos , dividi ela em 4 Partes e já estou na terceira , aguarde , eu disse tem coisas aqui que por mim não postava mas , no fim vcs vão acabar tendo uma surpresa Bem legal a respeito de um dos dois , e enfim dos dois tb , não abandona não , vc ainda vai rir ....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 23:16:33

    ;/

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 22:44:33

    ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 22:19:50

    Não to gostando ;( eu não quero ficar lendo a any com outro...e ela apaixonada por outro...e com certeza poncho ta com outra....que história mais triste é essa...

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 21:39:22

    Migaaaa serio..não consigo ler...eu to até chorando...de tristeza....poncho nem aparece...cada um ta na sua...não vejo saída....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 21:33:58

    Poxa como vc quer que eu leia isso...any transando com outro!!!!! Poncho deve estar fazendo o mesmo também... ;( isso acabou comigo....


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