Fanfics Brasil - Capitulo 24 Uma Prova de Amor AyA (Adaptada).Finalizada

Fanfic: Uma Prova de Amor AyA (Adaptada).Finalizada | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: Capitulo 24

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Sua idiota, penso baixinho, por ter vindo aqui e ainda por cima comprar um sorvete de casquinha em um dia tão quente. Um sorvete coberto de granulados coloridos. Quantos anos eu tenho, 12? Era nisso que eu estava pensando quando ele me vê. A expressão dele é confusa no início, como se eu estivesse completamente fora do contexto parada em frente ao lugar onde morei durante anos. Então, ele sorri constrangido, obviamente incomodado pela iminente apresentação. Ela ainda não percebe nada. Ela nem me nota e olha na minha direção como se olha para tantas pessoas todos os dias. Especialmente em uma cidade grande. Ela está no meio de uma história. Falando alguma coisa sobre uma fratura que sofreu correndo em volta da represa no mesmo sentido, dia após dia. Foi diagnosticada no ano passado, pouco antes da maratona de Nova York. Ela não pôde participar da corrida. Um dos dias mais tristes da vida dela.


Percebo que ele quer interrompê-­‐la, evitar um constrangimento ainda maior do que quando uma terceira pessoa não percebe que algo estranho está acontecendo. Mas ela termina a história. E encerra dizendo o seguinte:


—           Mas esse é um dos meus objetivos de vida. Correr uma maratona de três horas e meia.


 


Fico irritada por termos o mesmo objetivo, porém, eu desejava apenas terminar uma maratona. Imagino quais são seus outros objetivos de vida. E se eles incluem Alfonso. Maternidade. Sinto vontade de vomitar. Alfonso tem um olhar angustiado também e isso ajuda um pouquinho, mas não muito.


—           Oi, Anahi! — ele exclama.


—           Oi, Alfonso.


—           É bom ver você — ele diz.


—           Bom ver você também — digo. — Como vai?


—           Estou bem — ele responde. — Só... saí para uma corridinha.


Olho diretamente para a garota e imagino se ele contou  a ela sobre mim. Contou a ela que fui sua esposa, tecnicamente até a semana passada.


—           Ah, me desculpe, hum, essa é minha amiga Tucker Jansen — ele gagueja. — Tucker, essa é Anahi Parr — ele fala, fazendo uma pausa por um segundo antes de pronunciar meu nome de solteira.


Tento gravar seu nome quando ela me dá um sorriso educado e afável. Infelizmente, isso não revela absolutamente nada. Ainda não sei se ela sabe quem eu sou. Noto, no entanto, que ela tem pouquíssimas linhas de expressão em volta dos olhos. Com certeza tem pouco mais de 20 anos. Diria que não tem mais que 26. O nome Tucker parece corroborar minha hipótese. Ninguém que nasceu nos anos de 1960 e de 1970 se chama Tucker. Essa loucura de usar sobrenomes só começou mais tarde. Ela é uma garota dos anos 1980. Ela tinha provavelmente 5 anos quando o filme O primeiro ano do resto de nossas vidas estreou. Três quando Flashdance chegou aos cinemas. É bem possível que ela nem tenha assistido a esses filmes.


 


Engulo em seco, desço os degraus e estendo minha mão.


—           Oi, Tucker. Prazer em conhecê-­‐la. — Felizmente sou canhota, então minha mão direita não está grudenta.


O  aperto  de  mão  de  Tucker  é  firme,  mas  sua  pele  é      macia.


Incrivelmente macia!


—           Prazer em conhecê-­‐la também — ela replica.


Ficamos parados, sem saber o que fazer. O que dizer a seguir? Se Tucker sabe quem eu sou, ela não diz nada. E se ela não sabe quem eu sou, não pode dizer nada. Ele não pode dizer “Esta é minha ex-­‐esposa”. Ou “Esta é minha nova namorada”. Ou “Vocês duas têm muita coisa em comum. Vocês duas tiveram fraturas de estresse! Só que Anahi fraturou sua perna em uma escada rolante. E ela só queria terminar uma maratona”.


E eu certamente não posso dizer “Então, Alfonso, você acha que eu permito que o medo domine a minha vida?”.


Portanto, ficamos ali, parados, sorrindo artificialmente até eu dizer:


—           Bom, eu estava aqui perto. Pensei em dar um alô.


—           Fiquei feliz com isso — Alfonso respondeu.


—           É. Mas tenho que ir agora — digo, olhando de relance para meu relógio. Ainda estou segurando a casquinha de sorvete  inacabada, que está começando a vazar por um buraquinho no fundo. Lembrete para mim mesma: na próxima vez que for procurar seu ex-­‐marido,  compre  um sorvete de copinho.


Tucker diz:


—           Bom, também tenho que ir...


Essa declaração é um sinal evidente de que ela sabe exatamente quem eu sou. Ela fica desajeitada e desconfortável, parada ali com meu ex-­‐marido enquanto sou forçada a ir embora. É uma atitude bem sensível da parte dela, mas que faz eu me sentir ainda mais patética. No entanto, talvez ela realmente tenha que voltar para casa. Talvez ela tenha que tomar banho e se aprontar para a parte noturna do encontro deles. Ou talvez eles já estejam tomando banho juntos. Ela parece ser bem desinibida, o tipo de garota que entra no chuveiro com um novo namorado com as luzes bem acesas.


Eu me sinto tentada a deixar Tucker ir embora e ficar para conversar com ele. No entanto me sinto humilhada demais e decido que é melhor ir embora antes. Demonstrar que não me importo com o que está rolando entre eles. Dou um sorrisinho formal bem rápido e digo adeus. Então, vou embora. Ouço os dois trocarem algumas palavras e, logo em seguida, ela está atrás de mim, gritando meu nome. Ela sabe bem o que estava acontecendo.


Ela pergunta se estou indo para o metrô. Percebo um sotaque de Chicago e penso: “Uma garota do Meio-­‐Oeste, sem  frescuras”.


Digo que sim.


—           Eu também — ela retruca.


Ótimo. Agora vou ter que caminhar vários quarteirões até a estação com ela, talvez mais ainda se estivermos indo na mesma direção. Agora eu acho que vou vomitar. Na verdade, sinto o gosto dos martínis e dos granulados coloridos na minha boca quando pergunto:


—           Então, de onde você conhece Alfonso?


—           Nós nos conhecemos em uma festa.


—           Ah, legal — digo, e não resisto em perguntar: — Quando?


—           No Memorial Day.


 


—           Que legal — digo novamente, me sentindo aliviada por não ter acontecido enquanto estávamos juntos.


—           Alfonso e eu somos apenas amigos — ela comenta, de um jeito desajeitado.


—           Ah.


—           Sim.


Depois de um longo silêncio, digo:


—           Nós também. Embora tenhamos sido casados.


—           Sim. Eu sei.


—           Ótimo — digo e solto uma risada nervosa.


—           Sim — ela diz e solta um gracejo ansioso.


E foi aí que eu pensei que eu preferiria ser uma  participante daquele programa No Limite a continuar essa conversa com a nova “amiga” do Alfonso. Então, invento que tenho que fazer algo no Upper West Side.


—           Tenho que correr até lá e dar uma olhada em umas coisas — digo, apontando em direção a uma loja ali perto.


—           Ah... — ela diz. — Você tem cachorro ou gato?


Só eu mesma para escolher uma pet shop quando não tenho um bicho.


—           Nenhum dos     dois...   Eu, hum, preciso comprar uns presentinhos... Tenho alguns amigos que têm cachorro — balbucio. — Então, foi um prazer conhecê-­‐la,  Tucker.


—           O prazer foi meu, Anahi. Espero vê-­‐la novamente.


Não se eu vê-­‐la primeiro e tiver a oportunidade de escapar.


—           Então... Tchau! — digo.


—           Tchauzinho — ela responde.


Tchauzinho?


 Eu me enfio dentro da loja e finjo estar interessada em um aquário cheio de peixinhos dourados, me consolando por saber que Alfonso detesta quando as garotas dizem tchauzinho. Isso não vai durar. Ela é jovem, atlética e meiga. E tenho certeza de que ela está louca para ter filhos. Ela até mesmo aparenta ser fértil. Porém, ela fala tchauzinho. Pelo menos tenho esse consolo enquanto me preparo para passar outro  sábado à noite sozinha.


 



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Autor(a): eduardah

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 22



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  • franmarmentini♥ Postado em 23/08/2015 - 22:39:06

    Acabou a fic???? E os filhos??? ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/08/2015 - 21:35:45

    *.*

  • sra.herrera Postado em 23/08/2015 - 17:35:56

    Continua amo essa fic quero aya juntos logo #RaivaDoPoncho -_-

  • eduardah Postado em 23/08/2015 - 01:53:10

    Tem uma saída sim , faça igual eu , quando eu li esse livro, assim como eu tb li COMO EU ERA ANTES DE VOCÊ pulava tudo essas cenas kkkkkkk ...

  • eduardah Postado em 23/08/2015 - 01:49:59

    Essa ainda sendo , acontecendo tudo é Uma História de amor, tem algo que já entrou na fic, na História que vai começar a se encaminhar aos eixos , dividi ela em 4 Partes e já estou na terceira , aguarde , eu disse tem coisas aqui que por mim não postava mas , no fim vcs vão acabar tendo uma surpresa Bem legal a respeito de um dos dois , e enfim dos dois tb , não abandona não , vc ainda vai rir ....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 23:16:33

    ;/

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 22:44:33

    ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 22:19:50

    Não to gostando ;( eu não quero ficar lendo a any com outro...e ela apaixonada por outro...e com certeza poncho ta com outra....que história mais triste é essa...

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 21:39:22

    Migaaaa serio..não consigo ler...eu to até chorando...de tristeza....poncho nem aparece...cada um ta na sua...não vejo saída....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 21:33:58

    Poxa como vc quer que eu leia isso...any transando com outro!!!!! Poncho deve estar fazendo o mesmo também... ;( isso acabou comigo....


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