Fanfics Brasil - Capitulo 2 Uma Prova de Amor AyA (Adaptada).Finalizada

Fanfic: Uma Prova de Amor AyA (Adaptada).Finalizada | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: Capitulo 2

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Então, conheci Poncho. Lindo, gentil e engraçado. Parecia bom demais para ser verdade, especialmente depois que fiquei Sabendo do que ele pensava o mesmo que eu sobre ter filhos. O assunto surgiu na noite em que nos conhecemos, num encontro às cegas maquinado por nossos amigos em comum, Ray e Jess. Estávamos no Nobu, batendo um papo descontraído enquanto comíamos sashimi e tempurá de camarão apimentado, quando um menininho nos chamou atenção. Ele não devia ter mais do que 6 anos e estava sentado à mesa ao lado. O menino estava súper na moda, usava um bonezinho preto Kangol e uma camiseta polo da Lacoste com a gola virada para cima. Sua postura era ereta e aprumada   e ele mesmo estava fazendo seu pedido de sushi, com a pronúncia correta e tudo mais, sem nenhuma ajuda dos pais. Com certeza não era a primeira vez que ele estava num restaurante japonês. Na verdade, acho que ele estava mais acostumado a comer sushi do que  misto-­‐quente.


Alfonso e eu o observamos e demos um sorriso daquele jeito que as pessoas dão quando olham para crianças e filhotinhos, e então, sem querer, deixei escapar:


 —           Se tiver que ter filhos, tem que ser um assim. Poncho se inclinou sobre a mesa e sussurrou:


 —           Você está se referindo ao cabelo tigelinha e às roupas da moda?


 —           Não. Do tipo que a gente pode levar a um restaurante japonês no meio da semana — falei séria. — Não estou nem um pouco interessada em comer iscas de frango empanado no T.G.I. Friday’s. Jamais!


 Poncho pigarreou e deu um sorrisinho.


—           Então, você não quer morar num condomínio residencial longe do centro e comer no Friday’s ou você não quer ter filhos? — ele perguntou, enquanto eu olhava para seus dentes ligeiramente tortos e seu sorriso sexy.


 —           Nenhuma das alternativas. As duas. Todas as alternativas anteriores — respondi. Para o caso de não ter  sido  bem  clara, acrescentei: — Não quero comer no Friday’s, não quero morar num condomínio e não quero ter filhos.


Era muita coisa para se dizer logo de cara, principalmente na nossa idade. Poncho e eu tínhamos, ambos, 31 anos — idade suficiente para saber que o assunto filhos era um tabu para a maioria dos  homens  num primeiro encontro. Um tabu se você de fato quiser ter filhos. Se você não quiser tê-­‐los,  mencionar o assunto é o mesmo que anunciar que você é


amiga íntima de Anna Kournikova, e que você e ela adoram ménage à trois, particularmente nos primeiros encontros. Em outras palavras, o cara provavelmente não vai achar que você pertence à classe de garota para casar, mas com certeza vai ficar animado em querer sair com você por algum tempo. Sair com uma mulher de 31 anos que não quer ter filhos significa ter uma relação sem pressão, e a maioria dos  caras solteiros adora uma relação sem pressão, por isso vão atrás de mulheres na faixa dos 20. Com elas, eles não se sentem forçados a entrar numa relação mais séria.


Por outro lado, eu reconhecia que poderia ser automaticamente desqualificada como candidata para um relacionamento de longo prazo, como já tinha acontecido com vários caras no meu passado recente. Afinal de contas, a maioria das pessoas, mulheres e homens, consideram o fato de alguém não querer ter filhos uma justificativa séria para um rompimento. Para dizer o mínimo, eu me arriscava a ser considerada fria e egoísta, duas características que não ficavam no topo da lista das coisas “que todo homem quer”.


No entanto, no confuso mundo dos encontros, eu tinha decidido ser franca, me colocar e me posicionar. Era uma boa vantagem não querer ter filhos. Eu não estava lutando com aquele infame relógio biológico. Nem estava preocupada se um dia teria ou não minha própria família. Portanto, como consequência, podia me dar ao luxo de  ser completamente honesta. Abrir o jogo até mesmo num primeiro encontro.


Então, depois que mencionei a questão dos filhos com Poncho , prendi a respiração, temendo ver aquele olhar crítico que já conhecia tão bem. Mas Alfonso estava todo sorridente e exclamou:


 —          Nem eu! — com aquele tom maravilhado e feliz que as pessoas usam quando se deparam com uma coincidência inacreditável. Como daquela vez que encontrei minha professora do 3o ano num pub em Londres. Talvez a chance de se estar num primeiro encontro e descobrir que nenhuma das partes está interessada em ter filhos não seja tão pequena quanto se sentar num banquinho de bar do outro lado do oceano, bebericando uma cerveja, olhar para cima e ver uma professora que você não encontrava há duas décadas. Mas certamente não é todo dia que você encontra alguém que gostaria de ter um relacionamento significativo e monogâmico e que também optou por não participar do que parece ser uma escolha automática de ter a experiência no mundo mágico da paternidade. O semblante de Alfonso pareceu registrar e compreender tudo isso.


—           Você já notou como os casais discutem as vantagens de ter filhos mais cedo versus ter filhos mais tarde? — ele me perguntou com seriedade.


Concordei com a cabeça enquanto tentava descobrir a cor de seus olhos — uma combinação agradável de verde-­‐claro e cinza contornado por um círculo escuro. Ele era bonito, e, além do nariz fino, dos cabelos grossos, do corpo musculoso e forte, havia aquela coisa incandescente intangível que minha melhor amiga, Jess, costuma chamar de “ter brilho”. Seu rosto era alegre e luminoso. Ele era o tipo de homem que você encontraria no metrô e gostaria de conhecer, e seus olhos focariam imediatamente o dedo anelar da mão esquerda dele.


 Alfonso continuou:


—           E como a principal característica de cada situação é a liberdade?


A liberdade que chega cedo ou tarde?


Concordei com a cabeça novamente.


—           Bom — ele falou, e fez uma pausa para tomar um  gole de vinho. — Se a melhor parte de ter filhos mais cedo é resolver logo a questão, e a melhor parte de ter filhos mais tarde é adiar o trabalho duro, não é normal pensar que não ter filhos em qualquer ocasião é a melhor das soluções?


—           Concordo plenamente — falei, erguendo meu copo para celebrar sua filosofia. Imaginei nós dois desafiando as forças da natureza juntos (aquela coisa do homem querer espalhar sua semente e da mulher querer ter uma vida crescendo dentro de si) e revirando as regras da sociedade que muitos de meus amigos estavam seguindo cegamente. Sabia que estava dando asas à minha imaginação, idealizando tudo isso com um homem que havia acabado de conhecer, mas, quando você chega aos 31 anos, reconhece imediatamente se um cara tem potencial ou  não. E Alfonso tinha potencial.


Claro que o restante do nosso jantar correu excepcionalmente bem. Não houve pausas embaraçosas na conversa, nenhuma bandeira vermelha foi levantada, nenhuma mania irritante veio à tona. Ele fez perguntas interessantes, deu boas respostas e deixou transparecer seu interesse por mim sem ser ansioso demais. Então, o convidei para subir ao meu apartamento para um drinque, algo que nunca faço num primeiro encontro. Alfonso e eu não nos beijamos naquela noite, mas nossos braços se tocaram enquanto ele folheava um álbum de fotos que estava na minha mesinha de centro. Sua pele parecia faiscar quando entrava em contato com a minha e eu tinha que respirar fundo todas as vezes que ele virava uma página.


No dia seguinte, Alfonso me ligou, conforme tinha prometido. Fiquei meio tonta quando vi seu nome aparecer no identificador de chamadas e mais tonta ainda quando ele falou: “Só queria dizer para você que foi, de longe, o melhor primeiro encontro que já tive”.


Dei uma risadinha e respondi: “Concordo. Na verdade, foi melhor do que a maioria dos meus segundos, terceiros e quartos encontros”.


Conversamos por quase duas horas e, quando finalmente nos despedimos, Alfonso disse exatamente o que eu estava pensando: que aquela ligação parecia ter durado apenas cinco minutos. Que ele poderia ficar conversando comigo para sempre. Quem me dera, me lembro de ter pensado.


Então, veio o sexo. Esperamos apenas duas semanas, o que ia contra todos os conselhos-­‐padrão dos amigos, da família e de reportagens de revistas. Não que eu tivesse urgência ou um apetite sexual voraz (embora isso contribuísse bastante). Foi mais por não haver razão para adiar. Quando sei que algo está certo, acredito em ir atrás, entrar de cabeça. Nossa primeira vez não foi nem rápida nem estranha ou embaraçosa, marcas costumeiras das primeiras vezes.



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Autor(a): eduardah

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 22



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  • franmarmentini♥ Postado em 23/08/2015 - 22:39:06

    Acabou a fic???? E os filhos??? ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/08/2015 - 21:35:45

    *.*

  • sra.herrera Postado em 23/08/2015 - 17:35:56

    Continua amo essa fic quero aya juntos logo #RaivaDoPoncho -_-

  • eduardah Postado em 23/08/2015 - 01:53:10

    Tem uma saída sim , faça igual eu , quando eu li esse livro, assim como eu tb li COMO EU ERA ANTES DE VOCÊ pulava tudo essas cenas kkkkkkk ...

  • eduardah Postado em 23/08/2015 - 01:49:59

    Essa ainda sendo , acontecendo tudo é Uma História de amor, tem algo que já entrou na fic, na História que vai começar a se encaminhar aos eixos , dividi ela em 4 Partes e já estou na terceira , aguarde , eu disse tem coisas aqui que por mim não postava mas , no fim vcs vão acabar tendo uma surpresa Bem legal a respeito de um dos dois , e enfim dos dois tb , não abandona não , vc ainda vai rir ....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 23:16:33

    ;/

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 22:44:33

    ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 22:19:50

    Não to gostando ;( eu não quero ficar lendo a any com outro...e ela apaixonada por outro...e com certeza poncho ta com outra....que história mais triste é essa...

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 21:39:22

    Migaaaa serio..não consigo ler...eu to até chorando...de tristeza....poncho nem aparece...cada um ta na sua...não vejo saída....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 21:33:58

    Poxa como vc quer que eu leia isso...any transando com outro!!!!! Poncho deve estar fazendo o mesmo também... ;( isso acabou comigo....


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