Fanfics Brasil - Capitulo 29 Uma Prova de Amor AyA (Adaptada).Finalizada

Fanfic: Uma Prova de Amor AyA (Adaptada).Finalizada | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: Capitulo 29

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Foi só falar de Tucker para minhas irmãs que minha mãe decidiu aparecer e fazer uma visita surpresa dois dias depois. Quando estou voltando do trabalho, ouço a voz dela, alta e animada, conversando com Jess sobre seu “dia maravilhoso” na Fifth Avenue. Minha mãe ainda mora em Huntington, mas, desde que ela se casou com Dwight e pôde bancar caríssimos cortes de cabelo e tratamentos de beleza em Manhattan, ela vem para a cidade com muito mais frequência.


Falo um palavrão baixinho. Penso seriamente em escapar dali e me esconder em um barzinho das redondezas para tomar uma cerveja. No entanto, decidi que isso não seria justo com Jess. Além do quê, minha mãe é uma coruja, cujos horários batem mais com os de uma universitária do que com os de alguém de 63 anos. Ela vai esperar por mim e, provavelmente, vai passar a noite conosco, dando risadinhas, usando pantufas, como se tivesse acabado de ver a cena do filme Grease em que as garotas fazem uma festa do pijama.


Respiro fundo e entro pela porta com um sorriso forçado.


— Oi, mãe! — digo, reparando em seu cabelo perfeito e em suas unhas compridas recém-­‐pintadas na cor ameixa-­‐brilhante. Ela está sempre bem-­‐arrumada, mas hoje é um de seus dias mais impressionantes. Ela não parece ter a idade que tem e é uma daquelas raras mães que realmente parecem mais nossas irmãs do que nossas mães (ao contrário daquelas mulheres que recebem esse falso elogio de caras bregas).


—           Olá, Anahi querida! — ela exclama, se levantando para me dar um abraço cuidadoso, do tipo que as pessoas não se tocam, a não ser no rosto e nos ombros.


—           Não sabia que você vinha para a cidade hoje. — Comento, mas quero dizer na verdade: “Pelo amor de Deus, mulher! Quantas vezes já não lhe disse que detesto visitas inesperadas?”.


—           Vim fotografar você, Anahi — ela diz, jogando a alça preta da câmera por cima da cabeça.


Minha mãe gosta de pensar que é uma artista. Até já a ouvi dizer que é pintora. É bem engraçado, especialmente quando a gente sabe que a verdade é que ela borrifa algumas tintas em umas telas e cerâmicas. Mas, para ser justa, tenho que concordar com uma coisa: pelo menos ela tem interesses, hobbies e paixões, mesmo que essas paixões frequentemente incluam romances inapropriados. Ela nunca foi uma daquelas mães preguiçosas que ficam assistindo a novelas. Na verdade, ela assistia a novelas, mas também fazia o possível para sua vida ser tão escandalosa quanto a da personagem mais ultrajante dos seus programas favoritos. Durante certo tempo, ela ficou obcecada pela Erica Kane e uma vez ela ligou para a produção do All My Children para ter informações sobre uma bolsinha preta que Erica estava usando em uma cena de velório. Ela descobriu o que queria, ligou para seu personal shopper na loja Nordstrom e, sem vergonha nenhuma, encomendou uma igual como seu presente de Dia das Mães. (Minha mãe sempre escolheu seus próprios presentes. Todas as vezes que meu pai tentou, seus esforços foram em vão. “Você tem a nota?” era a primeira coisa que ela dizia.)


 


De qualquer modo, seu hobbie mais recente é a fotografia em preto e branco. Ainda não a vi em ação, mas Maura me garante que ela se esforça bastante, comparando as fotos de minha mãe aos seus sofridos haikais. Maura também disse que a fotografia é um de seus hobbies mais irritantes até hoje; no meio de uma conversa, minha mãe tira sua Nikon, foca na nossa cara e começa a clicar sem parar, fazendo comentários do tipo “Queixo para baixo. Sim. Exatamente desse jeito. Ah! Fantástico! Me acompanha”. Aparentemente, ela tira rolos e mais rolos de objetos ao acaso, como canecas de café, banquinhos e os intitula “série de canecas” e “série de banquinhos”. É pretensioso demais para aguentar.


—           Eu poderia ter ligado antes, mas queria você ao natural.


—           Bom, então você conseguiu o que queria — respondo, olhando para minha roupa de trabalho: calça preta, sapatos altos pretos, blusa cinza, sem acessórios. A menos que vá me encontrar com um autor ou agente, não me preocupo muito com meu guarda-­‐roupa do dia a dia.


—           Queria capturá-­‐la em sua rotina de trabalho normal. Sem luxo.


Simplesmente você.


Como se eu fosse me dar o trabalho de me enfeitar para você, penso, mas eu digo:


—           Pode ir embora daqui! — é isso que quero dizer, literalmente, mas tento fazer parecer uma brincadeira. Não consigo lidar com ela quando fica chateada.


—           Estou falando sério. Preciso tirar um rolo ou dois. Não vai demorar muito.


Pego uma garrafa de água da geladeira, caminho para perto dela e me sento em uma poltrona ao seu lado. Então, me jogo com um suspiro exagerado no sofá.


 —          Estou cansada demais para isso, mãe.


Jess está parada atrás de minha mãe, checando sua pilha de correspondência. Ela para e faz aquele sinal de “maluco”, que era tão popular no Ensino Fundamental: girar o dedo no ar apontando para a própria cabeça e, então, apontar para a pessoa. Ela ainda revira os  olhos, o que dá um toque psicótico legal.


Começo a rir, e minha mãe se volta para ver o que há de tão engraçado.


Jess fica séria e finge estar muito interessada num catálogo. Minha mãe me encara novamente e continua:


—           Eu já bati um rolo com a Jess enquanto esperava por você. Mas essa não era a minha tarefa. Foi só um passatempo. Jess é tão fotogênica demais, não é?


—           Hum-­‐hum — digo. Jess fica maravilhosa em todas as fotos dela que eu já vi. Acho que é porque seu rosto é muito simétrico e uma vez eu li que é isso que torna alguém lindo. O artigo dizia que até os bebês são atraídos por rostos com simetria.


—           Seu retrato é a minha tarefa — ela me diz.


Ela não podia estar mais desesperada para que lhe perguntasse sobre essa tarefa. Então, eu pergunto:


—           Que tarefa é essa, mãe?


—           Eu já lhe falei sobre minha aula de fotografia, não falei? Concordo com a cabeça, pensando: “Só uma dúzia de vezes”.


—           Bem. Estamos trabalhando com retratos agora.


—           Parece legal — respondo.


Ela parece não notar meu sarcasmo e diz:


 —          Sim. É bem divertido. Mas é um grande desafio capturar a expressão no rosto da pessoa.


—           Claro. Tenho certeza de que é.


—           E é aí que você entra. Escolhi você como modelo.


Sei que ela espera que eu fique animada por ter sido a escolhida, mas replico:


—           Por que não fotografar os filhos de Maura? Ou o Dwight?


—           Porque — ela diz, hesitante, como se estivesse prestes a revelar uma verdade secreta.


Jess concorda com a cabeça com vigor e faz um outro gesto, do tipo, “aguenta mais essa”.


—           Nossa tarefa é fotografar a dor — ela franze a testa ao dizer isso, como se ela mesma estivesse carregando uma enorme carga emocional.


Sinto meus olhos se apertarem.


—           E você acha que eu posso lhe ajudar com isso?


—           Anahi, querida. Não fique na defensiva.


—           Não estou na defensiva — digo, ciente de como pareço estar defensiva.


—           Quero capturar seu sofrimento.


—           Não estou sofrendo.


—           Está sim, Anahi. Você está sofrendo por causa do Alfonso. Ouvi falar da Tucker — ela completa.


—           Estou bem — afirmo.


—           Não, senhorita, você não está bem. Você não está nada bem.


Jess faz uma careta como se estivesse prestes a assistir a um acidente no trânsito e, então, sai dali, provavelmente para ligar para Trey.



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Autor(a): eduardah

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 22



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  • franmarmentini♥ Postado em 23/08/2015 - 22:39:06

    Acabou a fic???? E os filhos??? ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/08/2015 - 21:35:45

    *.*

  • sra.herrera Postado em 23/08/2015 - 17:35:56

    Continua amo essa fic quero aya juntos logo #RaivaDoPoncho -_-

  • eduardah Postado em 23/08/2015 - 01:53:10

    Tem uma saída sim , faça igual eu , quando eu li esse livro, assim como eu tb li COMO EU ERA ANTES DE VOCÊ pulava tudo essas cenas kkkkkkk ...

  • eduardah Postado em 23/08/2015 - 01:49:59

    Essa ainda sendo , acontecendo tudo é Uma História de amor, tem algo que já entrou na fic, na História que vai começar a se encaminhar aos eixos , dividi ela em 4 Partes e já estou na terceira , aguarde , eu disse tem coisas aqui que por mim não postava mas , no fim vcs vão acabar tendo uma surpresa Bem legal a respeito de um dos dois , e enfim dos dois tb , não abandona não , vc ainda vai rir ....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 23:16:33

    ;/

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 22:44:33

    ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 22:19:50

    Não to gostando ;( eu não quero ficar lendo a any com outro...e ela apaixonada por outro...e com certeza poncho ta com outra....que história mais triste é essa...

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 21:39:22

    Migaaaa serio..não consigo ler...eu to até chorando...de tristeza....poncho nem aparece...cada um ta na sua...não vejo saída....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 21:33:58

    Poxa como vc quer que eu leia isso...any transando com outro!!!!! Poncho deve estar fazendo o mesmo também... ;( isso acabou comigo....


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