Fanfics Brasil - Capitulo 38 Uma Prova de Amor AyA (Adaptada).Finalizada

Fanfic: Uma Prova de Amor AyA (Adaptada).Finalizada | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: Capitulo 38

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—           Até parece — ela retruca. — Nossa vida sexual é uma droga. A não ser quando estou ovulando, ela praticamente não existe. E, quando estou ovulando, é por pura obrigação.


—           Tudo vai melhorar — digo, pensando novamente em Richard. Como foi bom ontem à noite. Que sorte não ter que passar pela experiência penosa do sexo com a finalidade única da procriação. — Vocês estão passando por um período muito estressante.


Olho de relance para meu relógio. Já são 9h19 e eu demoro cerca de três minutos para subir de elevador os três andares e caminhar até a sala de reuniões. Só me restam sete minutos para repassar minhas anotações. Quando estou prestes a me despedir, ela diz:


—           Não acha que é culpa dele?


—           Culpa? Como assim? — pergunto, perplexa.


Obviamente não é culpa de Tony que essa clínica, a clínica que a própria Daphne pesquisou e selecionou, oferece pornografia para seus clientes.


—           Você acha que o problema é dele ou meu? Por eu não conseguir engravidar?


Certamente minha irmã sabe que não tenho como lhe responder, pois essa resposta exige testes e extensos diagnósticos; no entanto, ela acredita piamente na livre especulação e na adivinhação ao acaso.


Faço sua vontade e respondo:


—           Provavelmente é um problema dele. Porém, também tenho certeza de que é algo tratável... Olha, Daphne, preciso correr agora. Ligo para você quando acabar a reunião, Ok?


—           Ok. Mas cruze os dedos para você estar certa... e que a culpa seja dele — ela diz, antes de nos despedirmos.


 Seus últimos comentários sobre culpa me perturbaram tanto que fico olhando para o telefone com a testa franzida, do jeito que as pessoas fazem quando assistem a um programa de televisão realmente mal escrito. Não sei bem por que me incomodou, mas digo a mim mesma que vou pensar sobre isso mais tarde.


Por enquanto, tenho que incorporar meu espírito de vendedora. As reuniões editoriais semanais são feitas para que os  editores apresentem manuscritos para o diretor editorial e os chefes dos outros departamentos, que podem cancelar a proposta por várias e distintas razões: esse livro não vai vender; esse livro é muito parecido com aquele que foi lançado ano passado; esse livro é uma droga. Obviamente, há muita coisa em jogo para os editores nessas reuniões e elas têm um efeito darwiniano, com muita política interna em ação. As emoções  correm soltas e não é incomum para os editores mais novos, que lutam para que seus nomes sejam reconhecidos, deixarem as reuniões aos prantos. Eu já tive minha cota de reuniões traumáticas enquanto lutava pela minha posição na editora, mas, na verdade, consegui emplacar seis dos meus romances este ano (o que é um recorde na casa), e só quero manter meu lugar de destaque. Também quero impressionar Richard. Seria uma vergonha minha sorte mudar logo após os acontecimentos da noite passada.


Quando entro na sala de reuniões, sinto imediatamente a presença de Richard. Ouço sua risada forte e, do canto dos meus olhos, o vejo colocar café no copo de isopor. Não tenho a audácia de me aproximar dele, nem de olhar em sua direção. Ao contrário, evito conversar e me sento à mesa comprida onde diligentemente analiso minhas notas, quando Jacqueline Dody, minha grande amiga e aliada no editorial,   senta-­‐ se ao meu lado e me pergunta se eu quero um bolinho. Digo que não, obrigada, e deve ter sido a primeira vez que recusei um daqueles bolinhos recheados de creme da Krispy Kreme. Mas estou nervosa demais para comer. Nunca tive que falar profissionalmente na frente de alguém com quem acabei de dormir ou com quem dormi em qualquer período de minha vida, no caso.


Então, escuto Richard dizer:


—           Que diabos? A Parr está recusando bolinhos?


—           Você está brincando! — Jacqueline caçoa. — Está a fim do quê, sua magrela? Você pode comer umas calorias a mais.


—           Sim — Richard diz —, você não sabia que é falta de educação recusar doces quando se é magra como uma top model?


Olho para ele surpresa e impressionada ao mesmo tempo. Ele conseguiu elogiar meu corpo em cinco minutos.


—           Ei, estou tentando me concentrar aqui — me defendo, enquanto Richard senta-­‐se em uma cadeira do meu outro  lado.  Fico agitada e mais nervosa ainda quando sinto seu pé encostar no meu. Sacudo a cabeça e afasto meu pé, imaginando quantas vezes ele não fez essa brincadeira com outras mulheres. Imagino se Richard já dormiu com alguma outra editora e espero que a resposta seja não.


Quando esfrega seu pé novamente no meu, eu o olho com um falso olhar de advertência.


Ele dá um sorrisinho e pergunta:


—           O que foi?


—           Nada — digo, sacudindo a cabeça de novo.


Nosso diretor editorial, Sam Hewlett, dá início à reunião com seu costumeiro tom objetivo, e passa a palavra para Molly Harrington, uma editora que está lançando um romance histórico adulto situado em Bruges. Tento me concentrar em Molly, mas só consigo pensar no que aconteceu na noite passada. A certa altura, Richard começa a rabiscar linhas emaranhadas em seu bloco, e eu me vejo hipnotizada por elas e pelas suas mãos. Quando ele percebe meu olhar, escreve “Eu ainda posso” no papel. Então, ele faz um risco por cima, olha em volta para ter certeza de que não tem ninguém observando, e escreve “sentir o gosto”; ele então vira a página e escreve “do seu corpo”. Meu coração começa a bater com força quando me lembro de sua boca em mim, na noite anterior. Prometo não olhar para aquele bloco de novo.


Duas horas e seis livros mais tarde (quatro dos quais foram rejeitados), é a minha vez de me apresentar. Richard vira sua cadeira na minha direção e sorri. Tento ignorá-­‐lo, mas tenho um  pouco  de dificuldade no começo, quando apresento meu romance e falo incoerentemente sobre como a história é espirituosa e  encantadora. Então digo:


—           Para ser mais específica, o livro é sobre uma mulher que mora em Chicago e, por vários motivos, decide deixar para trás sua vida maravilhosa e estável para ir viver no sul da França. Ela enfrenta uma série de obstáculos e adversidades, mas, no final, faz algumas descobertas surpreendentes sobre si mesma... O livro é comovente e envolvente.


Sam me interrompe e diz:


—           Qual o público que você vê como alvo? Respondo:


—           Acho que todos que gostam de Peter Mayle vão adorar. Mas a história tem uma característica pé no chão e penso que vai atingir um público bem maior do que apenas os fãs de Mayle. Mulheres de todas as idades vão amar essa história. E, honestamente, os homens vão gostar da história também.


Outra editora, Dawn Bolyn, se inclina para a frente com um jeito presunçoso. Dawn é uma daquelas pessoas ultracompetitivas, críticas e que aparentam ter inveja do sucesso dos outros, particularmente do meu. Então, não fico surpresa quando ela diz:


—           Parece uma cópia barata de Sob o sol da Toscana.


—           Bom, Dawn — digo, com paciência até exagerada. — Para começo de conversa, a história do livro se passa na França, não na Itália.


Para o desapontamento de Dawn, meu comentário  recebe algumas risadinhas. Então, replico:


—           E os livros não são nada parecidos.


E, por favor, use um pó nesse seu rosto oleoso.


Jacqueline interrompe a conversa a meu favor.


—           Bom, eu adorei o texto. É bem vigoroso e descritivo, sem ser exagerado... E a história é fascinante. Eu estava com uma ressaca forte no domingo todo e não consegui parar de lê-­‐lo.


Todo mundo deu risada porque Jacqueline é conhecida por exagerar na bebida quando saímos para uns drinques depois do trabalho.


Sam diz:


—           Bom, concordo com a Jacqueline que o texto é descritivo e forte... Mas tem alguma coisa no livro que parece... trivial.


É bem ameaçador quando Sam chama um livro de trivial, então começo a ficar preocupada. Enquanto busco uma resposta  incisiva, Richard tira a tampinha da caneta que estava em sua boca e diz:


—           Anahi, diga uma coisa, a autora se mudou para a França?



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Autor(a): eduardah

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 22



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  • franmarmentini♥ Postado em 23/08/2015 - 22:39:06

    Acabou a fic???? E os filhos??? ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/08/2015 - 21:35:45

    *.*

  • sra.herrera Postado em 23/08/2015 - 17:35:56

    Continua amo essa fic quero aya juntos logo #RaivaDoPoncho -_-

  • eduardah Postado em 23/08/2015 - 01:53:10

    Tem uma saída sim , faça igual eu , quando eu li esse livro, assim como eu tb li COMO EU ERA ANTES DE VOCÊ pulava tudo essas cenas kkkkkkk ...

  • eduardah Postado em 23/08/2015 - 01:49:59

    Essa ainda sendo , acontecendo tudo é Uma História de amor, tem algo que já entrou na fic, na História que vai começar a se encaminhar aos eixos , dividi ela em 4 Partes e já estou na terceira , aguarde , eu disse tem coisas aqui que por mim não postava mas , no fim vcs vão acabar tendo uma surpresa Bem legal a respeito de um dos dois , e enfim dos dois tb , não abandona não , vc ainda vai rir ....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 23:16:33

    ;/

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 22:44:33

    ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 22:19:50

    Não to gostando ;( eu não quero ficar lendo a any com outro...e ela apaixonada por outro...e com certeza poncho ta com outra....que história mais triste é essa...

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 21:39:22

    Migaaaa serio..não consigo ler...eu to até chorando...de tristeza....poncho nem aparece...cada um ta na sua...não vejo saída....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 21:33:58

    Poxa como vc quer que eu leia isso...any transando com outro!!!!! Poncho deve estar fazendo o mesmo também... ;( isso acabou comigo....


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