Fanfics Brasil - Capitulo 42 Uma Prova de Amor AyA (Adaptada).Finalizada

Fanfic: Uma Prova de Amor AyA (Adaptada).Finalizada | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: Capitulo 42

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Jess está com sua menstruação atrasada três dias e está começando a sentir uma mistura de pânico e júbilo. Conheço todos os “medos” de Jess de ficar grávida. Ela já passou por isso pelo menos uma centena de vezes desde que a conheço. Na verdade, essa foi uma das primeiras conversas que tivemos no banheiro da faculdade quando ainda éramos calouras. Ela saiu de uma das cabines pulando, erguendo um dos punhos em sinal de vitória e anunciou “Fiquei menstruada!”. Ri e lhe dei os parabéns, fascinada com aquela garota que conseguia ser tão espontânea com uma estranha.


Desde aquele encontro em Princeton, Jess tem tomado pílula, no entanto frequentemente se esquece de tomá-­‐la. Ela, então, olha para a caixinha de pílulas e exclama um “Droga! Que dia é hoje? Quarta-­‐feira?”. A última pílula tomada está no espaço marcado “domingo” e ela engole três pílulas de uma vez só. Sempre digo a mesma coisa a ela: “Tome na mesma hora, todos os dias. Coloque a cartela ao lado de sua escova de dentes. Deixe um bilhete no espelho”.


Mas ela não faz nada disso. Ou não quer fazer. Carrega a cartela na bolsa e se esquece das pílulas quando troca de bolsa. Às vezes, até se esquece de pegar a receita. Ela diz que “está dando uma folga para seu corpo’’.


 Acho que subconscientemente, ou mesmo conscientemente, Jess gosta de viver esse drama. Não há outra explicação para uma mulher tão inteligente se arriscar tanto. Deve adorar nossa conversa sobre o que ela (nós) fará se dessa vez estiver grávida. Será que vai ter o bebê? Será que vai fazer um aborto? Será que vai ter o bebê e depois entregá-­‐lo para adoção? A resposta varia de acordo com o cara com quem ela está no momento, do período que está vivendo ou do vento.


Mas dessa vez há algo diferente. Parece que Jess quer um filho. Ou quer apenas ficar com Trey. Ela continua a se esquivar de uma confissão, mas tudo indica que tentou ficar grávida. Aparentemente se “esqueceu” de contar a Trey que não havia renovado sua receita da pílula. E ela tem “praticamente certeza” de que transou com ele no décimo quinto dia de seu período fértil.


Ela acredita, de verdade, que Trey vai ficar com ela se estiver grávida de um filho dele. Eu, por outro lado, tenho certeza absoluta de que Trey não vai a lugar algum. Ele não vai abandonar sua esposa. Nem mesmo vai contar a ela. Na verdade, se depender da sorte da  Jess (embora seja difícil se falar em sorte com alguém tão autodestrutivo quanto ela), a mulher dele também vai ficar grávida. Posso até imaginar os dois bebês nascendo no mesmo mês ou no mesmo dia. Vão crescer separados, sem saber da existência um do outro. Ou pelo menos o filho legítimo de Trey não vai nem ter conhecimento de que seu pai tem uma filha ilegítima. Jess só vai contar toda a verdade para sua filha quando ela tiver idade para entender (e vamos discutir que idade é essa por muitos anos). Os irmãos estudarão na mesma escola e se encontrarão  no primeiro ano da faculdade, na aula de redação. Ele vai se apaixonar por ela, e, então, Jess será forçada a revelar a verdade sobre o pai deles.


 Nada disso me surpreenderia. Nada me surpreende quando a história tem Jess como protagonista.


No terceiro dia de atraso da menstruação de Jess, fomos jantar sushi no Koi, um restaurante na Second Avenue bem perto do apartamento dela. Era noite de sexta-­‐feira, tínhamos planejado sair separadas, mas eu estou cansada demais e Jess não tem interesse em ir para uma boate, pois não pode beber.


—           Vamos lá, Jess! Você acha mesmo que está grávida? — pergunto enquanto separo meus hashis.


Jess começa a enumerar os sintomas. Diz que está exausta e inchada. Seus seios estão pesados e doloridos. Ela diz que sente. Ela sabe.


Olho para ela pensando que já ouvi tudo isso antes. Digo:


—           Em primeiro lugar, você sabe que esses são os sinais pré-­‐ menstruais. Em segundo lugar, você é uma hipocondríaca que quer ficar grávida. É claro que você está sentindo todos esses sintomas.


—           Não sou hipocondríaca! — Jess contesta, indignada.


—           É sim! — digo. — E aquela vez em que fomos acampar e você sentiu que havia contraído a Doença de Lyme? Você chegou a entrar num grupo de apoio às vítimas da doença!


—           Sim, eu estava com todos os sintomas — ela diz. — Foi tão estranho...


—           Você achou que estava com aqueles sintomas.


Ela passa o guardanapo delicadamente sobre os lábios e diz:


—           Bom. Acho que devo fazer um teste de gravidez quando acabarmos o jantar.


Suspiro e digo:


—           Quantos dólares você acha que já gastou com testes de gravidez?


 —          Estou falando para você que desta vez é diferente!


—           Certo — digo. — Então, me diga: o que você vai fazer se estiver grávida e o Trey não se separar da esposa?


—           Ele vai se separar.


—           E se ele não se separar?


—           Ainda assim terei o bebê — ela afirma, enquanto mergulha um pãozinho no molho de soja. Ela tinha acabado de anunciar que não iria mais comer peixe cru. Caso estivesse grávida. — Seria simplesmente mãe solteira. Muitas mulheres são.


—           Você continuaria a trabalhar em tempo integral?


—           Claro que sim. Adoro meu trabalho.


—           Então contrataria uma babá?


—           Ou duas — ela fala.


Eu quase digo “Para que ter filhos, então?”, mas algo me impede de dizê-­‐lo. Alguma coisa dentro de mim me diz que a última coisa que eu poderia fazer era criticar alguém no que diz respeito a filhos.


A caminho de casa, Jess passa em uma farmácia e compra um teste de gravidez. Ela lê a caixa e me avisa que vai esperar para fazer o teste de manhã, pois, de acordo com o que está escrito, os resultados são mais precisos. Olho para ela, cética, sei que nada nem ninguém poderia impedi-­‐ la de fazer o teste naquela noite. Na verdade, aposto que ela não vai aguentar esperar nem uma hora.


Começo a pensar que talvez eu esteja errada, quando a ouço falar ao telefone, usando o linguajar dos investidores financeiros. Algo que diz respeito a taxas de desconto e retiradas múltiplas. Não entendo nada. Então, a ouço dizer:


 —          Olha, Schroeder. Isso não é ciência de foguetes. Se você quer trabalhar com foguetes, vai para a NASA. Agora! Me prepara a apresentação para amanhã de manhã, e coloca tudo numa fonte grande para que aquela mesa de diretores geriátrica consiga ler!


Sorrio e digo para mim mesma que Jess não está grávida, com certeza não. Apesar da vontade que ela tem de ter um filho, não consigo imaginar isso. Pelo menos não agora.


Contudo, alguns minutos depois, ela irrompe no meu quarto com a varetinha plástica na mão. Sento-­‐me na cama e tento respirar  fundo.


—           Olhe! Uma cruz! — ela diz, me mostrando a vareta plástica. As mãos dela estão tremendo.


—           Você está grávida? — pergunto, incrédula, sem me importar com o resultado cientifico à minha frente.


—           Vou ter um filho... — Jess fala, chorosa. Mas o tipo de choro feliz. Aquele choro que a gente vê num pódio das Olimpíadas, enquanto toca o hino nacional.


—           Uau! — exclamo, sentada na beirada da cama. — Não acredito!


—           Nem eu... — Jess sussurra.


—           Você ligou para Trey?


—           Sim. Ele não atendeu.


—           Você deixou mensagem?


—           Hum-­‐hum. Disse que era importante... — diz, baixinho.


—           Como você está se sentindo? — pergunto.


—           Assustada. — Ela admite. — Confusa... mas feliz!


Eu a abraço enquanto murmuro em seu ouvido “meus parabéns”. Olhamos uma para a outra, para a vareta de plástico, e depois uma para a outra novamente.


 —          No que você está pensando? — ela pergunta, depois de mais de um minuto de silêncio.


Balanço a cabeça, sentindo um turbilhão de emoções diferentes. Temo pela minha amiga. Sei como ela está cheia de esperança, como deseja intensamente que as coisas deem certo com Trey, e como ela vai ficar desolada quando a realidade bater à sua porta daqui a nove meses. Também não posso evitar sentir raiva pelo que Jess está fazendo a si própria, por entrar na maternidade desse modo tão desajeitado. Fico ressentida por ela tomar decisões tão impensadas em sua vida e não consigo deixar de pensar em como essas decisões erradas terão impacto na minha vida. Não queria um filho com o Alfonso, meu marido, então não vou querer criar um filho de minha amiga. Mas que tipo de amiga eu seria ao largar minha melhor amiga num momento desses, quando ela mais precisa de mim? Que criatura horrível eu seria se me distanciasse dela num período tão crucial?


Então, bem lá no fundo, escondida entre as óbvias reações, está uma dor estranha. Essa preocupação de que, se eu me mudar e me afastar de Jess e do bebê, estarei me marginalizando. Estarei do lado de fora de algo extraordinário. Que a vida de Jess vai se tornar muito mais completa que a minha. É quase como se eu estivesse com ciúmes dela. O que é uma loucura, obviamente, eu não quero ter um filho. Não quero.


Começo a imaginar o que sempre imagino quando sinto emoções incontroláveis, irracionais, de qualquer tipo: é normal me sentir assim? Será que há pessoas que sentem saudade de algo que nem mesmo queiram? Espero que a resposta seja sim, pois sempre existe a ideia reconfortante de que não estamos sozinhos. Que outras pessoas sentem a mesma coisa que você. Que você é ligeiramente perturbada, mas, ainda assim, normal.


Jess se deita na minha cama e fica olhando para o teto, enquanto tento encontrar as palavras certas para uma analogia, alguma coisa que expresse o que estou sentindo. Minha mente chega ao meu primeiro amor, Charlie, a quem eu ocasionalmente encontro quando estou em Huntington. Charlie é bombeiro lá, o que significa que ele passa os dias da semana resgatando gatos e cachorros de rua, e ensinando segurança contra incêndio para as crianças do Ensino Fundamental. Ele passa os fins de semana assistindo aos jogos dos Jets, fumando cigarros Camel Light com seus antigos colegas de escola e brincando no quintal com seus quatro filhos. Posso apostar que Charlie não tem passaporte nem leu nenhum livro desde a formatura do Ensino Médio. Resumindo, a vida dele não é em nada parecida com a minha, e a vida com Charlie nunca seria suficiente para mim. Porém, quando o vejo, ainda sinto  saudade  e vontade de ter 16 anos de novo, sair do cinema numa noite quente de verão e, então, estacionar o carro dele e ficar namorando lá dentro enquanto ouvimos um mix de canções de amor no seu toca-­‐fitas. No entanto, não confundo esses sentimentos por desejar estar casada com ele.


Tampouco quero um filho, mas sinto uma pontada de dor apesar disso. Uma pontada fraca, é verdade, porém ainda assim é algo que me faz dizer bruscamente para Jess:


—           Se eu soubesse que isso ia acontecer...


Jess arregala os olhos. Ela diz meu nome lentamente, como uma pergunta.


—           O quê? — pergunto inocentemente.


 —          Você está tendo dúvidas?


—           Sobre o quê? — questiono.


—           Sobre Alfonso? Sobre ter um filho? Sobre ter  um  filho  com  o Alfonso? — ela pergunta, parecendo preocupada, desconfiada e cheia de esperança ao mesmo tempo.


—           Não — digo, enfática. — Não seja ridícula! Não tenho dúvida quanto a isso.


—           Certo, acho que isso é bom — Jess murmura. — Porque se você estivesse com alguma dúvida, sua vida estaria muito mais complicada do que a minha, dez vezes mais do que ela está agora.


Olho para ela e digo novamente:


—           Não tenho dúvida quanto a isso.


Na manhã seguinte, fico na cama lendo O morro dos ventos uivantes pela quinquagésima vez. É meu livro favorito de todos os tempos. Gosto ainda mais dele agora que meu relacionamento terminou. De um jeito perverso, quase gosto de me sentir tão atormentada quanto Cathy ou Heathcliff.


Encontro minhas falas favoritas e as leio em voz alta para mim mesma:


—           “Meu maior conceito sobre a vida é ele mesmo. Se tudo o mais perecesse, e ele continuasse, eu ainda continuaria a existir... Ele sempre, sempre estará no meu pensamento — não como prazer... mas como parte do meu próprio ser.”


Suspiro e leio outra passagem tocante:


—           “Como a miséria e a degradação, e a morte, e nada que Deus ou Satã pudessem fazer teria nos separado, você, por sua livre e espontânea vontade, o fez. Eu não despedacei seu coração, você mesmo o fez; e, ao fazê-­‐lo, despedaçou o meu.”


Então, exatamente quando estava me envolvendo naquela agonia melodramática de paixão e desespero, penso em como, no começo do relacionamento, insisti para que Alfonso lesse esse livro. Seu comentário quando terminou o livro foi: “Bom. Esse Heathcliff é uma piada, hein?”. Sorrio ao lembrar como ri naquele momento.


E então, naquele instante, meu celular toca.  Irracionalmente, quero que seja Alfonso, mas, quando olho na tela do aparelho, vejo que é Daphne. Atendo e ela me pergunta quais são as novidades. Até aquele momento, não havia pensado em como a notícia da gravidez de Jess iria afetá-­‐la. Escolho o caminho mais fácil e digo que não há novidade. Jess poderá lhe contar as boas-­‐novas quando quiser. Não vou dizer nada, a menos que seja obrigada a fazê-­‐lo.


—           O que há de novo com você? — desvio o assunto.


—           Ah, nada demais... — ela responde.


—           Os resultados do Tony já saíram? — pergunto.


—           Sim — ela comenta. — Já saíram.


— E...


—           Está tudo bem com ele. Não há problema algum — ela diz, e sua voz parece estranhamente aguda e feliz. Penso que talvez ela esteja grávida, mas decido não perguntar nada. Em vez disso, mantenho a conversa num terreno mais seguro e digo:


—           E quais são as outras novidades?


—           Ah, você sabe, estou voltando para a roda-­‐viva do começo do ano escolar, montando alguns novos quadros de avisos e coisa e tal.


—           Isso é ótimo — digo. — Seus quadros de avisos são incríveis.


 —          Ah, obrigada, Anahi — ela agradece. Depois de uma longa pausa, Daphne diz:


—           Então, Anahi, você acha que pode vir jantar aqui em casa amanhã? Lá pelas sete? Quero fazer aquela minha lasanha para você.


—           A Maura também vai? — pergunto.


—           Não.


—           A mamãe ou o papai?


—           Não. Só você. Achei que ia ser divertido — ela diz.


—           Claro que vou, Daphne — digo, concluindo que ela não está grávida. Se estivesse, ela convidaria todo mundo. Mas do jeito que minha vida anda, tenho certeza de que vamos falar sobre bebês e ter filhos.


Na noite seguinte, pego o trem para Huntington. Quando desço na plataforma, vejo Daphne acenando de dentro do seu Mini-­‐Cooper amarelo. Caminho em sua direção e vejo algo em seu rosto que parece artificial e exagerado. Como uma atriz iniciante fingindo estar feliz. Quando chego ao carro digo:


—           Oi, Daph! — Reconheço a falsa alegria na minha voz. Percebo que é difícil agir com naturalidade quando alguém está se comportando de maneira estranha.


Conversamos sobre banalidades no caminho para a casa dela e sobre seus alunos na escola. Ela também me conta, toda animada, que adorou o romance de Amy Dickerson. Ela diz que o selecionou para seu clube do livro, apesar de eles geralmente escolherem romances água com açúcar.


—           As garotas vão adorar o livro — ela afirma. — Ele instiga... nossos pensamentos.


 Olho de relance para minha irmã, pensando que é  provavelmente a primeira vez que ela se refere a ser instigada por alguma coisa. Minha irmã não é nem um pouco burra, mas está longe de ser uma pessoa introspectiva.


Quando chegamos à casa dela, Daphne abre a porta da garagem com seu controle remoto. Vejo que a minivan preta de Tony está estacionada e descarto a ideia de problemas conjugais. Pelo menos nada iminente. Mas também esse comportamento alegre esquisito não faria sentido num contexto de divórcio. Algo a mais está acontecendo por aqui.


—           Para casa agora eu vou! — Daphne cantarola com uma risada nervosa. É o que meu pai sempre canta quando abre a porta da garagem. Daphne pegou a mania. Talvez eu pegasse também, se tivesse uma garagem para abrir.


Sigo minha irmã até a cozinha e digo um alô para seus dois Yorkies, Anna e Gary, e vejo uma bandeja enorme cheia de bolinhos de siri assados acompanhados de patês.


Daphne não é uma cozinheira incrível, mas faz o básico muito bem. Tony está sentado ao lado do balcão assistindo a um jogo de beisebol, e, quando nos vê, ele se levanta, vem em minha direção e me dá um beijinho no rosto.


—           É maravilhoso vê-­‐la novamente, Anahi! — ele diz, parecendo tão forçado quanto minha irmã.


—           É maravilhoso encontrar você também, Tony — falo. Daphne abaixa o volume da televisão e diz gentilmente:


—           Pode colocar a música de volta, meu bem? Ele faz a vontade dela, enquanto eu comento:


—           Nossa, Daph. Bolinhos de siri. Qual é a ocasião especial?


 Ela me olha de um jeito inocente.


—           Nenhuma ocasião especial. Eu, nós só queríamos receber você bem. Só isso. Não é, Tony?


—           Hum-­‐hum — Tony murmura. — É isso mesmo. Não consigo evitar um sorriso no meu rosto.


—           Hum-­‐hum.


—           O quê? — Daphne pergunta. Dou uma risada.


—           Tem alguma coisa estranha aqui. Daphne e Tony trocam um olhar.


—           Você gostaria de uma taça de vinho? — Daphne pergunta. — Temos branco e tinto.


—           Hum-­‐hum. E deixa eu adivinhar o que tem na geladeira para sobremesa. Mousse de chocolate?


Ela arregala os olhos.


—           Como você advinhou?


—           Porque eu sei que você sabe que mousse de chocolate é a minha sobremesa favorita... Então, Daphne, me conte o que está acontecendo por  aqui.  Vocês  estão  precisando  de  dinheiro emprestado? — Imediatamente me arrependo do que falei. Minha irmã nunca me pediu dinheiro emprestado, mas as coisas estão sempre apertadas para ela e Tony, e talvez precisem de grana para os tratamentos de fertilidade. Em todo caso, termino o que estava dizendo: — Não vou gastar todo o meu salário agora que estou sozinha!


Tony dá uma risada.


—           Bom, para falar a verdade, eu bem que estou precisando de um dinheirinho. Você tem uns cinco mil sobrando? Adoraria comprar um conjunto novo de tacos de golfe. Ou talvez uma moto — ele diz, fazendo movimento com a mão como se estivesse acelerando uma motocicleta.


—           Você não vai comprar uma moto! Elas são muito perigosas! — Daphne exclama, voltando a ser ela mesma por alguns segundos. Então, ela me diz: — Não seja tola. Não estamos precisando de dinheiro. Mas muito obrigada pela oferta. Você é uma pessoa tão generosa, uma irmã tão carinhosa.


Solto uma gargalhada e digo, com um sotaque caipira:


—           Ok. Preste atenção, dona, quero minha irmã de volta. O que você fez com a minha irmã?


Daphne me olha com sua expressão mais séria e diz:


—           Não sei o que você quer dizer com isso. — Então se vira, limpa as mãos no avental e se ocupa com o abridor de garrafas, que foi um presente de Natal de Alfonso para Tony, da primeira vez que começamos a trocar presentes de amigo secreto. Não acredito que eles ainda o têm. Sento no balcão ao lado de Tony e experimento um bolinho. Está perfeito.


—           Muito bem — digo. — Aja do jeito que quiser. Estou adorando receber esse tratamento VIP. Esses bolinhos estão divinos.


Daphne despeja lentamente o vinho tinto nas taças e, quando finalmente se vira, vejo que está com o rosto coberto de lágrimas. Antes que possa perguntar o que há de errado, ela diz:


—           Não queremos seu dinheiro, Anahi... Mas, na verdade, queremos uma coisa de você.


Engulo o pedaço de bolinho que estava mastigando e sinto um aperto no estômago. Por um instante, penso que talvez Daphne precise de um rim. É claro que vou lhe doar um.


 —          Você está doente? — pergunto, trêmula de medo. A ideia de uma de minhas irmãs morrendo tão cedo é insuportável demais.


—           Não... — Daphne diz com a voz entrecortada. — Estou bem...


Mas meus óvulos...


—           Seus óvulos? — pergunto, muito embora saiba exatamente o que ela está dizendo e sei o que quer me pedir. Olho para Tony. Ele também está com os olhos marejados. Ele cobre a mão de Daphne com as suas.


—           Fiz meus exames na semana passada, e nosso médico disse que meus óvulos não servem mais — ela diz, soluçando. — Eles não prestam para nada, são uma porcaria.


—           Daphne... sinto muito — digo, me levantando para abraçá-­‐la. Ela levanta a mão para me impedir e, então, continua:


—           Então, Tony e eu... estávamos pensando se... poderíamos usar um dos seus...


 — Por que eles não pediram para sua outra irmã? — Richard me pergunta, depois que lhe contei a história toda sobre o pior pesadelo de Daphne virando realidade. Contei tudo sobre os exames. E sobre o funesto encontro com o médico que deu a notícia de que usar os óvulos de Daphne mesmo na fertilização in vitro seria perda de tempo e dinheiro. Não tinha planejado contar essa história para ele, mas sinto a necessidade de contar a alguém e não quero discutir esse assunto com Jess. Ela está toda sensível em relação a essa questão de maternidade. Além do mais, Richard e eu acabamos de fazer sexo e estou sentindo aquela proximidade que nos impele a confiar no homem que acabou de nos dar prazer. Duas vezes.filhos?


 Richard passa a mão pelos meus cabelos e diz:


—           A Maura não seria a escolha mais lógica, uma vez que ela já tem


Aceno que sim com a cabeça e respondo:


—           Eles tinham suas razões para me escolherem... Primeiro, sou mais nova. Isso significa que tenho óvulos melhores. Segundo, acho que seria estranho demais, você entende, se eles usassem os óvulos da Maura, então as crianças seriam primos e irmãos. Ou pelo menos  meio-­‐irmãos.


—           Isso seria meio esquisito mesmo — Richard concorda.


 


—           E a última, e mais importante razão não dita — digo —, é que Maura nunca concordaria com isso.


—           Por que não?


—           Ela às vezes é... um pouco egoísta — falo, e me arrependo imediatamente de ter dito aquilo. Sinto que fui desleal e não quero que Richard pense mal de Maura antes mesmo de conhecê-­‐la.


—           Egoísta como? Mesquinha com seu próprio tempo? Do tipo que não perde tempo buscando um amigo no aeroporto? — ele pergunta, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.


—           Não... Talvez autocentrada seja a palavra. Ela tem boas intenções, mas acho que herdou a capacidade  de  empatia  de  minha mãe — digo. — Minha mãe é capaz de reclamar durante anos porque a Chanel deixou de fabricar certo tom de batom, mas espera que um doente de câncer simplesmente se anime e pense positivamente...


—           Sim, conheço o tipo — Richard diz. — Mas, para falar a verdade, não acho que seria egoísmo recusar esse pedido. Quero dizer, isso é muito para se pedir a alguém, mesmo para uma irmã.


—           Você acha? — pergunto.


—           Bom. Sim — Richard responde. — Independentemente de serem irmãs. É um pedido enorme.


Estava esperando que ele me dissesse isso, porque eu concordo: é uma coisa muito importante para se pedir. Apesar de tudo, imagino se Richard não está dizendo isso só para me agradar.


—           E então, o que você respondeu? — ele perguntou.


—           Não respondi nada ainda. Disse a eles que precisava pensar um pouco.


—           E eles aceitaram bem a resposta?


 —          Sim. Parece que sim. Daphne disse que entendia. Tony me agradeceu por pensar na proposta deles. Então, mudamos de assunto e fomos saborear a deliciosa lasanha da minha irmã. Pelo menos fingir saboreá-­‐la, pois eu fiquei com um nó no estômago.


—           Então você e Tony teriam que transar? — Richard fala, enquanto agarra de brincadeira meu seio esquerdo.


—           Muito engraçado! — digo, afastando sua mão.


—           E aí? Vocês teriam que transar? Reviro os olhos e digo:


—           Não seja burro... Seria um procedimento cirúrgico. Teriam que remover meus óvulos. Como na fertilização in vitro.


—           Você teria que fazer uma cirurgia? — Richard pergunta, franzindo a testa.


Penso em como os homens são infantis em relação à dor, mas explico.


—           Essa é a parte menos complicada.


—           E qual é a parte mais complicada? — ele pergunta. Reflito por um momento e respondo com hesitação:


—           Se tiver um filho meu no mundo, vou pensar nele como sendo meu.


Richard pisca e se curva para pegar a taça de vinho que está na mesinha de cabeceira.


—           Você pensaria nele como seu? Ou você ia querer que ele fosse seu?


—           Qual a diferença? — digo, pensando que, nesse sentido, meus óvulos e meu ex-­‐marido talvez tenham algo em comum.


 Caímos no sono logo após essa conversa, mas acordo no meio da noite e começamos outro tipo de bate-­‐papo. É um fenômeno que só acontece no início de um relacionamento, quando o sono não parece ser tão importante assim. Falamos sobre o programa de rádio de Steven Gaines em Hamptons e como deveríamos tentar agendar um dos nossos autores para conceder uma entrevista a ele, quando Richard pergunta abruptamente sobre meu aniversário de 35 anos, que vai acontecer dali a duas semanas. Tento me lembrar da última em vez que saí para comemorar meu aniversário com o pessoal do trabalho. Acho que não faço isso desde que fiz 30 anos. Não gosto muito de festas de aniversário, mas também não as detesto. Para mim, é indiferente. Quero dizer, todo mundo comemora o aniversário uma vez ao ano. Por que tanta comoção por causa disso, pelo menos depois que você passou dos 25 anos?


—           Como você sabia do meu aniversário? — pergunto. — O Michael lhe contou?


—           Não. Primeiro Michael teria que me contar que sabe sobre a gente.


 — Como você descobriu, então?


—  Talvez  eu  tenha  dado  uma  olhadinha  na  sua  carteira        de motorista — Richard admite.


— Você é bastante criativo — digo. Richard revira os olhos:


— Posso ser muito criativo... quando quero alguma coisa — ele confessa. Sinto o olhar dele sobre mim, no escuro.


— E o que exatamente você quer? — pergunto, meu coração batendo em disparada, embora eu não saiba bem o porquê.


Richard não responde à minha pergunta, mas encontra  meus lábios e os beija. Eu correspondo ao beijo e fico pensando no modo como Richard me quer. Será que é com o mesmo desejo que eu o quero? Será que é só isso que eu quero dele? Ou será que tudo não passa de companheirismo, para preencher o vazio e passar o tempo? Será que estamos nos apaixonando? Será que algum dia vou querer ficar com Richard, do mesmo modo que quis ficar com Alfonso? Será que vou querer me casar novamente com quem quer que seja?


Como se estivesse lendo minha mente, Richard para de me beijar diz: lugar?


 —          Posso levar você para comemorar seu aniversário em algum


 


—           Sim — digo. — Eu adoraria.


—           Você gostaria de ir a algum lugar em particular?


—           Qualquer lugar com você seria perfeito — digo, com a voz firme,e quase me convenço de que estou falando a verdade.


Na manhã seguinte, volto para o apartamento de Jess para me trocar para o trabalho. Jess está sentada na sala, usando uma lingerie de seda preta (ela não tem nenhuma calcinha de algodão), passando hidratante nas pernas. A sala cheira a baunilha. Seu cabelo ainda está molhado e espetado com gel. Ela está feliz e cantando “Perfect world”, de Liz Phair:


—           “Quero ser impetuosa, alta, vulnerável e sedutora.” Penso, “Bom, você é todas essas coisas” e, então, digo:


—           Por acaso aquele cretino retornou suas ligações?


Estou, é óbvio, me referindo ao Trey. Ele é oficialmente reconhecido como “o cretino” agora. Primeiro ele era “Cretino”, um nome róprio, mas decidimos que ele não merecia nem isso e o rebaixamos a um idiota genérico e comum. De acordo com a assistente dele, Daria, Trey está em Tóquio. Ela está mentindo por ele. Já sabemos que mentir é uma de suas principais tarefas no trabalho. Da última vez que falou com Daria, ela disse “Diga a ele que tem telefone na Ásia”. Daria bufou e respondeu: “Pode deixar”, antes de desligar o telefone na cara de Jess. Não dava para saber quem Daria desprezava mais: se Jess ou o próprio patrão. Talvez Trey também estivesse dormindo com ela, eu disse, uma vez. Jess não achou nada engraçado e fiquei em alerta máximo: segure as piadas para mais tarde.


—           Nada. Nem uma palavra — Jess resmungou, sacudindo os ombros. — Quero que ele se foda.


Olho com atenção para o rosto dela, procurando um sinal de raiva falsa. Não encontro nada. Pode-­‐se dizer que ela está começando a falar a verdade. Na verdade, ela está tão decidida que começo a pensar que só há uma explicação: Jess quer essa criança muito mais do que quer ficar com Trey. Praticamente o oposto de Alfonso e eu. Como é possível minha melhor amiga e eu sermos tão diferentes?


—           Que se foda! — ela repete.


—           Foi assim que você se meteu nessa confusão — digo e solto um risada.


—           Sim. É mesmo um pouco confuso — ela admite. — E, nentanto... parece tão certo.


Então ela me informa que já marcou sua primeira consulta de pré-­‐ natal para a próxima quinta-­‐feira, às 14 horas.


—           Que emocionante! — digo, quase acreditando em minhas palavras.


 —          Você vem comigo? — ela pergunta, hesitante. — A enfermeira me disse que eles vão auscultar o coração do neném com um ultrassom. Eu gostaria de dividir esse momento com alguém... Com você.


—           Claro... vou sim — digo, emocionada por ela me querer lá. E eu quero estar com ela, mas tenho minhas reservas. Em primeiro lugar, é no outono que as coisas ficam mais movimentadas no trabalho e eu não consigo me imaginar sentada numa sala de espera por horas. Segundo, e mais importante, parece que vou estar abrindo um precedente ruim. Será que Jess vai querer que eu a acompanhe em todas as consultas dali em diante? E aqueles momentos excruciantes da sala de parto? Imagino-­‐a me pedindo para cortar o cordão umbilical ou tirar uma foto da cabeça do bebê coroando.


Penso na ironia de tudo o que tem acontecido: uma mulher, que não quer ter filhos, recebe o pedido para ser doadora de óvulos e servir de pai substituto no mesmo mês.


Mais tarde, naquele mesmo dia, recebo o telefonema de uma agente importante, conhecida no mercado editorial simplesmente por: Coral. Não sei se Coral é seu nome de batizado ou se é algum apelido, mas sei que ela tem um dos maiores egos do mercado, o que acho que se justifica por seu bom trabalho, por assim dizer. Ela tem alguns clientes muito famosos e todos os que representa acabam se tornando best-­‐sellers. Como consequência, todo editor delira com a simples ideia de  um encontro com ela, pois sabe que é alguém importante, já que  ela  se dignou a ligar para marcar uma reunião com você.


Cerca de um ano atrás, Coral me ligou pela primeira vez sobre um manuscrito chamado No nude beaches. Senti que tinha alcançado meu lugar  no  mundo  editorial  quando  ela  falou  sem  parar  sobre  como  eu adoraria essa história radical e sentimental sobre o amadurecimento de três garotas que viajam juntas pela Europa, logo depois da formatura na faculdade. Coral estava certa, amei a história, mas, infelizmente, todo mundo também adorou e acabei a perdendo num leilão massacrante de cinco sessões, quando a Elgin limitou o adiantamento que eu poderia pagar em quinhentos mil dólares. Foi um golpe desolador, principalmente quando o livro estourou no número três da lista dos mais vendidos do Times, fato extraordinário para um romancista de primeira viagem. Lembro-­‐me de passar em frente à vitrine da Barnes & Noble da Union Square certa noite a caminho de casa. Estava tão perturbada que nem mesmo apontei o livro para Alfonso, mas ele deve ter visto, pois disse: “Não se preocupe. A Coral vai ligar para você novamente”.


Então, é claro que me lembro dele quando Rosemary me liga e diz, toda animada:


—           Anahi, Coral está na linha!


Meu coração acelera, pego o telefone e digo olá.


—           Anahi, querida — Coral fala. — Parabéns pelo romance da Amy Dickerson. É bri-­‐lhan-­‐te!


—           Obrigada, Coral. Fico muito feliz com o elogio. Estamos satisfeitos com o modo como o livro  está  se  saindo...  E  então,  como vai? — digo, certa de que Coral não me ligou apenas para bater um papo. Ela deve ter alguma coisa para me dizer.


—           Estou bem, querida... Ouça. Adoraria pôr o papo em dia enquanto almoçamos... E talvez eu tenha algo para você ler. Algo que seria perfeito para você e seu catálogo.


—           Acho uma excelente ideia — digo, animada, mas esperava que Coral me mandasse o manuscrito ou o enviasse por e-­‐mail, como fazia a maioria dos outros agentes. Contudo, talvez ela queira me oferecer algo exclusivo e pretenda me mostrar em primeira mão. Digo a mim mesma para manter a calma e respondo: — Quanto a esse manuscrito, agradeço por ter se lembrado de mim, Coral. Vou adorar avaliá-­‐lo.


—           Fabuloso — ela responde. — Vamos nos encontrar na próxima quinta, no Eleven Madison Park... Que tal, às 13 horas? Ou às 13h30?


Olho para minha agenda e vejo “CONSULTA DA JESS” escrito em letras maiúsculas. Droga, conflito com o bebê.


—           Hum... — respondo. — Tenho algo marcado nesse dia, Coral.


Mas estou livre qualquer outro dia da semana.


—           Sinto muito, querida. Estou com a agenda lotada nas próximas semanas — ela responde, parecendo irritada.


Penso, “Ninguém coloca a Coral de lado”, e reviro os  olhos. Começo a ceder, mas não o faço. Então, uso suas próprias táticas. Estou ocupada demais, e sou bem experiente, para ficar presa nesses joguinhos. Digo:


—           Bom, me desculpe, Coral. Quinta é impossível para mim.     Cruzo os dedos para que ela arrume outra data ou, melhor ainda,


para que me envie o manuscrito. No entanto, ela diz:


—           Que pena! Quem sabe uma próxima vez.


Desligo o telefone e digo a mim mesma que se apenas o fato de a Coral ligar faz de mim alguém importante, desdenhá-­‐la, então, torna você alguém. Digo a mim mesma que não há nada mais importante do que a amizade. Ou filhos. Ou amigos tendo filhos. Mas não posso evitar estar ressentida por um bebê que nem mesmo é meu.


Na manhã seguinte, Jess entra no meu quarto exatamente quando estou acordando e diz:


 —          Anahi, estou sangrando. — A voz dela está calma, mas seu rosto está pálido.


—           Onde? — pergunto, imaginando um corte por acidente na cozinha.


—           Fiquei menstruada — Jess murmura. — Não estou mais grávida. A palavra aborto passa pela minha mente, mas sacudo a cabeça e digo:


—           É normal ter um pouco de sangramento no comecinho. —


Parece que estou citando um livro de medicina, então, acrescento uma nota casual: — A Maura teve pequenos sangramentos em todas as gravidezes.


—           Será que tanto sangue é normal? — Jess pergunta, com a voz trêmula. — Anahi, não acredito que ainda esteja grávida, definitivamente.


Olho para minha melhor amiga, com medo de dizer alguma coisa, de falar a coisa errada. Já ouvi dizer que metade das mulheres sofre um aborto em algum momento da vida, mas esta é a minha primeira experiência com o fato. Digo a Jess como sinto muito por tudo isso. Conforto minha amiga e digo que ela irá superar esse sofrimento. Digo a ela o que sempre digo à Daphne quando ela fica menstruada: que algum dia ela será mãe. Que algum dia isso vai acontecer. E eu acredito nisso.


Ao ouvir minhas palavras, uma parte de mim se sente envergonhadamente aliviada pela mudança dos acontecimentos. Estou aliviada por não ter que passar por toda essa privação com Jess. Estou aliviada por poder passar mais tempo com ela antes que ela se torne mãe. Mas, principalmente, estou aliviada pela minha melhor amiga. Sei que ela está sofrendo agora, e tenho certeza de que algum dia ela irá olhar para Trás e verá que as coisas aconteceram por alguma razão. Que assim foi melhor. Quero que ela tenha um filho, com um homem bem melhor que Trey. Um homem que a mereça. Um homem parecido com Alfonso.




 


 


Com Isso chegamos a Página 248 , o livro tem 438 Pág..


 


 



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Autor(a): eduardah

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  Espero que meu aniversário de 35 anos coloque um ponto final em todo esse papo de bebês e as pessoas queridas de minha vida me deem isso como presente. Em vez disso, nos dias anteriores ao grande marco, Daphne deixa uma mensagem na secretária eletrônica: “Seria maravilhoso retirarmos os óvulos em breve. Poderíamos evitar ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 22



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  • franmarmentini♥ Postado em 23/08/2015 - 22:39:06

    Acabou a fic???? E os filhos??? ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/08/2015 - 21:35:45

    *.*

  • sra.herrera Postado em 23/08/2015 - 17:35:56

    Continua amo essa fic quero aya juntos logo #RaivaDoPoncho -_-

  • eduardah Postado em 23/08/2015 - 01:53:10

    Tem uma saída sim , faça igual eu , quando eu li esse livro, assim como eu tb li COMO EU ERA ANTES DE VOCÊ pulava tudo essas cenas kkkkkkk ...

  • eduardah Postado em 23/08/2015 - 01:49:59

    Essa ainda sendo , acontecendo tudo é Uma História de amor, tem algo que já entrou na fic, na História que vai começar a se encaminhar aos eixos , dividi ela em 4 Partes e já estou na terceira , aguarde , eu disse tem coisas aqui que por mim não postava mas , no fim vcs vão acabar tendo uma surpresa Bem legal a respeito de um dos dois , e enfim dos dois tb , não abandona não , vc ainda vai rir ....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 23:16:33

    ;/

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 22:44:33

    ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 22:19:50

    Não to gostando ;( eu não quero ficar lendo a any com outro...e ela apaixonada por outro...e com certeza poncho ta com outra....que história mais triste é essa...

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 21:39:22

    Migaaaa serio..não consigo ler...eu to até chorando...de tristeza....poncho nem aparece...cada um ta na sua...não vejo saída....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 21:33:58

    Poxa como vc quer que eu leia isso...any transando com outro!!!!! Poncho deve estar fazendo o mesmo também... ;( isso acabou comigo....


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