Fanfic: Uma Prova de Amor AyA (Adaptada).Finalizada | Tema: Anahi e Alfonso
Não acho que Ethan pretendia fazer uma declaração profunda ou espiritual. Nem que estava tentando dar um conselho matrimonial. Acho que estava apenas fazendo um comentário barato sobre a natureza do amor verdadeiro. Essencialmente, acho que estava dizendo o que nós já ouvimos um milhão de vezes, que “o amor supera tudo”.
Então, não sei por que as palavras dele me afetaram tanto. Talvez seja por eu saber que ele não estava tentando me convencer de nada. Talvez fosse um paralelo com seus livros, o reconhecimento da arte imitando a vida que imita a arte. Talvez a clareza de ouvir uma coisa de alguém inesperado, como se fosse um jogador ao acaso participando na sua vida, alguém de fora do seu circulo íntimo.
A única coisa de que tenho certeza é de que as palavras de Ethan foram direto ao meu coração e me fizeram ver meu relacionamento com Alfonso de um jeito menos complicado, mais despojado. Vi a essência pura de nossa separação. A dura verdade foi posta em questão. Percebi, quase instantaneamente, que não acreditava mais nas verdades ditas sobre relacionamentos terminarem devido a um momento ruim, incompatibilidades ou influências externas como querer ou não ter um filho. Ter um bebê é um acontecimento enorme, mas não é maior do que isso, assim como questões de religião, idade, geografia, ser casado com várias pessoas e viver num feudo, e tantos outros desafios insuperáveis que os casais enfrentam e superam quando existe o amor verdadeiro.
Então, bem aqui no meu escritório, chego à conclusão, por mais simplista e ingênua que possa ser, de que eu realmente acredito que o amor supera tudo. Portanto, uma ou duas coisas sobre meu relacionamento devem ser verdadeiras: ou meu relacionamento com Alfonso não era o que eu acreditava ser, ou nossa separação foi um erro enorme, horrível.
Ou uma coisa, ou outra.
Sei aonde quero chegar. Só espero que Alfonso se sinta do mesmo modo.
Mais tarde, naquele mesmo dia, ligo para Daphne e pergunto se posso ir até lá para passar a noite.
— Claro! — ela diz. — Tony vai sair com os amigos, o momento é perfeito.
— Não cozinhe — digo. — Vamos pedir uma pizza, está bem?
— Do Papa John’s? — ela pergunta, esperançosa.
Discussão entre a pizza do Papa John’s e a do Domino’s é uma constante na casa dela, com múltiplas análises: queijo, borda, molho, tempo de entrega, valor a ser pago.
— Perfeito — digo, sentindo uma onda de emoção pela minha meiga irmã suburbana.
Volto para o apartamento de Jess e rapidamente preparo uma maleta de viagem. Quando estou pegando minha escova de dentes do banheiro, escuto o barulho inconfundível da minha melhor amiga fazendo sexo com um homem nada gentil e tão loquaz quanto ela.
Existem poucas coisas tão perturbadoras quanto o fato de escutar um amigo íntimo fazendo sexo (pior que isso só escutar seus pais). Porém, o que deixa a sinfonia de gemidos ainda mais ofensiva é que me lembro de que Trey está na cidade. Sinto uma sensação de raiva dele dentro de mim por brincar com ela, mas ainda mais dela, por ser tão burra. Tomara que esteja usando preservativo, penso, enquanto me apresso para sair no meio de um gemido longo e arrastado.
Cerca de duas horas depois, chego à casa de Daphne e entro pela porta da frente sem bater. Ela está sentada no chão sobre uma enorme almofada, corrigindo provas, de pijama de flanela e chinelos do Snoopy.
— Olá! A pizza acabou de chegar! — ela diz. — Pedi de calabresa.
Espero que você goste.
— Claro — respondo.
Coloco minha maleta no chão e me sento ao lado dela, pegando uma prova da pilha. Pertence à Annabel Partridge, que tirou um A+ e um “Bom trabalho!!!” (com três pontos de exclamação e uma carinha sorridente).
— Espere — digo. — Essa não é a Annabel Bumbunzão? Daphne ri e diz:
— Simmmm.
— Caramba! “A” com louvor e esse tipo de atividade extracurricular... Isso é uma anomalia, não é?
— Sim — Daphne diz, balançando a cabeça. Ela mexe no fundo da pilha de provas e tira a de Josh McCall, coberta de marcas vermelhas, um D enorme e “Você pode melhorar!” (com um ponto de exclamação e uma carinha zangada).
— É esse o garoto dela? — pergunto.
— Hum-‐hum — ela responde, balançando a cabeça e deixando a pilha de papéis virada para baixo. Então, ela pigarreia e diz:
— Olha, Anahi, sei o que você veio me contar...
— Você sabe?
Ela faz que sim com a cabeça e diz:
— Você não quer ser a doadora de óvulos, não é?
Não percebo nenhum tom acusatório ou amargo na voz dela ou em sua expressão. Ao contrário, parece que ela sente pena de mim. Que ela entende perfeitamente minha decisão e até mesmo, de certo modo, concorda comigo. Curvo-‐me sobre ela e a abraço.
— Sinto muito — digo. — É que eu simplesmente não consigo fazer isso.
— Nós imaginávamos — ela diz. — Tudo bem, Anahi. De verdade.
— Posso explicar?
— Você não tem que explicar nada.
— Mas eu quero.
— É muito estranho para você? Solto a respiração e esfrego os olhos.
— Acho que, em parte, é isso.
— Como se você achasse que estaria tendo um bebê com o Tony? — ela diz, tentando sorrir.
— Bom, talvez — respondo. — Talvez um pouco....
— Entendo... Acho que Tony também se sentiu assim. Eu não percebi nada até ele me perguntar como eu me sentiria se os papéis fossem invertidos e estivéssemos usando o meu óvulo e o esperma do irmão dele, Johnny. Eu disse, “Essa não é uma comparação justa. Anahi é linda e brilhante, e Johnny é um cretino que não foi aprovado no vestibular...”. Mas, apesar disso, entendi o que ele quis dizer. E eu com certeza não quero fazer com você, ou com o Tony, algo que vocês venham a se arrepender. Isso é importante demais.
— Obrigada pelos elogios, Daphne — falo. — Foi muito bom ouvir tudo isso. Obrigada!
— Bom, você é mesmo tudo isso — ela afirma. — E não acho egoísta a sua decisão. Não acho.
— Que bom. — digo, me sentindo pior por ela ser tão compreensiva. — É que... me sinto mal por deixar você em apuros. O que vocês pretendem fazer?
— Temos outras opções — ela diz. — Sabemos que vamos ter um filho. E vamos ter o filho que conseguirmos ter. Não importa como, o bebê que tivermos será o bebê certo. Nosso bebê. E sabemos que iremos aninhar essa criança e pensar “Se nossa jornada tivesse sido fácil, não teríamos você”.
— Isso é verdade — digo, me sentindo incrivelmente orgulhosa de minha irmã. Pergunto se estão pensando em adoção.
— Sim — ela responde. — Começamos a procurar algumas agências nacionais esta semana... E minha amiga Beth acabou de voltar da China com a garotinha mais linda... Também estamos vendo um programa muito legal chamado Snowflake. Já ouviu falar?
Digo que não. Ela explica que é um programa em que os casais podem adotar um embrião que restou depois de uma fertilização in vitro.
— É uma organização cristã meio polêmica — ela explica.
— Por que é polêmica?
— Ah, não sei. Acho que é porque esses pais acreditam que esses embriões são crianças. E é por isso que chamam o processo de “adoção” e não “doação”. Porém, Tony e eu não nos importamos com o nome que dão a isso.
— Bom, essa parece uma excelente opção... E você poderá vivenciar a experiência da maternidade e do parto.
— Sim — ela diz. — Por algum motivo, carregar o bebê é mais importante para mim que o DNA... Então, estamos realmente otimistas e animados para tocar a vida para frente, não importa como.
— Fico feliz com isso, Daphne. Obrigada por você entender. — Então, hesito, saAlfonsodo que não tem volta para o que vou dizer em seguida. Mas quero que Daphne seja a primeira a saber.
— O que foi? — Daphne pergunta.
— Bom... eu... só queria que você soubesse que existe uma outra razão pela qual não me sinto à vontade para ser sua doadora de óvulos...
— Qual é?
— Bom, eu acho... acho que talvez decida ter um filho, afinal de contas.
Ela me encara, com a boca aberta.
— Você quer ter um filho?
— Quero ter o Alfonso.
— E então? Vocês estão voltando?
— Não sei — digo. — Mas espero que meu plano dê certo, é o que eu mais quero.
— E, então, você teria um filho?
— Se preciso fazer isso para tê-‐lo de volta... — respondo. — Farei o que for preciso para ter o Alfonso de volta.
Autor(a): eduardah
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 22
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franmarmentini♥ Postado em 23/08/2015 - 22:39:06
Acabou a fic???? E os filhos??? ;(
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franmarmentini♥ Postado em 23/08/2015 - 21:35:45
*.*
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sra.herrera Postado em 23/08/2015 - 17:35:56
Continua amo essa fic quero aya juntos logo #RaivaDoPoncho -_-
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eduardah Postado em 23/08/2015 - 01:53:10
Tem uma saída sim , faça igual eu , quando eu li esse livro, assim como eu tb li COMO EU ERA ANTES DE VOCÊ pulava tudo essas cenas kkkkkkk ...
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eduardah Postado em 23/08/2015 - 01:49:59
Essa ainda sendo , acontecendo tudo é Uma História de amor, tem algo que já entrou na fic, na História que vai começar a se encaminhar aos eixos , dividi ela em 4 Partes e já estou na terceira , aguarde , eu disse tem coisas aqui que por mim não postava mas , no fim vcs vão acabar tendo uma surpresa Bem legal a respeito de um dos dois , e enfim dos dois tb , não abandona não , vc ainda vai rir ....
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franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 23:16:33
;/
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franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 22:44:33
;(
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franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 22:19:50
Não to gostando ;( eu não quero ficar lendo a any com outro...e ela apaixonada por outro...e com certeza poncho ta com outra....que história mais triste é essa...
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franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 21:39:22
Migaaaa serio..não consigo ler...eu to até chorando...de tristeza....poncho nem aparece...cada um ta na sua...não vejo saída....
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franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 21:33:58
Poxa como vc quer que eu leia isso...any transando com outro!!!!! Poncho deve estar fazendo o mesmo também... ;( isso acabou comigo....