Fanfics Brasil - Capitulo 52 Uma Prova de Amor AyA (Adaptada).Finalizada

Fanfic: Uma Prova de Amor AyA (Adaptada).Finalizada | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: Capitulo 52

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Duas semanas se passam enquanto me torturo imaginando como me aproximar de Alfonso. Será que devo aparecer na casa dele sem avisar? Ligar para seu apartamento? Ligar no celular? No escritório? Deveria mandar um e-­‐mail?  Escrever-­‐lhe  um haikai?


Termine tudo com a Tucker


Ela não é a pessoa certa para você! Vou lhe dar um filho


Claro que o haikai é uma brincadeira, mas a questão é que eu estou mesmo imaginando essas palavras na minha cabeça há algum tempo. Ando fazendo rascunhos de mensagens na parte de trás de cardápios e estou praticando monólogos emocionantes debaixo do chuveiro. No entanto, quanto mais penso no meu próximo passo, mais indecisa fico. Também vou ficando cada vez mais paranoica ao ouvir Jess dizer que o relacionamento de Alfonso e Tucker deve estar “ficando mais firme a cada dia”. Ela deve saber o que está falando, eu acho, pois a vejo cada vez mais apaixonada pelo Michael. É um processo quase  visível, como observar uma flor abrir suas pétalas numa série de fotografias. Já vi Jess apaixonada muitas vezes, mas, pela primeira vez, sua intensidade emocional não está acompanhada de drama e angústia. Não há batalhas nas  trocas  de  mensagens.  Nem  brigas  escandalosas  num  bar.  Não  há traição. Nem acessos de ciúmes por causa de ex-­‐namoradas. Ao contrário, tudo entre eles parece normal, saudável e milagrosamente compartilhado, o que é confirmado todas as vezes em que Michael passa no meu escritório. Ele aparenta estar mais feliz e sua conversa sempre acaba focando em Jess. Ele me faz infindáveis e comoventes perguntas sobre ela, coisas do tipo “Como ela era na faculdade?”. Ele quer saber todos os detalhes que você tem vontade de saber quando está apaixonado por alguém.


Claro que estou encantada com o namoro deles e aproveito para passar mais tempo com meus dois melhores amigos ao mesmo tempo. É um arranjo eficiente, confortável e satisfatório.


Numa manhã chuvosa de domingo em novembro, nós  três estamos sentados na sala, usando moletons e lendo o jornal, quando Jess se vira para mim e fala:


—           Sabe, Anahi, você realmente precisa ligar para o Alfonso antes do Dia de Ação de Graças.


—           Por quê? — pergunto. Ela diz:


—           Porque sim. O Dia de Ação de Graças é um daqueles feriados que causam grandes viradas. Você não vai querer que eles deem esse grande passo juntos.


—           Que passo?


—           Passar o feriado juntos... Se é isso que eles estão planejando fazer, você tem que chegar e detonar tudo.


Michael abaixa a seção de Negócios de seu jornal e me dá uma piscadinha.


 


—           Sim. Ela está certa, Anahi. Ir para a casa de alguém para passar o Dia de Ação de Graças é um grande passo. É tremendamente mais significativo do que ser apresentado aos pais do namorado.


Observo os dois trocarem olhares apaixonados e percebo que um convite para o almoço de Ação de Graças não só foi feito, mas aceito. Olho surpresa para Jess. Ela não mencionou nada para mim acerca de seus planos para o feriado. É a primeira vez que não discute todos os detalhes de um relacionamento comigo. Não discutimos estratégias, não fazemos especulações sobre o que Michael está pensando, não analisamos o que ele fez (ou o que não fez), o que ele quis dizer (ou não quis). Talvez seja porque ela nunca namorou um amigo meu antes e não quer me deixar numa situação embaraçosa. Contudo é mais provável que isso esteja acontecendo porque é a primeira vez que ela está num tipo de relacionamento sincero, em que a gente segue nossos próprios instintos em vez de ficar questionando os amigos a cada passo.


—           Espere — digo, aparentando estar confusa. — Vocês dois estão planejando passar o Dia de Ação de Graças juntos? Em Birmingham?


Jess está reluzente e sua voz fica doce.


—           Sim. Michael está indo comigo para minha casa. Olho para Michael e digo:


—           Ah, é mesmo? Um grande passo para os dois, não é?


—           Nem me fale! Estou arriscando minha vida indo lá. Jess revira os olhos e diz:


—           Quer parar de dizer isso? — Ela se vira para mim. — Ele age como se estivesse voltando para os anos 1950 no sul, e vai cruzar a linha Mason-­‐Dixon.


Michael ri.


 —          Só não quero ser linchado ao aparecer por lá com uma loura. Jess franze a testa. Ela tem bastante orgulho de suas raízes sulistas,


muito embora não tenha vontade nenhuma de morar no Alabama novamente.


—           Já disse tudo? — ela pergunta a ele. Michael segura a mão dela.


—           Desculpe, meu bem...Você sabe que estou ansioso para conhecer sua família e ver onde você cresceu.


Jess parece satisfeita. Michael se curva e lhe dá um beijo.


Seus lábios se abrem juntos, como se eu não estivesse presente na sala. Olho para meu jornal, imaginando Alfonso fazer a mesma coisa com Tucker. Jess e Michael estão certos, eu acho. Tenho que falar com Alfonso antes do feriado.


Na manhã seguinte, chego ao trabalho disposta a entrar em contato com Alfonso. Decido que um e-­‐mail vai funcionar melhor do que uma conversa por telefone, haja vista nossa última conversa. Passo a meia hora seguinte na minha mesa, fazendo rascunhos. Troco “Querido Alfonso” por “Olá, Alfonso” por “Oi, Alfonso”, para simplesmente “Alfonso”. Coloco dois pontos, volto e o substituo por uma vírgula, e, então, decido colocar meu favorito: um simples travessão. Por acaso, o ponto e vírgula também é um dos meus sinais de pontuação favoritos, e Alfonso fez questão de salientar isso quando começamos a trocar os primeiros e-­‐mails. Ele escreveu algo assim: “Você não acha que colocou muitos ponto e vírgulas  aqui?  Você realmente ama esse sinal, não é?”. Escrevi de volta: “Amo ponto e vírgula; amo você, também”. Foi a primeira vez que coloquei isso em palavras escritas.  Então,  talvez  seja  uma  boa  ideia  colocar  ponto  e  vírgula. Vai lembrá-­‐lo de como costumávamos ser. Quando penso numa frase ou noutra, meu telefone toca. É Maura. Atendo, feliz pela interrupção.


—           Oi — digo. — Como estão as coisas?


—           Ele negou tudo — ela diz.


—           Ele negou? — pergunto. Não sei por que estou tão surpresa. Por que um mentiroso contumaz iria voltar atrás e admitir a verdade?


—           Sim — Maura diz com a voz fraca. — E ele afirmou com tanta intensidade... e com tantos detalhes. Ele pareceu tão sincero que eu quase acreditei nele. O que é uma loucura, já que eu vi a fita e ouvi o que eles disseram. Ele mente assustadoramente bem.


—           Você não disse a ele que tinha provas?


—           Ainda não — ela diz. — Mas vou confrontá-­‐lo no fim de semana. Vou dizer a ele que quero o divórcio. Que estou cansada de viver uma mentira. Não posso ficar com ele apenas pelas crianças. Além do mais, não acho que seja bom para elas crescerem nesse ambiente. Crianças sempre sentem quando há algo errado. Nós sentíamos.


—           Eu sei — digo, lembrando como ficava melancólica ao dormir na casa de uma amiguinha que tinha pais que pareciam se amar. Geralmente, eu me convencia de que minha família era ótima, até eu vivenciar o que era uma família feliz.


Ela continua.


—           Isto é, não tenho escolha nessa questão... Acho que tenho que assentar minha cabeça e pôr as coisas em andamento.


—           Sinto tanto por isso, Maura. Gostaria que as coisas fossem diferentes para você.


—           Eu sei — ela diz. — Obrigada.


 —          Você quer o nome da minha advogada? Ela é um “tubarão” — comento. — Ela consegue o que você quiser.


—           Gostaria de evitar um escândalo. Quero usar nosso advogado de família para agir como mediador, desde que Scott seja razoável. Vou dizer a ele para vender a casa e dividir tudo. E, é claro, quero a guarda total das crianças. Esse vai ser o ponto mais difícil.


—           Tem certeza de que é isso mesmo que você quer? — digo, sentindo uma tristeza profunda ao pensar naquelas três crianças sendo levadas de uma casa para outra. Ao imaginar Maura se despedindo delas na manhã de Natal, quando se preparam para ir para a casa do pai abrir seus presentes. Fico imaginando se não existe a possibilidade de Scott mudar. Se Maura não poderia, quem sabe, lhe dar mais uma chance. Ou, talvez, eu esteja apenas pensando na minha pressa em conseguir o divórcio e em como a raiva e a indignação representaram um papel tão decisivo na minha vida. Estava preocupada demais em estar certa e punir Alfonso por ter dado para trás em nosso acordo. Será que Maura está fazendo a mesma coisa? Pigarreio e falo com delicadeza:


—           Você não acha que está indo rápido demais? Você pensou bem nas consequências?


—           Isso já vem acontecendo há um bom tempo, Anahi — Maura responde. — Agora, basta.


—           O que você vai dizer para as crianças? — pergunto.


—           Ainda não sei — ela replica. — Os meninos ainda são muito pequenos para entender alguma coisa. Acho que é uma vantagem.


—           Sim — digo, pensando que eles terão poucas lembranças dos pais juntos.


 


—           Então, Daphne vai pegar os meninos na sexta à noite e eu estava pensando se você poderia ficar com a Zoe neste fim de semana.


—           Claro que sim — afirmo.


—           Obrigada — ela responde.


Ambas ficamos quietas por alguns momentos. Então, ela limpa a garganta e diz:


—           Bom. Isso é tudo. Daqui a cinco dias não seremos mais o Sr. e Sra. Stepford


.


Algo na situação de Maura me deixa ainda mais ansiosa para conversar com Alfonso. Então, assim que desligo o telefone, termino de digitar o restante do e-­‐mail.


Alfonso,


Espero que esteja bem. Sinto muito pelo modo como nossa última conversa terminou; detesto brigar com você. Estava imaginando se poderíamos nos encontrar em breve. Tem uma coisa que preciso falar com você. Me diga quando você puder...


Anahi


Respiro fundo e aperto o enviar antes que eu possa mudar de ideia. Apoio minha cabeça nas mãos e rezo para que Alfonso termine logo com esse sofrimento. Dez minutos se passam e nada. Vou para o banheiro e depois pego uma xícara de café, me lembrando do que sempre disse a Jess: “O telefone não toca se ficar ao lado dele esperando”. Volto e vejo que a caixa de entrada está vazia. Um momento mais tarde, o sinal de nova mensagem toca. Mas a mensagem não é dele. Nem a próxima nem a próxima. Diminuo o volume da campainha do computador e afasto minha cadeira da tela. Só verifico as entradas a cada hora. Nada, ainda.


À medida que o dia passa, vou ficando mais nervosa, até ficar praticamente intratável. Fico irracionalmente irritada com cada amigo que decide passar, exatamente hoje, pela minha sala para dar um “oi” ou contar uma fofoca. E quando Jess manda uma mensagem contando algo engraçado entre ela e Michael com o título “Ele não é uma gracinha?”, sinto pela primeira vez uma pontada de inveja do relacionamento deles. Não estou amarga, mas definitivamente estou um pouco invejosa. “Não é justo”, digo para mim mesma e imediatamente me recrimino por ter o pensamento contraproducente e mal ajustado que costumam ter mulheres em crise. “A vida não é justa”, digo a mim mesma. Todo mundo acima dos 10 anos sabe. Então, sinto meu coração se retorcer e fico ainda mais triste, quando penso: “Você é a única culpada por tudo isso”.



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Autor(a): eduardah

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 22



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  • franmarmentini♥ Postado em 23/08/2015 - 22:39:06

    Acabou a fic???? E os filhos??? ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/08/2015 - 21:35:45

    *.*

  • sra.herrera Postado em 23/08/2015 - 17:35:56

    Continua amo essa fic quero aya juntos logo #RaivaDoPoncho -_-

  • eduardah Postado em 23/08/2015 - 01:53:10

    Tem uma saída sim , faça igual eu , quando eu li esse livro, assim como eu tb li COMO EU ERA ANTES DE VOCÊ pulava tudo essas cenas kkkkkkk ...

  • eduardah Postado em 23/08/2015 - 01:49:59

    Essa ainda sendo , acontecendo tudo é Uma História de amor, tem algo que já entrou na fic, na História que vai começar a se encaminhar aos eixos , dividi ela em 4 Partes e já estou na terceira , aguarde , eu disse tem coisas aqui que por mim não postava mas , no fim vcs vão acabar tendo uma surpresa Bem legal a respeito de um dos dois , e enfim dos dois tb , não abandona não , vc ainda vai rir ....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 23:16:33

    ;/

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 22:44:33

    ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 22:19:50

    Não to gostando ;( eu não quero ficar lendo a any com outro...e ela apaixonada por outro...e com certeza poncho ta com outra....que história mais triste é essa...

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 21:39:22

    Migaaaa serio..não consigo ler...eu to até chorando...de tristeza....poncho nem aparece...cada um ta na sua...não vejo saída....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 21:33:58

    Poxa como vc quer que eu leia isso...any transando com outro!!!!! Poncho deve estar fazendo o mesmo também... ;( isso acabou comigo....


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