Fanfics Brasil - Capitulo 55 Uma Prova de Amor AyA (Adaptada).Finalizada

Fanfic: Uma Prova de Amor AyA (Adaptada).Finalizada | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: Capitulo 55

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—           Oi, Tucker — digo, observando seu jaleco branco imaculado, o uniforme azul e o estetoscópio reluzente. E, é claro, seus longos cabelos louros presos no tradicional rabo de cavalo. Ela é mais bonita do que eu me lembrava. Mas talvez a diferença seja entre ver alguém depois de uma corrida e ver a mesma pessoa com um pouco de maquiagem. Tremo só de pensar em como ela deve sair toda arrumada para um jantar.  Meu coração parece ficar esmagado e olho em direção à saída, esperando que nossa conversa seja curta. Apesar da coisa significativa que temos em comum, não tenho nada a lhe dizer.


—           Oi, Anahi — ela diz, aparentando estar bem à vontade.


Lembro a mim mesma que eu supostamente não sei que ela é médica.


Faço alguns trejeitos simulando surpresa em vê-­‐la.


—           Você é médica?


—           Sim — ela diz, com falsa modéstia. — Sou cirurgiã pediátrica.


—           Ah! Que interessante!


—           O que está fazendo aqui? — ela pergunta, olhando para Zoe. — Está tudo bem?


Sua preocupação parece genuína, porém ainda assim irritante. Sei que  é  irracional,  mas  parece  que  ela  está  me  julgando.  Avaliando   o tamanho de minha negligência. Concluindo que eu seria, realmente, uma mãe inepta, incapaz.


—           Minha sobrinha perdeu um pouco de sangue, só isso. Mas está tudo bem agora.


—           Coitadinha — Tucker lamenta.


Zoe, que já voltou a seu normal, contribui com a conversa.


—           Levei cinco pontos.


Entro em pânico imaginando o que mais Zoe irá dizer. Espero que Tucker não mencione Alfonso, do contrário, ninguém será capaz de segurar Zoe. Posso até ouvir ela dizendo: “Você conhece o tio Alfonso? A tia Anahi se divorciou dele porque ela não queria ter filhos. Mas a tia Anahi diz que vai amá-­‐lo para sempre. E se eles se casarem novamente, vou ser a dama de honra!”.


Sem a menor dúvida, o comentário de Zoe permite que Tucker interaja com minha sobrinha. Como se estivesse dividindo um grande segredo, ela se abaixa, dá uma piscadinha e diz:


—           Aquele cor-­‐de-­‐rosa? Zoe parece encantada.


—           Hum-­‐hum. O cor-­‐de-­‐rosa.


Tucker mexe no cabelo de Zoe e lhe dá um sorriso afetuoso. Então, se levanta e me diz:


—           Ela é um encanto.


—           Obrigada — digo, embora não tenha certeza se é correto aceitar elogios sobre o filho de outra pessoa, mesmo que seja minha sobrinha. Passo meu peso de uma perna para a outra. Minha mente fica vazia e procuro a saída. Não quero falar sobre nenhum outro assunto, como maratonas ou Alfonso. Imagino se ela sabe de meus planos de encontrar o namorado dela para almoçar.Imagino que sim, do mesmo modo que me lembro de quando a ex de Alfonso, Nicole, lhe mandou um presente de aniversário cerca de um ano depois de estarmos namorando. Fazendo grande esforço para parecer indiferente, lembro-­‐me  de que eu disse:


—           Ah. Que legal... O que ela lhe deu?


—           Um livro de poesia — ele respondeu, como se aquilo não significasse absolutamente nada para ele.


No entanto, não podia pensar em um presente mais ameaçador do que um livro, ainda mais um livro de poesia, e foi preciso muita força de vontade para evitar que eu perguntasse que livro era, quais eram os poemas. Então, murmurei com indiferença:


—           Bom, que atencioso da parte dela. Alfonso respondeu:


—           Sim. Não importa. Não é grande coisa. Só quis lhe contar para deixar tudo às claras.


Ele é assim, direto e honesto. Então, tenho certeza de que deve ter comentado sobre nosso almoço.


Não demora muito, Tucker comenta:


—           Bom. Como estão as coisas atualmente, Anahi?


Suas palavras são inocentes, mas percebo uma nota de pena e condescendência em sua voz. Ela também está deixando claro, de um jeito sutil, que ele é o homem dela. Ela está se comportando exatamente como eu teria me comportado, caso tivesse encontrado Nicole naqueles primeiros dias de meu namoro com Alfonso. Ela é agradável e educada, mas, ainda assim, demonstra quem está no poder.


 


—           Tudo bem. E com você? — digo, tensa e formal. Não estou disposta a ser intimidada. Fui casada com Alfonso. Com maratona ou sem maratona, ela não tem o direito de ser tão possessiva em relação a ele.


—           Estou ótima — ela responde, tranquilamente. Ela poderia acrescentar, “E não me sinto ameaçada por você”.


Meu desconforto muda para ressentimento quando a ouço dizer a palavra ótima. Não há dúvidas quanto a isso: ótima é muito superior a bem. Qualquer dúvida que eu tinha em relação a ela desapareceu pela porta do hospital. Tenho vontade de dar um tapa nela ou jogar água fria na cabeça dela. Fazer uma daquelas coisas que as pessoas fazem nos seriados.


E tudo isso antes de ela levantar a mão para mexer no seu maldito rabo de cavalo, jogando-­‐o do ombro esquerdo para o direito,  e  eu enxergar o anel dela.


Seu anel de brilhante.


Seu anel de brilhante no dedo da mão esquerda.


Não posso dizer com a certeza de que ela fez isso de propósito, mas posso assegurar que ela me viu olhando para ele. Então, não tenho escolha a não ser cumprimentá-­‐la. Respiro fundo e reúno  toda  minha força de vontade para olhar para ela e conseguir dizer:


—           Parabéns.


Ela sorri triunfante e olha de relance para sua mão antes de colocá-­‐la novamente no bolso do jaleco. Ela cora e  diz:


—           Obrigada, Anahi. Tudo aconteceu... tão rápido.


—           Sim... bom... parabéns — digo novamente, me sentindo meio tonta de desespero, tanto que não consigo nem enxergar as coisas direito, muito menos me mover.


 Tucker começa a perguntar sobre meus planos para o Dia de Ação de Graças, mas a interrompo e digo que tenho que ir para casa agora. Pego a mão de Zoe, levo-­‐a para fora e entramos num táxi. Dou meu endereço para o motorista. Ao observar os quarteirões da cidade passarem como um borrão pela janela, tenho a sensação de que esse dia ficará gravado na minha memória para sempre como o pior dia de toda a minha vida. Não consigo enxergar nenhuma perspectiva para mim. O tempo não vai ser capaz de curar isso. Vou ficar marcada para sempre por esse momento no hospital. Vai ser parte de quem eu sou. Na verdade, já faz parte. Tento me concentrar em respirar corretamente, dizendo a mim mesma para não chorar, mas estou perdendo a batalha. Posso sentir a tristeza subindo na minha garganta. Então, em algum lugar entre aquele hospital no East Side e o apartamento de minha melhor amiga, eu caio no choro, bem em frente de minha sobrinha de 6 anos de idade.


—           O que aconteceu, tia Anahi? — Zoe me pergunta, com a voz entrecortada de medo. Ela nunca tinha me visto chorar antes. — Por que você está tão triste?


—           Porque meu coração dói — digo, limpando as lágrimas com as costas da minha mão.


—           Por quê? Por que o seu coração dói? — ela me pergunta, prestes a cair no choro também.


Não consigo responder e ela fica fazendo perguntas. Sem parar. Finalmente, respondo:


—           Porque eu amo o tio Alfonso.


—           E por que isso deixa você triste? — ela pergunta, as mãozinhas se estendendo para segurar as minhas.


 —          Porque, Zoe — digo, arrasada demais para inventar algo ou tentar protegê-­‐la. — Porque ele vai se casar com outra.


—           Aquela “garota-­‐médica”? — Zoe pergunta, com os olhos arregalados de pavor.


Passo o restante da tarde tentando explicar para minha sobrinha um dos mais tristes conceitos no amor e na vida: às vezes o momento é errado e muitas vezes a gente só percebe o que é realmente importante tarde demais. Digo a ela que foi um grande erro me divorciar de Alfonso. Queria que minha vida transcorresse de certo modo e, quando ele não se encaixou nos meus planos, eu simplesmente desisti dele. E, agora, a pessoa a quem mais amo foi embora. Alfonso é de outra agora. Ele é de Tucker.  A garota-­‐médica.


Talvez Zoe compreenda o que estou tentando contar para ela. Pelo menos ela finge entender, com uma expressão quase filosófica. Sinto-­‐me envergonhada por despejar tanta coisa em cima de uma criança com um machucado na cabeça e cujos pais estão à beira do desastre. Mas não consigo evitar. Tem algo reconfortante na companhia dela e em seus comentários inocentes.


—           Seja feliz, tia Anahi — ela diz a certa altura. Como se fosse a coisa mais fácil do mundo.


Sorrio e respondo:


—           Vou tentar.


E, por dentro, estou pensando, “Nunca. Nunca serei feliz novamente”. Jess e Michael voltam para casa pouco depois. Enquanto apresento Zoe para Michael e os dois apertam as mãos, posso ver Jess prestando atenção nos meus olhos vermelhos.


 


—           O que aconteceu? — ela murmura por sobre a cabeça de Zoe, pensando que eu havia protegido minha sobrinha hoje.


—           Imagine o pior.


Jess pensa por um segundo e vai direto ao ponto:


—           Alfonso e Tucker se casaram.


—           Quase — digo.


—           Estão noivos? — ela diz, horrorizada. Concordo com a cabeça.


Ela fica boquiaberta e Michael não se contém:


—           Que foda! Você deve estar brincando.


Jess olha brava para ele e aponta Zoe. Sei que Maura vai receber um relatório dos palavrões, embora, a essa altura do campeonato, a palavra foda não pareça algo tão devastador.


—           Desculpe — Michael diz, sorrindo sem graça.


—           Já ouvi isso antes — Zoe declara, cruzando os braços. Sem sombra de dúvida, ela está imbuída em seu papel de adulta nessa situação tragicômica.


—           Ele ligou para você? — Jess pergunta. — A Jess contou alguma coisa?


—           Não — digo, soltando uma risada amarga. — Na verdade, nós a encontramos na emergência do hospital.


—           Na emergência? — Jess indaga. Ela e Michael parecem atônitos enquanto Zoe e eu contamos todos os detalhes sangrentos do acidente dela e de sua visita ao hospital. Depois que Jess e Michael examinam os pontos e a elogiam por ter sido tão corajosa, Jess vai direto ao assunto:


—           Como era o anel? Eles já marcaram a data? Você acha que a Tucker está grávida?


 Dou de ombros em resposta às três perguntas e, quanto à sua última indagação, respondo:


—           É um ponto final, enfim.


—           Ah, não, não é um ponto final — Jess comenta. — Um jogo não termina até o juiz apitar.


—           Ouviu isso, companheira? — Michael diz, colocando seus braços em volta dos ombros de Jess.


Olho o casal vivendo tranquilamente esse começo de paixão; um casal que não consegue sentir algo diferente do que sente agora, nesse momento da vida.


—           Ah, está acabado, gente! — digo, olhando para minha parceira e esperando sua confirmação. — Certo, Zoe?


Ela concorda sombriamente e diz:


—           Sim. O momento foi completamente errado.


Depois de Jess e Michael saírem para jantar, Zoe e eu nos aconchegamos no sofá para assistir à versão original do filme Operação cupido, com a Hayley Mills. Era um de meus filmes favoritos quando criança e, como a criança educada que ela é, Zoe finge gostar mais dessa versão “antiquada” do que da nova com a Lindsay Lohan.


Quando o telefone toca, olho no identificador de chamadas. É Maura. Meu coração dá um salto só de imaginar mais drama familiar. E, apesar do que ela tem para me contar, tremo só de pensar em contar sobre o acidente com Zoe.


—           É sua mãe — digo, enquanto pego o controle remoto, aperto o botão de pausa e atendo o telefone.


—           Oi, Maura — digo cautelosamente. Vou ter que tomar cuidado com as perguntas que fizer, já que Zoe está ao meu lado.


 


—           Quero falar com a mamãe! — Zoe diz, e sua voz fica infantil e chorosa.


—           Um momento, Zoe — digo, e pergunto à minha irmã como ela está.


—           Estou bem — Maura responde, e parece mais forte do que eu esperava.


—           O que está acontecendo? Como você está? — pergunto.


—           Estou bem, mas realmente não posso falar agora. Ele está na cozinha — ela diz em voz baixa.


—           Não pode fazer um resumo? — digo, enquanto Zoe tenta pegar o aparelho.


—           Bom, resumindo, ele está realmente arrependido. Já suplicou por perdão e chorou. Ele não para de dizer que não sabe por que faz esse tipo de coisa. Diz que precisa de ajuda. Ele quer procurar minha terapeuta, Cheryl, algo que ele nunca se dispôs a fazer antes. Disse que fará qualquer coisa para manter nossa família unida — ela sussurra. — Nunca tinha visto esse lado dele. É diferente de antes. Acho que é porque... Eu estou diferente agora. Não chorei nem uma vez.


Olho de relance para Zoe e escolho minhas palavras com cuidado.


—           Ele está tentando dizer que tem algum tipo de... vício?


—           Bom, ele não falou isso exatamente... eu só acho que ele é... uma pessoa bem infeliz.


Isso pode ser verdade, eu acho, mas não lhe dá o direito de andar por Manhattan paquerando e também deixar sua família infeliz. Mas não cabe a mim fazer julgamentos ou tomar decisões pela minha irmã. Então, pergunto:


—           Como você se sente?


 —          Não sei — ela diz. — Mas sei que a decisão está em minhas mãos agora. E é uma sensação muito boa.


Depois de uma longa pausa, ela pergunta como está Zoe.


—           Ela está sentadinha aqui, pacientemente esperando sua vez de falar. Vou colocá-­‐la na linha. — Respiro fundo e digo: — Mas primeiro tenho que lhe contar uma coisa.


Maura interrompe.


—           Ah, meu Deus, o que aconteceu?


Fico impressionada com a intuição das mães e lhe asseguro que Zoe está bem. Então, lhe dou uma versão menos melodramática do acidente. Deixo de lado a parte sobre Tucker e termino dizendo:


—           Sinto muito por ter deixado isso acontecer.


—           Não seja tola — Maura diz, mas sua voz está tremendo um pouquinho. — Acidentes acontecem. Não é culpa sua. Deixe eu falar com ela.


—           Claro — digo, entregando o aparelho para Zoe, que, previsivelmente, irrompeu em lágrimas ao ouvir a voz da mãe. Acho que é um reflexo natural ao falar com a pessoa a quem você mais ama no mundo. O que significa que não devo ir ao meu almoço com Alfonso na segunda. Estou até me vendo cair em prantos sentada no restaurante.


Depois de Zoe contar sua versão do acidente, da ida ao hospital, do Dr. Steve e de seus pontos, ela começa a falar sobre o noivado de Tucker e de Alfonso. Não tenho energia para interrompê-­‐la ou intervir. Além do mais, seu relato é bem preciso, até nos detalhes do “rabo de cavalo louro” e do “enorme anel de brilhantes”.


Quando pego o telefone de volta, Maura pergunta:


—           É verdade?assim.


 


—           Receio que sim — digo. — A imaginação dela não é tão fértil


—           Ah, meu Deus! Sinto tanto — ela diz.


—           Eu sei — digo. — Eu também sinto.


Por causa do acidente, Maura decide que Zoe deveria voltar    para casa naquela mesma noite.


—           Ela precisa estar aqui conosco. — Maura diz. A palavra conosco não passa despercebida, nem o fato de Maura e Scott chegarem juntos. Imagino se essa é a forma de Maura dar a ele “mais uma chance”. Ou se é um modo de mostrar para Zoe que seus pais a amam demais, embora eles não se amem como antigamente.


A única coisa de que eu tenho certeza é que Maura está com uma aparência bem melhor do que estava quando deixou Zoe aqui, há menos de vinte e quatro horas. Ela parece forte, com a postura perfeita e o rosto rosado. Em contraste, Scott está pálido, assustado e boquiaberto.


Passa pela minha cabeça que as coisas poderiam ter acontecido de um outro jeito. Scott poderia ter respondido como um cavalheiro, “Tudo bem, você me pegou. Agora, vamos nos divorciar”. Ou, pior ainda, ele poderia ter dito, “Estou apaixonado por essa mulher e quero me casar com ela”.


Do jeito como as coisas aconteceram, cabe à Maura decidir o que fazer. E ser aquela que toma decisões é sempre revigorante. Fico feliz por minha irmã estar se sentindo assim. Bem que eu gostaria de sentir o mesmo.


Eu me despeço de Zoe com pelo menos uns quatro beijinhos, e digo a ela que tem que voltar aqui para a gente ir à Fao Schwarz e passear de carruagem no parque.


 —          E talvez tenha neve da próxima vez — falo, sentindo falta dela, mesmo antes de ela ir embora.


—           Posso voltar logo, mamãe? — Zoe pergunta, olhando para Maura.


 —          Claro que sim — Maura responde.


Quando Scott levanta Zoe em seus braços, Maura segura a   minha mão, a aperta e diz baixinho:


—           Cuide-­‐se.


—           Você também — digo.


Quando a porta se fecha atrás de minha sobrinha e de seus pais, digo, em voz alta para mim mesma, com o máximo de ironia que consigo: “Hoje é o primeiro dia do resto de sua vida”. É um clichê que sempre detestei, tanto pela sua obviedade quanto pela pressão que representa na obrigatoriedade de termos um dia produtivo e maravilhoso. Então, naturalmente, decido fazer o oposto. Desisto de tudo e caio na cama, sem nem mesmo me importar em tomar um banho antes para tirar os germes do hospital e de Tucker que ainda estão na minha pele.


 Nos três dias seguintes, vacilo entre a descrença entorpecida e o sofrimento puro e exagerado. O trabalho está devagar, como sempre acontece nas vésperas de feriado, então passo a maior parte do tempo editando — em casa e a maior parte do tempo na cama. Jess me avisa que dormir demais é sinal de depressão, como se isso fosse alguma novidade. Ela tenta me animar com conversas estimulantes. Impacientemente, me livro dela, dizendo que estou bem. Muito embora esteja convencida de que jamais estarei.


O ponto mais baixo acontece no meio da noite, quando acordo depois de sonhar com a cena final do filme A primeira noite de um homem. Tudo é igual ao filme, só que eu sou Dustin Hoffman e Alfonso não abandona Tucker grávida no altar. Em vez disso, ele e toda a família dele me olham como se eu fosse louca, até que Ray e Jess me agarram pelo braço, me levam para fora da igreja e me colocam dentro de um ônibus completamente sozinha. Eu acordo suada, coberta de lágrimas e  tão furiosa que tenho medo de mim mesma.


Na manhã seguinte, encontro Jess no quarto dela fazendo os últimos arranjos em sua mala para a viagem com Michael para o Alabama. Contra minha própria vontade, acabo contando a ela sobre meu pesadelo. Ela diz:


 —          Bom. Felizmente, você vai atrás dele antes do dia do casamento. Olho para ela sem entender, e ela responde:


—           Na    segunda-­‐feira.   Discordo com a cabeça e digo:


—           Não vou atrás de ninguém... E decidi que não vou almoçar com ele na segunda-­‐feira.


—           O quê? — ela pergunta, indignada.


—           Vou cancelar — digo enfaticamente.


—           Não vai, não — ela diz de maneira ainda mais enfática.


—           Não       faz          sentido!              —           eu          digo,      levantando        os           ombros impacientemente.


—           Faz sentido, sim — ela diz. — Olha, Anahi. O fato de eles estarem noivos não muda sua decisão.


—           Muda, sim — retruco.


—           Não, não muda nada — ela argumenta. — Se Alfonso pôde se divorciar do grande amor da vida dele, ele certamente pode terminar um noivado.


—           Como sabe que não é ela o grande amor da vida dele?


—           Porque é você — ela diz. — E as pessoas só conseguem ter um.


—           Desde quando acredita nessa baboseira?


—           Desde que eu conheci o amor verdadeiro.


—           Bom. Tenho novidades para você, Jess. O Alfonso ama Tucker — digo. — Se não, ele não a pediria em casamento. Ele quer um filho, mas não está tão desesperado assim.


—           Tudo bem. Talvez ele a ame de certo modo. Mas ele ama você muito mais, e você sabe disso... Ele não sabe o que está acontecendo. Ele precisa saber. Assim que ele souber que você quer ter filhos, vai terminar com ela.


—           Eu não quero filhos.


—           Quer, sim.


—           Não, não quero — declaro. — Eu estava teoricamente pensando em ter um filho dele.


—           É a mesma coisa.


—           Na verdade, não é.


Ela fecha o zíper de sua mala Tod com autoridade e replica:


—           Bom. Vamos deixar o Alfonso decidir isso. Certo?


Enquanto isso, meus planos para o Dia de Ação de Graças estão suspensos no ar. Maura sempre oferece um jantar na casa dela, porém, por motivos óbvios, esse ano é exceção. Daphne é a segunda opção porque meu pai se recusa a ir à casa de minha mãe e Dwight; no entanto, quando contamos à minha mãe nosso plano, ela fica toda dengosa e diz:


—           Vocês meninas nunca vêm à minha casa. — E começa a reclamar que nós nunca, de fato, aceitamos o Dwight. Não estou a fim de escutar essas baboseiras, então mudo rapidamente de assunto e digo:


—           Olha, Vera. Nós estamos indo para a casa da Daphne. Você nem sabe cozinhar.


—           Podemos encomendar a comida — ela emenda.


—           Mamãe, pare com isso. Já tomamos a decisão.


—           E quem decidiu isso? — ela pergunta, numa voz infantil.


—           Eu decidi — digo. — Então, vai conosco ou não? A decisão é sua. Desligo o telefone e chego à conclusão de que, quando estamos no fundo  do poço, nada pode nos afundar ainda mais. Nem mesmo nossa própria mãe.


 Alguns minutos depois, ela me liga e fala comigo num tom conciliador.


—           Anahi?


—           Sim — respondo.


—           Decidi.


—           E?


—           Eu vou — ela diz humildemente.


—           Boa menina — respondo.


A manhã do Dia de Ação de Graças nasce sombria, cinza e chuvosa, mas também muito quente. Uma combinação deprimente para um feriado. Demoro um tempo enorme para sair da cama, tomar banho e me vestir. Um dos princípios de vida básicos de minha mãe passa pela minha cabeça: “Se você se vestir bem e estiver bonita, vai se sentir melhor”. E, embora teoricamente eu concorde com ela, deixo esse conselho de lado e escolho um suéter de gola alta bem usado e uma calça jeans com os joelhos desfiados. Digo a mim mesma que é melhor isso do que usar moletom e tênis para o jantar de Ação de Graças, que aparece na lista do panfleto sobre Sinais de Alerta de Suicídio, motivo pelo qual desisti de usá-­‐ los hoje.


Tenho dificuldade em encontrar um táxi e tenho que caminhar até a estação de metrô mais próxima, a Penn Station, para pegar meu trem. Sento num banco em que fico de costas para a parte da frente, o que me deixa meio enjoada. Então, quando estou na metade do caminho para Huntington, percebo que esqueci minha sofisticada torta de abóbora de vinte e oito dólares do Balthazar em cima do balcão da  cozinha. Falo merda em voz alta. Uma velha senhora sentada à minha frente me olha, desaprovando meu linguajar. Murmuro um desculpe, muito embora esteja pensando, “Preocupe-­‐se consigo mesma, madame”. Passo os próximos vinte minutos me preocupando com o fato de que vou virar uma daquelas velhas que não gostam de gente. Ou, pior ainda, vou virar uma velha amarga que não gosta de jovens.


Quando meu pai me pega na estação, digo a ele que tenho que passar no supermercado para comprar uma torta.


—           Dane-­‐se a torta — meu pai declara, e eu entendo que ele está querendo dizer fiquei sabendo do noivado do Alfonso.


—           Não. De verdade, papai — digo. — Prometi para Daphne que levaria uma torta de abóbora.


Tradução: Sou um fracasso total. Só me resta manter minha palavra.


Meu pai dá de ombros e alguns minutos depois estamos na frente do estacionamento da Waldbaum. Corro lá dentro, pego duas tortinhas de abóbora mixurucas, já pela metade do preço, e corro até o caixa rápido de “compras de até doze itens”.


Itens, digo a mim mesma, lembrando-­‐me de como Alfonso se divertia quando eu corrigia a gramática ou o vocabulário nas placas públicas. Eu realmente espero que Tucker seja uma garota de ciências e matemática no estrito senso da palavra, e erre nos pronomes diariamente. Ela estudou em Harvard e sei que seus erros não são grosseiros, como o clássico “É para mim fazer isso?”.


O melhor disso tudo é que Alfonso vai se lembrar de mim todas as vezes que isso acontecer. Então, um dia, talvez ele ensine para Tucker as regrinhas de colocação pronominal, do mesmo modo como ensinei a ele: “Não se diz: ‘É para mim fazer’. O correto é dizer: ‘É para eu fazer’”. Talvez ela estranhe: “Sua ex-­‐esposa ensinou tudo isso para você?”, ela vai dizer com sarcasmo, motivada pelo ciúme e pela inveja. Porque ela pode curar as pessoas, mas nunca será capaz de construir uma frase como eu.


Então, quando estou pagando pelas minhas tortas de consolação e alguns refrigerantes, vejo Charlie, meu namoradinho do tempo da escola, entrar na fila atrás de mim. Geralmente, eu gosto de me encontrar com ele e com os outros colegas da época da escola, mas as coisas mudaram desde que me divorciei. Divórcio não é o tipo de assunto que gosto de mencionar ao bater papo com antigos colegas, mas, ao mesmo tempo, é impossível evitar isso. Além do que, já esgotei minha quantidade de encontros inesperados essa semana e não estou a fim de ser gentil. Mantenho a cabeça baixa e entrego uma nota de vinte dólares para a moça do caixa.


Justamente quando achei que ia conseguir escapar, Charlie diz:


—           Anahi, é você?


Cheguei a pensar em fingir não escutar e continuar andando, mas eu gosto de Charlie e não quero passar por esnobe, algo que ele havia me acusado de ser, então, eu me viro e o cumprimento como uma adulta equilibrada e feliz.


—           Oi, Charlie! Feliz Dia de Ação de Graças!


—           Para você também, Anahi! — ele diz, empurrando suas compras de última hora: um galão de leite integral, três caixas de molho de mirtilo e uma caixa de absorventes. — Como vai?


—           Tudo bem! — digo, enquanto observo o filho dele balançando uma caixinha laranja de Tic Tac. Ele é igualzinho à foto  de  Charlie no jardim da infância, que estava emoldurada na entrada da casa dele na época em que namorávamos. O menininho olha para o pai e diz:


—           Podemos levar isso, papai?


 Imagino que ele vá dizer “Não. Ponha de volta”, que é o comportamento-­‐padrão dos pais no supermercado, mas Charlie  diz:


—           Claro. Por que não? — e coloca o Tic Tac na esteira do caixa.


Sorrio, lembrando-­‐me do que eu mais gostava no meu primeiro namorado. Sua primeira resposta para tudo era: “Por que não?”. Ele era descomplicado, otimista e bem-­‐humorado. Devo ter pensado, alguma vez, que essas características faziam dele um simplório, mas agora acho que elas representam a felicidade. Afinal, é ele quem tem hoje uma família. É ele quem está comprando produtos de higiene pessoal para sua esposa. E eu sou aquela que se divorciou, cujo pai está esperando por ela dentro do carro no estacionamento.


—           Então, o que você anda fazendo? — Charlie pergunta, com um sorriso largo no rosto.


—           Nada demais — digo e tento evitar qualquer pergunta a meu respeito, mudo o foco para o filho dele. — Esse é o mais velho?


—           Não! — Charlie diz. — Esse é o mais novo, Jake... Jake, esta é a Anahi.


Jake e eu apertamos as mãos e rezo para que a conversa fique nesse rumo, mas Charlie pergunta:


—           Como está Alfonso?


—           Na verdade, nos divorciamos — digo.


—           Que pena, sinto muito!


—           Não precisa — falo. — Ele vai se casar novamente.


E dou uma risada de minha própria piada. Charlie me acompanha, mas é aquela risada de pena, não de diversão. Trocamos mais algumas palavras e ambos prometemos dizer um alô para nossas  famílias. Enquanto isso, posso garantir que ele está pensando: “Eu sabia. Sabia que ela não teria um final feliz, desde que me contou, na noite da formatura, que não queria ter filhos”.


Daphne tem tudo sob controle quando meu pai e eu chegamos à casa dela. Mas sob controle não é igual à perfeição de Maura. Ao contrário, a casa está uma grande confusão. A cozinha está bagunçada e a partida de futebol de Tony está competindo com o CD favorito do Enrique Iglesias de Daphne e os latidos de seus cachorrinhos Yorkshire. No entanto, o cheiro está maravilhoso e a atmosfera é aconchegante. Daphne está parada ao lado do fogão com todas as bocas acesas. Ela está usando um avental com os dizeres: “TEM CARBOIDRATO?”, e está calma. Meu pai se junta a Tony na sala de estar, ponho minhas tortas e os refrigerantes na geladeira e digo:


—           Espero que tenha outra sobremesa.


—           Claro que tem — Daphne diz, sorrindo orgulhosa e apontando para uma torta fresquinha sobre o balcão.


—           E então? — digo, me acomodando num banquinho. — Teve notícias de Maura? Ele está vindo?


Daphne sabe que estou me referindo a Scott. Ela começa a descascar uma maçã e me conta que, até hoje de manhã, Maura  ainda não havia decidido se deixava ele vir ou ficar em casa. Ela ficou satisfeita em saber que os pais e a família da irmã dele já tinham feito reservas para uma viagem à Disneyworld no feriado; então, se ela decidisse excluí-­‐lo, ele não teria para onde ir.


Um  momento  depois,  ouço  minha  mãe  e  Dwight  na  porta   da frente.


—           Olá-­‐ááá?   —   minha   mãe   cantarola   ao   entrar   na   cozinha,perfumada demais, usando um esvoaçante conjunto St. John com sapatos marinho combinando. Sua roupa lembra a expressão “roupa casual”,  que é sua definição favorita de roupas para suas próprias festas. Apesar de sua alergia a cachorros, ela pega os animaizinhos de Daphne e permite que eles lambam sua boca.


—           Oiii, Gary! Oiiii, Ann! — ela cantarola, e eu fico pensando que falar com cachorros de modo infantilizado é ainda mais irritante do que falar com crianças assim.


Dwight também está vestido de modo casual. Está usando mocassins, óculos Ray-­‐Ban e uma jaqueta com botões dourados brilhantes. Ele tira os óculos e dá duas garrafas de vinho merlot para Daphne. Então, esfrega as duas mãos vigorosamente, como se fosse acender fogo.


—           E então, minhas senhoras, como estão as coisas? — ele pergunta, observando as panelas fumegantes. — O cheiro está ótimo, Daph!


Então, enquanto o observo caminhar pela cozinha, lembro-­‐me de como Alfonso costumava imitar seu modo de andar e dizia:


—           Já notaram como o quadril do Dwight entra numa sala cerca de cinco minutos depois de ele entrar?


Sempre gostava quando ele zombava do Dwight, porém, só de pensar que ele pode fazer comentários sobre minha família (mesmo se for sobre o marido de minha mãe) com sua futura noiva, sinto um efeito estranho de lealdade em mim, que nunca existiu antes. Dwight não é uma má pessoa, eu acho, e o cumprimento com um beijo pela primeira vez na minha vida. Espero minha mãe colocar os cachorros no chão, lavar as mãos, usar seu inalador. Então, lhe dou um abraço.


—           Que bom que você teve o trabalho de se arrumar — ela sussurra em meu ouvido.


 


Sorrio e respondo:


—           Sim. Mas você deve ficar feliz em saber que, se por acaso eu estiver envolvida num acidente e me despirem, estou usando minha melhor roupa de baixo.


Ela sorri, como se dissesse “Ensinei você bem”.


A campainha da porta toca, todos nos olhamos nervosos, com uma pergunta pairando no ar: “Será que Scott virá com sua família?”.


Até mesmo minha mãe está moderada.


—           Você abre a porta — Daphne diz, enquanto, nervosa, amarra de novo seu avental.


Vou para a porta. Quando a abro, fico surpresa em ver Scott. Pensei que Maura fosse bani-­‐lo da festa. Uma frase  de  Hillary  Clinton sobre Bill veio à minha cabeça: “Ele é um cachorro difícil de se manter na varanda”. Claramente pode-­‐se dizer o mesmo de Scott. Embora ele esteja aqui, na varanda, com Maura.


—           Oi, pessoal — digo, me curvando para abraçar as crianças primeiro. Zoe mostra seus pontos, ou, mais precisamente, o lugar onde eles estiveram.


—           Eles desapareceram — ela diz. — Exatamente como o Dr. Steve disse que iria acontecer.


Dou uma risada e a abraço novamente.


Quando me levanto, olho direto nos olhos de Scott. Pela primeira vez, eles não parecem presunçosos ou brilhantes. Ao contrário, ele está mais mortificado e arrependido do que estava no sábado à noite. E Maura parece ainda mais vivaz. Penso comigo mesma: “A garota despreocupada, segura e popular está num encontro com o garoto agradecido de recuperação”.  É  uma  mudança  de  papéis  para  eles,  e  eu  sinto     uma sensação de saudade, lembrando-­‐me de que minha irmã costumava ser assim antes de conhecer Scott. Imagino o que aconteceu. Será que o comportamento de Scott a transformou em vítima e a deixou num estado permanente de ansiedade? Ou as prioridades dela foram deixadas de lado, para que ela acomodasse alguém como Scott em sua vida?


Cumprimento-­‐o com frieza e dou um beijo em minha irmã. Mais cumprimentos tensos são trocados na cozinha. Então, todos vão para a sala assistir ao jogo de futebol, mas só Tony gosta de verdade do esporte. Paro de pensar em Alfonso enquanto observo Scott e Maura. Ele a está paparicando, enchendo sua taça de vinho, massageando seus ombros, lidando com as crianças que fazem bagunça, e me vejo pensando em uma das teorias de Jess sobre relacionamentos que ela chama de “teoria do ditador benevolente”. Segundo ela, um relacionamento ideal tem um equilíbrio de poder. Porém, se alguém tiver mais poder, esse alguém deve ser a mulher. Sua explicação é que, quando o homem tem mais poder, ele abusa disso e sucumbe aos seus instintos inatos de auto interesse e autoindulgência. Mulheres que têm o poder, ao contrário, tendem a governar a família tendo o interesse pela família em primeiro lugar, em vez de seu próprio interesse. E é por isso que as sociedades matriarcais são pacíficas, harmoniosas, e as sociedades governadas por homens são com frequência destruídas pela guerra.



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Autor(a): eduardah

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Claro que quando Jess falou pela primeira vez de sua teoria, ainda na faculdade, tentei desacreditá-­‐la com histórias dos meus próprios pais. Disse a ela que minha mãe tinha todo o poder, e todo ele voltado para seu próprio interesse, enquanto meu pai era o cara bem-­‐ intencionado. Ainda assim, olhando em volta, tive q ...


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  • franmarmentini♥ Postado em 23/08/2015 - 22:39:06

    Acabou a fic???? E os filhos??? ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/08/2015 - 21:35:45

    *.*

  • sra.herrera Postado em 23/08/2015 - 17:35:56

    Continua amo essa fic quero aya juntos logo #RaivaDoPoncho -_-

  • eduardah Postado em 23/08/2015 - 01:53:10

    Tem uma saída sim , faça igual eu , quando eu li esse livro, assim como eu tb li COMO EU ERA ANTES DE VOCÊ pulava tudo essas cenas kkkkkkk ...

  • eduardah Postado em 23/08/2015 - 01:49:59

    Essa ainda sendo , acontecendo tudo é Uma História de amor, tem algo que já entrou na fic, na História que vai começar a se encaminhar aos eixos , dividi ela em 4 Partes e já estou na terceira , aguarde , eu disse tem coisas aqui que por mim não postava mas , no fim vcs vão acabar tendo uma surpresa Bem legal a respeito de um dos dois , e enfim dos dois tb , não abandona não , vc ainda vai rir ....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 23:16:33

    ;/

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 22:44:33

    ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 22:19:50

    Não to gostando ;( eu não quero ficar lendo a any com outro...e ela apaixonada por outro...e com certeza poncho ta com outra....que história mais triste é essa...

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 21:39:22

    Migaaaa serio..não consigo ler...eu to até chorando...de tristeza....poncho nem aparece...cada um ta na sua...não vejo saída....

  • franmarmentini♥ Postado em 22/08/2015 - 21:33:58

    Poxa como vc quer que eu leia isso...any transando com outro!!!!! Poncho deve estar fazendo o mesmo também... ;( isso acabou comigo....


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