Fanfic: Um Verão Inesquecível [Adaptada] - TERMINADA
Após meia hora discutindo o assunto, Ucker e eu chegamos à conclusão de que àquela altura o melhor era ir em frente com o encontro. Afinal de contas, já estávamos na praia mesmo. E nenhum de nós tinha planos ou coisa do gênero.
Tudo bem. Duas pessoas normais teriam encerrado o assunto logo após cada qual ter proclamado seu amor por alguém diferente. Depois da mentira deslavada, qualquer garota normal teria reconhecido a situação embaraçosa em que tinha se metido e procuraria se safar com graça, tendo em vista a situação.Pelo jeito, nem Ucker e eu éramos normais. Verdade que eu havia ligado para meu pai, avisando que iria chegar tarde. Está bem, reconheço: fui fraca. A verdade é que queria ficar com Ucker e não deixaria a lógica atrapalhar meus planos.
Ucker e eu passamos as horas seguintes nos divertindo nas barraquinhas de jogos, entupindo-nos de algodão-doce e andando na já gasta montanha-russa do parque. Era o tipo de tarde com a qual eu tanto sonhara na época em que Ucker e eu estávamos separados por quase metade da costa leste.
- Foi uma tarde bem legal - Ucker ia me dizendo. - Foi como se a gente estivesse de novo no Maine, antes que todas essas outras coisas acontecessem.
- Eu sei - respondi com um suspiro. - É incrível.
Estávamos sentados na praia, fazendo um banquete composto por batatinhas fritas, sanduíches de peru defumado e refrigerante. Nunca senti sabor melhor em uma comida. O sol tinha se posto havia mais de uma hora, e o céu estava coalhado de estrelas como sempre. Exceto por alguns detalhes não tão insignificantes, a vida estava perfeita.
- Vamos conversar - disse Ucker, puxando-me para perto.
Acomodei-me dentro daquele abraço quente e apoiei de leve a cabeça em seu ombro.
- Sobre o que você quer conversar? - murmurei. Todos os assuntos mais graves haviam escorregado para a rebentação e sido levados pelas ondas.
- Sobre nós. - Ucker pousou de leve os lábios sobre a minha testa a apertou-me um pouco mais.
Endireitei o corpo.
- O que, sobre nós?
- Acho que estamos apaixonados . - Ucker falou essas palavras de um jeito tão natural que de início me perguntei se por acaso eu não teria entendido mal algum comentário irrelevante dele a respeito do tempo. - Pelo menos eu estou apaixonado por você.
Meu coração era um verdadeiro tambor. Dessa vez seria para valer.
- Eu também amo você - sussurrei.
- Mas estamos ambos comprometidos com outras pessoas - Ucker prosseguiu. - Não posso terminar com a Dulce, não por enquanto. E você falou que não quer magoar o Poncho.
Certo, admito que as mentiras não pararam no banco de ferro do parque.Talvez eu tenha elaborado um pouco a imensa paixão que Poncho sentia por mim enquanto estávamos na fila da montanha-russa. E quem sabe tenha até mencionado que a vida de Poncho, se algum dia nós terminássemos, não teria mais sentido nenhum. Que ele se sentiria forçado a largar a escola e mudar-se para o Parque Golden Gate em San Francisco, onde viveria em uma barraca de lona, alimentando-se apenas de sementes de dente-de-leão e casca de árvore. Sempre tive uma imaginação, digamos, muito fértil.
- Hum-hum... - Eu continuava enlevada com a declaração de amor de Ucker. Qualquer coisa mais articulada que um punhado de grunhidos de mulher das cavernas me parecia impossível àquela altura.
- Mas nós queremos continuar a nos ver. Nós queremos ficar juntos. - Ucker virou-se e me olhou bem nos olhos, do jeito que só ele sabia fazer. - Nós queremos continuar nos beijando como fizemos debaixo daquele píer.
E lá se foi meu coração de novo, a pleno galope. Aquele beijo sob o píer tinha durado bem uns vinte minutos.
- Hum-hum - repeti, tolamente.
- Então, eu pensei que talvez a gente possa continuar com esse relacionamento. Nós podíamos nos ver de um jeito assim meio excepcional.
- Excepcional? - perguntei. - O que significa isso?
- A gente podia se ver em segredo - Ucker respondeu. - Como estamos fazendo hoje.
Deveria ter me levantado e ido embora. Não, deveria ter dado um tapa na cara de Ucker e depois me levantado e ido embora. Mas não fiz nada disso. Continuei sentada lá, feito uma idiota.
- Oh.
- O que quero dizer é que nós vamos acabar sendo um casal normal de namorados - Ucker continuou, mais que depressa. - Mas antes precisamos de um tempo para terminar com a Dulce e com o Poncho, numa boa, sem brigas.
- Não sei, não.
Não estava conseguindo juntar coragem para dizer um não definitivo.
Ucker mexeu-se na areia, de modo que ficamos cara a cara.
- Diga que concorda, Annie. Por favor.
Ele estava implorando. Ucker estava implorando para eu enganar meu namorado e continuarmos nos vendo. O fato de eu não ter namorado era um detalhe irrelevante. Só que ele tinha namorada, uma namorada legal. E então teve início um debate animado lá dentro de mim. Aceitar a proposta de Ucker iria de encontro a tudo em que eu acreditava. Mas, se eu dissesse não, estaria me privando daquilo que mais queria no mundo.
- Ucker, eu amo você, de verdade - sussurrei. - Mas não posso magoar o Poncho. - Será que tinha acabado de dizer isso? Nossa, pelo visto até eu já começava a acreditar que Poncho e eu éramos um casal de namorados firmes. Porque cargas d`água fora me meter em tamanha confusão?
Fitei os olhos castanhos de Ucker. Claro, eis aí o motivo.
- Ninguém precisa ficar sabendo - Ucker disse.
Isso não era inteiramente verdade. Eu teria de dizer alguma coisa para Poncho. E duvidava seriamente que ele concordasse em levar adiante aquela mentira, sobretudo sem me obrigar a lhe contar o motivo exato. Poncho era esperto demais para acreditar que essa história de se fingir de namorado era só por farra, um capricho meu. Ele não se deixaria enganar; o cara tinha uma visão de raio x de minha alma.
- Annie, a gente tem de ficar junto. - Ucker pôs as mãos em meu rosto e me puxou.
Quando nossos lábios se uniram, o pacto já estava selado, registrado, assinado e com firma reconhecida. Eu iria concordar com aquilo. Sabia que sim. Ucker também. E, em algum lugar do universo, quem quer que fosse o encarregado das forças do carma já havia sido informado, sem sombra de dúvida. A grande verdade é que eu não podia dizer não. E encontraria um jeito de fazer Poncho entender que isso era de suma importância para mim. Tinha de encontrar.
Autor(a): narynha
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O que eu vou dizer ao Poncho?O que eu vou dizer ao Poncho?A pergunta se repetia em minha cabeça sem parar. Sentada no deque de papai, longe de Ucker, começava a perceber com mais nitidez o absurdo total de minha mentira. Como tinha deixado as coisas irem tão longe?E como poderia fazer para que Poncho concordasse com aquela tramóia?- Você est ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 157
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kikaherrera Postado em 31/03/2010 - 23:33:22
Lindoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooomo final dessa web.Narynha como sempre arrasando.
-
rss Postado em 31/03/2010 - 11:33:55
o final foi perfect
omg até agora tento merecuperar pq foi muito
maraaaaaaaaaaaa
besossssssssss -
rss Postado em 31/03/2010 - 11:33:55
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nessiecarlie Postado em 31/03/2010 - 08:53:52
AHHHH' WEB LINDAAAAAAA..
Eu não tenho muita paciência para ler web Adaptada, mas a sua foi a 'Única' que eu li e amei de mais!
Linda e emocionante a história, e os últimos capítulos? Quase fiquei louca quando soube que tava acabando.
E mais uma coisa, eu sou Vondy, eu amooooooo de coração e tudo o casal ou o trauma Vondy e essa é a primeira web que eu li, que envolvia o casal Ponny, Vondy e Barken.
Concordo com as meninas, essa web foi e é sem dúvidas 'uma das melhores'
Beijão! -
kikaherrera Postado em 29/03/2010 - 21:32:37
Amo essa web sem duvidas é uma das melhores.
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaa -
rss Postado em 29/03/2010 - 18:12:45
como mais tarde????????????????????????/
posta agora porfa essa é uma da smelhores adaptações que eu já li.
posta maissssssssssssssssssssssssssss
por favor
posta
bjossssssssssssssssss -
rss Postado em 29/03/2010 - 18:12:44
como mais tarde????????????????????????/
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