Fanfic: Um Verão Inesquecível [Adaptada] - TERMINADA
Achei que meu coração fosse saltar do peito assim que parei diante da casa dos Uckermann na sexta-feira à tarde. Sabia que Ucker estava em casa: todos os jogadores tinham recebido ordens do treinador Wilson para descansar no mínimo uma hora antes da partida. Em poucos segundos, executaria a primeira fase de meu novo e aprimorado piano para conseguir o homem dos meus sonhos. Só torcia para ter coragem suficiente de levá-lo adiante.
A campainha soou mais alto que o normal, ou natural. Era uma daquelas campainhas que tocam música e, no caso, a música era "When the Saints Go Marching In". A vizinhança toda seguramente tomou conhecimento de minha chegada. Mas, infelizmente, não foi Ucker quem atendeu a porta.
Uma senhora alta e loira me olhou com certa desconfiança, de alto a baixo.
— Em que posso ajudá-la? — ela perguntou.
Durante alguns instantes, não consegui abrir a boca. Era a primeira vez que me via cara a cara com a mãe de Ucker e aquela não era bem a apresentação que eu havia fantasiado. Oi! Eu sou a garota que seu filho tem beijado às escondidas da namorada nestas últimas semanas. Posso entrar? Sei, sei. Certo.
— Hum... o Ucker está? — Fantástico. O jeito ideal de criar uma boa impressão inicial, Annie.
A loira alta franziu o cenho.
Será que trazia as palavras eu sou a outra tatuadas na testa?
— Ele está descansando no momento, meu bem.
Então Ucker apareceu por trás dela.
— Tudo bem, mãe. Nós só vamos conversar um minutinho.
A sra. Uckermann pelo visto não gostou muito, mas retirou-se sem dizer mais nada. Soltei um suspiro de alívio. O primeiro empecilho fora superado. Mas ainda havia um segundo e bem maior obstáculo a ser ultrapassado.
— Oi, Ucker.
— O que você veio fazer aqui? — Ucker não parecia muito satisfeito em me ver. Não houve nenhum beijo ardente, nenhum abraço caloroso, nem mesmo um meio sorriso.
Joguei meus longos cabelos loiros para o lado e, antes de mais nada, lembrei a mim mesma de um fato importante: eu estava absolutamente fabulosa no vestido azul-claro escolhido para ocasião tão momentosa.
— Também estou contente de te ver.
— Desculpe... é que... acha mesmo uma boa idéia vir falar comigo aqui em casa? A Dulce está vindo para cá, antes de eu sair para o jogo...
— Isso não vai tomar mais que uns segundos de seu tempo — interrompi.
Se ele achava que eu sairia com o rabo entre as pernas, feito um cachorrinho rejeitado, enganava-se redondamente. Não havia lei nenhuma que me impedisse de estar na porta da frente da casa de Ucker!
— Certo, hum... eu convidaria você para entrar, mas meus pais...
Fiz um gesto com a mão, descartando o convite.
— Não há necessidade de eu honrar o seu sofá com minha presença. Só vim lhe dizer uma coisa.
— O que houve? — Ucker perguntou, com um tom mais suave, mais parecido com o do cara por quem eu tinha me apaixonado no acampamento Quisiana.
— Estou pondo um ponto final nessa palhaçada — falei com frieza, tomando emprestado a expressão usada por Poncho. — Quero um relacionamento de verdade. Quero conhecer seus pais, ir aos bailes da escola com você, quero ir ao cinema com você na sexta-feira à noite.
Pare de ficar pensando nos olhos castanhos fantásticos que ele tem, ordenei a mim mesma. Lembre-se, isto tudo faz parte do grande plano.
— Annie, nós já falamos tanto sobre isso.
Desviei a vista dos delicados pelos dourados que cobriam os braços bronzeados e continuei.
—Não quero beijar o namorado de uma outra garota em um carro estacionado em uma estrada deserta, onde ninguém pode nos ver.
Fui ficando cada vez mais entusiasmada. Toda a frustração das últimas semanas começou a borbulhar e subir a superfície. A situação passava de aflitiva a imperativa e não demoraria a chegar ao estágio do absurdamente real. Eu quase, e aqui enfatizo o quase, acreditei que estava dizendo a Ucker que as coisas entre nós tinham acabado.
— Você sabe que eu não posso terminar com a Dulce, pelo menos não por enquanto, e que você não pode romper com o Poncho. — Ucker deu alguns passos para fora e fechou a porta. Infelizmente, esse pequeno movimento levou a uma diminuição considerável da distância entre nós. Minha recém-encontrada ira ameaçou derreter.
— Ucker, eu estou falando sério. É ela ou eu. Você escolhe. — Minha voz soou artificialmente ardida, quando engoli o balde de lágrimas que ameaçava jorrar de meus olhos.
— Você não pode me pedir para escolher. Não é justo. — Os belos olhos brilhavam, pedindo para eu esquecer do assunto.
— Tudo é justo na guerra e no amor — disse. — Não posso continuar assim.
Ucker estendeu a mão para mim, mas eu recuei um passo. Qualquer forma de contato físico anularia por completo meu plano.
— Estou indo, agora. — Minha voz saiu embargada de lágrimas. — A gente se vê na escola, na segunda. Talvez.
— Você não pode simplesmente aparecer aqui em casa e me atirar isso na cara - Ucker insistiu. — Vamos nos encontrar amanhã e discutir isso melhor.
Eu havia me preparado para esse convite. Sabia que qualquer encontro particular com ele resultaria em anulação de meu ultra-super-hiper-bem pensado esquema. Balancei a cabeça.
— Não temos mais nada para discutir, até que você e a Dulce tenham terminado oficialmente.
Girei nos calcanhares das sandálias de salto plataforma e fui mais que depressa na direção do meu Oldsmobile. Era essencial que me afastasse o máximo possível da casa de Ucker. Meu coração parecia ter sido atingido por uma marreta.
— Annie, eu amo você — ainda tive tempo de ouvir Ucker dizer bem baixinho.
Eu me achava tão perto de voltar e correr para os braços dele, que as sandálias na verdade ameaçaram tomar o caminho da porta. Ainda bem que o cérebro deteve o corpo e continuei andando na direção do carro. Não iria desistir. Não podia desistir.
Ucker continuava parado na frente da casa quando dei a partida no meu conversível e afastei-me da calçada. Tinha dito tudo o que prometera a mim mesma. A partir daquele momento, Ucker e eu não tínhamos mais nada. Pelo menos era esse o plano. E, a partir de segunda-feira, passaríamos a percorrer a acidentada trilha rumo a reconciliação. Eu apostava nisso.
Autor(a): narynha
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Na segunda-feira, por volta do meio-dia, as divindades do tempo sopraram a meu favor. Os dias geralmente ensolarados da Flórida levavam quase todos os alunos da Glendale a se esparramar nos jardins da escola na hora do almoço. Mas chovia, e a maioria se amontoou na cantina. Teria precisamente a platéia que havia pretendido. Poncho e eu estávamos l ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 157
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kikaherrera Postado em 31/03/2010 - 23:33:22
Lindoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooomo final dessa web.Narynha como sempre arrasando.
-
rss Postado em 31/03/2010 - 11:33:55
o final foi perfect
omg até agora tento merecuperar pq foi muito
maraaaaaaaaaaaa
besossssssssss -
rss Postado em 31/03/2010 - 11:33:55
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omg até agora tento merecuperar pq foi muito
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nessiecarlie Postado em 31/03/2010 - 08:53:52
AHHHH' WEB LINDAAAAAAA..
Eu não tenho muita paciência para ler web Adaptada, mas a sua foi a 'Única' que eu li e amei de mais!
Linda e emocionante a história, e os últimos capítulos? Quase fiquei louca quando soube que tava acabando.
E mais uma coisa, eu sou Vondy, eu amooooooo de coração e tudo o casal ou o trauma Vondy e essa é a primeira web que eu li, que envolvia o casal Ponny, Vondy e Barken.
Concordo com as meninas, essa web foi e é sem dúvidas 'uma das melhores'
Beijão! -
kikaherrera Postado em 29/03/2010 - 21:32:37
Amo essa web sem duvidas é uma das melhores.
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaa -
rss Postado em 29/03/2010 - 18:12:45
como mais tarde????????????????????????/
posta agora porfa essa é uma da smelhores adaptações que eu já li.
posta maissssssssssssssssssssssssssss
por favor
posta
bjossssssssssssssssss -
rss Postado em 29/03/2010 - 18:12:44
como mais tarde????????????????????????/
posta agora porfa essa é uma da smelhores adaptações que eu já li.
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