Fanfic: Um Verão Inesquecível [Adaptada] - TERMINADA
— Você não me disse que ele era um gato — Maite me cochichou quase sem fôlego. — Quer dizer, você disse que ele era incrível, essa coisa toda, mas eu não fazia idéia de que era tão lindo.
Tinha ido direto da escola para o aeroporto pegar Maite. Até vê-la na minha frente, não havia percebido como sentia sua falta. Trocamos um abraço tão apertado que meus óculos escuros voaram da cabeça e aterrissaram aos pés de um turista de meia-idade de New Jersey. O olhar hostil do indivíduo quase nos matou de tanto rir. Maite e eu em apuros: igualzinho aos velhos tempos.
Estávamos as duas no quintal de casa, enquanto Poncho, o amigo dele Christian e papai acendiam a churrasqueira para uma refeição estritamente vegetariana ao ar livre. A mãe de Poncho tinha ido até a cozinha para montar uma salada semipronta. Ou seja, não restava nada para Maite e eu fazermos, a não ser sentar nas espreguiçadeiras e tomar o solzinho da tarde. Fazia semanas que não me sentia tão relaxada. Pelo menos naquele momento, não havia planos, tramas ou complôs. Era como se eu tivesse voltado a ser a velha e boa Annie de sempre.
Dei uma olhada para Poncho e encolhi os ombros.
— Até que ele não é mau, para quem gosta do tipo.
Os cabelos negros de Maite voaram de lá para cá, quando ela sacudiu a cabeça.
— Pára com isso, Annie. Você tem de admitir que ele é o maior gato.
— É, imagino que seja.
Do outro lado do quintal, Poncho ergueu a vista.
— Está pronta para fazer um giro pela minha coleção, Maite? — gritou.
— Giro? — perguntei. De repente, percebi que estava tendo um ataque irracional de ciúmes porque os dois haviam feito planos sem me avisar. — Que giro?
— Convenci o Poncho a me mostrar o trabalho dele. Pelo visto, ele tem uma garagem inteira repleta de vasos e potes em casa.
— A mim ele nunca convidou para dar um giro por lá.
Pensando bem, nunca tinha posto os pés na casa de Alfonso Herrera. Era sempre ele que vinha me ver. Quer dizer então que Maite iria a casa de Poncho, e eu nunca tinha estado lá? Essa idéia me incomodou de um jeito perturbador.
Maite me deu uma olhada por cima dos óculos escuros de gatinho que ela havia comprado especialmente para a viagem à Flórida.
— Alguma vez você mostrou interesse?
— Bem... não. — Afinal, não era preciso que eu visse cada objeto de arte criado por Poncho desde o instante em que ele viera ao mundo. Mas já tinha visto muita coisa dele, no ateliê de papai. Entretanto, apesar dos pesares, não conseguia evitar de me perguntar como seria o seu quarto. Será que havia gravuras nas paredes? Era cheio de objetos esculpidos por ele? Será que os lençóis ainda eram aqueles com estampas do Snoopy, dos tempos de garoto? Por melhor que eu o conhecesse, não sabia nada de seu mundo particular. Estava sempre preocupada demais comigo mesma para me importar com ele.
Maite tirou a camiseta branca que usava, revelando um biquíni vermelho reduzidíssimo por baixo.
— Você acha que esse sol ainda bronzeia?
Ergui as sobrancelhas.
— Bronzear, bronzeia, para quem não liga para as leis de ultraje ao pudor que temos neste estado.
Maite sorriu de orelha a orelha.
— Sempre fui rebelde. — E fechou os olhos para o sol já baixando.
— E então, Maite, o que está achando da Flórida até o momento? — Christian perguntou a ela, de seu lugar ao lado da churrasqueira.
Maite abriu os olhos e sorriu de novo.
— Estou adorando tudo, o sol, as praias, os churrascos...
— Sem esquecer dos caras fantásticos que temos por aqui — Poncho falou em tom de troça, vindo em nossa direção. — Somos uma raça especial, nós, habitantes da Flórida.
Será que detectei um tom de paquera na voz de Poncho? Era algo novo para mim. Um idiota completo, era isso que ele era. Mal podia esperar para que Maite o pusesse em seu devido lugar.
— Creio que preciso ver um pouco mais do que a Flórida tem para oferecer, antes de comentar sobre a população masculina do estado — Maite retrucou.
Poncho riu.
— Acho que, nesse departamento, posso ajudar você.
Muito bem, essa história começava a ficar enjoativa. E tremendamente irritante. Sabia que não deveria levar em conta, mas não gostei da idéia de Poncho e Maite juntos.
— Poncho, você não está com um hambúrguer de soja ou algo parecido na grelha? — interrompi. — A Maite e eu estamos tentando ter uma conversinha particular.
Poncho recuou alguns passos.
— Mil perdões, esqueci por um segundo que qualquer conversa que não gire em torno de Ucker não vale a pena ser conversada. — E voltou para a churrasqueira.
— Rá-rá-rá — respondi. Era a primeira vez que ele me irritava tanto assim, pelo menos que eu me lembrasse. Mas tudo levava a crer que esse era o seu comportamento de praxe, quando se exibia para as garotas.
Christian passou a mão pelos cabelos coloridos espessos.
— Uma coisa é certa, vocês dois tem a dinâmica mais esquisita que já vi para um casal de namorados.
— Muito engraçado — reagi. Christian era a única pessoa, fora Maite, que sabia sobre Poncho e eu só estarmos fingindo. Torci para que papai não tivesse entendido o comentário. Não estava a fim de passar por um interrogatório.
— Voltem já para os hambúrgueres! — ordenei aos dois. Quando eles se viraram para a churrasqueira, Maite me deu um sorrisinho maroto.
— Agora me fale um pouco sobre o Christian. Ele também não é mau.
— O Chris é um cara legal, blá, blá, blá. — Tentei ignorar a pequena onda de irritação que ameaçava desabar sobre mim. — E o Poncho não é tão gato assim.
Certo, pega leve, Annie, disse para mim mesma. Maite era a melhor amiga que eu tinha neste mundo e Poncho era o melhor amigo que eu tinha na Flórida. Não havia motivo para não me sentir felicíssima por estarem se dando tão bem. Exceto pelo fato de que a simples idéia me fazia querer vomitar.
— Mal posso esperar pela festa de hoje à noite — falei, pronta para desviar o assunto da figura de Poncho por uns tempos.
— Você finalmente vai conhecer o Ucker. — o zagueiro do time de futebol, iria dar um festão para comemorar a viagem de duas semanas dos pais a Europa. — Mas me conte sobre Derrick.
Maite suspirou dramaticamente. Quase pude ver a imagem de todos os outros meninos — a de Poncho inclusive — esvaírem de sua mente. Fato que, devo admitir, me deu uma imensa sensação de alívio.
— Ele é maravilhoso... — ela começou.
Enquanto Mai partia para seu monólogo sobre as virtudes de Derrick James, fechei os olhos e me preparei para ouvir. A vida era simplesmente isto: uma reunião com os amigos — em uma tarde ensolarada.
Sim, era certeza quase absoluta de que Ucker e Dulce iriam a festa. E, se eles fossem, eu estava disposta a fazer algo bem maluco para chamar a atenção de Ucker. Só não queria pensar na cena, propriamente dita, até ser absolutamente necessário montá-la. Por enquanto, o melhor era ir devagar com o andor, sentir o doce cheiro do mar e curtir a vida.
Autor(a): narynha
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 157
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kikaherrera Postado em 31/03/2010 - 23:33:22
Lindoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooomo final dessa web.Narynha como sempre arrasando.
-
rss Postado em 31/03/2010 - 11:33:55
o final foi perfect
omg até agora tento merecuperar pq foi muito
maraaaaaaaaaaaa
besossssssssss -
rss Postado em 31/03/2010 - 11:33:55
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nessiecarlie Postado em 31/03/2010 - 08:53:52
AHHHH' WEB LINDAAAAAAA..
Eu não tenho muita paciência para ler web Adaptada, mas a sua foi a 'Única' que eu li e amei de mais!
Linda e emocionante a história, e os últimos capítulos? Quase fiquei louca quando soube que tava acabando.
E mais uma coisa, eu sou Vondy, eu amooooooo de coração e tudo o casal ou o trauma Vondy e essa é a primeira web que eu li, que envolvia o casal Ponny, Vondy e Barken.
Concordo com as meninas, essa web foi e é sem dúvidas 'uma das melhores'
Beijão! -
kikaherrera Postado em 29/03/2010 - 21:32:37
Amo essa web sem duvidas é uma das melhores.
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaa -
rss Postado em 29/03/2010 - 18:12:45
como mais tarde????????????????????????/
posta agora porfa essa é uma da smelhores adaptações que eu já li.
posta maissssssssssssssssssssssssssss
por favor
posta
bjossssssssssssssssss -
rss Postado em 29/03/2010 - 18:12:44
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