Fanfics Brasil - Um verão inesquecível - capitulo 49 Um Verão Inesquecível [Adaptada] - TERMINADA

Fanfic: Um Verão Inesquecível [Adaptada] - TERMINADA


Capítulo: Um verão inesquecível - capitulo 49

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Legal? Ucker ultrapassava todas as fronteiras do legal. Mas como esperar que Maite apreciasse suas infinitas qualidades sem ter falado com ele? Ela nunca ouviu os elogios que eu escutei em voz sussurrada, nunca riu de seus comentários espirituosos. Nunca o viu disparar pelo campo de futebol em controle total da bola.
— Tudo bem, vou parar de tentar convencê-la de que Ucker e eu somos almas gêmeas. — Eu tinha cansado das reações muito pouco entusiastas de Maite em relação a tudo o que dissesse respeito ao cara dos meus sonhos. — Entretanto, vou lhe mostrar como uma garota transforma o homem de suas fantasias no homem de sua vida.
— Hum... ah. Lá vamos nós — disse-me ela, em um tom de voz meio professoral, mas pude ver a curiosidade cintilando em seus olhos. Maite estava louca para saber o que eu iria aprontar, e eu louca para por mãos a obra.
— Cadê o Poncho? — perguntei.
Embora Maite, Christian e eu tivéssemos ido no carro de Poncho, ele havia desaparecido de vista assim que entramos na casa de Danny.
Percorri a sala lotada até que por fim meus olhos o encontraram. Poncho estava parado ao lado do aparelho de som, entretido no que me pareceu uma discussão acalorada. Provavelmente debatia os méritos relativos do Hole em relação a Andy Gibb. Já havia reparado que o gosto musical dele pendia para o nostálgico.
Agarrei Maite pelo cotovelo e arrastei-a em direção ao som, que tomava todo um canto da sala. Curvei-me sobre uma pilha de discos a procura da canção romântica perfeita. Quando encontrei o disco ideal, abri o encaixe do CD. Adeus, Smashing Pumpkins.
— Ei, o que houve com a música? — alguém berrou.
— Já vai, já vai — gritei de volta. — Só mais um minutinho.
— Introduzi o CD escolhido com todo o carinho, aproximei-me de Poncho e passei o braço por sua cintura.
— Preparado para mais uma atuação digna de um Oscar? — perguntei.
Poncho franziu a testa.
— O que você tem em mente?


— Já vai ver. — Peguei a mão dele e levei-o para o meio da sala. A mudança de música tinha provocado justamente o efeito que esperava. As violentas contorções de antes tinham sido substituídas por alguns rostos colados.
Poncho enlaçou minha cintura, e eu pus as mãos em volta de seu pescoço. Em segundos, olhávamos fundo um nos olhos do outro e dançávamos como se estivéssemos tão-somente buscando uma desculpa para nos aproximar.
Meu parceiro me puxou mais para perto, e eu descansei a cabeça em seu peito. Por alguns segundos, fechei os olhos e me entreguei a música suave, romântica. Uma parte de mim desejava apenas dançar ao sabor da melodia, nos braços de Poncho. Mas tinha trabalho a fazer.
Abri os olhos e dei uma espiada na sala. Ucker e Dulce também dançavam, não muito longe de nós, enlaçados nos braços um do outro do mesmo jeito que Poncho e eu. Cinco, quatro, tres, dois, um...
Ele me viu. Na verdade, viu os dois. E não me pareceu muito satisfeito. Virei a cabeça para cima e fitei uma vez mais os meigos olhos esverdeados de Poncho. Respirei fundo, enchendo os pulmões de ar quase a ponto de estourar. O momento havia chegado. Um, dois, três. Expirar.
Firmei as mãos no pescoço de Poncho e puxei sua cabeça para mim.
— Não vá me deixar na mão — cochichei.
Poncho meneou a cabeça de maneira quase imperceptível. Instantes depois, estávamos nos beijando. Os lábios macios e quentes de Poncho aproximaram-se dos meus, devagar. O resto da festa, o mundo inteiro, parecia ter sumido por completo durante aquele abraço apertado em que nós nos beijamos, nos beijamos, nos beijamos. As mãos de Poncho afagavam minhas costas e meus dedos encontraram sozinhos o caminho até seus cabelos negros.
Vindo de muito, muito longe, uma voz me dizia que o propósito daquele beijo não era o de me divertir. A intenção era deixar Ucker enciumado. Forcei-me a abrir os olhos. Furioso, Ucker tinha largado Dulce plantada no meio da sala e estava vindo direto para cima de Poncho.
Afastei os lábios da boca de Poncho e recuei um pouco.


—Beija isso aqui, ó, Herrera! — Ucker berrou.
—O quê...! — Poncho exclamou.
O braço de Ucker ergueu-se de repente, e o punho desceu direto no rosto de Poncho.
Olhei horrorizada. Poncho estava estatelado no chão, com sangue jorrando do nariz.
— Ucker, o que você está fazendo! — gritei.
—Minha nossa! — O brado veio de Maite, que correu para o lado de Poncho.
Ajoelhei-me do lado e pus a cabeça dele no colo. Minha trama tinha fugido totalmente ao controle.
—Poncho, tudo bem com você? — sussurrei.
—Acho que sim... estou meio zonzo. — A voz dele era baixa, e as palavras saíram arrastadas.
—Ucker, você enlouqueceu? — Dulce berrou de longe. — O que está havendo?
Ucker olhou de mim para Dulce.
—Eu, hum... eu não sei. — Estava ofegante, o rosto avermelhado.
C. J. e Danny aproximaram-se e pegaram Ucker pelos braços.


— Calma, cara — disse Danny. — Controle-se.
—Olha, use isto aqui para limpar o sangue. — Dulce estendeu um pano de prato.
Peguei o pano e enxuguei o sangue que escorria do nariz de Poncho. Eu era uma idiota completa. As coisas não estavam saindo conforme o planejado.
—Hum... obrigada.
Ergui os olhos e vi que Ucker me olhava.
—Venha, Annie. Nós vamos embora. — Afastando-se de C. J. e Danny, Ucker me estendeu a mão.
—Ucker, eu...
—Agora — ele interrompeu, os olhos furiosos. Dulce franziu o cenho.
—Ucker, fale comigo! — Ela parecia prestes a chorar. — Não estou entendendo nada.
—Eu sinto muito, Dulce — Ucker falou, num tom bem mais gentil. — Mas a Annie e eu temos de ir embora.
Em meu íntimo, travava-se uma batalha feroz. O sangue continuava pingando do nariz de Poncho e ele não parecia nem um pouco apto a se levantar. Metade de mim queria sair correndo da festa, ao lado de Ucker, e a outra metade queria ficar e cuidar de Poncho. Quer dizer, ele tinha levado um soco por mim... só que, por outro lado, Ucker tinha dado um soco por mim. Até ali, e em todos os meus anos de encontros e namoros, ninguém havia feito nem uma coisa nem outra!


— Você quer ir embora com ele, Annie? — Poncho perguntou baixinho. — É isso que você quer?
Engoli em seco.
— Eu... eu...
Senti os olhos de Maite fixos em mim e virei-me para ela.
— Mai, o que você acha? — cochichei.
Seu olhar respondeu a minha pergunta. Fique. Não o deixe aqui sozinho. Mas, em voz alta, tudo o que ela me disse foi:
— Cabe a você decidir.
Em algum lugar, ao fundo, eu ouvia a voz de Dulce. Ela parecia bastante perturbada, mas eu estava concentrada demais no debate que ocorria dentro de mim para entender. Tudo o que eu sabia é que as coisas pioravam cada vez mais e em um ritmo acelerado.
— Vá em frente, Annie — Poncho sussurrou por fim. — Eu estou bem.
Dei uma olhada para Maite.
— Eu assumo, daqui para a frente — ela disse, abaixando-se para colocar a cabeça de Poncho em seu colo. — Eu dirijo o carro dele. Pode deixar.
Pelo que me pareceu uma eternidade, fitei o rosto ensangüentado de Poncho. Fique. Vá. Fique. Vá.
— Annie, vamos — Ucker ordenou, enfezado. — Vamos dar o fora daqui.
Ergui-me do chão; eu tinha esperado tempo demais por esse momento para deixá-lo escapar.
— Tem certeza de que é isso que você quer fazer? — Maite perguntou em voz baixa.
Meneei a cabeça devagar. Em seguida, lancei um olhar culpado para Poncho e segui Ucker pela sala. Ao sair, senti os olhos de Dulce abrindo um buraco em minhas costas.
— Não faça isso, Ucker! — ela ainda gritou. — Não me deixe!
Mas Ucker continuou em frente, e eu atrás. A cada passo, esperava ser tomada por sentimento eufórico que não vinha e, finalmente, ao cruzar a porta da frente, me senti péssima.
Ucker tinha optado por mim e tudo em que eu conseguia pensar era no sangue escorrendo pelo rosto de Poncho. Eu vencera, mas a que preço?





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Autor(a): narynha

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Vinte minutos depois, Ucker e eu paramos no estacionamento ao ar livre da praia. Do banco do carro, dava para enxergar as ondas negras arrebentando na areia. Vi quando Ucker desligou o motor, mas só conseguia pensar em Poncho. Ambos havíamos feito o trajeto praticamente em silêncio, até ali. Eu não sabia o que lhe ia pela cabeça, ma ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 157



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  • kikaherrera Postado em 31/03/2010 - 23:33:22

    Lindoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooomo final dessa web.Narynha como sempre arrasando.

  • rss Postado em 31/03/2010 - 11:33:55

    o final foi perfect
    omg até agora tento merecuperar pq foi muito
    maraaaaaaaaaaaa
    besossssssssss

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  • nessiecarlie Postado em 31/03/2010 - 08:53:52

    AHHHH' WEB LINDAAAAAAA..

    Eu não tenho muita paciência para ler web Adaptada, mas a sua foi a 'Única' que eu li e amei de mais!
    Linda e emocionante a história, e os últimos capítulos? Quase fiquei louca quando soube que tava acabando.
    E mais uma coisa, eu sou Vondy, eu amooooooo de coração e tudo o casal ou o trauma Vondy e essa é a primeira web que eu li, que envolvia o casal Ponny, Vondy e Barken.
    Concordo com as meninas, essa web foi e é sem dúvidas 'uma das melhores'

    Beijão!

  • kikaherrera Postado em 29/03/2010 - 21:32:37

    Amo essa web sem duvidas é uma das melhores.
    Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaa

  • rss Postado em 29/03/2010 - 18:12:45

    como mais tarde????????????????????????/
    posta agora porfa essa é uma da smelhores adaptações que eu já li.
    posta maissssssssssssssssssssssssssss
    por favor
    posta
    bjossssssssssssssssss

  • rss Postado em 29/03/2010 - 18:12:44

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