Fanfics Brasil - Um verão inesquecível – capitulo 03 Um Verão Inesquecível [Adaptada] - TERMINADA

Fanfic: Um Verão Inesquecível [Adaptada] - TERMINADA


Capítulo: Um verão inesquecível – capitulo 03

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-Não acredito que você vai embora. Eu não acredito. – Maite já tinha repetido essas mesmas duas frases aproximadamente umas mil e quinhentas vezes desde que soubera da noticia. Mas quando o dia da mudança se aproximou, a voz começou a ficar mais chorosa. Os luminosos olhos pretos mostravam-se tristonhos, e até mesmo o cabelo ruivo encaracolado parecia meio borocoxô.
Enfiei uma nova peruca na cabeça. Essa era longa, castanha e sem franja. Depois de ter feito o pior corte de cabelo de toda a minha vida, havia ficado obcecada com a idéia de comprar uma peruca. Tínhamos passado, Maite e eu, os últimos quarenta e cinco minutos dentro da loja Sunny Wigs, e eu já tinha experimentado mais de uma dúzia de estilos diferentes.
- Mai, nós já conversamos sobre esse assunto. – Não queria admitir, mas estava prestes a ter eu mesma uma gravíssima crise de choro.
Maite arrancou a peruca castanha de minha cabeça e substituiu por outra também até os ombros, em tons de acaju, mais para o estilo de “mulheres-de-trinta-anos-bem-sucedidas”.
-Não acredito que você vai embora – repetiu mais uma vez.
Não gosto de despedidas emotivas. Não chorei nem no dia em que Ucker foi embora. Pelo menos, não na frente dele. Depois que entrei em casa, porém, fui direto pra cama, puxei as cobertas e despejei mais ou menos um balde de lágrimas. Em seguida, enxuguei os olhos e fui comemorar a despedida com os amigos.
- Você tem montes de amigas – ressaltei, arrancando a falsa cabeleira. – Além do mais, comigo fora da jogada, você já está praticamente eleita a rainha do baile de boas-vindas. – Tirei uma peruca loira encaracolada do balcão e enterrei na cabeça de Maite.
- Nossa, obrigada pelo voto de confiança – Maite respondeu com secura.
- Ora, ora, é para isso que eu estou aqui – retruquei sem me dar por vencida.
- Corrigindo, era para isso que você estava aqui. – Maite me entregou uma peruca em tons escuros de loiro. Gostei do estilo: na altura dos ombros com uma franja curta de Cleópatra.


Minha amiga não jogou limpo.
- Annie, você está cansada de saber que vou estar a um telefonema de distância. E a um pulo de avião.
Ela meneou lentamente a cabeça, depois sorriu.
- Bom, pelo menos eu vou conseguir um bronzeado fantástico, quando for visitá-la. – Durante nossa longa amizade, e a poder de muita doutrinação, eu acabara convencendo Maite dos benefícios de pensar positivo. Como eu, ela nunca ficava muito tempo no fundo do poço.
Olhei-me no espelho, semi-satisfeita com o reflexo. Poderia viver com aquele cabelo, até que minhas próprias melenas loiras recuperassem a antiga glória e o comprimento de antes. De repente, porém, senti-me vivamente consciente de que, se por algum terrível acaso, eu voltasse a errar o corte de cabelo, Maite não estaria do meu lado lá na Flórida para segurar minha mão (ou meus cabelos). Foi uma lembrança horrível. Continue pensando positivo, ordenei a mim mesma.
-Será que o Ucker vai gostar de mim nesta peruca? – perguntei, louca para levar a conversa para outros rumos que não a iminente despedida de duas grandes amigas.
Maite sacudiu a cabeça.
- Você não vai mais estar usando peruca, até chegar lá, Annie.
Dei de ombros.
- Nunca se sabe. Pode ser que eu decida que é melhor ter cabelo falso do que verdadeiro. – Calei-me por um instante, de cenho franzido para a imagem refletida no espelho. – Quer dizer, olhe só para mim. Eu pareço uma vassoura usada.
Maite girou os olhos.
- Certo. Sei reconhecer uma pessoa tomada pela ansiedade.
- E posso saber o que significa isso? – perguntei, largando um pouco do espelho.
- Você está preocupada com o Poncho e você, não é verdade? – E Maite bateu o pé no chão, à espera de uma resposta.
Não disse nada. Não sou muito chegada em conversinhas femininas adocicadas. E odeio admitir que não tenho confiança em mim mesma. Simplesmente não é meu estilo.
- Vai, confessa mocinha – Maite continuou. – Eu conheço você. Sei que está preocupada porque ainda não recebeu nenhuma carta dele.


Não era uma pergunta. Era uma afirmação.
- Estou – admiti.
Não havia necessidade de elaborar o assunto. Afinal, tinha passado cada segundo dos últimos dias obcecada com a caixa vazia do correio e com o silêncio do telefone. E tinha dado a mim mesma um milhão de motivos para explicar por que ele ainda não tinha me escrito. A hipótese mais plausível era a de que Ucker teria perdido meu número de telefone e endereço em algum lugar no trajeto do Maine até a Flórida. Todos nós abemos que pedacinhos de papel têm um jeito todo especial de desaparecer no espaço.
Maite fez um gesto com a mão, como se quisesse apagar minhas preocupações.
- Você sabe que ele quer falar com você. Mas deve estar passando por alguma dificuldade técnica.
- Eu sei. Mas agora ele não vai poder mais me achar! Mesmo que tenha encontrado meu endereço e tenha me escrito uma carta, nunca mais eu vou receber! Eu terei ido embora!
- Já não prometi que vou conferir sua caixa de correio todos os dias, depois que você for para a Flórida? – Maite me lemnbrou.. – Além do mais, se o destino de vocês for o reencontro, haverá um reencontro. Vocês vão se ver de novo, sossegue.
Tirei a peruca da cabeça com desânimo.
- Já não tenho mais tanta certeza disso. Quer dizer, só porque vamos estar no mesmo estado, não significa que será mais fácil encontrá-lo.
- Mas assim que você falar com a diretora do acampamento, saberá onde ele mora. – Maite ressaltou. – Além do mais, eu te conheço, Anahí Giovanna Puente Portilla. Você sempre consegue o que quer. E vai descobrir o paradeiro de Ucker, haja o que houver.
- Você tem razão, Mai. – Eu me senti um pouco melhor. – E, quando eu descobrir, Ucker vai ficar tão emocionado de me ver que vai me arrebatar nos braços e me beijar até eu sentir que vou desmaiar. – Esse era um devaneio que eu já vivera tantas vezes nos últimos dias. Era o que me mantinha de cabeça erguida.


- É isso mesmo. – Maite meneou a cabeça com todo o vigor.
Sorri para ela, com uma sensação de alívio que me invadiu o corpo todo. Engoli de volta as dúvidas e me concentrei na fantasia positiva do reencontro com Ucker.
- Adoro você, Mai. – Nunca tinha dito isso para ela. Grandes amigas em geral não precisam dizer essas coisas uma para a outra. Fica subentendido. Mas momentos dramáticos pedem medidas drásticas e aquele era decididamente um momento dramático.
- Eu também adoro você, Annie. – Maite deu um passo adiante e nós nos abraçamos, bem apertado. Não queria me afastar dela, jamais, mas tinha assuntos importantes a tratar, que simplesmente não poderiam esperar.






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Autor(a): narynha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 157



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  • kikaherrera Postado em 31/03/2010 - 23:33:22

    Lindoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooomo final dessa web.Narynha como sempre arrasando.

  • rss Postado em 31/03/2010 - 11:33:55

    o final foi perfect
    omg até agora tento merecuperar pq foi muito
    maraaaaaaaaaaaa
    besossssssssss

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  • nessiecarlie Postado em 31/03/2010 - 08:53:52

    AHHHH' WEB LINDAAAAAAA..

    Eu não tenho muita paciência para ler web Adaptada, mas a sua foi a 'Única' que eu li e amei de mais!
    Linda e emocionante a história, e os últimos capítulos? Quase fiquei louca quando soube que tava acabando.
    E mais uma coisa, eu sou Vondy, eu amooooooo de coração e tudo o casal ou o trauma Vondy e essa é a primeira web que eu li, que envolvia o casal Ponny, Vondy e Barken.
    Concordo com as meninas, essa web foi e é sem dúvidas 'uma das melhores'

    Beijão!

  • kikaherrera Postado em 29/03/2010 - 21:32:37

    Amo essa web sem duvidas é uma das melhores.
    Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaa

  • rss Postado em 29/03/2010 - 18:12:45

    como mais tarde????????????????????????/
    posta agora porfa essa é uma da smelhores adaptações que eu já li.
    posta maissssssssssssssssssssssssssss
    por favor
    posta
    bjossssssssssssssssss

  • rss Postado em 29/03/2010 - 18:12:44

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