Fanfic: Garota Perigosa AyA FINALIZADA | Tema: AyA,Drama

Havia algo no olhar de Alfonso que fez que Anahi se sentisse culpada. Seu
próprio medo deixava de ter importância ao compará-lo com a dúvida que
atormentava-o. Era horrível para um homem perder a virilidade. Podia culpá-lo por
querer comprovar se a tinha recuperado?
Lentamente, afastou-se da poltrona e deixou os braços soltos a ambos os lados
do corpo. Depois de tudo, tinha-o visto completamente nu e tinha notado sua
excitação contra seu corpo sem sucumbir à histeria. Além disso, amava-o e estava
vivo. De repente, recordou a imagem de Alfonso aprisionado no carro, com o rosto
coberto de sangue e o olhou com a maior ternura do mundo.
Alfonso observou o rosto do Anahi. Tinha as mãos nos bolsos e estava quieto,
apesar de que se sentia violento ante a expressão do Anahi.
— Vai ficar aí parado? — disse ela depois de um momento.
— Sim — disse Alfonso olhando-a nos olhos.
No início, Anahi não compreendeu. Logo Alfonso sorriu fracamente e se deu
conta do que queria.
— Oh — exclamou Anahi —, quer que te beije.
Alfonso assentiu mas continuou sem mover-se.
Com aquela atitude conseguiu que Anahi se sentisse menos insegura.
Aproximou-se tanto dele que podia sentir o calor de seu corpo e cheirar o aroma
de sua colônia. Acariciou-lhe a bochecha e o lábio inferior.
Alfonso suspirou. Notava que Anahi estava tensa, entretanto, seguiu quieto.
Anahi sentia uma grande curiosidade. Havia algo intenso e profundo nos olhos
de Alfonso. Embora não sabia o que era. Não soube até que se apertou contra ele.
— Não era mentira — disse Alfonso entre dentes com uma estranha voz — Não
quero que tenha medo, assim, se quiser parar, esta é sua última oportunidade.
Anahi vacilou, mas Alfonso tirou as mãos dos bolsos e a pegou pela cintura.
Atraiu-a contra si com suavidade e a moveu contra seu ventre muito devagar.
Daquela maneira não lhe dava medo. Ao contrário, ficou fascinada pelo que
sentiu.
— Sim, verá que eu também sou vulnerável. Minhas pernas estão trêmulas.
Percebe isso? — disse Alfonso atraindo-a ainda mais para si para que pudesse darse
conta do que dizia — Pode notar quanto te desejo?
Anahi se sentiu um pouco incômoda ao ouvir aquelas intimidades. Ruborizou-se,
mas ao querer afastar o olhar, Alfonso segurou o seu queixo e a obrigou a olhá-lo.
— Não precisa ter medo. Não sou um monstro — disse Alfonso com aspereza —
Perdi o controle e te machuquei, fisicamente e emocionalmente, quando mais
cuidado necessitava, mas não voltará a acontecer.
Anahi tragou saliva. Sentir o contato do corpo de Alfonso a deixava nervosa,
mas também a excitava até o ponto de desejá-lo. Viu-se presa em sensações
confusas. Sentia-se incômoda, mas ao mesmo tempo estava impaciente.
Alfonso deu um longo suspiro, gemeu e logo soltou uma gargalhada.
— Deus, que bem me sinto!
Estremeceu, olhou-a nos olhos e moveu-a contra si mesmo. Anahi seguiu com um
pequeno movimento rítmico, mas de forma inconsciente. Alfonso apertou os dentes
e voltou a rir.