Fanfic: Garota Perigosa AyA FINALIZADA | Tema: AyA,Drama

— E trate de comer mais.
— Está bem.
— Não vá a nenhuma parte sem dizer a Corlie ou ao Rodge.
— Tudo bem.
— E se algo vai mal, me chame, não trate de solucionar você sozinha.
— Algo mais?
Alfonso voltou a sentir-se incômodo.
— Não se aproxime dos cavalos. Não monte até que não estejamos seguros.
— É um pesadelo — murmurou Anahi com um olhar zombador — Imagine, você
preocupando-se comigo.
Alfonso não reagiu com humor, tal como Anahi esperava. De fato, parecia mais
sério que nunca. Acariciou o cabelo dela e apreciou seu suave tato, e olhando-a
disse:
— Sempre me preocupei com você.
Anahi suspirou e se fixou no quanto Alfonso estava bonito, com o traje cinza
que vestia.
— Não posso acreditar que me pertença — disse, e se deu conta da expressão
de surpresa de Alfonso ao ouvir suas palavras.
Aquela observação deveria lhe haver agradado, mas não foi assim. Unido ao
vulnerável que se sentia em seus braços, deixava-o furioso. Tirou a mão do cabelo
dela e deu meia volta.
— Esta noite te ligo. Cuide-se.
Anahi se ruborizou. Deu-se conta de que seus problemas com Alfonso não
tinham terminado, mas sim não tinham feito mais que começar.
— Alfonso!
Alfonso se deteve e a olhou com impaciência.
Anahi vacilou e franziu o cenho. Soube que a partir daquele momento ia ter
muitos problemas para aproximar-se dele. Assim a primeira vez tinha que fazê-lo
bem.—
O matrimônio não funciona bem assim — disse escolhendo as palavras com
cuidado — Faz falta alguma cooperação, e compromisso. Eu posso andar a metade
do caminho, mas não tudo.
— O que quer dizer?
— É meu marido — disse Anahi, e sentiu um pequeno formigamento ao
pronunciar aquela palavra.
— E por isso acha que te pertenço, porque me casei contigo? — perguntou com
um tom perigosamente suave.
Anahi o olhou durante um longo instante antes de responder.
— Lembre-se que não fui eu quem pediu que casasse comigo — disse com calma
— Foi você que veio para mim, não ao reverso.
Alfonso fez uma careta ante a altiva expressão de Anahi.
— Fui buscá-la para que não se convertesse em uma mãe solteira. Ou acha que
tinha outros motivos? — perguntou Alfonso com um sorriso zombador — Ou acha
que estou louco de amor por você?
— É óbvio que não — disse Anahi com certa submissão — Sei que não me ama.
Sempre o soube.
Alfonso não chegava a entender por que sentia necessidade de ser tão
desagradável com ela. A alegria tinha desaparecido dos olhos dela e seu rosto já
não estava radiante. Se estava grávida, como suspeitavam, deixá-la de mau humor
era quão pior podia fazer. Mas agora lhe pertencia, e ele ardia de desejo por ela.
Desejava-a com uma paixão tão dominante que podia deixá-lo em suas mãos para
sempre. E não era esse o único medo que estava conjurando. Cada minuto que
passava tinha menos vontade de partir, assim tinha que ir o quanto antes. Precisava
ficar sozinho para enfrentar-se consigo mesmo. Por que ela tinha que olhá-lo
daquele modo?
Seu silêncio o fazia sentir-se culpado.
— Boa viagem — disse Anahi por fim.
— Não escapará enquanto estiver fora? — perguntou Alfonso inesperadamente.
Anahi se ruborizou — Droga...!
— Não me fale assim — replicou Anahi. Tremia-lhe o lábio inferior e apertou os
punhos. Estava chorando — E não sou eu que está a ponto de fugir, é você. Não
pode suportar a idéia de ter uma esposa, não é? Sobre tudo eu!
A voz de Anahi chegou aos ouvidos da Corlie, que se encontrava no vestíbulo. A
mulher foi à habitação e ficou estupefata ante a cena que viu ante seus olhos. Ali
estava Alfonso, com uma mala na mão, e Anahi estava frente a ele, chorando.
— Mas acabara de casar — disse hesitante.
— Por que não diz a verdade, Alfonso? Não nos casamos por amor. Casamos
porque tínhamos que fazê-lo! — disse Anahi soluçando — Estou grávida, e o filho é
dele! Alfonso ficou pálido. Aquelas palavras se cravaram nele como uma faca surgida
diretamente do passado. Nem sequer se deu conta da aturdida expressão da Corlie.
— Não diga assim. Ainda não sabemos! — exclamou.
— Sim, sabemos — disse Anahi — Usei um desses testes que vendem nas
farmácias.
Pensar era uma coisa, saber era outra muito distinta. Ficou de pé, com a mala na
mão. Anahi estava grávida. Fixou-se em seu ventre, onde Anahi tinha apoiado uma
de suas mãos com um gesto protetor. Depois se fixou em seu rosto úmido e com um
gesto de dor.
— Bom, o caso é que estão casados — disse Corlie tratando de aferrar-se a uma
fibra de otimismo — E vocês gostam de crianças...
Anahi secou os olhos.
— Sim, nós gostamos de crianças — disse e olhou Alfonso— O que está
esperando? Há um touro em um prado da Califórnia que morrerá se não o comprar,
ou não? Por que não vai?
— Vai a Califórnia comprar um touro no dia de seu casamento? — perguntou
Corlie.
— Sim, vou comprar um touro — disse Alfonso com hostilidade, ficou o chapéu e
se foi — Voltarei dentro de alguns dias.
Saiu pela porta deixando-a aberta. Sabia que as duas mulheres o olhavam, mas
não se importou. Não estava disposto a arrastar-se até a cama de Anahi para lhe
pedir por favor que se deitasse com ele, não ia ser nenhuma espécie de brinquedo
sexual para ela. Ela ainda lhe jogava a culpa por havê-la deixado grávida, por ter
arruinado sua vida. Ia atormentá-lo igual tinha feito sua mãe, assim tinha que partir
quando ainda estava a tempo.

agora me digam oq vcs fazeriam com ele?

nossa me deu vontade de meter uma madeira na cabeça dele