Fanfic: Garota Perigosa AyA FINALIZADA | Tema: AyA,Drama

Anahi se levantou e se dirigiu ao banheiro para vomitar. Chegou bem a tempo. O
coração lhe pulsava com tal força que parecia que ia partir lhe o peito e tinha os
olhos cheios de lágrimas. Que monstro era Alfonso, pensava, burlando-se,
aproveitando-se do que lhe havia dito nos momentos mais íntimos. E onde tinha
aprendido a acariciar daquela maneira? Acaso era um sedutor, um mulherengo?
Alfonso se atou uma toalha na cintura e, com um suspiro de resignação, empapou
uma toalhinha em água e se agachou junto ao Anahi. Quando passou o enjôo,
limpou-lhe o rosto, levou-a a cama e a cobriu com o lençol.
— Me dê a roupa — disse Anahi — Não posso ir embora assim!
— Não há nenhum problema porque não vai a nenhuma parte — disse Alfonso,
recolheu a roupa do Anahi, abriu a janela e a atirou.
Anahi ficou estática, observando como levava a cabo o ato mais irracional que
lhe tinha visto fazer.
— Não trouxe mais roupa, além dessa — disse alarmada — E agora inclusive
minha roupa íntima, minha roupa íntima, Por Deus! Como vou sair do quarto? Como
vou sair do hotel?
— Não vai sair — replicou Alfonso, observando a pele morena dos ombros dela
— Deus, como você é bonita. Deixa-me sem fôlego quando está nua.
Anahi guardou silêncio. Não sabia como sair daquela situação.
Alfonso se sentou a seu lado e sorriu.
— Suponho que não posso esperar que o entenda tudo de uma vez — disse
Alfonso com ternura e lhe acariciando o cabelo — Enquanto trata de compreender a
situação, vou ligar para que subam um pouco de comida. Gosta de sorvete de
morango e melão?
Era a sobremesa favorita do Anahi, embora não sabia que Alfonso soubesse.
Assentiu lentamente.
— E chá?
— A cafeína...
— Leite frio então — disse Alfonso sorrindo.
Anahi assentiu de novo.
Alfonso desprendeu o telefone e falou com o serviço de quartos. Depois abriu
sua mala, pegou uma camisa limpa e a deixou sobre a cama.
— Não uso pijama — disse —, mas pode pôr isso enquanto entra o garçom.
— E você? — perguntou Anahi algo incômoda.
Alfonso a olhou com humor.
— Você não gosta que lhe vejam com um homem nu, embora seja seu marido?
Anahi se ruborizou.
— E foi você que me chamou de dissimulado? — disse Alfonso levantando-se e
atirando a toalha para vestir a calça — Melhor? — perguntou-lhe fechando o cinto.
Anahi o olhou com puro prazer, observando seu amplo peito, coberto de pêlo,
sua estreita cintura, suas longas e poderosas pernas. Adorava olhá-lo, mas sabia
que se o fizesse teria problemas outra vez, assim afastou a vista.
Alfonso se deu conta. Voltou a sentar-se sobre a cama e com um comprido
suspiro apoiou a mão no ombro nu do Anahi. Estava fresco e úmido. Anahi estava
pálida.
— Adiante — disse Alfonso—, me olhe. Já não me importa. Suponho que ontem à
noite te contei tudo o que tinha que contar. Não recordo muito bem o que disse, mas
tenho certeza que fui eloqüente.
Anahi o olhou com cautela. Não disse nada, mas tinha um gesto de resignação e
tristeza.