Fanfic: * * * A Noiva das Terras Altas * * * adaptada/vondy

Todos estavam reunidos no salão de Deilcladach para o batizado dos gémeos, um menino e uma menina, os filhos saudáveis que Dulce dera a Christopher, e que estavam agora com seis semanas. Christopher engoliu o vinho, nervoso, quando chegou a hora dos brindes. Sentiu um fio de suor correr-lhe pelas costas.

— Você está bem? — perguntou Dulce, julgando que ele estivesse doente.

— Sim, só estou me preparando para falar.

— Não precisa fazer isso, Christopher.

— Sim, preciso.

Ao chegar sua vez, ele se endireitou e levantou-se.

— Agradeço a todos que vieram aqui para celebrar o batizado de nossos filhos. E agradeço também os belos presentes. Mais do que tudo, gostaria de agradecer aos Salviñons por minha esposa. Ela é minha alegria, meu coração e o melhor presente com que qualquer homem poderia ser abençoado. — Olhou para Dulce e ergueu a caneca de vinho. — Eu te amo.

Dulce mal ouviu os gritos e aplausos. Agarrou a mão de Christopher assim que ele se sentou. Ele estava um tanto verde e evidentemente suado, porém jamais o vira tão belo. Beijou-o.

—Não era para fazê-la chorar—ele resmungou, ao lhe enxugar as lágrimas com um guardanapo.

— Oh, Christopher, foi tão lindo...

— Bem, eu queria agradecê-la. Sabia que todos estariam brindando às crianças e era a você que eu queria brindar. Amo meus filhos, porém...

— Eu sei.

— Afinal, você merece.

Dulce sorriu. Ele dissera diante de todos que a amava. Duvidava que Christopher soubesse o que tal atitude significava para ela. Era um presente tão puro e tão grandioso que ela não sabia como corresponder. Contudo, poderia tentar, mais tarde.

Christopher suspirou de satisfação ao entrar no quarto. A festa fora suntuosa e bem preparada, agradara à esposa com suas palavras, e toda a família, tanto dela como dele, parecia contente. Aqueles que não conhecia o haviam aceitado e ele pudera entrever a promessa de fortes alianças.

Fechou a porta atrás de si e então franziu a testa. Havia algo diferente. Olhou para a porta.

— Temos uma porta nova—murmurou Dulce, nua ao lado da banheira. — Duas, aliás. — Apontou para aquela que dava para o quarto das crianças. — E bem grossas.

— Tem certeza?

— Absoluta. E há um novo sino para chamar os rapazes para o jantar. Não serei o sino mais.

Christopher começou a rir.

— Ah, Dul, você é minha alegria.

Ela correu e deixou que o marido a envolvesse nos braços.

— Eu o amo.

— E eu a amo. — Beijou-a de novo e fitou-a, com ar de dúvida, ao enfim perceber que ela estava nua. — Dul?

— Pensei que você pudesse querer um banho...

— As crianças estão com seis semanas apenas. Tem certeza?

— Não apenas tenho certeza, estou desesperada — ela murmurou, ao desfazer-lhe os laços da calça.

— Ah, minha esposa, você é meu coração, minha felicidade e minha bênção.

— E você é a minha, meu viking. Agora e para sempre.

— Bem, então, vamos testar as novas portas.

Fim...

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