Fanfic: A nova Seleção - Com participações | Tema: A seleção

Nós estávamos sentados ao redor da pequena mesa de jantar, terminando o pouco que restava da refeição, quando meu pai se levantou, pegou sua flauta e sentou-se no chão da sala. A música alegre logo tomou conta do ambiente, e eu e mamãe nos levantamos para ouvi-lo melhor.

- Por que tanta alegria? – perguntou minha mãe, sentando no braço do velho sofá.

- Para dar boa sorte à nossa pequena – falou ele, e eu pude notar as lágrimas que enchiam seus olhos quando ele me olhou.

- Pai, o sorteio nem começou, eu não ficaria tão animada assim. – falei, tentando fazer com que ele não se decepcionasse quando meu nome não fosse sorteado – Afinal, quantas garotas da província se inscreveram?

- Minha querida, eu sei, eu sinto, você estará lá. E mais, você é a futura rainha de Illéa – falou ele, o peito inflando de orgulho.

Tentei não fazer uma careta tão grande quando o brasão de Illéa apareceu na televisão, e o hino começou a tocar. O rosto de Gavril Fadaye, agora marcado pelas linhas de expressão ganhadas ao longo do tempo foi iluminado, e ele sorriu.

- Boa noite meus queridos expectadores de Illéa! – anunciou ele, animado – Hoje é um grande dia para a nossa nação. O nosso pequeno Ed, agora não tão pequeno, sorteará as selecionadas de cada província.

A câmera focou no Rei Maxon e na Rainha América. Ambos olhavam preocupados, mas ainda assim contentes para o príncipe, sentado um pouco mais a frente.

Gavril chamou o Rei, para que desse os avisos da noite. Eram os mesmos de poucos dias atrás. Os rebeldes do Sul estão dificultando a dissolução das castas, que começara vinte anos antes. A violência estava atingindo algumas províncias, algumas pessoas estavam feridas, dois mortos.

O rei terminou o pronunciamento, e retirou-se do palco, indo sentar-se ao lado de sua esposa. Os pequenos Jenevieve e Jerome apossaram-se do colo dos pais.

- Edward, alteza, venha até aqui – pediu Gavril.

O príncipe levantou-se, um sorriso, que na minha opinião não era dos mais sinceros espalhado pelos lábios. Ele era bonito, isso eu não podia negar, mas parecia tão distante.

- Como você se sente sabendo que nas próximas semanas o castelo será invadido por garotas que disputarão pelo seu tempo e seu amor?

Edward Schreave riu, parecendo incomodado com a ideia.

- Bem, eu me sinto lisonjeado, é claro, Gavril, mas eu acho que a minha futura esposa não precisará lutar. E é isso que eu peço as garotas desde já, – a câmera focou o rosto do príncipe, agora grave - sejam vocês mesmas. Nenhuma de vocês tem a obrigação de mudar para me agradar. Eu tenho certeza de que todas você são maravilhosas, e todas encontrarão o companheiro perfeito.

- Desse jeito as garotas vão lamber os pratos na sua frente, alteza – brincou Gavril.

As assistentes começaram a entrar no palco. Eram trinta e cinco, ao total, cada uma com um cesto repleto de pequenos envelopes. Eu sabia que cada cesto continha os nomes das garotas divididos por províncias.

Minhas mãos começaram a suar frio. Eu sabia que a probabilidade de ser escolhida era mínima, e não gostaria de ver a decepção estampada nos olhos dos meus pais.

O príncipe pegou um envelope do primeiro cesto, abriu-o, e leu:

- De Likely, Corine Woll Banes. – a foto de uma bela garota ruiva apareceu na foto. Edward sorriu e pegou um novo envelope no segundo cesto – De Sonage, Lívia Fields.

Ele repetiu o processo algumas vezes, e a cana nome uma foto surgia na tela. Olívia Jauregui, de Hondurágua; Valentina Melborn, de Ottara; Sophia Montez, de Angeles; Juliete Waldorf, de St. George; Gabrielle Miller, de Carolina.

Quando a minha foto apareceu na televisão, eu pude ver o meu choque refletido nos olhos do meu pai. A casa ficou em silêncio por um minuto, e o telefone começou a tocar.

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