Fanfics Brasil - Mestre do Prazer - adaptada - TERMINADA

Fanfic: Mestre do Prazer - adaptada - TERMINADA


Capítulo: 2? Capítulo

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Ela devia tanto a Carlo! Ele lhe dera tanto! Tinha cu­rado todos os males da jovem sofrida e carente que fora um dia, com amor e apoio. Os presentes que recebera não tinham preço: respeito por si mesma, inde­pendência emocional, capacidade de dar e receber amor de uma forma saudável e livre da dependência destrutiva. Ele tinha sido mais que um simples marido.


Os olhos, firmemente determinados, assumiram um tom esmeralda-escuro. Já havia sido pobre — e sobrevivera. Mas, naquela época, não tinha dois fi­lhos para preocupá-la. Hoje pela manhã recebera um e-mail gentil da escola, advertindo que o prazo para pagamento das taxas para o novo semestre logo venceria. A última coisa que queria era provocar mais tumulto em suas jovens vidas, tirando-os da es­cola que adoravam.


Olhou para os anéis de diamante. Nunca sonhara com jóias caras. Carlo é quem insistia em comprá-las. Já decidira vendê-las. Pelo menos tinham um teto durante as férias de verão dos meninos. Seu orgulho ficara ferido ao pedir aos advogados de Carlo que tentassem conseguir a aprovação para ali permanece­rem até o início do novo semestre, em setembro. Sen­tira-se grata quando o pedido foi atendido. Sua pró­pria infância fora tão sem amor e segurança que ao descobrir estar grávida fizera um juramento: seu fi­lho nunca sofreria como ela. E por esse motivo...


Virou a cabeça para olhar os filhos. Sim, Carlo a havia curado, mas ainda assim restara uma coisa. Uma insistente ferida permanecia aberta.


A preocupação dos últimos meses a deixara, se­gundo sua própria opinião, magra demais. O relógio estava frouxo no punho quando ela afastou a massa pesada do cabelo queimado de sol do rosto e o pren­deu com a mão.


Tinha 18 anos quando se casou e 19 quando os me­ninos nasceram; era uma menina sem instrução, mas esperta, que ficara muito feliz em aceitar a proposta de casamento apesar da diferença de idade. O casa­mento havia lhe proporcionado tudo que nunca tive­ra; não apenas em termos de segurança financeira. Carlo tinha dado estabilidade à sua vida e ela flores­cera no ambiente seguro proporcionado por ele.


Estava determinada a fazer tudo para pagar a gen­tileza de Carlo. Ao observar o olhar no rosto dele, a primeira vez que a vira com os gêmeos, no hospital particular, soube que tinha lhe dado um inestimável presente.


— Olha, mãe. — Ela obedeceu ao pedido de Sam, enquanto ele e Nico viravam cambalhotas. Logo iriam pedir para não olhá-los tão atentamente. Ainda não tinham percebido como ela os olhava. Algumas vezes, com dois garotos tão inteligentes e cheios de energia, era difícil não ser superprotetora — o tipo de mãe que via perigo onde eles só viam aventura. Seus próprios pensamentos sufocaram a expressão de "Tomem cuidado!" que brotava dos seus lábios.


— Muito bem — elogiou-os.


— Olha, podemos andar em cima das mãos tam­bém — gabou-se Sam.


Eles eram ágeis, altos para a idade e fortes.


— Você me deu filhos fortes, Dulce — Carlo sem­pre agradecia.


Ela sorriu ao lembrar. O casamento proporcionara tempo e espaço para ela deixar de ser a menina frágil do passado e se transformar na mulher do presente. O sol brilhou na fina aliança de casamento ao virar-se para olhar o hotel nos rochedos.


Tinha viajado o mundo inteiro com o falecido ma­rido, visitando sua cadeia de hotéis exclusivos, mas o da Sardenha era o seu preferido. Originalmente uma casa de um primo de Carlo, a propriedade fora herdada com a morte do proprietário, e ele jurara nunca vendê-la.


Christopher, parado na sombra formada pelas rochas, olhou a praia. A boca se retorceu de desprezo, raiva e algo mais.


Como ela se sentia agora, sabendo que o destino lhe pregara uma peça e a segurança comprada com o corpo não era, afinal, eterna? Como se sentira ao sa­ber que não teria urna viuvez cercada de dinheiro e conforto?


Culpara o homem com quem se casara ou a si pró­pria? E os filhos? Algo sombrio e perigoso o feriu como uma lâmina afiada. Só de olhá-los reviveu a própria infância na Sardenha. Como poderia esque­cer a infância cruel, dura, que enfrentara? Quando era da idade desses dois garotos, era forçado a trabalhar por migalhas. Pontapés e xingamentos lhe ensinaram a se afastar do caminho dos adultos. Tinha sido um fi­lho indesejado, uma criança rejeitada pelos ricos pa­rentes maternos, abandonada pelo pai e criado por pais adotivos. Quando menino, reconhecia com amar­gura, passara mais noites dormindo do lado de fora com os animais da fazenda que dentro de casa, com a família adotiva, que aprendera com os parentes da mãe a desprezá-lo.


Christopher acreditava que tal experiência fortalecia ou enfraquecia o espírito humano. Em seu caso, en­durecera-o a ponto de transformá-lo em puro aço. Ja­mais permitira nem permitiria que ninguém o afas­tasse do caminho escolhido ou se interpusesse entre ele e a determinação de se colocar acima dos que o menosprezaram.


O avô materno era o chefe de uma das mais ricas e poderosas famílias da Sardenha. O passado da famí­lia Calbrini estava intimamente interligado ao da Sardenha. Era lima família dividida em feudos de san­gue, traição e vingança, e impregnada de orgulho.


A mãe era filha única. Tinha 18 anos quando fugi­ra de casa para escapar de um casamento arranjado e se casar com um jovem fazendeiro pobre, mas bonito, por quem acreditava estar apaixonada.


Mimada e de temperamento forte, demorara me­nos de um ano para perceber o erro cometido, e pas­sou a desprezar o marido e a pobreza imposta pelo ca­samento. Na ocasião, já dera à luz Christopher. Recorreu ao pai, implorando perdão e permissão para voltar. Ele concordou, sob a condição de se divorciar e dei­xar a criança com o pai.


De acordo com as histórias ouvidas em criança, a mãe não pensara duas vezes. O avô dera uma grande soma de dinheiro ao pai de Christopher como pagamento, absolvendo a família Calbrini de qualquer responsa­bilidade quanto ao filho do casamento fracassado.


O tamanho da letra ta bom???


Comentem plixxx *-*


bjix da Naty



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Autor(a): natyvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 3632



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  • stellabarcelos Postado em 14/11/2015 - 02:03:18

    Amei amei

  • larivondy Postado em 25/10/2013 - 19:02:42

    ameeei a web, no início eu odiava o Chris kkk' final lindo *-*

  • anjodoce Postado em 17/01/2010 - 01:51:10

    Naty BB, esta história foi perfeita, me emocionei muito,
    obrigada por postá-la aqui...
    Beijos!!!!!!! *-*

  • anjodoce Postado em 17/01/2010 - 01:51:10

    Naty BB, esta história foi perfeita, me emocionei muito,
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  • anjodoce Postado em 17/01/2010 - 01:51:10

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  • anjodoce Postado em 17/01/2010 - 01:51:09

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  • anjodoce Postado em 17/01/2010 - 01:51:09

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  • anjodoce Postado em 17/01/2010 - 01:51:09

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  • anjodoce Postado em 17/01/2010 - 01:51:08

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  • anjodoce Postado em 17/01/2010 - 01:51:08

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    Beijos!!!!!!! *-*


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