Fanfic: Mestre do Prazer - adaptada - TERMINADA

Ela planejara tudo. Alugaria um apartamento perto da escola para levá-los de manhã e buscá-los à tarde. E, com sorte, encontraria logo um emprego. Depois, procuraria uma pequena propriedade para comprar. Não seriam ricos, mas iam se virar. E os filhos seriam felizes — ela iria se empenhar.

Estava na hora de voltar para casa. Dulce fechou os olhos e pediu forças. Nunca tinha imaginado que seus caminhos se cruzariam. Christopher e Carlo eram parentes, mas raramente se encontravam, e ela havia deixado claro para Carlo que não queria nenhum contato com Christopher. E nunca suspeitara, nem nos piores pesadelos, que quando voltasse a vê-lo se sentiria como nesse momento.

Estava quase tentada a fazer aquilo de que ele já a acusara e arranjar um amante — qualquer um — só para provar a si mesma que eram os longos anos sem sexo, aliados à presença dele, que reativavam as me­mórias, deixando-a insone e louca de desejo. Não era Christopher exatamente. Sua experiência sexual não era extensa. Talvez o corpo tivesse armazenado lembranças do prazer ilimitado compartilhado por eles. E se pudesse provar isso a seu corpo, talvez ele parasse de atormentá-la tanto. Talvez devesse testar essa teoria. Dulce parou de andar e olhou para a frente. Era uma idéia maluca. Maluca e perigosa.

— Seus filhos são meninos de sorte por terem uma mãe como a senhora — disse o professor Fennini com um sorriso caloroso. Ele chegara à tarde, logo depois do almoço que ela preparara ao voltar. Apesar de sua inicial determinação de não gostar dele, teve que admitir que ele a ganhara — e não devido aos co­mentários elogiosos. Os meninos aceitaram o profes­sor imediatamente, e Dulce reconheceu sua capacida­de para lidar com crianças e ensiná-las.

Passara quase toda a tarde não observando, mas participando das atividades dos meninos, fazendo perguntas de maneira tão sutil que a ansiedade mater­nal foi logo aplacada.

— Acredito que as férias escolares devem ser tra­tadas como descanso. Não quero que eles fiquem trancados em casa, ocupados com várias atividades. Quero que aprendam por si mesmos a gostar da vida.

— Isso é óbvio pela maneira como interage com eles — o professor disse, com novo sorriso de apro­vação. — Espero que tenha afastado seus medos quanto ao período em que ficaram no colégio interno — continuou, e Dulce ficou tensa.

Sentira alívio em trazer o assunto à tona com ele, confidencialmente, e mais ainda quando ele lhe ga­rantiu que ficara claro para ele que os meninos tinham gostado da novidade de ficarem internos e, cer­tamente, isso não lhes causara sofrimento, mas ela não queria que sua vulnerabilidade e medo fossem expostos a Christopher. Entretanto, não havia nada que pudesse fazer, com Christopher parado a seu lado, para pedir ao professor que mudasse de assunto.

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bjix da Naty