Fanfic: Lua das Fadas | Tema: Vondy-Adaptada

- E onde é esse castelo? - perguntou então.

- Onde o Vento Faz a Curva - respondeu Christopher. 

- Olha aqui, seu grosso, se não quer responder, não responda! Não precisa ser mau educado!

- Eu não fui grosso! O nome do lugar é esse mesmo, eu juro!  "Onde o Vento Faz a Curva".

- E onde seria isso? Depois de "Onde Judas Perdeu as Botas"? 

- Não precisa ficar tão irritadiça!  Os lugares aqui possuem nomes estranhos, vá se acostumando...

- O quê?  - Dulce franziu o rosto, enquanto a voz de Christopher ficava cada vez mais distante, abafada por uma música de flautas, bandolins, gaitas e tambores que parecia cada vez mais alta.

 - Dulce! Não siga a música!

- Chris? Essa música está muito alta! Eu não consigo ouvi-lo!

Dulce  começou a caminhar pela montanha, tentando descobrir a origem da música, ao mesmo tempo em que tentando descobrir a origem da música, ao mesmo tempo em que tentava ouvir melhor Christopher, acreditando que alguma antena na sua cabeça estivesse com interferência. Até que chegou num lugar onde a música estava particularmente mais alta e a grama se mexia. Curiosa, ficou observando. Retirou a pequena mochila das costas e a deixou no chão, enquanto tentava ver o que fazia a grama se mover. 

- Não entre nessa roda! Dulce, não entre nessa roda!!!

Por mais que o anjo se esforçasse, não conseguia suplantar o som da música. Dulce olhava intrigada a grama se mover eestranhamente sozinha, quando de repente pôde vê-los. Primeiro, eles piscaram, como se fossem uma ilusão de ótica, um rápido reflexo no espelho. Então, depois de algumas vezes piscando, como uma televisão tentando achar sua sintonia, eles se tornaram visíveis. Mediam cerca de um metro e vinte e se assemelhavam a duendes, ou algo muito parecido. Tinham casacos e boinas, a maioria verde, e, enquanto alguns deles, com barbas brancas, tocavam instrumentos, outros rodopiava em círculos numa dança animada. Dulce ouvia a voz de Christopher muito distante, já não compreendia mais nada do que ele dizia. Aquela música, no entanto,  era tão contagiante, pulsante e viva que sentia seus pés batendo levemente no ritmo. Foi quando foi convidada pelos seres para fazer parte da roda. Dulce balançou a cabeça negativamente, recusando com um sorriso o convite, embora sentisse seu corpo inteiro ser atraído para a dança. Um dos elementais que dançava em círculos passou por ela e a puxou pelo braço.