Fanfic: Lua das Fadas | Tema: Vondy-Adaptada

- Mentir nunca é bom... - concluiu ele - Mas você tem um ponto.

 A porta se abriu e Christian entrou, acompanhado de uma bela mulher de corpo esguio e roupas claras. Apesar de estar entre aparentes camponeses, ela tinha porte de princesa. Seus cabelos desciam leves pelos ombros e alcançavam as costas, sendo de uma tonalidade clara, como os primeiros raios da manhã.

 - O doutor me contou... - disse Christian - Eu sinto muito... Faremos tudo para ela ficar confortável

- Parem com isso! - irirritou-se Dulce - Ficam agindo como se ela já estivesse morta! Ela não morreu e nem vai morrer! As asas dela vão crescer de novo e, até lá, ela será uma criança feliz! 

Christian e a moça de cabelos claros se entre olharam confusos.

 - Como assim as asas dela vão crescer de novo?

 - Foi...um encanto que eu fiz! - respondeu Dulce - Eu fiz e vai funcionar. As asas dela vão crescer de novo...

 - Bom... Se você diz, nós acreditamos. Ah, eu me esqueci novamente das minhas maneiras! Esta é Maite, minha esposa! Se precisarem de algo, podem falar com ela. É uma excelente anfitriã. 

A bela moça inclinou a cabeça em cumprimento com um sorriso gentil.

 - Nós gostaríamos que almoçassem conosco!

 - Seria um prazer! - respondeu Dulce, que já estava com fome mesmo.

 Conversaram um pouco enquanto a mesa era posta por serviçais que Dulce não tinha certeza de serem humanos ou não, pois tinham baixa estatura e membros excessivamente magros. Serviram um licor, que Dulce já ia aceitar se não fosse a interferência de Chris, que tirou a taça de sua mão e pediu uma taça vazia. Então, pegou o suco de sua bolsa e derramou o conteúdo na taça, entregando para ela.

 - Mas então... - começou Dulce, que tinha mesmo muita coisa para perguntar - Há quanto tempo você vive aqui? 

 - 300 anos

Dulce se engasgou e acabou cuspindo um pouco de suco em todo mundo.

 - Desculpe!  - disse, entre uma tosse e outra - Eu não ouvi direito.

 - Eu vim pra cá há 300 anos... eu tinha um barco e gostava de viver no mar. Um dia, numa tempestade, meu barco virou. Maite me resgatou. Ela me deu a opção de voltar para o meu mundo, mas eu a amei assim que pus meus olhos nela.

 - Então ela é uma...

 - Sim, ela é uma sereia.

 - Eu sabia que alguém tão bonito tinha que ser um ser mágico! 

O almoço foi servido e Dulce ficou muito deprimida. A mesa estava repleta de coisas coloridas, frutas,  pães, queijos, doces, sucos, saladas e grãos de todo o tipo. Tudo cheirava fantasticamente bem! E ela não podia tocar em nada. Quer dizer, podia tocar, mas não podia comer. Então diante do banquete posto, ela comeu seu sanduíche de queijo e seus bolinhos sem graça...