Fanfic: Lua das Fadas | Tema: Vondy-Adaptada

Festas unem pessoas. Nesse caso, essa festa em especial unia pessoas, sátiros, fadas, elfos e anões. Todo tipo de criatura que quisesse se aproximar e participar era bem vindo, desde que se comportasse de acordo. Christian lhes contou que vez ou outra tinham a presença de algum anão brigão ou algum Cluricaun, um tipo Leprechaun bêbado, mas não era nada grave. Lembrava mais uma briga de saloon que terminava com o quizumbeiro sendo chutado para fora. Houve mais músicas e, então, Dulce tentou atacar a mesa. Maite apostou com Christian quanto tempo levaria para que Dulce revelasse o presente das asrais.

Enquanto ela julgou que Chris estivesse distraído, Dulce fugiu para a maravilhosa mesa de comida. Havia tanta coisa colorida e apetitosa que sua boca encheu d’ água e ela babou em pouquinho. Nem sabia por onde começar. Escolheu um bolinho, algo coberto de açúcar e frutas vermelhas, com uma nata no meio, que ocupava quase sua mão inteira. Pegou e apreciou sua escolha. Sentiu o aroma fabuloso de bolo feito na hora e geléia de amoras. Levou o bolinho à boca.

- O que está fazendo??!

Alguém segurara sua mão antes que pudesse abocanhá-lo. Dulce olhou surpresa para Chris. Tinha certeza de que ele estava distraído.

- Você é pior que cão de guarda! – reclamou ela.

- Estou tentando garantir que você volte para casa, sua tonta! O que lhe passa pela cabeça?

- Está tudo bem, Chris – confessou ela – Eu recebi um presente e estou livre das regras do comer e beber.

- E beijar! – completou Maite, que se aproximava abraçada de Christian.

Chris pareceu confuso e Maite se apressou em explicar  o que ocorrera no riacho. Mesmo depois da explicação, ele não pareceu muito convencido.

- E como vamos saber se é verdade? Se você comer algo agora pode nunca mais voltar e tudo por causa de uma brincadeira de ninfas.

Dulce hesitou.  Um dos motivos pelo qual não queria que Chris soubesse era essa teoria. Ela mesma tinha pensado nisso, mas sentia-se mal em pensar o pior daqueles que lhe deram um presente tão valioso. Não queria acreditar que fariam uma brincadeira que poderia lhe custar sua vida. Ou seu mundo.

-   Não há com o que se preocupar, Chris – intercedeu Christian – As asrais podem fazer isso. Já fizeram antes. Mas há uma forma de confirmar. Se ela comer um fruto daqui e a comida de sua bolsa continuar se renovando quando for retirada, é porque as asrais não mentiram.

- Ótimo –respondeu Chris – Podemos fazer o teste agora e se a comida não se renovar, apenas descobriremos mais cedo a brincadeira de mau gosto.

- Chris! –reclamou Dulce – Deixa de ser chato! Você  não é o meu pai!

- Que bom que ainda se lembra dele! Guarde bem na memória, porque pode nunca mais vê-lo de novo!

Dulce fez um bico.  Era o mesmo bico que fazia sempre que tinha uma discussão acalorada com o pai, que terminava com portas sendo batidas. Mas numa coisa tinha razão. Chris  não era o seu pai. Logo, podia fazer certas coisas que lhe custariam a vida se fizesse com seu pai. Como, por exemplo, enfiar aquele delicioso bolinho, cujo gosto ela nunca ia saber,  na cara dele.

E foi exatamente o que ela fez. Então virou as costas e saiu.