Fanfics Brasil - Capítulo 16 - O castelo encantado Lua das Fadas

Fanfic: Lua das Fadas | Tema: Vondy-Adaptada


Capítulo: Capítulo 16 - O castelo encantado

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Dormiram pesadamente e não acordaram nenhuma vez. Tanto Chris quanto Dulce foram dormir imaginando que todo aquele luxo se tratava de uma ilusão. É muito comum que seres encantados utilizem uma ilusão como essa, conforme ele lhe explicara e ela mesma lera no livro.

 

Então, foram dormir imaginando que acordariam em um feixe de palha, cobertos por folhas secas, no mesmo castelo decadente em que entraram na fria noite anterior. No entanto, não foi o que aconteceu.

 

Chris acordou primeiro. Abriu os olhos lentamente e então viu o teto com um belo lustre de cristal. Piscou algumas vezes, acreditando ainda estar sonhando. O lustre continuava lá. Balançou levemente Dulce, que resmungou alguma coisa e virou para o outro lado, ignorando-o. Ele se levantou e foi até a janela.

 

O dia estava lindo e pássaros coloridos pontilhavam as frondosas árvores que cercavam o castelo. Ele se lembrava muito bem que aquelas árvores eram esqueletos de galhos secos que não respiravam vida há muito, muito tempo. Agora, no entanto, eram árvores com flores e frutos, pássaros e borboletas. Pensou em sair e explorar o local, mas se virou para Dulce. Ela tinha realmente surtado na noite anterior. Humanos são tão imprevisíveis!... Não podia deixá-la sozinha.

 

Então ela tinha que ir junto. Voltou para a cama e sacudiu-a para que ela acordasse.

 

Faltava-lhe um pouco de tato. Dulce pulou da cama gritando e saltando, embrulhada no lençol, dando um susto nele também, que acabou dando um salto para trás e caindo do outro lado da cama.

 

– Por que fez isso? – gritou ela.

 

– Fiz o quê?! – disse ele, ainda no chão, do outro lado da cama. – Eu não fiz nada!

 

– Você me assustou! Por que me assustou?

 

– Eu não queria...

 

– Não faça mais isso! Não faça mais isso!

 

– Tá bom, tá bom, agora respire! – disse ele, passando rapidamente por cima da cama e indo até ela. – Vamos, respire...

 

Ela seguiu a respiração dele até parecer uma pessoa normal de novo.

 

– Nossa! Esse lugar mexeu mesmo com você, hein? – disse ele, espantado.

 

– Eu tenho medo de fantasmas...

 

– Sério?! Eu quase não notei...

 

Somente então ela olhou em volta, se deparando com aquele quarto de princesa, ricamente decorado, agora com seus detalhes de bom gosto à vista por causa da luz do dia que invadia suavemente o ambiente através de finas cortinas.

 

– Como... O que é esse lugar?

 

– Sinceramente, eu acho que é um castelo encantado.

 

– Então ontem ele se confundiu e virou um castelo assombrado só pra gente.

 

– Na verdade, é o contrário – respondeu Chris. – Acho que ele era assombrado e se tornou encantado para gente. Poderemos descobrir isso quando descermos. Se o encanto continua, vamos encontrar nosso anfitrião na mesa do café.

 

Eles se trocaram rapidamente e desceram as escadarias cobertas por tapetes vermelhos que afundavam ao serem pisados, de tão macios que eram. Nas paredes, os quadros que antes pareciam assustadores agora sorriam e representavam cenas bucólicas, como uma donzela correndo com cães à beira de um riacho, um jovem pescador em um barco tranquilo,uma menina com um gato e crianças brincando com fadas em uma roda.

 

Lá embaixo, foram recebidos pelo criado que os levara até o quarto. Ele os guiou até à grande sala onde uma mesa farta os esperava. Na mesa, o anfitrião e uma menina tomavam tranquilamente seu café. Assim que os viu, o homem de rosto rechonchudo e olhos profundos que pareciam sempre sorrir se levantou e os convidou para sentar.

 

– É um prazer tê-los aqui! Esta é minha filha Karla.

 

A menina de cabelos presos em uma maria-chiquinha com grandes laços acenou para eles e tentou sorrir com a boca cheia de bolo.

 

– Por favor, fiquem à vontade e comam. Mandei preparar um café especial hoje. Não é sempre que temos visitas.

 

O aroma de pão fresco e bolos subiu, fazendo com que a boca de Dulce se enchesse d’água. Então, ela pegou sua mochila e pegou seu pão com queijo, seus bolinhos e o suco de pêssego. O homem a olhou confuso.

 

– Não vai comer?

 

– Não, ela está de dieta! – respondeu Chris. – Está meio gordinha...

 

Dulce o fuzilou com os olhos. Ele realmente não sabia nada sobre humanos. Não se chama uma mulher frustrada de gorda. Muitos crimes acontecem assim.

 

– Oh, que pena... Bom, ao menos você pode comer!

 

Chris sorriu e pegou um enorme pedaço do bolo que estava bem na frente de Dulce, enchendo a boca, fazendo com que ela o odiasse um pouco mais naquele minuto.

 

– Dormiram bem?

 

– Como pedras! – respondeu Chris.

 

– Mas também, depois do susto que o senhor nos deu, a gente ficou exausto, né? – reclamou Dulce.

 

– Oh, desculpem por isso! Mais suco?

 

Esperaram algum complemento, alguma explicação, qualquer coisa, mas seu anfitrião continuou animado conversando sobre amenidades. Perguntou se ficariam para o almoço, pois teriam uma receita especial de sopa e uma brincadeira nos jardins à tarde.

 

– Senhor, se não for incômodo, poderia nos explicar o que houve ontem? – pediu Chris, o mais polidamente que conseguiu.

 

O homem sorriu e limpou a boca com um guardanapo que tinha o monograma FB.

 

– Meu nome é Frabatto, sou o senhor desse castelo. Ele esconde sua verdadeira forma para nos proteger dos criminosos e ladrões.

 

– Então é um tipo de encanto... – Dulce tentava entender como um castelo caindo aos pedaços virou de repente o Plaza.

 

– De certa forma. Ele se apresenta apenas aos merecedores. A ideia é espantar os invasores.

Os que se atreverem a ficar, passam pelo teste da ganância. Se tivessem pego uma única moeda, teriam sido mortos e enterrados no meu quintal.

 

Todos ficaram em silêncio tenso, com Chris e Dulce olhando para ele com olhos arregalados, até que o homem explodiu numa gargalhada. Eles riram também, mas o homem voltou a falar, ficando sério de novo.

 

– É sério, estariam mortos agora.

 

E voltou a se servir de bolo, como se não fosse nada.

 

– Vocês são... assim... tipo... fantasmas? – perguntou Dulce, sem saber exatamente como formular a questão sem parecer ofensiva.

 

– Oh, sim! Estamos todos mortinhos da silva!

 

Dulce gemeu e deixou os talheres caírem no prato. Chris tocou sua perna, tentando tranquilizá-la.

 

– Mas, como eu disse, vocês não precisam se preocupar! Agora, são meus convidados. Mas, me digam... Pra que querem a chave?

 

– Para chegar ao Castelo de Belinda – respondeu Chris.

 

– Oh! E o que vão fazer lá?

 

– Ela veio resgatar uma amiga que foi raptada por seres encantados. Vamos pedir à Belinda o Elixir de Tir Nan Og, para que ela possa voltar no tempo certo dela.

 

– Ooh... Isso é muito sábio... Você é muito sábio para alguém da sua idade, rapaz!

 

– Obrigado.

 

– Vocês têm alguma pista sobre onde possa estar sua amiga, meu doce?

 

Dulce parecia catatônica, mas acordou quando a palavra foi dirigida a ela.

 

– Não, senhor... Nenhuma... Queria que ela tivesse algum tipo de sinalizador, ou coisa assim.

 

– Então, eu tenho uma dica para vocês! – o homem se inclinou um pouco sobre a mesa.

– Peçam à Belinda que lhes mostrem onde ela está. O elixir, este sim vocês terão que negociar. Ela pode dar ou não a vocês. Mas se pedirem para mostrar onde está um humano raptado, ela não poderá negar. É a lei.

 

– Isso é ótimo! – comemorou Chris.

 

– E tem mais uma coisa... Cuidado com o Lago Vayu. Há muitos habitantes nele que não têm por hábito deixar humanos, ainda mais os belos como vocês, saírem de suas águas. Dêem um jeito de chegar ao castelo, sem tocar na água.

 

As informações foram realmente muito úteis e Dulce já tinha até esquecido que estava conversando com gente morta. Frabatto os levou para um tour pelo castelo, que era magnífico.

 

Ele contou como o construiu com sua magia quando era vivo e como sempre ia pra lá. Agora, podia viver ali com abundância e alegria, e permitia que alguns amigos

compartilhassem de sua hospitalidade.

 

– Pensei que os mortos iam para o Céu! – disse Dulce, soando um tanto ingênua.

 

– Os mortos vão para onde eles quiserem, minha cara – respondeu Frabatto. – O problema é que a maioria das pessoas não tem a menor ideia de pra onde ir quando estão vivas, quanto mais mortas!

 

Caminharam pelos jardins onde uma brisa fresca levava o cheiro de rosas de todas as cores. O pomar estava repleto de frutas maduras e algumas pessoas faziam a colheita. Pareciam felizes, embora tivessem vestes mais simples do que a de Frabatto e das pessoas que o cercavam nanoite anterior.

A menina corria para pegar uma bela maçã. Dulce notouque ali tudo parecia do seu mundo, diferente da Vila das Fadas D’água, onde havia frutas e doces que nunca vira antes.

 

– Essas pessoas estão...

 

– Mortas? Ah, não! Só algumas! Quando alguém vem a mim pedindo abrigo e a pessoa é merecedora, eu permito que fique, desde que trabalhe. Algumas são almas perdidas mesmo. Outros são humanos que chegaram ao Reino das Fadas e não sabiam o que fazer ou fugiram de algum goblin.

 

– Parecem felizes... – comentou Chris.

 

– E estão. Temos uma boa vida aqui!

 

– Mesmo estando mortos – completou Dulce.

 

– Mesmo estando mortos!

 

Frabatto os guiou para uma enorme pedra que ficava dentro das propriedades do castelo. Media uns três metros de altura por uns três de largura e parecia enterrada no chão.

 

– Pronto! Esta é a pedra que procuram!

 

– Mas não tem porta nenhuma! – observou Dulce.

 

– Isso é porque há um segredo. Mas antes, vocês têm certeza de que não querem ficar mais um pouco? Recebo tão poucas visitas!

 

– Talvez, se o senhor tornasse o teste de admissão um pouquinho mais fácil, recebesse mais visitas... – respondeu Dulce.

 

– Ah, mas aí, que qualidade teriam essas visitas? – respondeu o homem com um sorriso simpático. – Mantenha os padrões elevados, minha pequena! O mundo que se esforce para alcançá-los!

 

Ele deu uma risada gostosa e então ensinou aos dois como deviam fazer. Tinham que escolher a face leste da pedra e então dar sete voltas no sentido horário em torno dela. Assim fizeram. Para sua surpresa, na sétima volta, encontraram uma porta de madeira com uma fechadura.

 

Chris e Dulce se olharam. Então, ele enfiou a chave na fechadura e a porta se abriu. Era escuro lá dentro. Não dava pra ver nem um centímetro. Viraram-se para Frabatto que simplesmente apontou a porta, com um sorriso. Despediram-se e agradeceram pela boa noite de sono e pelos conselhos. E então, de mãos dadas, entraram na escuridão dentro da pedra.

 

 


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Autor(a): vondynatica

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    Continuaram andando no escuro sem nem mesmo ver um ao outro.   – Isso está certo mesmo? – desconfiou Dulce.   – Espero que sim... – respondeu Chris, que não tinha muita certeza de nada àquela altura.   – Talvez devamos voltaAAAAAAAAAAAHH!!!   Os dois estavam gritando porque estava ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 49



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  • vondy_170 Postado em 25/01/2017 - 05:00:54

    Livro 2 - Continuação- https://fanfics.com.br/fanfic/55332/o-trono-sem-rei-vondy-adaptada

  • vondy_170 Postado em 25/01/2017 - 04:55:32

    Livro 2 - Continuação https://fanfics.com.br/fanfic/55332/o-trono-sem-rei-vondy-adaptada Livro 3 - Continuação https://fanfics.com.br/fanfic/55691/a-cancao-dos-quatro-ventos-vondy-adaptada

  • candy1896 Postado em 03/12/2016 - 21:58:10

    CONTINUA

  • candy1896 Postado em 13/11/2016 - 21:12:15

    Continua

  • mky Postado em 20/07/2016 - 15:58:32

    Continua

  • tay_Vondy Postado em 16/07/2016 - 18:13:00

    Continua

  • pacheco_vondy Postado em 15/07/2016 - 16:09:45

    Pena que não rolou beijo!!!

  • pacheco_vondy Postado em 15/07/2016 - 15:13:56

    Fudeu!! Se correr o Jack pega e Se ficar o Jack come!!

  • pacheco_vondy Postado em 07/07/2016 - 21:00:45

    Continuaaa!!!

  • pacheco_vondy Postado em 05/07/2016 - 21:47:10

    Bom, pelo visto eu ganhei esse capítulo completo, como um presente por ser leitora nova!!!mesmo q não intencionalmente!!!


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