Fanfic: Lua das Fadas | Tema: Vondy-Adaptada
Quando Dulce abriu a imensa porta, achou que encontraria do
outro lado um salão tão luxuoso quanto o que estava. Quis acreditar,
embora fosse muito difícil, que no centro desse salão, encontraria uma
linda mesinha de cristal e, sobre ela, uma graciosa garrafinha de vidro
colorido cheia de purpurina com o tal elixir.
Ela também quis acreditar que pegaria o vidrinho e o chão não se abriria sob seus pés, nenhuma fera assassina de três bocas cheias de dentes sairia correndo atrás dela e nenhuma rede de raio laser de um computador homicida a cortaria em mil pedacinhos. Ela simplesmente entraria no aposento contíguo, pegaria a garrafinha e sairia.
Mas no fundo, no fundo, ela sabia que não seria assim.
A porta se abriu e Dulce encontrou algo que não esperava: uma
cozinha. Entrou e a porta se fechou atrás dela. Estava numa cozinha que
parecia ter fugido dos tempos de outrora. Tinha um fogão à lenha, uma
enorme mesa de madeira com muitos pratos e hortaliças sobre ela e ervas
penduradas que enchiam o lugar com os mais diversos cheiros.
O lugar era iluminado naturalmente pelas janelas que davam para um campo. Era como se estivesse numa cozinha da fazenda. Dulce deu alguns passos, desconfiada. Começou a achar que tinha entrado na porta errada. O que seria ridículo, dado o tamanho da porta, com cerca de quatro metros, pela qual passara, com adornos e desenhos que eram uma verdadeira obra de arte.
Se tivesse errado uma porta daquele tamanho, teria que voltar e dar
de cara com o olhar zombeteiro de Chris. Porém, era melhor isso do que
continuar perdida na cozinha. Virou-se na direção em que veio e percebeu
que não havia nenhuma porta de quatro metros. Tinha, no mesmo lugar,
uma porta simples de madeira.
Foi até lá e tentou abri-la, mas estava trancada. Poderia tentar sair
pelas janelas, mas qual seria o propósito disso? Quer dizer, se Belinda a
tinha mandado para lá, tinha que ter algum motivo. Olhou para as
hortaliças em cima da mesa. Será que ela queria que lhe preparasse uma
salada? Foi quando percebeu algo sobre a mesa além das hortaliças.
Aproximou-se e olhou para um grande livro de receitas que repousava em
silêncio entre uma alface e uns brócolis.
Dulce o analisou com atenção. Em sua capa de couro estava escrito
“Receitas Mágicas do Reino Encantado” e desenhos delicados de folhas,
flores e frutas, com alguns elfos e fadas entre eles, faziam sua moldura.
Dulce abriu e começou a folheá-lo. Encontrou coisas deveras
interessantes, como o Elixir da Beleza, o Bolo da União (para pessoas que
brigaram), o Elixir dos Lábios Ardentes (para beijos inesquecíveis), o
Pudim de Amoras de Pan (que desperta e espalha alegria), e outras coisas
que gostaria de anotar e experimentar ela mesma. E, de repente, encontrou
uma receita que, com certeza, era o motivo dela estar ali. Em uma página
simples, com alguns desenhos em volta, estava a receita para o Elixir de Tir
Nan Og (para os que desejam voltar no tempo certo ao seu mundo). Dulce
percebeu que teria que preparar o elixir e aquele livro lhe dava as
instruções. Eis o que ele dizia:
Elixir de Tir Nan Og (para os que desejam voltar no tempo certo ao seu mundo)
Ingredientes:
Um raio de Sol
Um raio de Lua
Água da Fonte Sagrada
Modo de fazer:
Quando tiver todos os ingredientes, misture-os. Este elixir só pode
ser tomado em dose única e segundos antes do visitante pisar na terra de
seu mundo. Apesar do procedimento simples, esse elixir possui alguns
segredos. Fique atento a eles:
1. Passo a frente não se volta atrás.
2. Sem um dos ingredientes, o elixir não tem efeito.
3. Estes ingredientes rendem apenas uma dose.
Dulce franziu o cenho.
– Não podia ser um simples chazinho? – falou pra si mesma. – Ou um
bolo de caixa que qualquer imbecil consegue fazer? Onde vou arrumar um
raio de sol?
Colocou as mãos na cintura e olhou em volta. Procurou nos armários
na esperança de encontrar um pote escrito “Raios de Sol” ou “Raios de Lua”,
mas não achou nada. Voltou para a porta fechada e tentou abri-la de novo.
Dessa vez, para sua surpresa, a porta estava destrancada. Dulce abriu
devagar a porta, imaginando que voltaria ao salão onde estava a rainha, a
guarda élfica e Chris, mas, ao invés disso, encontrou uma pequena sala
branca. Entrou, ouvindo a porta fechar atrás dela. Virou-se e tentou abri-la,
já que não sabia o que a esperava ali e gostaria de ter uma rota de fuga. A
porta, no entanto, já estava trancada novamente.
– “Passo a frente não se volta atrás...” – disse pra si mesma,
compreendendo a primeira dica do livro de receitas.
Olhou em volta. Era uma sala simples e vazia, exceto por uma
mesinha de cristal no centro com pequenos vidros coloridos.
– Que ótimo... Parece a Fortaleza da Solidão...
Caminhou até lá e viu que havia algo escrito sobre a mesa que só se
mostrava com o reflexo. Mexeu a cabeça, mudou de posição, até que
conseguiu ler por completo.
“Três de sete você pode escolher,
Mais do que isso não pode levar
Use o certo quando algo temer
Ou algo medonho no caminho encontrar.
Mas escolha com sabedoria,
Pois se o errado você escolher,
Encontrará a morte e a agonia.”
– Nossa! Que encorajador...
Dulce então se concentrou nos vidrinhos coloridos. Eram muito
bonitos, pequenos e presos por um cordão. Pareciam pequenos vidros de
perfume de extremo bom gosto. Cada qual possuía uma forma e uma cor e
eram sete no total. Dulce apoiou o rosto na mão, analisando. Como saberia
qual escolher? Deveria pegar o mais bonito, simplesmente, e contar com a
sorte? Não... Um erro e teria que morrer em agonia e isso era muito ruim.
Devia ter algum jeito de saber o que cada um fazia. Deu uma volta na mesa
e percebeu que as letras escritas no tampo de cristal transparente
apareciam e sumiam.
Quando voltou a ficar de frente para a mesa, teve uma
ideia e esperou apenas não ser mal interpretada. Pegou um vidrinho e
colocou-o delicadamente no lugar onde as letras apareciam. Esperou
ardentemente que simplesmente tocar no vidro não determinasse sua
escolha. Não ouviu nenhuma sineta ou alarme tocando, então achou que
estava tudo bem. Voltou a olhar para o tampo.
Sorriu ao perceber que a mensagem que surgiu era outra. Diante
daquela garrafinha, apareceu o seguinte: “O AR É INCOLOR.”
Não apareceu mais nada, o que foi frustrante para ela, pois esperava
uma bula mais precisa. Foi colocando as outras garrafinhas, uma a uma, e
lendo o que aparecia em baixo, em um brilho azul fosforescente do reflexo.
Eis o que descobriu, ao final da experiência:
O Ar é incolor.
O Ar não tem peso.
O Ar não tem forma.
O Ar não tem cheiro.
O Ar não tem gosto.
O vento é o ar com muita pressa.
A chuva é o Ar que chora.
– São sete virtudes do Ar... – murmurou Dulce. – Quais devo
escolher?...
Deduziu que a primeira garrafinha, a verde, a deixaria sem cor, o
que quer dizer que ficaria invisível. Isso poderia ser muito útil ao tentar
passar por algum guardião. Pegou-a para si. Imaginou que a segunda, a
azul, retiraria o peso, tornando-a mais leve, o que poderia ser necessário
caso ficasse na beira de um precipício, como já ficara antes. Dessa vez, não
poderia contar com Chris para salvá-la. Faltava apenas uma. Não viu
vantagem nenhuma em não ter cheiro. Seu anti-transpirante que trouxera
na bolsa estava fazendo um bom trabalho até o momento e não tinha
queixas.
Também não viu ganho nenhum em ter gosto de nada. Qualquer
criatura que fosse devorá-la não ia aceitar sua palavra e lhe arrancaria uns
pedaços antes de perceber que ela realmente tinha gosto de papel. Não
entendeu o que o vidro que dizia que a chuva é o ar que chora poderia
fazer. Talvez fizesse chover. Ficou entre o vidro amarelo e o vermelho. O
amarelo dizia que o ar não tinha forma. Talvez ele a tornasse maleável a
ponto de passar por qualquer buraco. Isso era interessante.
O outro, no entanto, dizia que o vento é o ar com muita pressa. Dulce achou que ele lhe
conferiria velocidade. Pareceu bom o bastante. Pegou o vidro vermelho.
Imediatamente, os outros evaporaram diante dos seus olhos.
Olhou em volta e viu uma porta prateada com lindos desenhos de
sereias e ninfas do outro lado. Colocou os três vidros no pescoço e avançou
para o primeiro desafio.
Estava determinada a conseguir o tal elixir. Não ia
deixar Chris jogar na sua cara como ela era incompetente.
Abriu a porta e finalmente se convenceu de que poderia esperar
qualquer coisa daquelas portas. Depois da cozinha perdida no tempo, da
sala branca com os vidros coloridos, esperava uma outra sala esquisita. No
entanto, quando abriu a porta, sentiu a brisa fresca da noite diante de uma
linda praia de areias brancas.
Olhou para o alto e viu a Lua brilhar, enorme,
totalmente cheia, tão bela que poderia ficar horas olhando para ela. No
lugar onde ela se refletia no mar, viu uma taça flutuando. Ela era de prata e
brilhava intensamente enquanto parecia estar cheia de...
– Raios de Lua... – murmurou Dulce, maravilhada com o belo lugar
que lhe dava a sensação de estar sonhando.
Precisava chegar à taça. Olhou em volta e logo avistou um barco de
pescador na areia da praia. Foi até lá e, vendo que tinha um remo lá dentro,
empurrou-o para a água de ondas mansas e saltou dentro dele. Começou a
remar na direção da taça sob o reflexo da lua.
Estava totalmente concentrada em chegar até a taça que flutuava na
Lua refletida, mas quando se viu naquele barco, num mar negro sem fim,
sob um céu que certamente tinha mais estrelas do que todos os pedacinhos
de céu que já vira em seu mundo, sentiu falta de Chris.
Por mais de uma vez, teve vontade de virar para o lado e tecer um comentário, ou fazer uma
pergunta, ou simplesmente olhar para o lado e ver o belo rosto dele, cujo
sorriso sempre a fazia se sentir melhor. Sentiu-se culpada por ter sido rude,
embora ainda não entendesse por que ele estava tão sensível. O fato é que
sentiu falta dele. Parou de remar um pouco, olhando para a Lua imensa
acima dela. O coração apertou. Estava realmente com saudades. Franziu o
cenho, preocupada. Como podia estar com saudades de uma pessoa que
acabara de deixar numa outra sala. Há quanto tempo tinham se separado?
Uma hora, no máximo. Mas parecia tão mais!...
Uma pancada no seu barco a tirou do devaneio. Pegou o remo,
olhando em volta. A água era escura e brilhante, mas pôde ver algo passar
por ela. O coração acelerou enquanto tentava se levantar para ver mais
longe. Outra pancada balançou o barco e quase a derrubou. Voltou a se
sentar, segurando o remo com firmeza. Olhou para a taça. Precisava pegá-la
logo e sair dali o mais rápido possível.
Colocou o remo na água e pôs-se a remar com toda a força que tinha.
Mais duas pancadas quase a tiraram do rumo, mas ela não parou de remar.
Alguma coisa agarrou seu remo e começou a puxá-la para a água. Se
perdesse o remo, ficaria sem direção. Puxou o remo, apoiando o pé na
lateral do barco.
Quando finalmente conseguiu puxá-lo de volta, deu de
cara com um ser medonho que veio junto, com uma cara de peixe, olhos
esbugalhados e uma boca que atravessava metade da cabeça. Seus dentes
pareciam espinhos e estavam todos à mostra quando tentou saltar em cima
de Dulce.
Ela gritou com o susto e quase caiu para trás. A criatura tentou subir
no barco e Dulce não pensou muito. Bateu com toda a força com o remo na
cabeça dela. Rezou para que ele tivesse ido embora, mas pancadas mais
fortes revelavam que ela tinha apenas conseguido irritá-lo ainda mais.
Na sala da rainha, todos acompanhavam a cena pela grande bola
cristalina. Chris não conseguia disfarçar o nervosismo.
– Use uma das virtudes! Vamos lá, abra um dos vidros! – murmurava
ele, sem perceber que a rainha e seu conselheiro estavam prestando mais
atenção nele do que na menina em sua luta pela vida.
Chris pensou que Dulce não conseguiria. Ela era meio desligada, ele
já tinha visto isso. Precisava que alguém lhe dissesse para usar a virtude, e
tinha que ser a virtude certa, ou poria tudo a perder do mesmo jeito.
Talvez, ele pudesse lhe dar uma dica da maneira que os anjos fazem,
mandando uma intuição, um sopro divino, um insight. Ninguém iria
perceber e...
– Nem pense nisso, anjo!
Chris se assustou e se virou para a rainha, que mantinha o sorriso,
mas dessa vez lhe pareceu um tanto ameaçadora.
– Você conhece as regras – finalizou ela.
Chris respirou fundo e voltou a olhar para a cena. No castelo de
Belinda, as regras eram dela.
Dulce estava numa situação difícil. Estava a alguns metros da taça,
mas não conseguiria chegar lá sofrendo um ataque tão feroz. As pancadas
aumentaram tanto que ela percebeu que eram feitas por mais de uma
criatura.
Contou pelo menos três, mas podiam ser mais. Quando alguma
delas tentava entrar no barco, ela lutava com o remo, até que uma criatura
agarrou o remo e conseguiu tomá-lo dela.
As pancadas voltaram e Dulce sentou-se no chão para não cair. Estava apavorada, não sabia mais o que fazer. Foi quando lembrou dos vidrinhos que trazia no pescoço. Como tinha
se esquecido disso?
Bom, o pânico faz a gente se esquecer até de respirar.
Uma pancada mais forte jogou água para dentro do barco ao mesmo tempo
em que uma das criaturas saltou diante dela dentro da água. Ela pôde ver
que tinham essa forma humanóide de braços com três dedos com
membranas na parte de cima, mas da cintura para baixo eram peixes.
Espinhos percorriam sua coluna e algo parecido com algas era seu cabelo.
Voltou a se concentrar nos vidros, tentando se lembrar de quem era quem.
Qual deles deveria usar?
– O amarelo tira a cor, o azul tira o peso e o vermelho dá velocidade
– disse pra si mesma, tentando se concentrar.
Uma das criaturas saltou para dentro do barco e se arrastou em sua
direção. Ela gritou pela cena dantesca e chutou-a várias vezes na cara,
jogando-a para trás. Pegou o vidro azul e abriu, rezando para ter razão
sobre sua dedução. Um filete de fumaça azul saiu de dentro dele e ela
cheirou.
O vidro evaporou-se em sua mão, transformando-se também em
uma fina fumaça azul que a envolveu. Era um perfume maravilhoso, mas
não deu tempo pra curtir o momento. A criatura que estava no barco ainda
estava atrás dela. Dulce arrastou-se para trás, para se afastar dela, mas
não tinha muito espaço.
Foi quando sentiu algo acontecer.
Não estava tocando a madeira do barco. Era como se estivesse
começando a flutuar. A criatura usou o rabo para dar impulso e saltou em
cima dela. Dulce usou as pernas de novo para se defender, não para
chutar, mas para deter a criatura e jogá-la de volta para trás. Seus pés
bateram no peito do ser monstruoso e ela pôde ver de perto a carranca
feroz e furiosa por alguns segundos.
Quando o jogou para trás, ele tentou
agarrá-la, e arranhou suas pernas com suas garras, fazendo-a gritar. O
monstro bateu com força na parede do barco e caiu na água. Dulce
levantou-se, sentindo o sangue quente escorrer pelos arranhões. Atrás dela,
mais dois seres tentavam subir, desestabilizando o barco.
Então ela tomou uma decisão. Se ficasse, morreria e de maneira
horrível.
Deu três passos largos correndo no pouco espaço que o barco
tinha e confiou nos seus instintos. Saltou o mais alto que pôde.
Na sala de Belinda, Chris parou de respirar. Tudo poderia acabar ali
mesmo. Nunca sentira isso. Era como se uma garra invisível apertasse seu
coração até esmagá-lo.
Autor(a): vondynatica
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 49
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vondy_170 Postado em 25/01/2017 - 05:00:54
Livro 2 - Continuação- https://fanfics.com.br/fanfic/55332/o-trono-sem-rei-vondy-adaptada
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vondy_170 Postado em 25/01/2017 - 04:55:32
Livro 2 - Continuação https://fanfics.com.br/fanfic/55332/o-trono-sem-rei-vondy-adaptada Livro 3 - Continuação https://fanfics.com.br/fanfic/55691/a-cancao-dos-quatro-ventos-vondy-adaptada
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candy1896 Postado em 03/12/2016 - 21:58:10
CONTINUA
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candy1896 Postado em 13/11/2016 - 21:12:15
Continua
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mky Postado em 20/07/2016 - 15:58:32
Continua
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tay_Vondy Postado em 16/07/2016 - 18:13:00
Continua
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pacheco_vondy Postado em 15/07/2016 - 16:09:45
Pena que não rolou beijo!!!
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pacheco_vondy Postado em 15/07/2016 - 15:13:56
Fudeu!! Se correr o Jack pega e Se ficar o Jack come!!
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pacheco_vondy Postado em 07/07/2016 - 21:00:45
Continuaaa!!!
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pacheco_vondy Postado em 05/07/2016 - 21:47:10
Bom, pelo visto eu ganhei esse capítulo completo, como um presente por ser leitora nova!!!mesmo q não intencionalmente!!!