Fanfics Brasil - Capítulo 19 - O raio de Lua Lua das Fadas

Fanfic: Lua das Fadas | Tema: Vondy-Adaptada


Capítulo: Capítulo 19 - O raio de Lua

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Quando Dulce abriu a imensa porta, achou que encontraria do


outro lado um salão tão luxuoso quanto o que estava. Quis acreditar,


embora fosse muito difícil, que no centro desse salão, encontraria uma


linda mesinha de cristal e, sobre ela, uma graciosa garrafinha de vidro


colorido cheia de purpurina com o tal elixir. 


Ela também quis acreditar que pegaria o vidrinho e o chão não se abriria sob seus pés, nenhuma fera assassina de três bocas cheias de dentes sairia correndo atrás dela e nenhuma rede de raio laser de um computador homicida a cortaria em mil pedacinhos. Ela simplesmente entraria no aposento contíguo, pegaria a garrafinha e sairia.


 


Mas no fundo, no fundo, ela sabia que não seria assim.


A porta se abriu e Dulce encontrou algo que não esperava: uma


cozinha. Entrou e a porta se fechou atrás dela. Estava numa cozinha que


parecia ter fugido dos tempos de outrora. Tinha um fogão à lenha, uma


enorme mesa de madeira com muitos pratos e hortaliças sobre ela e ervas


penduradas que enchiam o lugar com os mais diversos cheiros.


 O lugar era iluminado naturalmente pelas janelas que davam para um campo. Era como se estivesse numa cozinha da fazenda. Dulce deu alguns passos, desconfiada. Começou a achar que tinha entrado na porta errada. O que seria ridículo, dado o tamanho da porta, com cerca de quatro metros, pela qual passara, com adornos e desenhos que eram uma verdadeira obra de arte.


Se tivesse errado uma porta daquele tamanho, teria que voltar e dar


de cara com o olhar zombeteiro de Chris. Porém, era melhor isso do que


continuar perdida na cozinha. Virou-se na direção em que veio e percebeu


que não havia nenhuma porta de quatro metros. Tinha, no mesmo lugar,


uma porta simples de madeira.


 


Foi até lá e tentou abri-la, mas estava trancada. Poderia tentar sair


pelas janelas, mas qual seria o propósito disso? Quer dizer, se Belinda a


tinha mandado para lá, tinha que ter algum motivo. Olhou para as


hortaliças em cima da mesa. Será que ela queria que lhe preparasse uma


salada? Foi quando percebeu algo sobre a mesa além das hortaliças.


Aproximou-se e olhou para um grande livro de receitas que repousava em


silêncio entre uma alface e uns brócolis.


 


Dulce o analisou com atenção. Em sua capa de couro estava escrito


“Receitas Mágicas do Reino Encantado” e desenhos delicados de folhas,


flores e frutas, com alguns elfos e fadas entre eles, faziam sua moldura.


Dulce abriu e começou a folheá-lo. Encontrou coisas deveras


interessantes, como o Elixir da Beleza, o Bolo da União (para pessoas que


brigaram), o Elixir dos Lábios Ardentes (para beijos inesquecíveis), o


Pudim de Amoras de Pan (que desperta e espalha alegria), e outras coisas


que gostaria de anotar e experimentar ela mesma. E, de repente, encontrou


uma receita que, com certeza, era o motivo dela estar ali. Em uma página


simples, com alguns desenhos em volta, estava a receita para o Elixir de Tir


Nan Og (para os que desejam voltar no tempo certo ao seu mundo). Dulce


percebeu que teria que preparar o elixir e aquele livro lhe dava as


instruções. Eis o que ele dizia:


 



Elixir de Tir Nan Og (para os que desejam voltar no tempo certo ao seu mundo)


Ingredientes:


Um raio de Sol


Um raio de Lua


Água da Fonte Sagrada


Modo de fazer:


Quando tiver todos os ingredientes, misture-os. Este elixir só pode


ser tomado em dose única e segundos antes do visitante pisar na terra de


seu mundo. Apesar do procedimento simples, esse elixir possui alguns


segredos. Fique atento a eles:


1. Passo a frente não se volta atrás.


2. Sem um dos ingredientes, o elixir não tem efeito.


3. Estes ingredientes rendem apenas uma dose.



 


Dulce franziu o cenho.


– Não podia ser um simples chazinho? – falou pra si mesma. – Ou um


bolo de caixa que qualquer imbecil consegue fazer? Onde vou arrumar um


raio de sol?


Colocou as mãos na cintura e olhou em volta. Procurou nos armários


na esperança de encontrar um pote escrito “Raios de Sol” ou “Raios de Lua”,


mas não achou nada. Voltou para a porta fechada e tentou abri-la de novo.


 


Dessa vez, para sua surpresa, a porta estava destrancada. Dulce abriu


devagar a porta, imaginando que voltaria ao salão onde estava a rainha, a


guarda élfica e Chris, mas, ao invés disso, encontrou uma pequena sala


branca. Entrou, ouvindo a porta fechar atrás dela. Virou-se e tentou abri-la,


já que não sabia o que a esperava ali e gostaria de ter uma rota de fuga. A


porta, no entanto, já estava trancada novamente.


 


– “Passo a frente não se volta atrás...” – disse pra si mesma,


compreendendo a primeira dica do livro de receitas.


Olhou em volta. Era uma sala simples e vazia, exceto por uma


mesinha de cristal no centro com pequenos vidros coloridos.


 


– Que ótimo... Parece a Fortaleza da Solidão...


Caminhou até lá e viu que havia algo escrito sobre a mesa que só se


mostrava com o reflexo. Mexeu a cabeça, mudou de posição, até que


conseguiu ler por completo.


 


“Três de sete você pode escolher,


Mais do que isso não pode levar


Use o certo quando algo temer


Ou algo medonho no caminho encontrar.


Mas escolha com sabedoria,


Pois se o errado você escolher,


Encontrará a morte e a agonia.”


 


– Nossa! Que encorajador...


 


Dulce então se concentrou nos vidrinhos coloridos. Eram muito


bonitos, pequenos e presos por um cordão. Pareciam pequenos vidros de


perfume de extremo bom gosto. Cada qual possuía uma forma e uma cor e


eram sete no total. Dulce apoiou o rosto na mão, analisando. Como saberia


qual escolher? Deveria pegar o mais bonito, simplesmente, e contar com a


sorte? Não... Um erro e teria que morrer em agonia e isso era muito ruim.


Devia ter algum jeito de saber o que cada um fazia. Deu uma volta na mesa


e percebeu que as letras escritas no tampo de cristal transparente


apareciam e sumiam.


 


Quando voltou a ficar de frente para a mesa, teve uma


ideia e esperou apenas não ser mal interpretada. Pegou um vidrinho e


colocou-o delicadamente no lugar onde as letras apareciam. Esperou


ardentemente que simplesmente tocar no vidro não determinasse sua


escolha. Não ouviu nenhuma sineta ou alarme tocando, então achou que


estava tudo bem. Voltou a olhar para o tampo.


 


Sorriu ao perceber que a mensagem que surgiu era outra. Diante


daquela garrafinha, apareceu o seguinte: “O AR É INCOLOR.”


Não apareceu mais nada, o que foi frustrante para ela, pois esperava


uma bula mais precisa. Foi colocando as outras garrafinhas, uma a uma, e


lendo o que aparecia em baixo, em um brilho azul fosforescente do reflexo.


 


Eis o que descobriu, ao final da experiência:


O Ar é incolor.


O Ar não tem peso.


O Ar não tem forma.


O Ar não tem cheiro.


O Ar não tem gosto.


O vento é o ar com muita pressa.


A chuva é o Ar que chora.


 


– São sete virtudes do Ar... – murmurou Dulce. – Quais devo


escolher?...


 


Deduziu que a primeira garrafinha, a verde, a deixaria sem cor, o


que quer dizer que ficaria invisível. Isso poderia ser muito útil ao tentar


passar por algum guardião. Pegou-a para si. Imaginou que a segunda, a


azul, retiraria o peso, tornando-a mais leve, o que poderia ser necessário


caso ficasse na beira de um precipício, como já ficara antes. Dessa vez, não


poderia contar com Chris para salvá-la. Faltava apenas uma. Não viu


vantagem nenhuma em não ter cheiro. Seu anti-transpirante que trouxera


na bolsa estava fazendo um bom trabalho até o momento e não tinha


queixas.


 


Também não viu ganho nenhum em ter gosto de nada. Qualquer


criatura que fosse devorá-la não ia aceitar sua palavra e lhe arrancaria uns


pedaços antes de perceber que ela realmente tinha gosto de papel. Não


entendeu o que o vidro que dizia que a chuva é o ar que chora poderia


fazer. Talvez fizesse chover. Ficou entre o vidro amarelo e o vermelho. O


amarelo dizia que o ar não tinha forma. Talvez ele a tornasse maleável a


ponto de passar por qualquer buraco. Isso era interessante.


 


O outro, no entanto, dizia que o vento é o ar com muita pressa. Dulce achou que ele lhe


conferiria velocidade. Pareceu bom o bastante. Pegou o vidro vermelho.


Imediatamente, os outros evaporaram diante dos seus olhos.


Olhou em volta e viu uma porta prateada com lindos desenhos de


sereias e ninfas do outro lado. Colocou os três vidros no pescoço e avançou


para o primeiro desafio.


 


Estava determinada a conseguir o tal elixir. Não ia


deixar Chris jogar na sua cara como ela era incompetente.


Abriu a porta e finalmente se convenceu de que poderia esperar


qualquer coisa daquelas portas. Depois da cozinha perdida no tempo, da


sala branca com os vidros coloridos, esperava uma outra sala esquisita. No


entanto, quando abriu a porta, sentiu a brisa fresca da noite diante de uma


linda praia de areias brancas.


 


Olhou para o alto e viu a Lua brilhar, enorme,


totalmente cheia, tão bela que poderia ficar horas olhando para ela. No


lugar onde ela se refletia no mar, viu uma taça flutuando. Ela era de prata e


brilhava intensamente enquanto parecia estar cheia de...


 


– Raios de Lua... – murmurou Dulce, maravilhada com o belo lugar


que lhe dava a sensação de estar sonhando.


 


Precisava chegar à taça. Olhou em volta e logo avistou um barco de


pescador na areia da praia. Foi até lá e, vendo que tinha um remo lá dentro,


empurrou-o para a água de ondas mansas e saltou dentro dele. Começou a


remar na direção da taça sob o reflexo da lua.


 


Estava totalmente concentrada em chegar até a taça que flutuava na


Lua refletida, mas quando se viu naquele barco, num mar negro sem fim,


sob um céu que certamente tinha mais estrelas do que todos os pedacinhos


de céu que já vira em seu mundo, sentiu falta de Chris.


 


Por mais de uma vez, teve vontade de virar para o lado e tecer um comentário, ou fazer uma


pergunta, ou simplesmente olhar para o lado e ver o belo rosto dele, cujo


sorriso sempre a fazia se sentir melhor. Sentiu-se culpada por ter sido rude,


embora ainda não entendesse por que ele estava tão sensível. O fato é que


sentiu falta dele. Parou de remar um pouco, olhando para a Lua imensa


acima dela. O coração apertou. Estava realmente com saudades. Franziu o


cenho, preocupada. Como podia estar com saudades de uma pessoa que


acabara de deixar numa outra sala. Há quanto tempo tinham se separado?


 


Uma hora, no máximo. Mas parecia tão mais!...


 


Uma pancada no seu barco a tirou do devaneio. Pegou o remo,


olhando em volta. A água era escura e brilhante, mas pôde ver algo passar


por ela. O coração acelerou enquanto tentava se levantar para ver mais


longe. Outra pancada balançou o barco e quase a derrubou. Voltou a se


sentar, segurando o remo com firmeza. Olhou para a taça. Precisava pegá-la


logo e sair dali o mais rápido possível.


 


Colocou o remo na água e pôs-se a remar com toda a força que tinha.


Mais duas pancadas quase a tiraram do rumo, mas ela não parou de remar.


Alguma coisa agarrou seu remo e começou a puxá-la para a água. Se


perdesse o remo, ficaria sem direção. Puxou o remo, apoiando o pé na


lateral do barco.


 


Quando finalmente conseguiu puxá-lo de volta, deu de


cara com um ser medonho que veio junto, com uma cara de peixe, olhos


esbugalhados e uma boca que atravessava metade da cabeça. Seus dentes


pareciam espinhos e estavam todos à mostra quando tentou saltar em cima


de Dulce.


 


Ela gritou com o susto e quase caiu para trás. A criatura tentou subir


no barco e Dulce não pensou muito. Bateu com toda a força com o remo na


cabeça dela. Rezou para que ele tivesse ido embora, mas pancadas mais


fortes revelavam que ela tinha apenas conseguido irritá-lo ainda mais.


 


 


Na sala da rainha, todos acompanhavam a cena pela grande bola


cristalina. Chris não conseguia disfarçar o nervosismo.


 


– Use uma das virtudes! Vamos lá, abra um dos vidros! – murmurava


ele, sem perceber que a rainha e seu conselheiro estavam prestando mais


atenção nele do que na menina em sua luta pela vida.


 


Chris pensou que Dulce não conseguiria. Ela era meio desligada, ele


já tinha visto isso. Precisava que alguém lhe dissesse para usar a virtude, e


tinha que ser a virtude certa, ou poria tudo a perder do mesmo jeito.


 


Talvez, ele pudesse lhe dar uma dica da maneira que os anjos fazem,


mandando uma intuição, um sopro divino, um insight. Ninguém iria


perceber e...


 


– Nem pense nisso, anjo!


 


Chris se assustou e se virou para a rainha, que mantinha o sorriso,


mas dessa vez lhe pareceu um tanto ameaçadora.


 


– Você conhece as regras – finalizou ela.


 


Chris respirou fundo e voltou a olhar para a cena. No castelo de


Belinda, as regras eram dela.


 


Dulce estava numa situação difícil. Estava a alguns metros da taça,


mas não conseguiria chegar lá sofrendo um ataque tão feroz. As pancadas


aumentaram tanto que ela percebeu que eram feitas por mais de uma


criatura.


 


Contou pelo menos três, mas podiam ser mais. Quando alguma


delas tentava entrar no barco, ela lutava com o remo, até que uma criatura


agarrou o remo e conseguiu tomá-lo dela.


 


As pancadas voltaram e Dulce sentou-se no chão para não cair. Estava apavorada, não sabia mais o que fazer. Foi quando lembrou dos vidrinhos que trazia no pescoço. Como tinha


se esquecido disso?


 


Bom, o pânico faz a gente se esquecer até de respirar.


Uma pancada mais forte jogou água para dentro do barco ao mesmo tempo


em que uma das criaturas saltou diante dela dentro da água. Ela pôde ver


que tinham essa forma humanóide de braços com três dedos com


membranas na parte de cima, mas da cintura para baixo eram peixes.


Espinhos percorriam sua coluna e algo parecido com algas era seu cabelo.


Voltou a se concentrar nos vidros, tentando se lembrar de quem era quem.


 


Qual deles deveria usar?


 


– O amarelo tira a cor, o azul tira o peso e o vermelho dá velocidade


– disse pra si mesma, tentando se concentrar.


 


Uma das criaturas saltou para dentro do barco e se arrastou em sua


direção. Ela gritou pela cena dantesca e chutou-a várias vezes na cara,


jogando-a para trás. Pegou o vidro azul e abriu, rezando para ter razão


sobre sua dedução. Um filete de fumaça azul saiu de dentro dele e ela


cheirou.


 


 


O vidro evaporou-se em sua mão, transformando-se também em


uma fina fumaça azul que a envolveu. Era um perfume maravilhoso, mas


não deu tempo pra curtir o momento. A criatura que estava no barco ainda


estava atrás dela. Dulce arrastou-se para trás, para se afastar dela, mas


não tinha muito espaço.


 


Foi quando sentiu algo acontecer.


 


Não estava tocando a madeira do barco. Era como se estivesse


começando a flutuar. A criatura usou o rabo para dar impulso e saltou em


cima dela. Dulce usou as pernas de novo para se defender, não para


chutar, mas para deter a criatura e jogá-la de volta para trás. Seus pés


bateram no peito do ser monstruoso e ela pôde ver de perto a carranca


feroz e furiosa por alguns segundos.


 


Quando o jogou para trás, ele tentou


agarrá-la, e arranhou suas pernas com suas garras, fazendo-a gritar. O


monstro bateu com força na parede do barco e caiu na água. Dulce


levantou-se, sentindo o sangue quente escorrer pelos arranhões. Atrás dela,


mais dois seres tentavam subir, desestabilizando o barco.


Então ela tomou uma decisão. Se ficasse, morreria e de maneira


horrível.


 


Deu três passos largos correndo no pouco espaço que o barco


tinha e confiou nos seus instintos. Saltou o mais alto que pôde.


Na sala de Belinda, Chris parou de respirar. Tudo poderia acabar ali


mesmo. Nunca sentira isso. Era como se uma garra invisível apertasse seu


coração até esmagá-lo.


 


 



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Autor(a): vondynatica

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 49



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  • vondy_170 Postado em 25/01/2017 - 05:00:54

    Livro 2 - Continuação- https://fanfics.com.br/fanfic/55332/o-trono-sem-rei-vondy-adaptada

  • vondy_170 Postado em 25/01/2017 - 04:55:32

    Livro 2 - Continuação https://fanfics.com.br/fanfic/55332/o-trono-sem-rei-vondy-adaptada Livro 3 - Continuação https://fanfics.com.br/fanfic/55691/a-cancao-dos-quatro-ventos-vondy-adaptada

  • candy1896 Postado em 03/12/2016 - 21:58:10

    CONTINUA

  • candy1896 Postado em 13/11/2016 - 21:12:15

    Continua

  • mky Postado em 20/07/2016 - 15:58:32

    Continua

  • tay_Vondy Postado em 16/07/2016 - 18:13:00

    Continua

  • pacheco_vondy Postado em 15/07/2016 - 16:09:45

    Pena que não rolou beijo!!!

  • pacheco_vondy Postado em 15/07/2016 - 15:13:56

    Fudeu!! Se correr o Jack pega e Se ficar o Jack come!!

  • pacheco_vondy Postado em 07/07/2016 - 21:00:45

    Continuaaa!!!

  • pacheco_vondy Postado em 05/07/2016 - 21:47:10

    Bom, pelo visto eu ganhei esse capítulo completo, como um presente por ser leitora nova!!!mesmo q não intencionalmente!!!


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