– Dul, precisamos urgentemente que você venha até o estúdio. Houve um problema com a gravação da sua nova música e precisamos regrava-la.
– Ah, tudo bem. Mas precisa ser agora? - A ruiva olhou para as gêmeas que brigavam.
– Sim. Eu sei que está no seu dia de folga, e eu peço mil descul...
– Não precisa pedir desculpas, sério. Só que não sei com quem vou deixar as meninas.
– Dul, essas garotas já estão grandinhas. Elas já têm 14 anos, podem ficar sozinhas. - O amigo produtor riu da ruiva.
– Não é assim, deixá-las sozinhas é um perigo para humanidade, vou ter de deixá-las com Christopher. - Dul mordeu os lábios em apreensão. Só o nome de Christopher já a deixava tensa.
– Dul, eu sei que atrapalho, mas você entende que não podemos deixar para ouro dia, certo?
– Sim, claro, só irei falar com as meus anjinhos. - A ruiva riu da ironia de suas palavras e se despediu do amigo. - Meninas, preciso falar com vocês.
– O que houve? - Julie perguntou meiga. Ela era assim, sempre meiga.
– Houve um problema lá com uma das minhas músicas e terei que ir correndo pra lá. E como vocês são perigosas
demais pra ficarem sozinhas eu vou deixá-las no pai de vocês, ok?
– Ah não! Não, não, não e não! Nem pense que eu estou de acordo com isso. Não quero ver antes do tempo a cara daquele ser idiota que meu pai tem contato labial.
– Ana! - Dul repreendeu a menina que apenas revirou os olhos. - Não pense que estou feliz em mandá-las para a casa de Christopher, mas é coisa de trabalho e eu preciso resolver. E outra, vocês não precisam nem cruzar com aquela mulher, fiquem no canto de vocês que ela ficará no dela. E nem adianta reclamar, porque de qualquer jeito vocês teriam que ir para casa de Christopher, hoje ou amanhã não vai fazer muita diferença, agora se arrumem que eu preciso sair daqui pra ontem. E sem mais! - Acrescentou quando viu que Ana ia se opor.
As meninas foram se trocar enquanto Dul procurava a chave do carro que ela sempre acabava perdendo.
– Argh, não acredito que a gente vai ter que ver a cara da nojenta da Bevaca. - Falou Ana revirando os olhos.
– Pois é, pensei que estaríamos livres dela até amanhã. - Julie falou se jogando na cama.
– Como o papai consegue beijar ela sem vomitar? - Ana perguntou debochadamente.
– Mistérios ainda não resolvidos. - Ju falou rindo sendo acompanhada por Ana.
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– MENINAS! DESÇAM LOGO QUE JÁ TA NA HORA!
– Vem logo Ju, antes que ela dê a louca. - Ana saiu do quarto sendo seguida pela irmã.
Quando desceram lavaram um susto com uma Dul descabelada dando a louca por causa do cachorro que tinha comido as almofadas do sofá.
– Vamos logo antes que eu mate esse cachorro na frente de vocês.
– O que te deu pra querer levar a gente na casa do papai?
– Eu não quero levar, sou obrigada. Por mim eu nunca mais olharia na cara daquele idiota.
As meninas reviraram os olhos e foram em direção do carro.
Quando chegaram Dul quase não esperou elas descerem e já foi embora.
– Cadê a mãe de vocês?- Perguntou Ucker enquanto abraçava as filhas.
– Já foi, disse que não queria olhar pra essa sua cara de idiota.
– Eu não tenho cara de idiota, eu sou lindo.- Falou o homem de brincadeira enquanto passava a mão no cabelo.
– Pai, nem começa. Ai to morrendo de fome, o que tem nessa casa?- Perguntou Ana indo em direção a cozinha para pegar algo na geladeira.
– Igualzinha a sua mãe.
– E eu não sei? Frequentar a mesma casa com as duas de TPM é barra...
– Ainda bem que você é mais calminha...
Os dois riram mas logo pararam quando ouviram um grito.
– O que foi Ana, está tudo bem?- Perguntou o pai preocupado enquanto corria em direção a filha.
– CLARO QUE NÃO! CADÊ A COMIDA DESSA CASA?
– Ah, fala sério! Eu devia saber que era isso.- Falou Julie enquanto pegava uma lixa de unha.
– Como você pode pensar em lixar unha nessa crise que estamos passando?
– Não é cri..
– Como não? Meu estômago está considerando devorar o meu intestino e você não acha que é uma crise?
– Calma, eu ia fazer compra hoje, só estava esperando vocês chegarem. Vamos?
– Vamos... Mas no caminho compra alguma coisa pra eu enganar meu estômago tá?
– Tá.
Eles já estavam quase indo quando Ucker lembrou de algo.
– Esperem meninas... Esqueci a lista, sem ela não sei o que comprar.
Chris voltou para dentro da casa, mas logo voltou com uma folha na mão.
Quando estavam no mercado Ucker era o centro das atenções, não só por que fez parte do RBD, mas porque era bem bonito e todas as mulheres babavam por ele, o que irritava muito as meninas.
– Olá, sabia que eu era sua fã?
– Ah, puxa, obrigado.- Falou dando aquele sorrisinho de lado que deixava todas aos seus pés.
– Bem, se quiser pode me ligar.- Disse a mulher estendendo a mão com um sorriso bem insinuante.
– Não, ele não vai.- Ana pegou o papel da mão da mulher e o amassou.
– Por quê? Por acaso está com ele? - Perguntou a mulher arqueando as sobrancelhas. Apesar das meninas não aparentarem ter só 14 anos, ainda eram consideravelmente mais nova que Christopher.
– Nós estamos.- Falou Ju entrando na brincadeira com a irmã.
– São as namoradas dele?- A mulher perguntou meio incrédula.
– Não querida, somos as ficantes. A namorada está em Paris e a esposa mora em Pequim.
– Oi? Não acredita nelas não, elas são minhas filhas.
A mulher arregalou os olhos e saiu correndo.
– O que eu fiz?
– Vem pai, o próximo item é condicionador do Ucker.
– Outro? Nós já não compramos condicionador?
– É verdade, compramos mesmo.- Falou Julie enquanto olhava o carrinho de compras.
– Ahh sei lá, se tem aí escrito de novo tem que comprar, a lista não mente!
– Ai, condicionador do Ucker, sabonete do Ucker, hidratante do Ucker... quando vai ter comida nessa lista? - Perguntou a menina fazendo drama. - Pai, o senhor por acaso bebe hidratante?
- Sem gracinha as duas, a Belinda que escreveu, e se ela escreveu então é porque tá certo.
- Ah, por isso tantos erros de português. - Ju revirou os olhos rindo.
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Ana: