Fanfic: Uma proposta de amor [Adaptada] - terminada
Quando chegou em casa, teve medo de que sua família pudesse perceber algo, mas todos estavam ocupados demais com seus afazeres para notar que ela não estava tão atenta quanto de costume.
Na manhã seguinte, Annie ainda não havia encontrado uma boa maneira de se aproximar de Poncho para torná-lo ciente da paternidade.
— Contará hoje? — Dulce indagou, na pausa matinal para o café, no hospital.
— Não sei direito o que dizer, mas pensarei em algo quando a hora chegar.
— Bem, pense rápido. Regina Johnson entrou em trabalho de parto, e ele vai atendê-la. Jo Ann quer que você seja a assistente.
A perspectiva de trabalhar com Poncho sabendo que carregava seu filho no ventre quase a fez entrar em pânico. Embora já o tivesse assistido várias vezes após aquela noite, sempre o tratara com respeito e deferência, e a reação fora recíproca. Nada, aliás, mudara entre os dois, a não ser pelos insistentes convites para sair. Porém, naquele dia, tudo era diferente.
— Por que eu?
— Sorte, acho — Dulce arriscou.
—Mas Regina é paciente do dr. Hudson!
—Sim, Annie, mas ele está fora da cidade por causa de uma emergência familiar. O dr. Herrera o cobrirá até segunda ou terça-feira que vem. Logo que eu terminar com a sra. Larkin, também irei lá para ajudar. Acho que não vai demorar muito.
—Muito obrigada...
Annie caminhou rápido para a sala de cirurgia, onde vestiu-se, e a máscara cirúrgica ajudou a ocultar seu semblante preocupado. Pouco depois, uma assistente de enfermagem trouxe Regina numa cadeira de rodas, ao mesmo tempo que seu marido, Tom, caminhava ao lado das duas.
— Agora deve ser para valer — Annie comentou ao ajudar a mulher a deitar-se na maca.
Regina olhou para o próprio ventre e pressionou os lábios ao sentir outra contração.
— Tem certeza, Anahí? Ainda faltam três semanas.
— Suspeito que agora não é um rebate falso, Regina. Interrompemos seu trabalho de parto antes para dar à criança tempo de se desenvolver. Agora ela já está pronta para nascer. — Em seguida apontou para o armário de roupas esterilizadas. — Se precisar de ajuda, Tom, basta me chamar. E não esqueça que, se quiser assistir, precisará colocar a roupa e amarrá-la atrás.
Enquanto Tom colocava o avental, a máscara e as botas de plástico, o gemido de Regina chamou a atenção de Annie de novo. Ao vírar-se, encontrou a maca toda molhada.
— Oh, meu Deus! Que bagunça...
— Isso é normal, Regina. — Annie apressou-se a trocar o lençol. — Bem, agora que sua bolsa se rompeu, não há mais escapatória.
— Gostaria que o dr. Hudson estivesse aqui. Não queria passar por tudo isso sem ele.
Notando a expressão teimosa de Regina, Annie falou com convicção:
— O dr. Herrera é um de nossos melhores obstetras. Não tem por que se preocupar.
— Ainda assim, quero o dr. Hudson. Ninguém é tão bom quanto ele.
Ia falar mais, mas outra contração obrigou-a a respirar fundo. Annie virou-se para apanhar um par de luvas, e, ao fazer isso, encontrou Poncho parado próximo.
— Você! — Os lábios dele curvaram-se num sorriso, como se encarasse a situação com muito bom humor.
— Em carne e osso. — Passando pela enfermeira, Annie aproximou-se de Regina.
— Sei que deve ter ficado desapontada por seu médico não estar aqui, sra. Johnson, mas vou substituí-lo da melhor forma que puder, tem minha palavra.
— Muito obrigado — Tom murmurou, bastante satisfeito com o pequeno discurso do dr. Herrera.
Regina ajeitou-se e esboçou um sorriso desajeitado.
— Vou lhe cobrar essa promessa.
Poncho não pareceu insultado com o comentário.
— É justo. Agora, vamos checar como está sua dilatação. Como a bolsa já se rompeu, usarei um pequeno monitor junto à cabeça do bebê para ver como ele está se saindo.
— A bolsa se rompeu há poucos minutos. — Annie aplicava a agulha para colocar o soro no braço direito de Regina.
— Então, já é hora de trabalharmos.
Um suspiro escapou dos lábios de Regina, e o brilho nos olhos de seu marido traía um certo pânico. O rapaz não parecia capaz de controlar o próprio nervosismo.
— Ela não me parece bem, doutor...
— Regina está ótima. Já conheço todos os detalhes de sua ficha médica, e falei com o dr. Hudson há alguns minutos. Vamos passar por tudo isso sem nenhum problema. E, se houver necessidade, poderemos fazer uma cesariana.
Tom assentiu, parecendo aliviado por saber que havia um plano alternativo.
Annie entregou a Poncho um par de luvas de látex, e, depois de vesti-las, ele examinou a paciente, que já fora colocada pelos auxiliares na mesa cirúrgica.
— A criança está na posição — informou aos assistentes, logo depois. — Estará segurando seu bebê na hora do almoço, mamãe.
Annie estudava o monitor. Os registros indicavam que o coração batia num ritmo normal, e todos os sinais vitais do nenê estavam em ordem.
Colocando a mão sobre a barriga de Regina, Poncho esperou pela próxima contração, e logo que ela terminou olhou para Annie.
— Vamos administrar uma dose de Oxydocin.
— Não quero nenhuma droga.
— Não é analgésico, Regina. — Poncho encarou a paciente, procurando confortá-la. — E só um remédio para acelerar seu trabalho, e não vai incomodar o bebê nem um pouco. E quanto antes ele chegar ao mundo, melhor será para vocês dois.
— Certo. — A gestante enxugou a testa com as costas da mão.
Annie aplicou o medicamento, e então estendeu uma toalha úmida a Tom, para que refrescasse o rosto da esposa.
Depois de pouco tempo, as contrações passaram a ficar mais fortes, e o espaço entre elas diminuiu. Poncho esperou mais algum tempo, e então posicionou-se aos pés da mesa cirúrgica.
— Chegou a hora. A cabeça do bebê já começou a aparecer. Vamos, Regina, força!
Annie sentia náuseas desde que acordara, mas o que antes era apenas uma sensação desconfortável se transformara num grande incômodo.
Era mesmo uma boa hora para sofrer um ataque de enjôo...
Gotas de suor porejavam suas têmporas, e um calor sufocante tomou conta de seu corpo. Tomando fôlego para manter o estômago sob controle, afastou-se por um instante para não demonstrar aos outros o que sentia.
Poncho, porém, ergueu a cabeça para estudá-la. Suas sobrancelhas arquearam-se numa inquisição silenciosa.
"Droga! Assim que puder, ele vai me encher de perguntas", Annie pensou.
Autor(a): narynha
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Annie voltou-se e se concentrou na paciente. — Empurre, Regina, vamos lá. Empurre! Annie examinou de novo os monitores, e recordou sua lista de procedimentos. Só estava faltando Dulce na sala. Indagando-se por que a supervisora não mandara alguém para ajudar, já ia apertar o botão de chamada quando Dulce chegou. — Des ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 135
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jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:41
AAAAA acabei de ler *-*
Meio tarde mais li
hihihi
Muito boa essa adaptação, parabens *-*
Adorei *o* -
jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:37
AAAAA acabei de ler *-*
Meio tarde mais li
hihihi
Muito boa essa adaptação, parabens *-*
Adorei *o* -
jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:33
AAAAA acabei de ler *-*
Meio tarde mais li
hihihi
Muito boa essa adaptação, parabens *-*
Adorei *o* -
jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:28
AAAAA acabei de ler *-*
Meio tarde mais li
hihihi
Muito boa essa adaptação, parabens *-*
Adorei *o* -
jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:23
AAAAA acabei de ler *-*
Meio tarde mais li
hihihi
Muito boa essa adaptação, parabens *-*
Adorei *o* -
jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:19
AAAAA acabei de ler *-*
Meio tarde mais li
hihihi
Muito boa essa adaptação, parabens *-*
Adorei *o* -
jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:15
AAAAA acabei de ler *-*
Meio tarde mais li
hihihi
Muito boa essa adaptação, parabens *-*
Adorei *o* -
kikaherrera Postado em 19/03/2010 - 02:55:30
Linda essa web o final então melhor ainda
AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII -
rss Postado em 18/03/2010 - 13:29:06
eu tou lendo agora pena que já terminou.
besossssssssssssssss -
rss Postado em 18/03/2010 - 13:29:06
eu tou lendo agora pena que já terminou.
besossssssssssssssss