Fanfics Brasil - Uma proposta de amor – capitulo 12 Uma proposta de amor [Adaptada] - terminada

Fanfic: Uma proposta de amor [Adaptada] - terminada


Capítulo: Uma proposta de amor – capitulo 12

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— Por que está fazendo isso, Anahí Giovanna?


A que se refere, vovó? Apenas coloquei a louça suja na lavadora, e agora estou preparando os pratos de sobremesa.


Ellen empurrou a neta para longe da pia.


— Sabe muito bem do que estou falando. Não posso acreditar que ainda está aqui, tendo um belo moço esperando para vê-la na outra sala. — Ao dizer aquilo, a anciã entregou uma bandeja com dois pratos de torta para Annie. — Leve isto e aproveite.


— Não posso. Tio Bert virá amanhã à noite, e estou preocupada com o que ele dirá sobre a suspensão do Kevin.


— Uma razão a mais para tentar relaxar um pouco — Ellen observou com firmeza, empurrando a neta, com cari­nho. — Ande logo e aproveite a companhia de seu jovem.


— Ele não é meu!


— Seja como for, vá. Ah! E lembre Kevin de que é hora de fazer a lição.


Annie dirigiu-se para a sala de estar determinada a man­dar Poncho embora o mais rápido possível. Queria manter as encontros deles numa esfera estritamente profissional, evitando, assim, as estranhas sensações que tomavam conta de seu corpo quando se via ao lado dele.


Lutava contra aquela atração com todas as forças que possuía. Por mais que, no fundo, desejasse ser a mulher que ele queria, a companheira com quem Poncho sonhara, tinha de saber que não era. Não adiantaria nada fingir o contrário.


Por aquela razão, recusava-se a aceitar a idéia de ser sua esposa, mesmo que só por algum tempo. Ficaria incon­solável quando a relação acabasse. A dor ao ver que Poncho a deixava para ficar com alguém como Angelique seria muito pior do que uma simples onda de boatos.


Annie não era orgulhosa, mas sabia muito bem que não conseguia suportar a piedade alheia.


Encontrou Poncho e o irmão logo que atravessou a soleira. Kevin se apressou a auxiliá-la.


— Obrigado, Annie. Nós pensamos que você tivesse se perdido, ou então esquecido.


Esquecer a presença de Poncho? Como se fosse possível...


Sinto muito, Kevin, mas seu doce está na cozinha. Você poderá comê-lo enquanto estiver terminando seus afazeres.


Kevin deixou escapar um longo suspiro de desânimo.


Tenho de fazer isso? Poncho e eu estávamos conversando.


Annie tentou não demonstrar sua surpresa. Seu irmão nunca passara muito tempo conversando com Rodrigo.


— Tem, sim, Kevin. O prazo para seu trabalho de escola vence amanhã.


Poncho sorriu.


— Nos veremos antes que eu vá embora, Kevin.


Parecendo satisfeito, Kevin deixou-os a sós.


— Parece que vocês dois encontraram algo em comum.


— Achou que não conseguiríamos?


— Não sei ao certo o que imaginar, Poncho. Diga-me, sobre o que conversaram?


Poncho colocou uma garfada de torta na boca, mastigou, e então sorriu.


— Sobre coisas...


Ela gemeu.


— Oh, meu Deus! Não me diga que está adotando o vo­cabulário de Kevin!


— Gostei dessa palavra. E uma resposta que não quer dizer nada... Mas, para saciar sua curiosidade, falamos sobre os interesses dele.


— Ele mencionou a escola?


— Sim. Parece que anda tendo problemas com alguns de seus colegas de classe.


— Concluí isso pelo que o diretor e o conselheiro me disseram. Como fez para que meu irmão se abrisse, sendo um estranho?


Talvez seja justo por isso que o garoto sentiu que poderia confiar em mim. Ou talvez eu apenas seja um bom ouvinte. Qualquer que seja o caso, posso ajudá-lo, se você permitir.


Annie abandonou a sobremesa quase intocada sobre a bandeja. Ao mesmo tempo que admirava o gesto dele, ques­tionava seus motivos.


— Por que se incomodaria?


— Porque quero.


Ela ainda não estava convencida.


— E verdade?


Poncho esticou suas longas pernas.


— Queira ou não, Annie, agora sou parte da família.


— Você é o quê? — Encarou-o incrêdula.


— Kevin vai ser o tio de meu filho... ou filha.


Levantando a cabeça, Annie olhou para a porta da cozinha, temendo que a avó ou o irmão pudessem escutar algo.


— Fale baixo, por favor!


— De qualquer modo, tenho um interesse especial por tudo o que lhe diz respeito.


Erguendo-se, ela colocou as mãos na cintura.


— Já tenho problemas demais com o irmão de meu pai. Fique sabendo que me recuso a dançar conforme sua música, dr. Herrera.


Poncho empertigou-se.


— Não me coloque na mesma categoria que seu parente. Quer nos casemos, quer não, estamos ligados por causa des­sa criança, e quero o que for melhor para ela.


Eu também.


Então, deixe-me ajudar da maneira que puder. Esse estresse adicional é ruim para você e para o bebê.


Mais uma vez, Poncho estava certo. O estômago dela retorcia-se, tanto de náuseas causadas pelas mudanças hormonais como pela tensão nervosa. Àquela altura, o nenê devia estar passando por maus momentos.


O telefone tocou, a distância, e o abrupto silêncio que se seguiu a fez lembrar-se da existência de outras pessoas na residência.


— Não quero discutir isso aqui, Poncho. Não temos nenhuma privacidade.


— Vamos ter de contar para sua avó uma hora dessas. Creio que ela já suspeita de que há algo errado.


— Direi tudo, mas não agora.


Poncho levantou-se de repente.


— Ótimo. Pegue seu casaco. — Diante de sua hesitação, ele emendou: — Não vou detê-la por mais de uma hora.


Annie encontrou Ellen no corredor, tendo Poncho logo atrás de si.


— Nós estamos indo...


— Seu tio...


Ambas pararam no meio da frase. Annie sentiu-se ainda pior à simples menção de Bert.


— O que estava dizendo, vovó?


— Bert acabou de ligar. Não poderá vir até o próximo final de semana porque teve uma reunião de emergência com seus gerentes.


— Que sorte! O olho de Kevin terá sarado, e não preci­saremos falar nada sobre sua suspensão. — Annie sorriu.


— Sabia que ia ficar contente. E você, o que ia me dizer?


Annie demorou alguns segundos para colocar os pensamentos em ordem.


— Poncho e eu estamos de saída. Estarei em casa em uma hora.


— Divirta-se. — Ellen esboçou um sorriso largo.


Vinte minutos depois, estavam sentados no carro de Poncho.


— A pizzaria não fica na outra direção? — Annie percebeu que ele virava para a direita, em vez da esquerda.


— Sim, mas vamos para meu apartamento. Lá poderemos conversar à vontade. — Depois de uma breve pausa, con­tinuou: — Tudo bem para você?


A boca de Annie ficou seca. Não esperava por isso, mas tinha de concordar que um restaurante lotado não era o melhor local para discutirem suas vidas.


A recordação da única visita que fizera àquele aparta­mento fez sua pulsação acelerar. Ainda assim, não podia precisar se era algum senso de antecipação ou só ansiedade.


Annie pigarreou e tentou parecer casual:


— Tudo bem, claro.


Quando Poncho a conduzia para a sala de estar, pouco depois, Annie sentiu-se tomada por um estranho turbilhão de conjecturas. Conhecia muito pouco sobre aquele homem. E mesmo assim teria um filho dele...


— Quer beber algo? — Poncho ofereceu.


Ela não tinha sede, mas precisava de alguns minutos a sós.


— Água, por favor.


Annie acabara de sentar-se na cadeira de balanço de ma­deira quando Poncho voltou trazendo água gelada e uma garrafa de cerveja.


Ela apanhou o copo, sentindo uma corrente elétrica per­correr sua espinha quando seus dedos se tocaram. Tentando disfarçar, acomodou-se melhor.


Amendoins? — Ele estendeu-lhe a tigela.


Não, obrigada.


Poncho sentou-se no sofá do outro lado da mesa.


— Nós não temos nada para discutir, Poncho. Tudo está sob controle com meu tio agora.


Talvez.


As sobrancelhas dela arquearam-se.


— Por que diz isso?


Poncho só voltou a encará-la depois de levar a garrafa aos lábios, sorvendo um gole.


— Nunca o vi, por isso não posso dizer ao certo. Mas a pergunta é: será que Bert aceitará sua palavra sobre os progressos de Kevin no colégio?


Annie podia imaginar muito bem Bert ligando para a escola, interrogando alguma pobre secretária, acabando por descobrir tudo o que queria.


— É um risco que terei de correr.


Esse é o ponto, Annie. Você não tem de correr esse risco.


— Se tudo o que quer é tentar me coagir a aceitar o casamento, por favor, me leve de volta.


Ouça, você está tentando satisfazer seu tio. Estou apenas lhe oferecendo uma alternativa que possa agradar a todos.


— Sei que tem boas intenções, mas ainda não me convenci de que sua solução é a mais adequada.


Quando Poncho fez menção de responder, ela continuou:


— De qualquer forma, eu disse que pensaria a respeito de sua proposta, e farei isso. Apenas não me pressione, certo?


É justo. Seja como for, já escolheu um médico? Tanto o dr. Moore quanto o dr. Abernathy podem atendê-la no meio da semana que vem.


Raiva e horror misturaram-se no íntimo de Annie.


Você marcou uma consulta para mim?


Não foi bem assim.


O ultraje dela pareceu diminuir.


Ótimo, porque eu gostaria de ver Maite Perroni.


Poncho hesitou.


Ela não é apenas clínica geral?


Sim, e daí?


É boa médica?


Gosto do modo como trata os pacientes.


Os lábios de Poncho retorceram-se, como se não concor­dasse com a decisão, mas não tivesse poder para fazer nada.


— Preferia que Gene ou Charles estivessem envolvidos...


— Eu não. — Annie não parecia nem um pouco inclinada a discutir o assunto.


Um pesado silêncio os envolveu, e por alguns instantes Annie só ouviu o barulho do vento soprando do lado de fora da janela.


Tudo bem. — Poncho se desapontara, e não escondia isso. — Mas, se tiver qualquer complicação, me reservo o direito de chamar um especialista, tanto para você como para o bebê.


Nós já temos um especialista. Você estará lá. — E então, tocada pela veemência de Poncho, emendou: — Sei que vai cuidar muito bem de nós.


Sim. Vou mesmo.



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Autor(a): narynha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 135



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  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:41

    AAAAA acabei de ler *-*
    Meio tarde mais li

    hihihi
    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
    Adorei *o*

  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:37

    AAAAA acabei de ler *-*
    Meio tarde mais li

    hihihi
    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
    Adorei *o*

  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:33

    AAAAA acabei de ler *-*
    Meio tarde mais li

    hihihi
    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
    Adorei *o*

  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:28

    AAAAA acabei de ler *-*
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    hihihi
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  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:23

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    hihihi
    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
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  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:19

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    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
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  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:15

    AAAAA acabei de ler *-*
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    hihihi
    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
    Adorei *o*

  • kikaherrera Postado em 19/03/2010 - 02:55:30

    Linda essa web o final então melhor ainda
    AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

  • rss Postado em 18/03/2010 - 13:29:06

    eu tou lendo agora pena que já terminou.
    besossssssssssssssss

  • rss Postado em 18/03/2010 - 13:29:06

    eu tou lendo agora pena que já terminou.
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