Fanfics Brasil - Uma proposta de amor - capitulo 14 Uma proposta de amor [Adaptada] - terminada

Fanfic: Uma proposta de amor [Adaptada] - terminada


Capítulo: Uma proposta de amor - capitulo 14

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Poncho atendeu ao telefone, ao mesmo tem­po que esfregava os olhos.


Sim?


A entonação preocupada de Ellen atingiu-o em cheio, fazendo-o sair de imediato daquela letargia.


— Annie está doente, Poncho. Não sei o que há de errado... Pode vir até aqui?


Dê-me apenas alguns minutos.


Poncho vestiu uma calça jeans, uma velha camiseta de um time de beisebol e um par de tênis, em tempo recorde. Ignorando a própria aparência refletida no espelho, apanhou as chaves do carro e desceu para o estacionamento.


Logo freou em frente à casa dos Portilla, e encontrou Kevin esperando-o à soleira.


— Vovó está no quarto de Annie — o rapaz disse, com os cabelos em desalinho e os olhos inchados pelo sono.


Com passos largos, Poncho caminhou até o aposento dela. Ao colocar a mão em sua testa, ficou chocado ao perceber a alta temperatura.


— Eu a ouvi vomitando — Ellen revelou, preocupada. — Mais tarde, quando a ajudei a vir para cá, ela se queixou de dor nas costas.


Poncho inclinou-se sobre Annie.


Há quanto tempo está sentindo isso?


Começou ontem, e foi piorando.


Mostre-me onde dói.


Annie virou-se de bruços, indicando uma região pouco acima do quadril.


Costuma doer quando você vai ao banheiro para urinar?


Um pouco. — Tentou sorrir.


Vou levá-la para a emergência — Poncho pensava num diagnóstico possível. — Pode caminhar ou devo chamar uma ambulância?


Annie mordiscou o lábio.


  Posso andar.


Poncho dirigiu-se a Ellen:


  Onde fica o telefone?


  Na cozinha.


Após ligar para Maite Perroni e para o hospital, Poncho retornou, encontrando Annie sentada na beira da cama.


— Venha conosco se quiser, Ellen.


A anciã aproximou-se de Kevin, que estava parado ao batente.


— Nós vamos esperar aqui. Kevin tem aula amanhã de manhã, por isso ele deve tentar dormir um pouco.


— Ligarei assim que soubermos de alguma coisa. E não se preocupe, Kevin. Sua irmã ficará bem.


O medo estampado nas feições do garoto diminuiu, e ele assentiu com um gesto de cabeça.


Notando a debilidade dos movimentos de Annie, Poncho ajudou-a a chegar ao carro.


Em instantes, eles eram recebidos no hospital por um membro da equipe médica, que os aguardava com uma ca­deira de rodas e levou Annie para a sala de exames.


— A dra. Perroni já chegou? — Poncho perguntou para uma enfermeira que estava no meio do hall.


  Não, doutor.


  Onde está o médico de plantão?


  O dr. Radcliff está atendendo alguém agora. — As sobrancelhas da moça arquearam-se. — Essa jovem não é sua paciente?


  Não.


  Entendo...


Poncho assumiu o controle da situação.


Quero uma cultura bacteriana, análise química, exame e cultura de urina e de sangue. Já!


Mas se ela não é sua paciente...


Apenas faça isso. A dra. Perroni também vai querer o que pedi, então vamos poupar algum tempo, certo?


As portas automáticas se abriram, e Maite Perroni entrou. A enfermeira, hirta, viu-a se aproximar.


— Vá! — Poncho ordenou em seu tom mais autoritário.


A enfermeira lançou-lhe um olhar desconfiado, mas acabou obedecendo.


Maite encarou-o, com seriedade.


— Está discutindo com a equipe, Alfonso?


— Não, Maite. Apenas estava tentando convencê-la de que você iria querer os resultados dos exames de laboratório o mais depressa possível.


— Ah, é? E o que eu vou querer?


— Cultura bacteriana, análise química, cultura de urina e tudo o mais.


Parece que cobriu todas as possibilidades.


Annie está grávida.


Isso ela já me disse, Alfonso.


E está com uma dor forte na região intercostal. Sua temperatura subiu para trinta e nove graus, e apresenta náusea e vômitos. Meu diagnóstico preliminar é cistite, com­plicada pela desidratação.


Será que posso examinar minha paciente, ou apenas devo acreditar no que diz? — a médica indagou, com certo sarcasmo.


Poncho sorriu, sem graça.


Desculpe-me.


Entretanto, se não é o médico de Annie, ou um membro da família, não posso discutir o caso com você.


Eu sou o pai da criança.


O sorriso da dra. Perroni deixava transparecer uma fina ironia.


— Por que será que não estou surpresa? — Afastou-o com um aceno. — Vamos lá, dr. Papai, deixe-me ver se concordo com seu diagnóstico.


Poncho permaneceu discreto num canto do quarto, en­quanto Maite examinava Annie e a questionava sobre sua saúde nas últimas semanas. Por fim, expressou-se:


— Ainda não tenho os exames laboratoriais para confirmar, mas acredito que você está sofrendo de uma infecção urinária.


As pálpebras de Annie baixaram-se, como se ela estivesse fazendo uma prece silenciosa de agradecimento.


Quer dizer que posso ir para casa?


Em outra situação eu diria que sim, mas, por causa de seus enjôos terríveis, a resposta vai depender do eletrólito.


E quanto ao bebê?


É provável que esteja bem. — Maite tomou-lhe a mão. — Vou checar no laboratório, e estarei de volta assim que tiver os resultados.


Logo que ficaram a sós, Poncho voltou para o lado da cama. Segurou-lhe os dedos e afagou-lhe o rosto.


— Sente-se melhor, Annie?


Ela fez um gesto afirmativo, mantendo uma expressão séria, ao ajeitar-se na maca.


Obrigada por estar aqui, Poncho.


Por que não me contou que não andava bem, Annie? Se eu soubesse, não a teria levado para ver aquelas casas hoje à tarde.


Tenho estado mal há tanto tempo que alguns sintomas a mais não faziam diferença.


Falo sério. Conte-me qualquer coisa diferente da pró­xima vez.


A ordem provocou o bom humor de Annie.


  Sim, mestre.


         Poncho achou graça.


  Ei! Gostei da forma como disse isso.


  Sei que gostou.


Maite Perroni retornou, mas, apesar de sua presença, a demonstração de afeto de Poncho não foi interrompida, que continuou afagando Annie.


Annie, a análise de urina e os exames de sangue por enquanto confirmam minhas suspeitas. Apesar de as cul­turas só ficarem prontas pela manhã, começarei a tratá-la com antibióticos. De modo geral, recomendo a meus pacien­tes que bebam muito líquido, porém, já que sua situação está agravada pelo enjôo, vou administrar-lhe soro. De acor­do com os exames de sangue, você está muito desidratada.


Por quanto tempo terei que ficar aqui, doutora?


Até que tudo esteja sob controle. Talvez por alguns dias.


Adiantaria alguma coisa se eu reclamasse?


— Não! — Poncho decretou, sucinto.


Maite sorriu para o colega.


— Aí está sua resposta, minha cara. Voltarei a examiná-la pela manhã.


Maite deixou-os a sós para cuidar dos documentos de admissão.


Poncho permaneceu ao lado de Annie até que ela fosse instalada em um dormitório particular na ala da maternidade.


— Telefonarei para sua avó. Quero apanhá-la pela manhã para que Ellen lhe faça uma visita logo que Kevin for para a escola.


— Muito obrigada, Poncho. — Annie baixou as pálpebras pesadas de sono.


Então, Poncho inclinou-se sobre a cama, beijando-a de leve nos lábios.


— Não se preocupe com nada, Annie.


Combinado.


Com relutância, Poncho deixou-a, consciente dos olhares cu­riosos das poucas enfermeiras que estavam no turno da noite, e então decidiu encará-las, esperando que assim o interesse das mulheres em sua vida particular diminuísse. As mais próximas logo viraram a cabeça em outra direção, mas Poncho sabia que o boato iria se espalhar logo que virasse as costas.


Aquilo era inevitável, mas ele esperava que Annie pu­desse suportar os comentários e as especulações que decerto iriam se seguir.


— Onde está minha sobrinha?


A trovejante voz masculina vinha da recepção, interrom­pendo a conversa de Annie com a avó. Passava das dezenove horas, mas Annie ainda sentia-se surpresa pelo quanto me­lhorara depois de dormir por quase todo o dia.


Lembrava-se de ter visto Poncho várias vezes, mas ape­nas notara sua presença antes de voltar à inconsciência.


— Alguém está fazendo um barulho e tanto — Ellen comentou. — Alguém devia dizer a ele que está em um hospital.


Annie sorriu.


— As pessoas não percebem como o som se propaga por esses corredores. Sabe, vovó, esse tom me lembra... Meu Deus, você não acha que é...


— Claro que não, querida! Eu liguei para seu tio e pedi que não viesse neste final de semana porque você está doente.


Contudo, pode ser que tio Bert tenha resolvido vir de qualquer maneira.


Annie colocou o bordado no colo, analisando a possibili­dade. Levantou-se em seguida e caminhou até a porta, para olhar para fora. Quando voltou a virar-se em direção ao leito, suas feições revelavam tanto espanto quanto horror.


— É Bert! — Recuou, assustada.


— Titio deve ter passado em casa, e Kevin informou que estávamos aqui. — Annie respirou fundo, para se acalmar. — Certo. Nada de pânico, pois tudo está sob controle.


Lutando para organizar as idéias, Annie ajeitou os ca­belos e rezou para que sua aparência estivesse melhor do que na véspera.


No entanto, o que seu tio poderia esperar? Ela estava internada, afinal de contas, e não se preparando para um baile de gala.


Poucos instantes se passaram antes que Bert Puente entrasse com sua aparência autoritária. Era muito alto, com mais de um metro e noventa, e vestia um terno sob medida, de uma fina casimira cinzenta. A gravata de seda verde e os sapatos lustrosos completavam sua aparência impecável.


O tom grisalho dos cabelos muito bem penteados lhe con­feria um ar distinto. Era a figura de um homem de negócios bem-sucedido.


Bert encarou Annie antes de dirigir-se a sua avó:


Annie, que bom vê-la. — Como sempre, não soava nem um pouco sincero.


Você recebeu minha mensagem?


Sim, mas, como estava mesmo passando por aqui, de­cidi parar para uma visita. Não imaginei que sua doença fosse tão séria, Annie. Fiquei surpreso quando Kevin me disse que estava no hospital.


Uma infecção como a minha pode ser delicada de se tratar, tio.


Tenho certeza de que sim. Sobretudo se levarmos em consideração seu estado delicado.


O medo fez o coração de Annie acelerar, porém, mesmo assim ela fingiu ignorância.


A respeito de que está falando?


De sua gravidez. Por acaso achou que eu não acharia esquisito o fato de estar internada na ala da maternidade?


Annie decidiu blefar. Não tinha nada a perder, mesmo...


Pessoas doentes são acomodadas na primeira cama que estiver à disposição, independente do diagnóstico. Eu também poderia estar na unidade de cirurgia.


Vamos lá, Annie, eu não nasci ontem. E de qualquer forma, uma enfermeira confirmou minhas suspeitas.


Quem? — Ela tentava ganhar tempo. Mais tarde, sua supervisora iria ouvir sobre aquela quebra do direito do paciente ao sigilo.


Bert ergueu a mão.


— Isso não importa, não é? Mas, mesmo assim, vou explicar. Logo que a recepcionista me deu o número de seu quarto, reconheci a ala e comecei a imaginar coisas. Quando indaguei como você e o bebê estavam, uma jovem me assegurou que não devia me preocupar, visto que estava melhorando e não tinha perdido a criança.


Bert iria se dar muito bem na carreira política. Ele sabia manipular os outros com maestria para conseguir as infor­mações que desejava obter. Talvez devesse ter escolhido a carreira de detetive particular.


Você não tinha nenhum direito...


Tenho todos os direitos do mundo, Annie. Ainda mais depois que fiquei sabendo da recente façanha de Kevin no colégio.


O quê? — Annie ficou furiosa o bastante para pensar em tomar satisfações com o conselheiro da escola.


Isso não importa. Estou muito preocupado com a qua­lidade da educação que meu sobrinho está recebendo. Quer eu goste, quer não, suas atitudes refietirão em minha imagem.


Isso não é verdade, titio. Você não é o tutor dele.


Esse é um detalhe que será retificado com extrema facilidade. Eu não estaria cumprindo meu dever se não co­locasse Kevin na linha, apesar de ter poder para isso.


Annie queria discutir, mas cerrou os dentes, forçando-se a manter a fleuma.


Meu irmão não está fazendo nada de mais.


Essa é sua opinião. Brigando com os colegas, bancando o insubordinado com os professores, e ainda por cima sob suspeita de roubo.


Roubo? — Annie e Ellen repetiram ao mesmo tempo.


É isso, o que vem provar meu ponto de vista. Vocês duas estão vivendo com o rapaz e nem mesmo sabem disso. O que mais será que está acontecendo bem a sua frente en­quanto você... — O olhar dele encontrou o de Annie. — ...está andando por aí com Deus sabe quem? Bem, pelo menos nós podemos dizer que sabemos o que você estava fazendo.


Annie engoliu em seco, e Ellen ficou pálida.


Que tipo de exemplo está dando, Annie?


Basta! — Poncho surgira à soleira, sem que ninguém notasse. — Não vou permitir que perturbe os pacientes!


A intervenção daquela figura máscula e poderosa levou algum alento para Annie. Bert virou-se assim que Poncho aproximou-se.


— Você deve ser o dr. Perroni.


  Não. Sou o dr. Herrera.


  Dr. Herrera, estamos tendo uma conversa de família. Se Annie acha o assunto estressante, ela é a única que tem do que se culpar.


  Está errado — Poncho retrucou com segurança.


  Como pode saber sobre isso?


  Porque conheço Annoe. Ela está doente, e não precisa de nenhuma pressão neste momento.


  Sinto muito. Mas o próprio estado de minha sobrinha é prova de que ela não é capaz de guiar o futuro de um jovem. Entrarei com uma petição para conseguir a custódia de Kevin amanhã mesmo, e acredite-me: vou vencer.


Annie colocou os cobertores de lado, ignorando que vestia apenas uma camisola, e começou a se levantar. Parou ape­nas quando as sondas do soro em seu braço a incomodaram.


Poncho a fez voltar a se acomodar.


— O que acha que está fazendo?


— Estou me dando alta.


Poncho não a soltou.


— Por quê?


— Preciso ver meu advogado. Agora, por favor, me deixe em paz!


Poncho meneou a cabeça.


— Esqueça essa loucura. Vai ficar nesse leito, e eu cuidarei de tudo.


Annie encarou-o, indecisa. Deixar o destino do irmão nas mãos de Poncho era arriscado. Ele podia até se preocupar com os interesses de Kevin, mas Annie não esperava, nem queria, vê-lo lutando suas batalhas.


— Tudo vai dar certo — Poncho murmurou, com um sorriso encorajador.


Annie sentia-se exaurida.


Certo, Poncho.


Não sei quem você é, rapaz, mas isso não é de sua conta.


Annie está esperando meu filho, e tudo o que diz res­peito a ela e seus familiares também é problema meu.


Se não estivessem bem no meio de uma crise, Annie teria dado uma gargalhada diante da expressão atônita de Bert Puente.


— Agora, vamos discutir isso em outro lugar. — Poncho apontou para a porta.


Bert olhou de relance para a sobrinha.


— Vocês dois estão namorando?


Annie fez que não, evitando o olhar de Poncho.


Estão noivos?


Não.


Mais uma vez, a voz trovejante de Bert dominou o ambiente:


— Então, mantenho minha posição. O fato de terem um caso não torna a situação de Kevin melhor.


Lutando para manter o autocontrole, Poncho apontou para a porta. Não queria ver Annie preocupada, e, quanto antes acalmasse aquele homem, mais rápido ela relaxaria.


— Saia do quarto.


Bert seguiu-o até uma sala vazia no final do corredor.


O que você tem a dizer em sua defesa? — Bert cruzou os braços.


Não tenho de explicar a ninguém minhas atitudes ou as de Annie. De qualquer forma...


Pare com essa conversa fiada, dr Herrera! Quero saber quais são suas intenções. Planeja se casar com minha so­brinha ou vão continuar vivendo em pecado?


Não estamos vivendo juntos, e nunca vivemos. Já pedi Annie em casamento, mas ela recusou.


Mas não vai recusar agora. Se quiser que eu esqueça toda a idéia de requerer a guarda de Kevin, minha sobrinha não desgraçará o nome dos Puente.


Avaliando o ponto de vista egoísta de Bert, Poncho teve de morder o lábio inferior. O homem estava mais preocupado com um potencial embaraço que se refletisse em sua imagem do que com o bem-estar de seus parentes. Se a vontade de ambos não caminhasse para a mesma finalidade, o matri­mônio, Poncho nem mesmo conversaria com Bert.


— Direi isso a Annie.


Como já a advertira antes, na certa não seria uma completa surpresa. Mas, sabendo como Annie se sentia sobre o casamento, a ameaça de Bert podia ser um remédio muito amargo para se engolir.


Mas forçá-la não é o caminho.


Annie tem uma escolha.


A frase de Bert, lógico, tinha duplo sentido.


Claro. Ou ela se casa, ou perde o irmão que tanto ama. Parece-me mais um ultimato.


Pode ser, mas não quero ver o filho de meu irmão cres­cendo para ser um futuro marginal em uma prisão do Estado.


Será que não está exagerando? Kevin apenas se en­volveu em uma briga. Não estava vendendo drogas nem portando armas na escola. E, além disso, nunca foi preso.


Uma vida de crimes começa de alguma forma, Herrera. Você não tem que gostar de meus termos, nem Annie. Ape­nas certifique-se de que ela saiba que isso é muito impor­tante para mim.


Annie sabe.


Naquele momento, tudo o que Poncho queria era salvar Kevin da influência daquele déspota. Por um instante, imaginou como a vida de todos seria diferente se tivesse concordado com a proposta de Annie no baile de Natal. Teriam evitado muitos problemas. Entre todos, o desagradável Bert Puente.


Bert tornou a cruzar os braços.


— Minha sobrinha não está bem, por isso serei generoso. Têm trinta dias para se casar, ou então irei resolver o assunto a minha maneira.


"Trinta dias?" Poncho imaginou qual o prazo que teriam se Bert Puente não fosse generoso.


— Não poderemos planejar nada em período tão curto. Recuso-me a privar Annie do tipo de casamento que ela deseja.


Conhecendo-a, Poncho sabia que ela não gostaria de um evento luxuoso. De qualquer forma, Bert não precisava saber disso.


O homem arqueou as sobrancelhas, como se considerasse o ponto de vista de Poncho.


— Seis semanas, Herrera. É minha oferta final.


Sentindo que a benevolência de Bert havia chegado ao limite, Poncho concordou.


— Vamos nos manter em contato durante esse período — Bert advertiu-o. — Por isso, diga a Annie que quanto antes legalizarem sua união, mais rápido se livrarão de mim.


— Tudo bem. Mas agora também tenho uma condição.


— É mesmo, doutor? Não diga!


As feições de Poncho permaneceram impassíveis.


— Uma vez que estivermos casados, você não vai inter­ferir com Kevin, a não ser que ele peça sua ajuda.


— Agora veja bem...


— Para sempre.


Bert piscou, surpreso.


— Para sempre?


— Não poderá mudar de idéia daqui a um ano ou dois, Bert. O que acontecer com Kevin não será de sua conta, a não ser, como eu disse, que ele peça sua interferência primeiro.


Bert hesitou por um breve momento.


— Se é assim que você deseja...


— É.


Uma pausa tensa envolveu os dois por um instante, e mais uma vez foi o tio de Annie quem quebrou o silêncio.


— Para ser honesto, não posso dizer que o invejo, Herrera. Conheceu Annie, por isso já deve saber como as mulheres Puente Portilla são cabeças-duras. — Um sorriso estranho curvou-lhe os lábios. — Manterei contato — murmurou, antes de caminhar em direção ao hall de elevadores.


Entretanto, assim que Bert foi embora, a vitória de Poncho começou a perder o sentido. Queria que Annie se casasse com ele porque desejava isso, e não porque era obrigada.


Embora não tivesse admitido antes, seus sentimentos em relação àquela mulher estavam se tornando cada vez mais profundos.


 



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Autor(a): narynha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 135



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  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:41

    AAAAA acabei de ler *-*
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  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:37

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  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:33

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  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:23

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  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:19

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  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:15

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  • kikaherrera Postado em 19/03/2010 - 02:55:30

    Linda essa web o final então melhor ainda
    AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

  • rss Postado em 18/03/2010 - 13:29:06

    eu tou lendo agora pena que já terminou.
    besossssssssssssssss

  • rss Postado em 18/03/2010 - 13:29:06

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