Fanfics Brasil - Uma proposta de amor – capitulo 16 Uma proposta de amor [Adaptada] - terminada

Fanfic: Uma proposta de amor [Adaptada] - terminada


Capítulo: Uma proposta de amor – capitulo 16

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O dr. Herrera é um responsável e res­peitável membro desta comunida­de. Como a senhora ousa vir até aqui e fazer insinuações absurdas? — Annie aprumou os ombros, tentando manter uma postura imponente. — O doutor é um profissional de alto gabarito. Seja lá o que for que tenha acontecido em seus dias de juventude, isso agora está no passado. Há um ditado que diz que quem tem telhado de vidro não deve atirar pedras no do vizinho. Em outras palavras: cuide de sua vida!


Os lábios de Nelda se abriram e se fecharam sem emitir nem um som.


— Bem! — ela exclamou, por fim. — Estou indo embora. Não vou ficar aqui para ser insultada por essa... essa... essa garota!


Annie estava pronta para avançar, mas Poncho segurou-a pelo braço e sussurrou-lhe.


— Vá para seu quarto.


— Mas, Poncho...


— Por favor.


Detestando ter de recuar, ela virou-se com tanta gracio­sidade quanto podia e começou a voltar para os aposentos. Antes de entrar, olhou para trás e viu Nelda andando, apres­sada, na direção dos elevadores enquanto sua irmã se des­culpava de maneira confusa com Poncho.


Muito irritada para sentar-se, Annie ficou caminhando de um lado para o outro até que ele apareceu.


— Lembre-me de nunca deixá-la zangada — ele comentou ao fechar a porta e antes de guiá-la até o leito. — Por um minuto tive medo de que precisasse prestar cuidados médicos a Nelda. Cheguei até mesmo a imaginar você tentando esganá-la.


O humor dele ajudou a diminuir a indignação de Annie, que sorriu.


— Tudo que eu precisava era de um bate-boca com uma esnobe como aquela!


Poncho ficou sério.


Obrigado por me defender, mas não era necessário.


Sim, era. A mulher queria destruí-lo, e eu não podia permitir que isso acontecesse.


Poncho sentou-se na beira da cama e passou os dedos entre os cabelos, parecendo frustrado.


Ela não estava inteiramente errada.


Pon... — Annie segurou a mão enorme a seu alcance. — Se quiser falar sobre isso, eu ouvirei. Mas seja lá o que tenha acontecido quando você era um garoto, não me inte­ressa. O que é hoje é o que conta.


Por alguns momentos Poncho encarou-a em silêncio, como se analisasse o que fazer. Enfim, assentiu.


— Como já disse antes, não fui o tipo de menino que a maioria dos pais gostaria de ter como filho. Meu pai abandonou nossa família quando eu tinha cinco anos, e minha mãe precisou trabalhar em três lugares ao mesmo tempo para conseguir dinheiro para as despesas da casa. Por conta disso, fui crescendo sem a supervisão de um adulto, e acabei tendo alguns problemas na escola. Para ser franco, acabei me envolvendo com a lei... Nada importante, mas cada policial da cidade sabia meu nome.


Poncho fez uma pausa. Quando tornou a falar, seu olhar parecia perdido na distância.


Foi então que mamãe começou a trabalhar como faxineira na residência de um dos antigos médicos da comunidade, Abe Tarnell. Eu ia para lá à noite, para ajudá-la, e numa ocasião Abe me apanhou estudando um livro de anatomia e fisiologia. Como percebeu que eu estava inte­ressado em medicina resolveu me "adotar". O homem até mesmo me ajudou a conseguir serviço em um armazém local.  


Mais uma vez Poncho fez uma pausa, como se precisasse tomar fôlego.


O proprietário tinha contratado outro garoto, Owen, além de mim, para fazer entregas e coisas do tipo. Tudo ia muito bem até que o sr. Hogan começou a dar pela falta de dinheiro na caixa registradora. Já que Owen vinha de uma família de classe média, bem posicionada, o sr. Hogan concluiu que eu era o ladrão, e chamou a polícia.


Mas você não tinha feito nada errado.


Ele meneou a cabeça.


Abe me defendeu, mas perdi o emprego. Mais tarde, o sr. Hogan acabou pegando Owen em flagrante e também o demitiu.


Mas o dano já havia sido feito.


Sim. Agora você conhece os detalhes sórdidos de minha vida.


Mais que isso. Annie passou a compreender a preocupação de Poncho em evitar boatos. Também compreendia por que ele pretendia se juntar ao tipo de pessoa que o desprezara: queria provar seu valor. Tendo uma mulher como Angelique, sua tarefa seria muito mais fácil. Mas agora precisaria se contentar com a segunda opção. Aquele era um pensamento sombrio.


Considerando tudo aquilo, poderia ela convencê-lo de que alguém tão comum quanto a pobre Anahí era a mulher certa? De alguma forma, duvidava disso.


Estava falando sério quando afirmou que eu era seu noivo, Annie?


Ela evitou encará-lo, ainda incapaz de admitir a verdade.


Foi tudo o que consegui imaginar no momento, Poncho. Diga-me, ia me contar sobre a conversa com meu tio?


Poncho achou melhor ignorar a súbita mudança de as­sunto, e não fez nenhum comentário.


— Bert vai desistir do processo de guarda de Kevin se nos casarmos.


  Já tinha imaginado que essa seria a condição.


  Não está irritada?


  Como disse, não foi surpresa.


  E tem mais: Bert não vai mais interferir no destino de Kevin.


Annie riu, com desdém.


Por quanto tempo?


Para sempre. Ou então, até que Kevin peça sua ajuda.


O coração de Annie disparou. Fazia muito tempo que esperava pelo dia em que Bert os deixaria em paz.


Não brinque, Poncho.


Foi o que ele disse. — Poncho fez uma pausa estudada antes de continuar: — De qualquer forma, fez uma exigência.


A alegria de Annie se desvaneceu. Ela deveria saber. Bert nunca abriria mão de uma vantagem. Na certa, fizera alguma imposição impossível de ser cumprida.


E qual foi?


Nosso casamento tem que acontecer no máximo em seis semanas.


Só isso?


Poncho assentiu.


E até lá Bert planeja ficar muito próximo de tudo o que acontecer com sua família.


Depois, vai nos deixar em paz... — ela repetiu para si mesma, como se esperasse uma confirmação.


Sim.


Annie considerou seu próximo movimento. Depois de des­cobrir como os sonhos de Poncho estavam intimamente li­gados a seu passado, não se sentiria confortável se não lhe desse pelo menos uma oportunidade de escolher.


  Devemos concordar com o limite de tempo, Poncho?


 Ele arqueou uma sobrancelhas.


  Você tem mais alguma idéia?


  Não. Achei que você poderia ter pensado em algo.


  Por quê?


  Caso tivesse mudado de idéia...


  Como assim?


Se me lembro bem, você me sugeriu um casamento temporário.


Acreditei que isso a ajudaria a sentir que continuava a manter algum controle sobre si.


A expressão de Annie denotava que ela estava acompa­nhando o raciocínio de Poncho.


E agora?


Nós dois continuaremos mantendo o controle. Mesmo que concordemos com esse arranjo, e no futuro decidamos nos separar, haverá apenas uma maneira de terminar com o compromisso.


Embora não tivesse sido pronunciada, a palavra "divórcio" pairou acima de suas cabeças.


Creio que devemos dar a nós mesmos pelo menos um ano, antes de qualquer decisão, Annie. Estaríamos sendo injustos conosco, com o bebê e com Kevin se não fizéssemos isso.


Um ano. Trezentos e sessenta e cinco dias talvez fossem suficientes para que Poncho descobrisse que não poderia viver sem ela... ou pelo menos para Annie tentar convencê-lo.


Aceito.


Outra questão permanecia sem resposta.


E nós vamos ter um casamento de verdade?


Existe algum outro tipo?


Annie engoliu em seco.


Não sabia se você esperava mais do que uma relação para manter as aparências.


Poncho segurou seu queixo, forçando Annie a encará-lo.


Vamos ter nosso filho em seis meses. Seria absurdo se nos evitássemos. — Deixando escapar um suspiro, Poncho fez menção de sorrir, antes de prosseguir: — Além disso, minha casa terá apenas cinco quartos: um para nós, outro para Kevin, o terceiro para sua avó, o quarto para o bebê, e o último para meu escritório.


Annie forçou-se a sorrir.


Então, é melhor nos apressarmos com os planos da cerimônia.


 



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Autor(a): narynha

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As semanas seguintes passaram-se em meio a um tur­bilhão de atividades. As notícias sobre a gravidez de Annie e o casamento iminente circularam logo por todo hospital, e ela já se acostumara a receber congratulações. Várias mulheres, algumas das quais alimentavam suas pró­prias esperanças em relaçã ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 135



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  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:41

    AAAAA acabei de ler *-*
    Meio tarde mais li

    hihihi
    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
    Adorei *o*

  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:37

    AAAAA acabei de ler *-*
    Meio tarde mais li

    hihihi
    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
    Adorei *o*

  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:33

    AAAAA acabei de ler *-*
    Meio tarde mais li

    hihihi
    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
    Adorei *o*

  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:28

    AAAAA acabei de ler *-*
    Meio tarde mais li

    hihihi
    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
    Adorei *o*

  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:23

    AAAAA acabei de ler *-*
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    hihihi
    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
    Adorei *o*

  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:19

    AAAAA acabei de ler *-*
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    hihihi
    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
    Adorei *o*

  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:15

    AAAAA acabei de ler *-*
    Meio tarde mais li

    hihihi
    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
    Adorei *o*

  • kikaherrera Postado em 19/03/2010 - 02:55:30

    Linda essa web o final então melhor ainda
    AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

  • rss Postado em 18/03/2010 - 13:29:06

    eu tou lendo agora pena que já terminou.
    besossssssssssssssss

  • rss Postado em 18/03/2010 - 13:29:06

    eu tou lendo agora pena que já terminou.
    besossssssssssssssss


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