Fanfics Brasil - Uma proposta de amor – capitulo 19 Uma proposta de amor [Adaptada] - terminada

Fanfic: Uma proposta de amor [Adaptada] - terminada


Capítulo: Uma proposta de amor – capitulo 19

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Poncho quebrou o silêncio atordoante: — Kevin!




Não tive culpa! — Kevin pulara com agilidade para a frente, agarrando o animal pela cauda. — Juro que não. Digger estava lá fora, eu mesmo o levei.


Tire-o daqui — Poncho mandou. Kevin obedeceu.


Vamos, Digger. Cachorro malvado!


Annie olhou para a miniatura plástica de um casal de noi­vos, que jazia no meio da massa do bolo destruído. Mortificada, não conseguia erguer a cabeça para encarar os convidados.


Ellen, Dulce e Jacinta juntaram-se para reparar o dano da melhor forma possível.


Nós temos muito bolo ainda, por isso, não se preocupe — Ellen tranqüilizou-a, com gentileza. — Foi uma boa idéia fazermos uma quantidade extra.


Annie fez que sim, embora se sentisse atuando em um filme mudo. Trabalhara duro para fazer daquele um dia perfeito, e o maior dos imprevistos, um cão, arruinara tudo.


Fique quieta — Dulce instruiu-a. — Não queremos que manche seu lindo vestido com ponche. Sorria. O mundo não acabou.


Enfim, Annie conseguiu encarar as pessoas. Os homens pareciam espantados, e as mulheres ostentavam expressões simpáticas. Na verdade, o maior desejo dela era desaparecer dali, ou deixar as lágrimas que queimavam seus olhos caírem à vontade. Mas recusava-se a embaraçar Poncho. As­sim, esforçou-se para esboçar um sorriso.


Casamentos devem ser ocasiões memoráveis. Aposto que nenhum de vocês vai esquecer o nosso.


Aquele comentário conseguiu deixar o ambiente mais leve. A esposa de um dos outros médicos, uma senhora ele­gante, de meia-idade, avançou, abraçando-a.


Oh, querida... Cada cerimônia a que compareci sempre teve alguma pequena confusão. É assim que as coisas acontecem.


Bem, era difícil para Annie considerar a demolição pro­movida por Digger como uma "pequena confusão". De qual­quer forma, precisava tanto de conforto que não ousou cor­rigir a mulher.


A esposa do dr. Moore juntou-se às duas:


É verdade. Isso me faz lembrar quando Maybelle e Frank celebraram suas bodas de ouro...


Annie não acompanhou a narrativa, mas ficou muito ali­viada ao se dar conta de que todos tinham voltado a conversar.


Observou ao redor procurando por Poncho, e descobriu que ele desaparecera. Enquanto caminhava pela casa a sua procura, mais alguns convidados a abordaram com frases de encorajamento. Quando conseguiu se ver livre de todos, Poncho já voltara a juntar-se a ela.


Onde esteve, Poncho?


Lá fora.


Fitou-o, espantada. Poncho teria deixado sozinha de propósito para arcar com aquele desastre?


Não me diga!


Sim. Kevin e eu solucionamos o mistério de como Dig­ger conseguiu abrir a porta e entrar.


É mesmo? O que aconteceu?


Ellen aproximou-se, apressada.


Acho que devemos ir em frente e servir logo o bolo. Tudo bem para vocês?


Ótimo — Annie concordou, lançando em seguida um olhar questionador ao marido.


Poncho enlaçou-a.


É uma longa história, querida. Explicarei tudo depois.


A tarde passou rápida, sem outros incidentes. Logo depois que o último convidado foi embora; Annie e sua família vestiram roupas confortáveis e começaram a colocar a casa em ordem de novo.


Poncho recolhia copos e bandejas sujos, limpando as mar­cas deixadas nas superfícies dos móveis do living e da sala de jantar.


Por que parece que convidamos mais de vinte e cinco pessoas?


Annie riu ao colocar a louça numa bacia larga.


Porque convidamos, Poncho. Deve haver uns cinquenta copos e pratos, e pelo menos o dobro disso de garfos e co­lheres para lavar.


Devíamos ter usado tudo descartável. — Poncho es­boçou um sorriso desanimado.


Sim, mas então não teria sido tão fantástico.


Lavar tudo aquilo era um preço pequeno a se pagar pelo toque de classe que as peças emprestaram à ocasião.


Ainda bem que pensei em contratar ajuda extra. — Ele se adiantou para pegar a bandeja que Annie estava prestes a erguer. — Deixe isso comigo. É muito pesado para você.


A atitude gentil a agradou. Será que Poncho acreditava mesmo que sua condição lhe daria privilégios especiais no hospital? Carregar alguns pratos não era nada comparado a seu serviço.


A campainha soou, fazendo-a recordar o comentário que Poncho fizera poucos instantes antes.


Que ajuda extra?


Devem ser eles. Volto num instante.


Enquanto Poncho levava sua carga para a cozinha, Annie foi até a porta, encontrando dois garotos da idade de Kevin à espera. Saudou-os com afeto, mas confusa.


O mais loiro dos dois era também mais alto e magro.


O dr. Herrera mandou que estivéssemos aqui às seis da tarde — ele disse.


Consultando de relance o relógio de parede que ficava no hall, Annie sorriu para os dois.


Chegaram bem na hora. Entrem.


Antes que Annie pudesse se virar, Poncho, da cozinha, disse:


Que bom que vieram, rapazes! Tudo já está pronto para vocês.


Annie achou que não tinha ouvido direito.


Eles vão...


Lavar, secar e empacotar toda a louça — Poncho confirmou. — Judd e Eric farão um bom trabalho, tenho certeza disso.


Um sorriso forçado curvou os lábios dela. Não tinha tanta fé na qualidade do serviço daqueles dois quanto Poncho, mas, como ele já os conduzia para dentro, teve de conter seu comentário até o marido voltar, minutos depois.


Judd e Eric, Poncho? Como fez para conseguir ajuda deles?


Simples. Eu os ameacei.


Você o quê?


Poncho abriu o sorriso mais lindo do que nunca, agora que pusera jeans e camiseta.


Aqueles garotos soltaram o cachorro e fizeram-no entrar na casa, e então foram ver o que acontecia. Mas Kevin os avistou na janela. E desnecessário lembrar a confusão que causaram. Para resumir, agora os dois terão de pagar seus pecados sob a supervisão de Jacinta.


— Espero que não decidam despejar tanta animosidade nos pratos. Terei de devolvê-los intactos para a empresa de aluguel.


Com um abraço confortador, Poncho tentou acalmá-la:


  Fique tranquila. Se quebrarem alguma coisa, pagarão cada centavo. —Ao dizer aquilo, olhou ao redor. — Deveríamos ter usado a lanchonete do hospital. A confusão seria menor.


  Claro que não! — Annie não conseguia imaginar a ele­gante Angelique recepcionando convidados num lugar tão sem graça. — O marido de Jacinta estará aqui em instantes para levar as cadeiras extras de volta para o salão da igreja. Tudo o que precisaremos fazer é limpar o piso, e então a casa estará pronta para receber o restante da mobília, na segunda-feira.


Tinham feito a mudança trazendo as coisas de Poncho dias antes, bem como algumas peças de estimação que Annie herdara da mãe. Como desejavam ter espaço suficiente para a recepção, decidiram esperar para trazer o resto depois.


Na véspera, Annie desempacotara seus pertences pes­soais, colocando-os no guarda-roupa de Poncho com extrema satisfação. Mesmo assim, era estranho ver seus trajes ao lado dos dele. A idéia de dormir ao lado do marido naquela cama enorme era apavorante.


Tem certeza de que não quer ir até Dallas, para passarmos a noite de núpcias em um daqueles hotéis luxuosos, Annie?


  Só se você quiser, Poncho, mas, se ficarmos aqui, não vamos perder todo aquele tempo de estrada.


  Já foi privada de um namoro regular, querida. Não queria que perdesse isso também.


  E se eu pedisse uma semana no Havaí, ou em algum outro lugar exótico? Você ia correr atrás disso no último minuto? — ela brincou.


  Se é isso o que quer...


Annie não podia se imaginar em um paraíso de recém-casados, observando outros casais felizes ao redor. Enquanto Poncho não correspondesse a seu amor, não estaria pronta para aquele tipo de viagem, que sempre a faria se lembrar do que faltava em seu relacionamento. Porém, uma vez que o convencesse de que não era nenhuma diva intocável, e sim a mulher de sua vida, então ficaria mais do que satis­feita por acompanhá-lo a qualquer lugar do mundo.


  Aprecio sua oferta, Poncho, mas gostaria muito de ficar aqui a sós com você. — Ao pensar na liberdade que expe­rimentariam nos próximos dias, seu rosto chegou a rubori­zar. — Quando Kevin e vovó se mudarem, não teremos muitos momentos de privacidade.


  Não fique tão certa. Percebi que Ellen tem um medo mortal de que sua presença nos atrapalhe. Por que mais ela teria refutado tanto a idéia de mudar-se para cá?


  Obrigada por convencê-la de que achamos sua com­panhia muito importante.


E essa é a verdade. Adoro sua avó.


E ela também gosta muito de você.


Poncho sorriu.


Ellen é uma mulher esperta. Posso entendê-la muito bem.


Está insinuando algo? — Annie perguntou com suspeita. O sorriso de Poncho alargou-se.


Não. Acontece que Ellen vê as coisas da mesma ma­neira que eu.


Bem, sr. Bola de Cristal, tudo o que estou vendo agora é uma residência imunda. É melhor nos apressarmos, ou essa limpeza vai durar para sempre.


Não... não vai mesmo.


Algo na entonação dele deixou Annie curiosa, forçando-a a encará-lo.


Não?


Poncho meneou a cabeça. Seus olhos faiscavam, demons­trando uma emoção que ela queria acreditar que fosse paixão.


O que não for feito nas próximas duas horas vai ter de esperar, meu anjo.


O misterioso comentário deixou-a confusa.


É verdade, Poncho? Tem mais alguma coisa planejada?


Depois de estudá-la com extrema malícia, Poncho inclinou-se para a frente sem dizer uma palavra, beijando-a nos lábios, e então saiu para o jardim, para ajudar o marido de Jacinta a carregar as cadeiras para o caminhão.


Não demorou muito para que todas as evidências da recepção desaparecessem. As únicas coisas deixadas para trás foram os arranjos florais, espalhados pelos quatro cantos, além da pilha de presentes, que havia sido colocada na sala de estar.


Quando se viram sozinhos, Annie se virou para Poncho e percebeu que ele a observava com atenção.


Você parece exausta.


Pode apostar que estou. — Ela sentou-se pesadamente no sofá.


Por que não sobe e vai relaxar um pouco na cama?


São apenas oito horas, Poncho.


É nesse horário que você costuma tirar uma soneca.


Sim, mas...


"Mas" nada. Enquanto repousa, vou assistir a um pou­co de televisão.


Isso não me parece uma lua-de-mel muito excitante.


Teremos todo o final de semana, meu bem. Depois de tudo o que aconteceu com Digger, não posso acreditar que queira mais excitação.


Annie mexeu nos cabelos, exasperada.


Entendeu o que eu quis dizer, Poncho.


—Você vai precisar guardar toda sua energia para amanhã.


Com a curiosidade aguçada, Annie não resistiu à indagação:


O que vai acontecer amanhã?


É uma surpresa. Agora, vá.


Estou indo — murmurou, amuada.


 



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Autor(a): narynha

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Contudo, no instante em que colocou os pés no quarto, sua exaustão desapareceu. Devagar, Annie retirou as flores e pérolas dos cabelos e começou a livrar-se dos grampos que o cabeleireiro usara para fazer o arranjo. Não parou até que a cabeleira estivesse solta sobre os ombros. Em vez de se deitar, ajeitou os travesseiros no leito p ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 135



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  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:41

    AAAAA acabei de ler *-*
    Meio tarde mais li

    hihihi
    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
    Adorei *o*

  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:37

    AAAAA acabei de ler *-*
    Meio tarde mais li

    hihihi
    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
    Adorei *o*

  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:33

    AAAAA acabei de ler *-*
    Meio tarde mais li

    hihihi
    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
    Adorei *o*

  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:28

    AAAAA acabei de ler *-*
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    hihihi
    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
    Adorei *o*

  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:23

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    hihihi
    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
    Adorei *o*

  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:19

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    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
    Adorei *o*

  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:15

    AAAAA acabei de ler *-*
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    hihihi
    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
    Adorei *o*

  • kikaherrera Postado em 19/03/2010 - 02:55:30

    Linda essa web o final então melhor ainda
    AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

  • rss Postado em 18/03/2010 - 13:29:06

    eu tou lendo agora pena que já terminou.
    besossssssssssssssss

  • rss Postado em 18/03/2010 - 13:29:06

    eu tou lendo agora pena que já terminou.
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