Fanfics Brasil - Uma proposta de amor – capitulo 22 Uma proposta de amor [Adaptada] - terminada

Fanfic: Uma proposta de amor [Adaptada] - terminada


Capítulo: Uma proposta de amor – capitulo 22

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Estou a caminho — Poncho avi­sou, tenso.


Estarei pronta. — Annie lutava contra o pavor, ao colocar o fone no gancho.


Desde que a dra. Perroni ligara, sentia que estava à beira da histeria. Falar com Poncho fizera com que se sentisse um pouco melhor, pois sabia que ele a ajudaria naquele tipo de coisa. Entretanto, cada pequeno problema de gestação que conhecera em seus anos de trabalho veio-lhe à memória.


Quinze minutos depois, o carro de Poncho estacionou na frente da casa. Mas antes mesmo que ele tivesse freado por completo Annie já estava correndo em sua direção.


Diga-me o que Maite lhe disse — Poncho pediu assim que Annie entrou e colocou o cinto de segurança.


Não foi muito. Apenas solicitou que eu fosse a seu consultório no primeiro horário livre para discutir o resultado de meus exames. — Engoliu com dificuldade, pois sentia a garganta seca. — A dra. Perroni não iria me alarmar se o resultado desses testes fosse normal, não é mesmo?


O silêncio momentâneo de Poncho quase servia como uma resposta.


Até que ouçamos o que Maite tem a dizer, estaremos tentando adivinhar, só isso.


Annie respirou fundo.


Você está certo. Numa ocasião dessas, minha experiência profissional é um tormento... Eu sei demais.


Poncho tocou os dedos dela, tranquilizando-a.


Vamos nos informar antes de tirar qualquer conclusão precipitada.


Certo. — Annie se esforçou para sorrir.


O casal entrou na ala clínica do hospital, dirigindo-se ao consultório da dra. Perroni. Annie assinou o registro an­tes de se sentar em uma cadeira ao lado de Poncho, tentando não notar o grande número de mulheres grávidas e mães com seus bebês nos braços, aguardando sua vez.


De qualquer forma, lembra que eu havia mencionado sua idéia de organizar um comitê de fundos para Greg Olivier?


  Sim. — Annie apreciava aquele esforço de Poncho para distrair sua atenção.


  Greg esteve sondando algumas pessoas nos últimos dias. Depois de ter ouvido comentários positivos, quer mon­tar um grupo para dar andamento.


Excitada pela novidade, Annie apertou a mão do marido.


  Que maravilha!


  Vai levar algum tempo para organizar os detalhes, mas acho que dará para organizarmos um evento que coin­cida com o Dia da Independência.


  Isso nos dá várias semanas, Poncho. Não é muito, admito, mas, se concentrarmos esforços, poderemos fazer que aconteça.


  Também creio nisso.


  O excesso de trabalho tem demonstrado que nosso espaço é insuficiente. Por isso acho que a maioria da equipe nos apoiará.


Antes que Poncho pudesse responder, a enfermeira da dra. Perroni chamou por Annie. Ela levantou-se com o pulso acelerado.


Maite entrou na sala de exames logo depois que a en­fermeira saiu, e sua expressão era solene.


  Estou feliz que tenha vindo também, Poncho.


  O que está acontecendo, Maite?


O medo que Annie tinha tentado controlar desde que recebera o telefonema da médica dominou-a por completo.


Seu olhar não parava de alternar-se entre Poncho e Annie, como se estivesse se preparando para o pior.


Cerca de dez dias atrás fizemos uma bateria de exames de rotina, e os resultados chegaram ontem. — A doutora olhou para Annie e para o envelope que segurava. — Incomoda-se se ele vir isto?


Annie fez que não. A médica entregou o relatório, e Poncho começou a analisá-lo.


Diga o que há, doutora.


Sua alfa-fetoproteína é elevada, Annie. Isso pode significar...


Eu sei o que pode significar.


O nenê poderia apresentar defeitos neurológicos, defor­midade neurotubal, anencefalia e outros problemas. Já vira crianças naquelas condições, e seu coração enchera-se de dor por causa dos pais. Não era possível que estivesse acon­tecendo com ela.


Precisamos fazer um ultra-som anatômico completo.


Você não fez nenhum ultra-som antes, Maite? — Poncho a fitou com dureza.


A médica meneou a cabeça.


Como Annie pôde determinar a data exata da concepção, não vi necessidade de fazer isso antes. Agora não teremos outra escolha.


Poncho tentou falar, mas Maite impediu-o.


Nosso técnico de ultra-sonografia vem a meu consultório toda sexta-feira. Vocês podem esperá-lo por alguns dias ou devo mandá-los até ele hoje mesmo?


Os olhares de Poncho e Annie se encontraram.


Não sou muito boa quando se trata de esperar.


Iremos — ele decidiu.


Providenciarei os detalhes. Embora a família de Annie não apresente um histórico a esse respeito, sua profissão a coloca em alto risco, por isso devemos cobrir todas as possibilidades.


Annie recordava ter lido estatísticas mostrando como en­fermeiras pediátricas e de quimioterapia corriam maior perigo de apresentar tal distúrbio do que a maioria das pessoas.


Depois dos resultados, terão pouco tempo para decidir se vão querer interromper a gravidez ou não — Maite advertiu.


O instinto maternal de Annie entrava em conflito com seu julgamento profissional, mas ela preferia evitar pensar naquilo.


Algo mais pode causar uma alta taxa de alfa-fetoproteína, doutora?


Foi Poncho quem respondeu:


Hemorragia fetal, por exemplo... ou gêmeos. Existe algum histórico de múltiplos nascimentos entre seus familiares?


Não. — Annie jamais imaginara estar esperando gêmeos. Mas, considerando as opções, até que era uma possibilidade agradável.


Vamos cuidar de uma coisa de cada vez. — Maite estendeu o estetoscópio para Poncho. — Já que perdeu a consulta do último mês, gostaria de ter a honra de ouvir os batimentos?


Poncho não precisou de um segundo convite. Num instante, colocou o aparelho nos ouvidos, pressionando a outra ponta na região abdominal do diafragma. Um sorriso surgiu em seus lábios ao ouvir o familiar som das batidas do coração do bebê.


Um instante depois, devolveu o estetoscópio para Maite com certa relutância.


É diferente quando o filho é seu, não é? — A médica sorriu.


Poncho assentiu.


Tudo bem, então. Annie, enquanto telefono, comece a beber água.


Menos de uma hora depois, a técnica espalhou o gel sobre o ventre de Annie, começando o exame. Embora soubesse que era infrutífero, seus pensamentos concentravam-se no desapontamento que Poncho sentiria se o teste revelasse uma deformidade. Ele já desistira do tipo de mulher que desejava por causa da criança.


Poncho permaneceu ao lado dela, cheio de carinho, en­quanto a técnica fazia seu serviço.


Desejando ver-se livre de qualquer preocupação, Annie se virava a cada instante para o monitor, tentando identi­ficar as estruturas fetais, a cabeça, os braços, as mãos. Mas esse esforço não parecia fazer efeito.


A pressão dos dedos de Poncho sobre seu pulso aumentou. O olhar dele estava fixo na imagem cinzenta e granulada. De repente, ele inclinou-se para a frente, tenso.


O que você está procurando, Poncho?


Sinais. Como você sabe, a pista para se identificar defeitos neurotubais pode ser uma espinha aberta. Outras pistas são uma cabeça com circunferência em forma de li­mão, ou um cerebelo longo.


A ultra-sonografia mediu a cabeça do feto com marcas computadorizadas. Por fim, desligou o equipamento e co­meçou a limpar o gel do abdome de Annie.


Terminou — ela disse, num tom neutro.


Você encontrou alguma coisa? — Annie demonstrava toda sua angústia, rezando para que a atitude despreocu­pada da jovem fosse um bom sinal.


Bem... As proporções do bebê parecem estar nos padrões.


Isso quer dizer que ele está bem, Poncho?


Ele fez um gesto vago.


Ainda não podemos dizer com certeza. Muito embora essa notícia seja muito encorajadora.


E o que vem a seguir? — Annie indagou.


Vamos ter de fazer uma análise do líquido amniótico.


Isso nos dará o diagnóstico final?


Poncho suspirou.


Uma taxa normal de alfa-fetoproteína no líquido amniótico é um bom sinal. Já níveis elevados podem confirmar ma deformação.


Quer dizer que, nesse caso, precisaremos nos preparar para ter uma criança deficiente... — Poncho esperou pela reação de Poncho, que permaneceu com uma expressão límpida e impenetrável como uma estátua.


Não necessariamente. Mesmo que o resultado seja positivo, há uma margem de erro de dez por cento.


Os ombros de Annie ficaram mais tensos, ao preparar-se para a resposta de Poncho para a próxima questão:


E o que vamos fazer?


"Por favor, Poncho, não sugira um aborto."


Isso depende de quanta sorte acha que tem.


Ela lembrava-se de um comentário que o marido fizera certa vez: "Uma pessoa faz sua própria sorte". Sem dúvida nenhuma, Poncho não era do tipo que gostava de deixar as coisas acontecerem ao acaso.


O que você gostaria de fazer, Annie?


Quero esperar que o bebê nasça, Poncho.


Se ele ou ela tiver algum defeito, não será fácil para você.


Eu sei.


Só queria ter certeza de que você compreende as consequências.


Claro que sim. Porém, vamos fazer os exames primeiro, e depois decidimos.


Está bem.


Na semana seguinte, os exames mais detalhados foram realizados, e Poncho esteve sempre ao lado de Annie, terno e amoroso.


Annie voltou ao trabalho, determinada a não atormentar-se mais até a próxima consulta. Para isso, contou com a ajuda do fluxo ininterrupto do hospital.


Quando voltou ao consultório da dra. Perroni, Poncho mais uma vez estava presente.


Esperava que a taxa de alfa-fetoproteína estivesse normal.


Eu também. — As mãos de Annie tremiam muito, e seu desapontamento era óbvio.


Entretanto, isso não aconteceu. Contudo, como o ultra-som não revelou nenhuma anormalidade, há uma chance de tudo estar bem com a criança.


Mas não podemos ter certeza, Maite.


Não saberemos até que o bebê nasça, Poncho. Enquanto isso, vocês devem se preparar para o pior. Se quiserem, faremos outra ultra-sonografia.


Não — Annie cortou-a. — Não pretendo passar os próximos três meses procurando por problemas. E, mesmo que aparecesse alguma anormalidade, seria tarde demais para tomar uma atitude.


Poncho espantou-se com a veemência de sua mulher. Por alguns minutos, um pesado silêncio os envolveu.


  Se é assim que você se sente...


  É sim, Poncho.


Poncho encarou Maite Perroni, sem conseguir escon­der sua apreensão.


Você a ouviu.


Os olhos da médica se estreitaram.


Parece justo.


Algumas semanas se passaram. Annie e Poncho voltaram à rotina. O único problema era o comportamento de Poncho, cada vez mais arredio. Desde que haviam saído da consulta da dra. Perroni, ele se recusava a comentar sobre a pos­sibilidade de o bebê vir a apresentar anomalia, e mudava de assunto sempre que Annie tentava conversar.


Como se comprometera a chefiar o comitê para angariar fundos para o hospital, usava aquilo como desculpa para trabalhar horas a fio, primeiro em seu consultório, depois com a organização de um grande jantar beneficente.


Jacqueline Olivier também fazia parte do comitê, graças a seu grande "traquejo social", e observá-la ao lado de Poncho dia após dia não era nem um pouco agradável para Annie.


A mulher fazia questão de provocar Annie, contando como era estimulante o serviço com Poncho, e descrevendo os grandes planos que faziam para o banquete.


Annie, muito ocupada para fazer parte da organização, limitava-se a ver Jaqueline ganhar a fama por uma idéia que fora dela.


Porém, o pior era pensar que o comportamento de Poncho na verdade podia ocultar o fato de ele estar questionando seu casamento. O marido talvez estivesse ponderando se valia mes­mo a pena manter um relacionamento tão complicado, compa­rando sua mulher com aquela jovem loira sofisticada e poderosa.


E Annie sabia que, se fosse esse o jogo, estava em franca desvantagem. Jamais poderia competir com uma moça que parecia ser a materialização dos sonhos de Poncho.



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Autor(a): narynha

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O tempo parecia passar cada vez mais depres­sa, e Annie logo atingiu o sétimo mês de ges­tação. As coisas entre ela e Poncho não haviam mudado, mas Annie esperava que, após a realização do banquete, na noite seguinte, tudo voltasse ao normal. Enquanto isso, também usava o trabalho para fugir de suas preocu ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 135



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  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:41

    AAAAA acabei de ler *-*
    Meio tarde mais li

    hihihi
    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
    Adorei *o*

  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:37

    AAAAA acabei de ler *-*
    Meio tarde mais li

    hihihi
    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
    Adorei *o*

  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:33

    AAAAA acabei de ler *-*
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    hihihi
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    Adorei *o*

  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:28

    AAAAA acabei de ler *-*
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    hihihi
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  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:23

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  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:19

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  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:15

    AAAAA acabei de ler *-*
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    hihihi
    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
    Adorei *o*

  • kikaherrera Postado em 19/03/2010 - 02:55:30

    Linda essa web o final então melhor ainda
    AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

  • rss Postado em 18/03/2010 - 13:29:06

    eu tou lendo agora pena que já terminou.
    besossssssssssssssss

  • rss Postado em 18/03/2010 - 13:29:06

    eu tou lendo agora pena que já terminou.
    besossssssssssssssss


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