Fanfics Brasil - Uma proposta de amor - capitulo 23 Uma proposta de amor [Adaptada] - terminada

Fanfic: Uma proposta de amor [Adaptada] - terminada


Capítulo: Uma proposta de amor - capitulo 23

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O tempo parecia passar cada vez mais depres­sa, e Annie logo atingiu o sétimo mês de ges­tação. As coisas entre ela e Poncho não haviam mudado, mas Annie esperava que, após a realização do banquete, na noite seguinte, tudo voltasse ao normal. Enquanto isso, também usava o trabalho para fugir de suas preocupações.


Qual é o quadro?


Annie encarou Bernie, um dos enfermeiros da emergên­cia, com muita seriedade, enquanto ele ajudava Poncho e Dulce a empurrar a maca para fora do elevador, dirigindo-a para a sala de parto.


Uma mulher com deficiência mental, aparentemente sem histórico de cuidados pré-natais. Ela apareceu na emer­gência sem entender por que estava com dores terríveis na barriga. Sua bolsa se rompeu, mas não conseguimos ouvir nenhuma pulsação.


  Meu Deus! — Annie exclamou.


  Boa sorte. Vocês vão precisar.


  Obrigada, Bernie. Alguém encontrou um membro da família?


Bernie meneou a cabeça.


Chamamos a assistente social, Annie, e ela está tentando localizar o namorado. Espero que ele esteja em condições psicológicas melhores do que Ramona, embora tenha minhas dúvidas.


Depois de dizer isso, o homem saiu pela porta, para voltar à rotina estressante de seu setor.


Um grito vindo da cama, seguido pela voz de Poncho em tom confortador, despertou a atenção de Annie, fazendo-a correr em seu auxílio. Poncho, todavia, tinha outras idéias.


Você não devia estar aqui, Annie. A criança já está morta.


Annie deu de ombros.


Não há mais ninguém.


As feições sérias de Poncho revelavam seu aborrecimento. Mesmo assim, ele assentiu.


Ramona, Annie é uma de nossas enfermeiras, e será sua amiga enquanto estiver aqui.


A moça lançou um olhar assustado a Annie, e então voltou a chorar baixinho.


Vamos colocar um monitor — Poncho planejou.


Dulce lhe entregou os equipamentos, e, enquanto Annie encorajava Ramona, Poncho posicionou o eletrodo no alto da cabeça do bebê.


Todos os olhares focalizaram a tela do monitor.


  Devemos fazer uma cesariana, doutor?


  Não, Dulce. E tarde demais.


Uma tristeza imensa fez o peito de Annie se apertar. Tomou a mão livre de Ramona nas suas e apertou-a bas­tante. Embora fosse desnecessário, deveria ficar ali pres­tando apoio moral à moça. O restante da equipe se concen­trava na rotina médica.


Apenas relaxe, Ramona, e empurre quando sentir seu estômago se contrair — Annie instruiu.


Os olhos da moça pareciam sem vida, demonstrando que estava espantadíssima com as mudanças em seu corpo. De qualquer forma, obedeceu as instruções de Annie, pelo me­nos até que o nenê fosse mencionado mais uma vez.


Um bebê? Como uma criança foi parar em mim? Não comi semente de melancia...


Annie conteve um suspiro, imaginando como poderia res­ponder àquela pergunta sem nexo. Encarou Poncho, que também não sabia o que dizer.


Naquele instante, outra contração fez com que Ramona esquecesse a dúvida.


Faça isso parar! — ela gritou, contorcendo-se. — Quero ir para casa!


As duas enfermeiras tiveram de fazer certo esforço para segurar a garota.


Ramona, fique deitada. Não poderemos fazer nada a respeito da dor se você não cooperar.


Ramona ignorou Poncho. Sua angústia lhe dava uma for­ça sobre-humana.


Poncho deixou escapar um suspiro e se dirigiu a ela com rapidez:


Não importa quem seja, Annie, mas traga outra pessoa para ajudar, e vamos levar Ramona para a sala de parto.


Jacqueline colocou a cabeça na fresta da porta naquele mesmo instante.


Está tudo sob controle? — perguntou, num tom muito doce.


Que bom que está aqui! Preciso que ajude Annie agora.


Jacqueline pareceu surpresa, como se jamais tivesse po­dido imaginar a possibilidade de Poncho aceitar sua oferta. De qualquer forma, entrou na sala com relutância, ajudando a transferir Ramona para uma maca.


Mais uma vez, Annie quis saber se a sofisticada Jacque­line se sujeitava a trabalhar naqueles casos dramáticos ape­nas para poder se aproximar de algum médico rico.


Os trinta minutos seguintes foram tensos. Com o grupo já instalado na sala de parto, Dulce e Poncho concentravam-se na tarefa de remover a criança, enquanto Annie e uma ineficiente Jacqueline tentavam estimular a jovem Ra­mona a colaborar.


Logo que o pequeno corpo surgiu nas mãos de Poncho, Annie apressou-se a ajudá-lo, deixando Jacqueline para con­solar Ramona.


Não pudemos fazer nada. — Poncho entregou a natimorta.


O cordão umbilical havia se enrolado em torno do pescoço, e, pelo estado da pele, a criança devia ter morrido vários dias antes.


Annie perguntava-se se aquele parto poderia ter sido di­ferente se a mãe tivesse recebido cuidados pré-natais. Blo­queando a própria melancolia diante da necessidade de ser objetiva, envolveu a pequena no cobertor e limpou-lhe as faces antes de aproximar-se de Ramona.


Gostaria de vê-la?


Ramona lançou à filha um olhar desinteressado, sem fa­zer nenhuma menção de aceitar segurá-la. Depois de um breve momento, virou a cabeça e fixou-se na parede vazia.


Aquilo era de cortar o coração. Que triste pensar que nem mesmo a própria mãe pranteava aquele bebê...


Lágrimas amargas queimavam os olhos de Annie quando virou-se para colocar a menina na estufa. Tudo aquilo a fez pensar em como seria com seu filho.


Annie, você está bem?


Sim, claro, Poncho.


Ramona repousava em silêncio na mesa, muito mais coo­perativa, já que a dor havia diminuído.


Antes que Poncho tivesse terminado o pós-operatório, Dulce sussurrou para Annie:


Irei para o berçário.


Annie sabia que a amiga se referia à desagradável ocu­pação de cuidar da natimorta. Mas, por mais difícil que fosse, queria fazer aquilo sozinha.


Não, Dul, eu cuidarei do bebê.


Pelo menos deixe que eu o leve até lá embaixo, Annie.


Sabendo que "lá embaixo" era o necrotério, Annie assentiu.


Quando Dulce e Jacqueline se puseram a levar Ramona para um quarto particular, Annie apanhou o nenê e lavou-o com carinho maternal.


Terminado o serviço, saiu para o corredor pronta para entregar a menina a Dulce. Foi então que viu Poncho ao lado Herrera . Não achei que pudesse suportar...


 



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Autor(a): narynha

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Annie observava horrorizada a rival chorar no peito de seu marido, insinuando o corpo para a frente, de maneira óbvia. Poncho a fitava com uma expressão estranha, e murmu­rou algo que Annie não pôde ouvir. Dulce aproximou-se. — O que está acontecendo? A voz da amiga tirou Annie do transe. Aquela altura, ir ao necrotério ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 135



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  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:41

    AAAAA acabei de ler *-*
    Meio tarde mais li

    hihihi
    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
    Adorei *o*

  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:37

    AAAAA acabei de ler *-*
    Meio tarde mais li

    hihihi
    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
    Adorei *o*

  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:33

    AAAAA acabei de ler *-*
    Meio tarde mais li

    hihihi
    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
    Adorei *o*

  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:28

    AAAAA acabei de ler *-*
    Meio tarde mais li

    hihihi
    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
    Adorei *o*

  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:23

    AAAAA acabei de ler *-*
    Meio tarde mais li

    hihihi
    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
    Adorei *o*

  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:19

    AAAAA acabei de ler *-*
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    hihihi
    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
    Adorei *o*

  • jl Postado em 15/02/2011 - 10:17:15

    AAAAA acabei de ler *-*
    Meio tarde mais li

    hihihi
    Muito boa essa adaptação, parabens *-*
    Adorei *o*

  • kikaherrera Postado em 19/03/2010 - 02:55:30

    Linda essa web o final então melhor ainda
    AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

  • rss Postado em 18/03/2010 - 13:29:06

    eu tou lendo agora pena que já terminou.
    besossssssssssssssss

  • rss Postado em 18/03/2010 - 13:29:06

    eu tou lendo agora pena que já terminou.
    besossssssssssssssss


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