Fanfic: Um Amor pra vida toda | Tema: AYA

Anahí

Desliguei o celular com um aperto enorme no coração, podia sentir toda a tristeza  dele pelo telefone. Como queria estar com ele naquele momento, sabia que sempre fora o mais querido por sua mãe e ela nunca escondeu isso, não que fosse negligente com os irmãos de Poncho. Não, nunca sempre fora uma mãe zelosa  e protetora até demais digamos. 

E poncho era realmente o mais abalado por tudo isso, pelo fato de sua mãe sempre o preferir isso fazia com que o peso de sua  consciência aumentasse. Por ter passado tanto tempo longe, por morar fora do pais. Por tantos anos longe e poucas visitas , eu sabia que poncho por mais triste que estava ele também se culpava por isso. 

Eu o conhecia muito bem, e sabia que isso passava constantemente em sua cabeça, mas o tempo não volta atrás e se pudesse ele faria diferente, mas como o tempo não volta ele se lembraria com dor ao longo dos anos. 

Eu só queria pegar essa merda de avião logo, e estar com a pessoa que mais amava no mundo. O que passou, passou ficou pra trás. Eu não queria mais lembrar do passado, eu só queria viver o presente com ele e o futuro também.

Eu estava paranoica em relação a esse assunto de traição e  quando se tratava de Alfonso, o medo dele se cansar de mim, dele não me querer mais era gritante. Ainda mais agora que descobri que Henry também havia me traído. Mesmo que a dor não tenha sido a mesma, o sentimento não tenha sido nunca parecido. 

Mas a dor de ser traída duas vezes era horrível e por duas pessoas que sempre confiei, mesmo que uma delas eu nunca tenha amado de verdade mais ainda assim gostava e tinha muito respeito. 

Depois de hoje, o respeito foi se junto com tudo que aquele casamento me trouxe. NADA

Só prorrogando o inevitável, só esperando a hora que Poncho voltaria e eu correria para ele. 

Mas dai lembrei que um problema muito maior estava acontecendo e deixei minhas paranoias e incertezas de lado. A doença de Ruth vinha em primeiro lugar na vida de Poncho nesse momento, e mesmo o meu passado com sua mãe me rondar e me deixar desconfortável só de estar na presença dela deixaria de lado nesse momento e estaria ao sei lado. 

Lembrei-me que algum tempo atrás ela havia me procurado na agencia, mas não fiz questão de atende-la. Eu não queria aquele confronto, não naquela época em que eu e Poncho estávamos voltando a ficar juntos. 

Mas aquilo me veio na cabeça, e fiquei pensativa o que será que ela queria falar?! Será que dessa vez me aceitaria e queria trégua. Não sei, espero que quando eu chegar ainda tenha a oportunidade de falar com ela uma ultima vez e pedir perdão por algo que fiz a ela. 

Eu não desejava que ela morresse isso nunca passou pela minha cabeça, por mais cruel que ela tivesse sido na época. E fazia tanto tempo que não nutria esse ódio ainda, eu só queria ficar em paz com ela. E realmente eu esperava que ela aguentasse ate eu chegar. 

Depois de quatro horas sentada esperando, o aeroporto havia sido liberado e dentre quarenta minutos eu estaria voando para o  México. Senti meu celular vibrar, era minha mãe me chamava pelo watsapp.

Depois de quase um ano viajando pela Europa, ela estava voltando para o México. Chegaria em dois dias. Sabia da situação de Ruth, e eu que eu Poncho havíamos nos acertado. Me ligava toda semana então eu a mantinha por dentro de tudo. Estava voltando para dar apoio a família de Poncho nesse momento. 

Respondi rapidamente dizendo que também estava indo para lá, e direto para o hospital. Pedi que me avisasse quando chegasse. Assim desliguei rapidamente o celular e esperei por mais alguns instantes ate o meu voo ser anunciado. 

Antes de desligar mandei uma mensagem para Alfonso dizendo que estaria de manhã no México. Como não respondeu desliguei o celular de vez e embarquei.