Fanfic: Um Amor pra vida toda | Tema: AYA

Alfonso..

Passei a pior noite da minha vida naquele hospital, depois de ficar horas e horas velando o "sono" de minha mãe o meu sono havia me vencido e por mais de uma hora adormeci, eu sentia que aquela noite era uma das ultimas noites que teria com minha mãe. 

Ela estava fraca, sem cabelo magra demais sua fisionomia de antes fora embora e nem de longe eu reconhecia aquela pessoa, como uma doença daquela podia deixar a pessoa tão entregue e tão diferente de como era. 

Tive um quase sono agitado, seu rosto vinha em minha mente só via ela, ela rindo ela brincando com meus irmãos, abraçando meu pai e eu, eu era ali um espectador apenas observando ela feliz com saúde entre os seus.

Parecia um filme que eu via  em meu sonho, mas não era era ela se despedindo de todos, acordei num sobre salto ainda segurava sua mão, ela estava acordada me olhando  e sorria fraco. 

Eu disse Oi, e ela não respondeu apenas apontou no criado mudo que havia no quarto, fui até la e encontrei um envelope com nome de Anahí. 

Ela conseguiu apenas dizer  - Entregue a ela poncho, diga que sinto muito. 

Eu não entendi, resolvi abrir a voz de minha mãe soou um pouco mais forte tentando falar direito comigo.

- Não abra Poncho é dela, ela vai te mostrar depois..

Apenas assenti, coloquei em meu bolso e fui me sentar de novo ao seu lado. 

Ela estava fria e muito muito fraca, apenas perguntei se ela queria que chamasse a enfermeira para aplicar mais morfina em seu soro e ela apenas assentiu.. 

Antes de sair ela apertou minha mão e virei para ela. 

- Eu te amo meu filho, sempre lembre- se disso. 

Sentei ao seu lado novamente e beijei sua testa.

- Eu também te amo mãe, te amo para sempre.

E foi assim que caiu uma lagrima em seu rosto e  ela fechou os olhos e não abriu mais, e eu fiquei ali estático, paralisado, sem saber o que fazer minha mãe havia morrido em meus braços e eu não consegui me mexer. 

Eu fiquei ali por muitos minutos,olhando pro nada agarrado a ela em meus braços até meu pai entrar no quarto e ver a cena, então eu vi que não restava mais nada para nós. Ouvir meu pai chorando me fez chorar junto com ele. 

E a unica coisa que eu conseguia fazer era chorar, depois de algum tempo entraram enfermeiros e o medico a levando dali de meus braços. 

E tudo ficou pálido, tudo ficou cinza , eu não sentia o chão e de pensar que meu pai estava arrasado não ajudava a ter forças para conforta-lo eu estava arrasado tbm. 

Meus irmãos se juntos a nós e ficamos ali compartindo nossa dor, nosso sofrimento abraçados... 

Eu só queria fazer parar de doer, só queria que ela estivesse aqui, eu queria ela, queria Anahí.