Fanfic: ♥ DE REPENTE PAI ♥ Vondy - TERMINADA

Ele nunca voltara atrás na palavra dada, nem durante o mês seguinte, quando simplesmente desaparecera. Enquanto isso, Dulce sequer suspeitava da armadilha que Luis armara. Certa noite, ele lhe entregou uma mensagem de Christopher, pedindo-lhe que o encontrasse num hotel em Catânia, no qual haviam se hospedado algumas vezes.
Ela entrou na suíte reservada, nervosa, assustada, rezando para que finalmente pudessem ter uma conversa a sós. Abriu a porta com a chave que lhe fora entregue, levou a pequena mala até o quarto e voltou para a sala, onde ficou esperando.
Ele não veio. Por volta das dez horas da noite, Dulce já estava deprimida e zangada. Por volta das onze, decidiu preparar-se para dormir. À meia-noite, ainda rolava na cama quando ouviu o som de outra chave na porta. A felicidade fez com que saltasse da cama, com sua adorável camisola de seda creme, e corresse até a entrada da suíte.
Foi quando teve início o choque, o horror, a confusão. Não foi Christopher que encontrou, mas Derrick, que sorriu e murmurou:

- Querida, você está encantadora... como sempre!

Dulce ficou paralisada. Não conseguia abrir a boca. Ele se aproximou e a abraçou. Ela não conseguia reagir. No instante seguinte, alguém escancarou a porta. Então Christopher entrou, o rosto petrificado pelo ódio.

- Então meu pai estava certo! - esbravejou, furioso.

Dulce emudeceu, enrubesceu. Derrick escapou pela porta da varanda e jamais reapareceu. E lá estava ela, parada no meio da sala, com a camisola transparente que comprara especialmente para reencontrar o marido. Christopher parecia uma estátua de ódio.

Dulce procurou descobrir por que Derrick aparecera justamente no momento em que Christopher chegaria. E chegou à conclusão de que o sogro tramara tudo.

- Chris, por favor! - Os olhos castanhos imploraram com desespero. - Não é o que está pensando!

Ele deu um passo na direção de Dulce e, com uma expressão perigosa no rosto, ergueu a mão.
- Não! - ela gritou, protegendo-se instintivamente com os braços.

Isso o fez parar.

- Pelo amor de Deus! - ela suplicou. - Você precisa me ouvir!

- Nunca! - ele disse, rangendo os dente. - Para mim, você não existe mais!

Falou sério. Dulce percebeu isso pela inclemência do olhar masculino. Foi mais do que pôde suportar. No instante seguinte, desmaiou e, ao recuperar os sentidos, percebeu que estava sozinha na suíte.

Não voltaram a se falar.

A suíte do hotel transformou-se em prisão nos dias seguintes, até que Alfonso, frio e impessoal, aparecesse para escoltá-la pessoalmente até Londres.

Desesperada, debilitada, Dulce voltara para a Inglaterra, onde ficara muitos dias aguardando que Christopher se acalmasse, que percebesse que ela jamais seria capaz de nenhum comportamento leviano.

Então descobriu que estava grávida, e tudo mudou. Tentou falar com o marido, mas ele se recusava a atender as ligações. Mandava cartas, que ele jamais respondia. Por fim, apelou para Alfonso, num telefonema:

- Vou ter um filho de Christopher. Isso deve significar alguma coisa para ele.

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