Fanfic: ♥ DE REPENTE PAI ♥ Vondy - TERMINADA

- Alexandra se orgulharia de você, Luis, se negasse a Christopher o direito de amar sua esposa e sua filha assim como ela os amou?

O patriarca ficou quieto e Dulce conteve a respiração.

- Está tirando suas próprias conclusões - ele disse secamente.

- Tem certeza? Lembre-se apenas de que Roberta é minha filha. Tente algum de seus truques sórdidos para tirá-la de mim e vou segui-lo, nem que seja no inferno!

- E como eu poderia fazer isso?

- Você sabe como. Mas estou um passo à sua frente. Se for obrigada, usarei a carta escondida em minha casaca.

Os olhos perspicazes brilharam.

- E qual seria essa carta?

Dulce não tinha nenhuma carta escondida, mas não faria mal algum deixá-lo preocupado.

- Se ainda não sabe...

- Meu filho ama seu papá - ele acrescentou, o tom ladino.

- Seu filho também tem o direito de amar Roberta - ela respondeu, dando-lhe as costas, preparando-se para deixá-lo.

Mas a voz de Luis deixou-a petrificada:

- Christopher tem outra mulher. Chama-se Belinda. Mora em Taormina e ele a visita duas vezes por semana quando está na Sicília.

Dulce fechou os olhos. Câncer. Luis era um câncer que vivia da fraqueza dos outros. Afastou-se, sentindo-se nauseada. Ao voltar à suíte, encontrou Christopher. Ele parecia zangado, o rosto frio e rígido como uma pedra.

- O que está acontecendo? - ela indagou.

A porta do quarto estava aberta e duas empregadas colocavam as roupas de Dulce sobre a cama.

- Venha comigo!

Pegando-a pela mão, Christopher conduziu-a à suíte vizinha. Ela ficou parada no meio da sala de estar decorada em branco e azul, enquanto ele trancava a porta.

- O que está fazendo com minhas roupas? - perguntou, trêmula.

- Tirando-as de lá. Para começar, aquela suíte não é sua. E, depois de testemunhar o que pode fazer a um velho doente, não vejo por que lhe fazer concessões.

- Quer dizer que está nos transferindo para o andar de cima, para os apartamentos da família?

Christopher suspirou, impaciente.

- Esta casa foi remodelada depois que você partiu, basicamente para adaptar-se à imobilidade de meu pai. Mas outras mudanças também foram feitas.

- Que mudanças?

- Houve uma modificação na área íntima. Meu pai agora ocupa toda a parte familiar. Precisa de cuidados especiais: enfermeiras de plantão vinte e quatro horas por dia, fisioterapia diária e assim por diante.

- Como um mini-hospital...

- Sim.

Ela o fitou com uma ponta de compaixão. O pai significava tudo para Christopher.

- Portanto, as suítes dos convidados agora ficam no mesmo nível da piscina. Esta - Christopher fez um gesto que abrangia todo o andar - é minha ala privativa.

- Ah, agora entendo - ela disse com um sorriso amargo. - Você deseja que Roberta e eu nos mudemos para a ala dos hóspedes.

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