Fanfic: O Destruidor de Corações | Tema: Vondy
Meus colegas de trabalho na Herrera & Chavez formam um grupo eclético de pessoas.Pablo e eu fizemos estágio aqui no último ano da faculdade de direito. Após a formatura,Pablo foi trabalhar no escritório de advocacia do pai, na Madison Avenue, que foi inaugurado por seu avô, há mais de setenta anos. A empresa é bem estabelecida e atende a elite da indústria da publicidade. Alfonso Herrera, um dos sócios da Herrera & Chavez, me ofereceu uma posição como colaboradora júnior ao final do estágio e eu alegremente aceitei. Pablo e eu não discordávamos muitas vezes, mas nós discutimos um pouco quando eu decidi ficar na Herrera & Rowe. Ele achava que não era um bom passo na carreira aceitar um emprego em um pequeno e desconhecido escritório.
Mas eu estava confortável lá e Herrera me permitia fazer um trabalho que um associado júnior apenas sonharia que pudesse cair em suas mãos, em uma grande empresa. Essa era uma das vantagens de trabalhar em um escritório pequeno, e eu achei que compensaria o salário mais baixo e a falta de prestígio.
Pablo, por outro lado, achava que eu estava indo para o lado oposto da escalada do sucesso. Salário e prestígio estavam no topo das prioridades da carreira de Pablo. Mas não na minha.
— Bom dia, Ninel — sorri para a recepcionista ao entrar no escritório quinze minutos atrasada. Ninguém parece se importar com o fato de que estou eternamente atrasada, especialmente porque eu costumo ficar até muito depois das sete, quase todas as noites. Pontualidade não é o meu forte.
— Pablo ligou, ele pediu para você retornar a ligação. Ele queria saber se a sua agenda está disponível para atender a um cliente dele.
Droga. Agora ele sabe que o depoimento que eu disse que tinha de manhã cedo era mentira.
— Ninel, você se importaria de pedir a Gigi para ligar pra ele de volta e verificar a disponibilidade na minha agenda? — Levanto minhas sobrancelhas para Ninel e ela entende o que estou pedindo e sorri, animada por fazer algo por mim.
Ninel é nossa recepcionista há quase um ano. Ela tem uns quarenta e tantos anos e tem oito gatos, além de muitos gatos decorativos em sua mesa. Por fora, ela parece uma mulher de meia-idade comum. Um pouco acima do peso, com calças que se ajustam até demais em seu grande traseiro, ela costuma usar camisas de crepe estampado e sapatos baixos e confortáveis.
À primeira vista, ela é uma mulher comum, quase uma dona de casa. Isto é, até que ela abra a boca.
Autor(a): maryuckermann
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