No dia seguinte, Dulce levantou às 08:00. Sentia seu corpo mole, mas não conseguia mais dormir. Se sentou na cama e esfregou os olhos, cheia de preguiça. Ouviu a porta ser aberta, e Camille entrou por ela, cuidadosa.
- Bom dia! - a loirinha disse, sorrindo.
- Oi Camz - Dulce bocejou.
- Ucker mandou te avisar pra se arrumar; vamos ceiar na casa da praia! - Gritou batendo palminhas.
- Sério? - Rolou os olhos - Que horas?
- Você tem quarenta minutos - Olhou no relógio - É que precisamos ir logo - Justificou vendo a cara da cunhada.
- Tá, tá. Quando voltamos?
- Amanhã à noite, depois do jantar.
Dulce se levantou cheia de preguiça e montou uma maleta com algumas peças de roupa. Tomou um rápido banho, vestiu um salto, uma camiseta e uma calça jeans, penteou os cabelos e desceu as escadas com Camille. Tomaram café da manhã com Poncho, entre risadas, e depois os três foram para a sala esperarem os demais que haviam saido para receber uma carga. Annie desceu pouco tempo depois, e Maite chegou na casa logo após.
- Você tá tão pálida Dul - A morena comentou, preocupada.
- É cansaço, Mai - Suspirou - Passei a semana trabalhando como louca!
- Sei como deve ter sido - deu um risinho - eu também trabalhei pra caramba na Deluxe!
- Onde está todo o resto? -Annie perguntou.
- Devem estar chegando - Camille lhes tranquilizou.
Ouviram passos atrás de si, e viram Angel descer as escadas.
- Bom dia, querida família! - Gritou, sorrindo falsa.
- Eu vou matá-la - Dulce choramingou para Camille, que apenas riu.
- Onde está o Chrisinho? - Perguntou se sentando no sofá que Poncho ocupava.
- Ele saiu - Camille respondeu, com um sorriso no rosto.
- Nota-se, cunha... ops, prima - Sorriu falsa.
Dulce quase pulou no pescoço da vag/abunda.
- Cadê sua irmã? - A ruiva perguntou à Camille.
- Já foi. Mamãe e papai também.
Nessa hora a porta foi aberta, e entraram Jack, Christian e Christopher.
- Conseguiram? - Poncho perguntou.
- Moleza - Ucker respondeu, mostrando a arma.
Poncho sorriu.
- Podemos ir, Chrisinho? - Angel perguntou.
Ucker fez uma disfarçada careta.
- É, acho que podemos. Dá pra ir de carro - Coçou a nuca. - Eu vou com Jack, Maite, Christian e Dul... - foi interrompido.
- E eu! - Angel gritou - Eu quero ir com você, Chris - Disse manhosa.
Ucker olhou para Dulce. A ruiva deu de ombros e foi se juntar com Anahí, Poncho e Camille.
- Eu vou com Poncho. - Dulce disse, firme.
- Você sempre vai com ele... - Camille cochichou.
- Nem sempre. - Respondeu, fria.
Eles entraram nos carros e se foram, rumo a tal casa na praia. Como sempre, haviam dois jatinhos no aeroporto clandestino. Para não haver problemas em um dos jatos foram os meninos e no outro, as meninas. Dulce dormiu toda a viagem, por isso não entendeu a piada de Anahí, da qual Camille e Maite riam descontroladamente.
Afinal, a casa na praia ficava em Barbados. Dulce não conhecia aquela praia, era deserta. Eles desceram e Dulce ficou olhando para os lados, procurando a tal casa. Mas onde? Só havia areia, não tinha casa nenhuma. Apenas uma lancha, que estava parada na beira da praia.
- Isso não encalha? - Anahí perguntou a Poncho.
- Às vezes - deu de ombros - Mas a gente não pode se dar o luxo de deixar num porto, vai dar bandeira demais.
Eles se aproximaram da lancha com as malas, e entraram na mesma. As meninas foram para um lado e estavam conversando, enquanto os meninos ficaram a outro. Angel se escondeu perto dos meninos, querendo ouvir se estavam falando dela.
- Fala ai brow, o que tu quer falar? - Jack perguntou.
- É que eu vou pedir Dulce em casamento... - começou, mas foi interrompido por um acesso de tosse de Christian.
Angel prendeu a respiração. Ele iria o quê?
- VOCÊ VAI O QUÊ? - Jack berrou, assustado.
As meninas os encararam, confusas. Poncho e Christopher deram sorrisinhos amarelos e elas voltaram a conversar.
- Vou pedi-la em casamento, babaca - Christopher disse - No ano-novo. Tô planejando.
- Christopher? Brow? É você mesmo? - Christian perguntou.
- Claro que sou eu, via/do!
- Pensei que estivessem brigados - Poncho sorriu calmo. Já sabia disso a tempos.
- Estamos - suspirou - mas eu a amo. Agora mesmo, tenho vontade de ir falar com ela. Não só falar - sorriu cachorro.
- Perdemos um soldado - Jack fez bico.
- Lá se foi o rei das farras - Christian negou com a cabeça - foi bom enquanto durou, mano.
- Eu vou casar, não morrer - riu.
- Isso é, se ela aceitar - Poncho brincou.
- Claro que ela vai aceitar. Ela ama o papai aqui - Ucker se achou.
Angel estava desconcertada. Como assim casamento? Não pode, Christopher é só seu!
Rapidamente, chegaram na casa de praia. Era uma casa enorme, como a de campo. Os meninos carregaram as malas das meninas até dentro, e todos se jogaram no sofá. Dulce riu e se levantou.
- Qual o meu quarto? - Perguntou se alongando.
- O nosso quarto é o quinto do corredor esquerdo. - Ucker respondeu, se levantando também.
- Nosso? - Dulce ergueu a sobrancelha - Eu quero ficar num quarto só.
Todos ficaram calados, até prendendo a respiração. Angel tinha um sorriso enorme no rosto.