Christopher chegou em casa quase sete horas da noite. Estava exausto, trabalhou mais do que nunca hoje. Deixou Jack e Christian em casa, e depois foi com Poncho para a sua mansão. Estava uma barulheira só. A sala de estar ecoava as risadas de Camille e Maite, enquanto Christina e Angel cochichavam à um canto.
- Irmão lindooooo - Camille gritou e se atracou no pescoço de Ucker, que riu.
- Eu ein, me solta interesseira.
Camille se afastou com um bico.
- Eu te amo coisa feia - Ucker deu um beijinho na testa da irmã e saiu, rumo à escada.
- Uckeeeeeeer - Angel gritou, com sua voz enjoada - Não me dá nem um abraço?
Ucker a olhou, constrangido.
- Eu estou suado Angel, você não vai querer ser abraçada por mim.
- Claro que eu vou, não seja bobo. - E o abraçou com uma força de partir as costelas - Está grande como sempre - sussurrou no ouvido dele e apertou sua bunda.
Ucker fingiu um acesso de tosse e se afastou de Angel.
- Eu realmente tenho que subir, vou tomar um banho. - Se virou.
- O jantar vai ser servido! - Maite gritou.
- Já desço! - Ucker gritou de volta.
Ele entrou no quarto e encontrou Dulce deitada na cama, encolhida, de jeans e camiseta, dormindo. Seus olhos estavam inchados e vermelhos, o que indicou que talvez estivesse chorando. Assustado, ele entrou no banheiro e tomou um rápido banho. Vestiu uma cueca e uma calça de moletom azul escuro, calçou as sandálias e bagunçou os cabelos, os deixando ainda molhados. Então se aproximou de Dulce e a chacoalhou um pouco.
- Meu amor? -Sussurrou, e lhe beijou no pescoço.
- Hum? - Dulce perguntou, sonolenta.
- Acorda sua preguiça! - brincou, mordendo o maxilar da ruiva.
- Bebê? - Dulce murmurou, fazendo Ucker rir.
- Bebê não, branquela - disse beijando a bochecha dela - vamos jantar?
Dulce se sentou na cama, sentindo o peso da culpa cair sobre ela. Deveria contar a Christopher a possibilidade dele ser pai? Ele com certeza piraria... não, era melhor não deixar ele preocupado sem motivo, já bastava ela e Anahí morrendo de preocupação com essa suspeita. Esperaria até a sexta, quando o resultado do exame sairia.
- Vamos - Suspirou por fim e se levantou.
Ucker estranhou o jeito capisbaixo da namorada, mas não comentou nada. Os dois desceram calados e jantaram junto aos outros; Ucker estava animado e conversou muito, enquanto Dulce não abriu a boca e mal tocou na comida.
- Eu estou sem fome - Dulce avisou depois de muito revirar no prato, e se levantou.
- Tem certeza que está bem, amor? - Ucker perguntou, preocupado.
- Eu estou ótima - sorriu forçada. Deu um selinho no namorado, se despediu e saiu.
Ucker estranhou o comportamento de Dulce, mas nada disse. Quando subiu as escadas e entrou em seu quarto, não a encontrou. Estranhando, foi até o quarto dela, e a encontrou já dormindo, de moletom e calcinha, parecendo extremamente exausta. Suspirou e voltou ao próprio quarto, debatendo sobre o estranho jeito da ruiva, até dormir.
Dulce acordou no dia seguinte tarde, eram oito horas. Hoje, de forma alguma ela poderia faltar o trabalho, pois precisava participar de uma reunião com dois novos fornecedores famosos, e difíceis. Ainda abalada por sua suspeita, tomou um banho, vestiu uma roupa simples (Calça jeans, salto alto bege, camiseta com estampa de um cigarrete com fumaça, e um casaco de couro azul escuro), amarrou os cabelos e desceu as escadas, capisbaixa.
- Ucker mandou um bom-dia - Christian avisou quando viu a ruiva descer as escadas.
- Certo. - Respondeu com certa frieza - Viu Zach?
- Ele deve estar na garagem - Respondeu desconfiado.
- Até. - Disse brevemente e saiu da sala.
De fato, Zach estava conversando com um segurança, encostado no portão da garagem. Quando viu Dulce, se despediu rapidamente do segurança e andou até ela, sorridente.
- Bom-dia, Dulce. - Disse - Onde vamos hoje?
Dulce suspirou e repassou mentalmente o que faria no dia.
- Temos que ir à zona sul. Conversar com McGuire.
Zach assentiu.
- Vamos com a lamborguini, preciso chegar rapidamente - Disse a ruiva rápido, ao ver Zach apanhar a chave da ferrari.
- Sem problemas - Apanhou outras chaves e os dois entraram no carro.
Quando Dulce chegou em casa, depois de passar todo o dia trabalhando, descobriu que Christopher já chegara, e todos estavam jantando. Ela, mesmo cansada, se encaminhou para a sala de jantar e encontrou o seu lugar vazio. Satisfeita, se sentou nele, e pelo visto ninguém a havia notado até ela fazer um pequeno barulho com a cadeira.
- Onde estava? - Ucker perguntou, baixinho.
- Trabalhando. - Respondeu olhando para a travessa de sopa à sua frente.
- Nessa chuva? - Ucker perguntou olhando os grossos pingos que batiam na janela.
- Por isso demorei. - Tirou o casaco, agradecendo pelo aquecimento da casa.
Angel escutava a conversa com atenção, apesar do barulho à sua volta. Sabia muito bem com quem Dulce tinha ido, na verdade tinha passado todo o dia com Zach, agora fazendo o que, ela não tinha a menor idéia.
- Estava com... ele? - Ucker perguntou, desgostoso.
- E com ele você se refere a...
- Zachary - Ucker respondeu, enojado.
Angel sorriu abertamente. Então Ucker não gostava de Zach? Bom saber.
- Ah sim, eu estava com ele.
Ucker bufou.
- Ele é o meu segurança pessoal Christopher, o que você esperava? Claro que ele estava comigo.
Ele não respondeu, e se serviu de sopa. Eles comeram na maior parte do tempo em silêncio, embora às vezes, Maite tentasse fazer algumas piadas. A ruiva sorria um pouco, mas logo voltava sua atenção à comida. Quando terminou o pudim de sobremesa, saiu apressada da mesa e se trancou no quarto.
- Muito estranho... - Angel comentou, sombriamente - Ficou o dia todo fora com outro cara?
Ucker se virou lentamente para a prima.
- O que você quer dizer?
- Ora Christopher, você sabe muito bem! Ela tem andando muito estranha, não acha?
Ucker pigarreou incomodado, incapaz de discordar.
- Abre o olho - Angel piscou e saiu da mesa.
Mais tarde, Ucker foi direto ao quarto de Dulce e girou a maçaneta, mas a porta não abriu. Dulce jamais havia dormido com a porta trancada, mas porquê isto agora? Agoniado, ele foi ao próprio quarto, ficou apenas de cueca e se jogou na cama, pensando no estranho comportamento de Dulce. Ela sempre fora a alegria da casa, do jantar, sempre sorrindo e fazendo piadas, até nos momentos mais constragendores. E agora estava triste, capisbaixa, muitas vezes grossa. O que será que aconteceu?
E no dia seguinte, tudo se repetiu. Dulce acordou, tomou banho, se trocou e saiu com Zach para trabalhar. Hoje, teria que passar às duas horas da tarde no galpão para buscar Louis; os dois teriam que fazer uma video-conferência com um gerente irlandês, que estava supervisionando algumas novas boates de Dulce pelo lugar. Saiu um pouco mais feliz do lugar, pois os negócios estavam indo de vento em polpa.
- Vejo que recuperou o bom-humor - Zach comentou, quando Dulce e Louis entraram no carro.
- Não me faça perdê-lo, ein, porco espinho!
Zach riu.
- Mete o pé na tábua, eu e o Louis temos que dar uma passada no shopping e comprar as roupas pro ano novo - Lembrou - Mas cuidado, que são dois minutos pra o carro capotar nessa chuva horrível.
Na verdade, não era uma chuva horrível. Apenas finos pingos batiam na janela do carro, embora constantes.
- Pode deixar, senhorita - disse ironicamente.
Dulce mandou dedo, e riu.
- Vai catar coquinho.
Eles foram ao shopping, onde escolheram várias roupas e compraram todas, afinal, Dulce podia. Já era noite quando deixaram Louis na mansão de Dulce e voltaram para a de Christopher, cantarolando algumas músicas latinas de uma rádio mexicana. Dulce desceu do carro e foi diretamente para a sala de jantar, mas já era a sobremesa que estava sendo servida.
- Chegou tarde, a sua namorada, não? - Angel comentou baixinho com Christopher, quando Dulce se sentou na cadeira vazia e se serviu de fondue quente.
Ucker não respondeu, apesar do seu incômodo.
- Onde você estava? - Ucker perguntou, irritado.
Ver o namorado lembrou Dulce da suspeita que lhe estava escondendo. Incomodada com a sua consciência que insistia em lhe culpar, ela se levantou e beijou o namorado na bochecha.
- Estava com Zach e Louis, trabalhando. Não estou muito bem, amor, vou dormir.
E subiu. Angel encarou Christopher, um largo sorriso se desenhando no seu rosto.
- Com Zach? - Murmurou, soltando seu veneno - É aquele segurança bonitão?
- É segurança pessoal dela - rosnou.
- Uau - Angel sussurrou - Se eu tivesse um segurança pessoal desses, aproveitaria muito!
Ucker trincou os dentes e fechou o punho, aborrecido.
- Ele tem um corpo que.... uau! - Continuou, desdenhosa - Imagino o que ele consegue fazer...
Ucker se levantou arrastando a cadeira. Todos olharam para ele mas ele não se importou, e saiu da sala de jantar pisando firme no chão. Ele girou com força e irritação a maçaneta da porta de Dulce, mas novamente estava trancada. Ele bateu uma, duas, três vezes, mas ninguém atendeu. Irritado, ele foi para o quarto, se despiu totalmente e se jogou na cama, sentindo sua raiva crescer. Estaria Angel insinuando que Dulce fazia algo a mais com Zach do que trabalhar?
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