Dulce não acordou quando seu despertador tocou. Nem quando Paz e Louis bateram na porta do seu quarto, lhe chamando. Ela apenas se levantou quando seu celular tocou, e ela soube que era um e-mail contendo o resultado do exame. Seu coração apertou, ela sabia que naquele e-mail estaria a informação que poderia acabar com a sua vida. Com medo, ela esfregou os olhos e os obrigou a abrirem e receberem a ofuscante luz do sol que atravessava as cortinas do quarto. Ela apalpou a mesa de cabeceira e apanhou o aparelho, que já havia parado de tocar. Ela se sentou e encarou a tela preta por alguns momentos, e já ia desbloquear o aparelho quando alguém bateu na porta.
- Dulce? - Era Zach.
- Oi Zach. - Respondeu desanimada.
- Já vão servir o almoço - Ele disse, baixo - Está tudo bem?
Dulce assustou, e ligou a tela do celular. Já era quase meio dia.
- Está sim. E eu já desço.
- Ok.
Dulce ouviu passos e soube que ele já tinha ido. Então, com o coração na mão, desbloqueou o celular, e uma foto dela abraçada a Christopher no dia de natal apareceu na tela, era o seu papel de parede. Ela olhou a foto e seus olhos marejaram. O que aconteceria se o resultado do exame não fosse o esperado? Uma lágrima rebelde caiu de seu olho e ela se apressou em limpar as outras. Tomada de súbita coragem, ela clicou no aplicatico de e-mail e logo encontrou o do médico. Abriu-o com pressa, queria logo se livrar daquela maldita dúvida.
" Bom-dia. O anexo a seguir contém o resultado de seu exame de gravidez. Espero que se satisfaça com o resultado, até logo "
Dulce clicou no anexo, e fez o dowloand dele. Seu coração começou a bater descompassado. Tinha certeza de que era engano, não tinha? E se...? O documento abriu. Dulce apenas passou os olhos pelas informações inúteis e desnecessárias do início da folha. Alguns números que ela não entendeu, algumas palavras dificílimas que ela não fez questão de reler para compreende-las, e ai, em letras de formas grandes e visiveis, havia a palavra que ela menos queria ver.
POSITIVO
Seu corpo todo tremeu e, sem querer, ela deixou o celular cair. O aparelho bateu e quicou algumas vezes no colchão, e depois ficou ali, parado, a luz branca mostrando sem piedade a palavra POSITIVO.
- Não po-pode ser... - Os olhos de Dulce marejaram quando ela apanhou o celular.
Mas ali estava. Ela releu a mesma palavra dezenas de vezes, então deslizou o texto e leu mais abaixo algumas coisas. Mas ela estava desconcentrada. Algumas poucas coisas que seu cérebro processou foram "mulher saudável" "Exame do tipo Beta-Bcg" "Cerca de 7 semanas". Ela não podia acreditar, de forma alguma aquilo poderia estar certo. Ela? Mãe? Ela não sabia cuidar nem de si mesma!
- Não, não! - Ela gemeu jogando o celular em cima da cama e se corrompendo em lágrimas.
Aquilo não poderia estar correto, ela não poderia ser mãe. Isso tinha que ser um engano, simplesmente tinha! No entanto, ela sabia que isso era um blefe. Ela estava sim grávida, mas isso era uma idéia tão incrivelmente assustadora! Saber que naquele exato momento havia uma pessoa dentro dela lhe causava um enjoo que ela não sabia muito bem o que significava. O que ela sabia era que não tinha capacidade de cuidar de uma criança. Mas no momento, ela estava tão perturbada que não conseguia pensar muito bem, então decidiu que conversaria com Anahí antes de tomar qualquer decisão. Ainda em estado de choque, ela se despiu e entrou na banheira.
- O que eu vou fazer!? - Se perguntou, fechando os olhos, quando mais lágrimas brotaram.
Involuntariamente ela alisou sua barriga. Era uma sensação no minimo bizarra saber que tinha uma criança ali dentro, que dentro de nove meses, sairia, e ela, Dulce, seria a responsável por aquela criança, isso é, se ela quisesse... mas a questão é, seria ela capaz de abandonar uma criança à própria sorte? Em um orfanato? Na rua, em uma lixeira, como fazem várias pessoas? Ou seria capaz de abortar a criança que à essa altura já teria desenvolvido um coração? Seria capaz de tirar uma vida inocente e pura? Ou ela teria coragem e criaria a criança no meio do mundo do crime onde vivia? Com tanto perigo rondando todo o tempo? Ela e Christopher teriam bastante maturidade e responsabilidade para cuidar de um bebê? E Christopher? Como ele reagiria? Perdida em pensamentos, ela não notou quanto tempo fazia que estava na banheira. Capisbaixa, ela saiu da banheira, se secou, pôs uma roupa confortável - moletom azul marinho, calça jeans e sapatilhas baixinhas - e desceu as escadas.
- Ora, já não era sem tempo! - Louis disse, risonho - Estou morto de fome, Ariel!
- E porque já não almoçaram? - Perguntou, surpresa.
- Não queriamos começar sem você. - Explicou o afeminado, alisando sue cabelinho hair flip.
Dulce sentiu um arroubo de afeição por Louis. Ela não sabia de onde vinha, mas sentiu seus olhos marejarem e algumas lágrimas cairem, emocionada por esse sentimento tão bonito de Louis. Sem saber direito o que fazia, ela se jogou em cima dele e o abraçou com força.
- Ariel!? - Louis se espantou.
- Obrigada Louis, si-significa tanto - Fungou, o soltando.
- Senhorita? - Paz se assustou - Está tudo bem?
- Senhorita não, Paz - Dulce limpou as lágrimas - Dulce.
- Dul, está tudo bem? - Zach perguntou, seus olhos azuis cheios de preocupação.
- Está sim - Dulce mentiu - Eu estou com fome, vamos almoçar?
Enquanto caminhavam até a sala de jantar, Dulce não pôde deixar de sentir aquela onda de culpa. Mas sabia o que ia fazer: Falaria primeiro com Anahí, Maite e Camille, e depois, com Ucker. Depois de tudo isso, decidiria o que ia acontecer com aquela criança.
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