Angel acordou sorridente. A morena estava sentindo que hoje finalmente, colocaria fim no amor do casal melação. Depois do seu relaxante banho quente, ela pôs um de seus melhores vestidos: A saia tinha um palmo de comprimento, ele era verde, e com grandes partes transparentes. Sorridente, ela desceu as escadas repassando mentalmente o plano. Sabia que Dulce estava dormindo com Christopher, ótimo. Andando devagar, ela foi até a cozinha, e sorriu ao vê-la vazia. Andou depois até a sala de estar e como sempre, Anahí estava usando seu celular, bem cedo. Era agora, ela tinha alguns minutos apenas. Subiu escondida até o quarto de Christopher, essa parte era essencial para o seu plano. Ela girou a maçaneta com o maior cuidado do mundo, e estava aberta. Sorrindo, ela ouviu o barulho do chuveiro, e Dulce estava se mexendo na cama, ameaçando acordar.
Perfeito.
Ela fechou a porta e desceu as escadas devagar. Anahí ainda estava na sala. Ela se arrastou até a cozinha - onde não havia ninguém - e puxou a arma do sutiã. Sorrindo e animada, atirou seis vezes contra o vidro da cozinha, que se despedaçou. Ela correu e se escondeu, na mesma hora que viu seguranças, e Anahí correrem para a cozinha com a arma em punho. Se esquivando e se escondendo, ela correu até a sala, apanhou o celular de Anahí e esperou Dulce descer, coisa que aconteceu em segundos. Aproveitando cada milésimo de segundo, ela enviou uma mensagem para o celular de Dulce do número de Annie, e a apagou para não deixar vestígios. Depois, correu até o quarto de Ucker, mas foi detida pelo mesmo, que corria pelo corredor, de short fino, os cabelos molhados e bagunçados.
- Meu amor... você agora vai ser só meu - sussurrou e entrou no quarto dele.
Como esperado, o celular de Dulce estava em cima da cama. Afoita, e sabendo que tinha pouco tempo, ela apanhou o iphone e o ligou. Tinha senha.
- POR/RA! - Disse irritada.
À essa altura, todos já deviam ter notado que foi um ataque mal-sucedido. Tentou algumas senhas, todas simples, mas não funcionava. Eis que, na última tentativa, com a palavra "Alexander", o celular abriu. Ela então respondeu à mensagem de Annie e deixou o celular ligado. Ouviu passos na escada. Desesperada, ela saiu do quarto e se escondeu no seu, duas portas após. Ficou vendo pela brecha, anciosa, pedindo de todo o coração para que Dulce viesse na frente... e aconteceu.
- Eu vou tomar um banho! - Dulce gritou para Ucker.
- Então vai rápido, a gente tem que sair! - Ucker berrou de volta.
Dulce entrou no quarto e Angel começou a ficar tensa. E se ela pegasse o celular e visse as mensagens? Iria apagá-las na hora, com certeza! Mas para o seu alivio, Ucker subiu segundos depois de Dulce, e agora, ela só precisava plantar a discórdia. Arrumou o decote e saiu do quarto.
- Chrisinhoooo - Disse com uma vozinha afetada.
- Oi, Angel. - Ucker respondeu, cansado.
- Dulce continua estranha, né!? - Suspirou - É o que acontece quando elas traem.
Ucker bufou impaciente.
- Dulce não me trai, Angel - Ucker disse, firme.
- Não trai? - gargalhou - ok. Já viu as mensagens dela? Se eu fosse você, eu dava uma olhada...
E saiu sorridente. Ucker achou tudo uma bobagem, mas, parando para pensar, realmente nunca havia dado uma olhada no celular de Dulce. É claro que é uma idiotice, já que ela também nunca havia peço o seu, mas tudo que Angel disse, e todo o estranho comportamento de Dulce durante a semana despertou a sua curiosidade. Ele entrou no quarto e para sua surpresa, o celular de Dulce estava em cima da cama, sem senha. Ele achava errado invadir a privacidade da namorada desse jeito, mas sabia que ele não se importaria.
" Foda-se! " Ele disse e pegou o celular.
No whatsapp, havia uma mensagem de Anahí. Ele a abriu e tinha "Como assim Dul?" Ele subiu as conversas, e quis morrer com as mensagens anteriores.
" Dulce você não vai contar ao Ucker que tá grávida do Zach?" - Annie.
" Não. O Zach não vai assumir o bebê, deixa ele pensar que é dele" - Dulce.
O seu coração parou de bombear sangue para o resto do corpo. Ele sentiu sua vista doer, sua cabeça girar, seu estômago revirar. Ele viu mais algumas vezes para ter certeza do que via, mas a cada vez que seus olhos passavam por aquelas frases, o ódio em si aumentava. Cego de raiva, ele saiu batendo tudo no quarto e foi para o seu escritório. Não podia acreditar no que os seus olhos viam, como era possível ele ser tão idiota ao ponto de ter acreditado que Dulce lhe amava e lhe era completamente fiel? O tempo todo sua mãe lhe disse que ela não prestava, que ela apenas queria o seu dinheiro, que ela era falsa, e ele como idiota, negava tudo e fazia questão de acreditar que ela era a melhor pessoa do mundo.
- Como fui idiota... - Ele murmurou.
Jogou o celular em cima da mesa do escritório, agarrou a primeira coisa que viu - um porta-retrato com uma foto dos dois - e arremessou contra a parede. Seu sangue todo evaporou, e o ódio nele só aumentava. Agarrou um vaso de porcelana e arremessou contra a porta, mal vendo o que fazia, apenas queria colocar para fora todo aquele ódio que estava sentindo.
- VAGAB/UNDA! - Gritou atirando mais um vaso na parede.
Ele queria fazer uma loucura. Queria sair atirando em qualquer pessoa que cruzasse o seu caminho, queria se jolgar da Golden Gate, queria se jogar nos portões do Will e morrer fuzilado... ele queria matá-la... irado, ele apanhou algumas carreirinhas de cocaína e as arrumou em cima da mesa. O ódio lhe cegava de uma forma anormal... ele jamais havia sentido tanta raiva de uma pessoa... Dulce era uma completa cachorra, e ele queria que ela fosse atirada em uma fogueira.
Com ódio, ele apanhou uma garrafa de uísque e a abriu, tomando um grande gole, sem copo. Fez uma careta por conta do grande teor alcoolico da bebida, mas nada se comparava a raiva que crescia e se alastrava pelas suas veias... e o uísque só o incitava a cada vez mais fazer qualquer coisa errada, qualquer coisa que não devesse fazer. Pôs a garrafa ao lado das carreirinhas de cocaína e se sentou na cadeira. Ao mesmo tempo que pegava uma e cheirava profundamente, grandes e quentes lágrimas escorriam de seus olhos... como pôde ser tão besta? Todo esse tempo havia achado que era único em sua vida, e mesmo quando todas as pistas apontavam para uma traição ele insistia em dizer que não, que acreditava na fidelidade dela, e como foi imbecil de acreditar nisso...
A segunda carreirinha de cocaína foi acompanhada de um grande gole de uísque. Com as costas das mãos ele secou suas lágrimas, ele não chorava, ele nunca chorava! Tomou mais um gole de uísque, mas já não fazia caretas. Seus olhos provavelmente já estariam vermelhos, pois já sentia um leve efeito da cocaína. Ele só queria matar alguém, queria ver sangue, queria ver sofrimento... mas ele sabia que o sofrimento dos outros não acabaria com a sua que era demais, ele nem conseguia raciocinar, só conseguia sentir ódio de Dulce e de si mesmo por ter sido tão idiota...
- Ucker? - Dulce o chamou, horrorizada.
Ele levantou a cabeça no meio da inalação da quarta carreira de cocaína e a olhou com raiva. Seu coração agora batia tão forte que quase saía pela boca. Ali estava a vagab/unda que havia lhe deixado naquele estado humilhante, se drogando e bebendo.
- Saia daqui, cadela - ele rosnou.
- Ucker você tá bebendo? - Ela perguntou, com medo. Depois de cheirar bem, completou: - Ucker você tá se drogando!?
- TÔ! EU TÔ ME DROGANDO SIM! DÁ PRA ME DEIXAR EM PAZ, PO/RRA!?
Dulce o olhou com os olhos marejados. O que estava acontecendo?
SIM, EU ESTOU CHORANDO 😭
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