Fanfic: Confident. 🔫🚫 | Tema: Vondy

No dia seguinte, Dulce acordou às cinco e vinte sentindo um calor dos infernos. Se levantou e se arrastou preguiçosamente até o banheiro. A água estava gelada, mas seviu para que ela despertasse. Quando saiu reparou em um baú cor de argila no pé da sua cama. Abriu e encontrou alguns shorts, calças, camisetas, mais lingeries e alguns calçados. Pensando bem essa festa não será de toda ruim. Pode ser a oportunidade perfeita para escapar dessa droga de vida. Escolheu uma roupa simples, e fresca pois apesar de ter tomado banho o calor ainda estava insuportável. Colocou uma camisa tomara que caia branca, um short jeans e uma rasteirinha azul. Penteoou os cabelos e os amarrou em um rabo de cavalo.

Ucker estava largado no sofá de sua casa, apenas de short de pano fino na metade da bunda mostrando a cueca vermelha e uma regata branca, esperando os amigos. Estava pensando no valor de Dulce, quanto será que poderia pedir por ela? Milhões ! Sorriu com esse pensamento.

- Pensando em quê vi·ad·o? - Jack, Alfonso, Christian e Maite o tiraram de seu transe.

- Vi·ad·o? Onde? Não tô vendo o teu pai aqui - Ucker rebateu sorrindo vitorioso.

- Vai dar o c·u - Jack respondeu e se sentou no outro sofá.

- Onde estão os meus gogoboys? - Maite fez biquinho e colocou seus óculos na cabeça.

- Estão vindo - Ucker bufou - Maite só você pra me fazer chamar esses caras. Olha pra mim gata, eu sou muito melhor - Piscou.

- Haha - Maite riu irônica - Baby eles sabem fazer direitinho - Sorriu.

- Ela xingou a gente? - Christian perguntou, avoado.

- Sei lá - Alfonso deu de ombros.

- Idiotas - Maite murmurou - Ucker, o que aconteceu com o teu braço? - O olhou assustada.

- Tomei um tiro - Disse com raiva.

- Um tiro? - Christian arregalou os olhos - Foi o filho da pu·ta do Will não foi? - O olhou.

- Não, aquele p·au no c·u não tem nada a ver com isso - Suspirou - Foi Dulce.

Os amigos os encararam. E gargalharam em seguida.

- Dulce? - Poncho perguntoi chorando de tanto rir - Se ela te acertou um tiro, imagino como tá o teu pa·u - Riu mais.

- Deixa de ser retardado - Ucker reclamou - A vadia tentou me matar, foi por pouco - Lembrou.

- Como e porquê? - Christian perguntou parando de rir aos poucos.

- Com uma arma - Maite ironizou - Po·r·ra ele quer vendê-la, a tirou de casa e a faz de prostituta, acha pouco? - O olhou.

- Por esse lado até parece uma coisa cruel - Ucker fez bico e sorriu.

- Enfim, ela vai vir? - Jack perguntou.

- Vai sim, cara. Vamos nos divertir com Eric lá em baixo? - Ucker perguntou. Os amigos sorriram, Maite fez careta. 

- Vou ficar por aqui mesmo - Sorriu amarelo e se sentou em um dos sofás.

- Beleza, vamos arrancar algumas informações daquele vi·ad·o e logo subimos - Ucker informou e saiu com os meninos atrás.

Eric se debatia nas cordas.

- DÁ PRA ME MATAR LOGO, PO·R·RA? - Gritou para um dos seguranças do porão.

- Não grite na casa do anfitrião, meu velho amigo. - Ucker brincou descendo as escadas - Lembre-se que aqui você é meu hospéde - apontou para si mesmo.

- PORQUE NÃO ME MATA LOGO?

- Porque antes nós vamos arrancar informações de você, meu amigo - Ucker sorriu malicioso. - Qual a rota da próxima carga de maconha do Will?

- EU NUNCA VOU CONTAR! - Gritou sorrindo.

- Christian? - O loiro se aproximou - Quer fazer as honras? - Ucker perguntou olhando o amigo que assentiu.

Christian pegou um alicate.

- Abre a boca - Mandou.

- Eu não vou abrir p·or·ra nenhuma.

- Abre logo essa po·rr·a - Novamente mandou.

- Christian pode cuidar? - Ucker rolou os olhos - Daqui a pouco a festa começa - Fez bico.

Christian apertou com força o maxilar de Eric, o fazendo abrir a boca a força. Com o alicate, puxou os quatro dentes da frente dele, um de cada vez, e a cada puxada era um grito de dor. Todos no porão sorriram enquanto Eric cuspia sangue e mais sangue.

- Nós não vamos te aliviar agora, colega - Ucker sorriu - Mais tarde voltamos aqui, e se você colaborar, quem sabe te matamos logo? - Deu uma coronhada na cabeça de Eric e saiu subindo as eacadas com os meninos atrás.

Na sala, Maite mudava os canais, sem nada que realmente valesse a pena assistir. De repente a campainha tocou, e ela claro foi correndo atender com uma pontinha de esperança que fosse alguém que servisse para aliviar o seu tédio.

- Oi ! Eu me lembro de você ... como é o seu nome mesmo? 

- Dulce .. - Ela respondeu tímida.

- Entra! - Falou animada. 

Dulce entrou e quase teve um colapso com tanto luxo desnecessário. Porra, pra que um abajur banhado a ouro?

- Senta - Maite praticamente a empurrou para sentar no sofá. - Acho que foi você que atirou no Ucker, certo?

Dulce assentiu envergonhada.

- Foi bem no reflexo mesmo, ele me assustou e eu acabei apertando. - Ela se defendeu.

- E se foi no reflexo porque você tava com a arma na mão? - Arqueou a sobrancelha.

- Porque eu não gosto de me prostitutir. Sabe o que aconteceu ontem? Aquele crápula me estrupou! Era a minha primeira vez e foi um estupro! Eu queria matá-lo, por culpa dele que eu sou uma prostituta, por culpa dele minha mãe morreu e por culpa dele meu irmão é um viciado que não passa um dia sem as malditas pedras! - Disse já chorando. Não gostava de chorar na frente dos outros, mas estava contando algo muito doloroso pra aquela garota.

Em seguida ela parou de chorar e olhou para Maite. Estranhou a morena não olhar parar ela, mas para além dela. Olhou para trás e viu que ali estavam, parados, Christopher, Jack, Alfonso e Christian.

- Dulce, vem comigo, é o melhor - Maite se levantou e Dulce também. Olhou para Christopher e viu nos olhos verdes uma porção de ... frieza. Indiferença. - Vem comigo, Dulce - Maite a puxou pelo braço e subiram pelas escadas.

Christopher estava paralizado. Quando Dulce lhe contou aquilo no dia anterior achava que era teatro, mas dessa vez foi muito real. Ela estava chorando mesmo, ela achava mesmo que o culpado pela sua vida ter sido um inferno era ele. Ele caminhou até o sofá, e desligou a televisão. Ficou ali sentado por um tempo, pensando.

Olhou pela janela ao lado da televisão, que dava para a piscina. Estava tudo pronto para a festa. Escutou o barulho de dois carros estacionando. Ótimo, deveriam ser as vadias que selecionou de suas várias boates. Saiu com raiva e batendo a porta com força. Escolheria a melhor para dar uma rapidinha e extravasar isso que sentia. Ele se recusava a acreditar que estava sentindo isso. Culpa?

Dulce olhava confusa Maite revirar um closet enquanto cantava uma musiquinha chula. E ela tinha uma bela voz, MUITO diferente de Amy. A morena usava um vestido de praia de estampa floral na cor verde e chinelas pretas, e estava com os óculos no topo da cabeça com a cabeleira lisa, longa e preta solta. 

- O que está fazendo? - A ruiva perguntou amedrontada. Será que procurava uma arma para lhe matar?

- Procurando um biquiní que sirva em você né bobinha - Falou amigável.

- Você mora aqui?

- Não, mas como o imprestável do meu irmão só vive por aqui eu acabei trazendo muitas coisas minhas pra cá - Explicou.

- E ... bem, você conhece o Christopher a muito tempo?

- Há uns treze anos. Na época eu tinha quatro e ele seis anos, eu e Jack nos mudamos para Miami e começamos a frequentar muito essa casa porque nossos pais eram sócios. Daí viramos muito amigos.

- Hum - murmurou.

- Achei! - Maite exclamou - Olha, vai ficar lindo em você! - Mostrou o biquini tomara que caia preto e a parte de baixo na mesma cor.

- É lindo - Disse com os olhos brilhando.

- Pode se trocar, eu espero. - Dulce assentiu e entrou no closet - Sabe, é uma pena que você vai se mudar. Seríamos boas amigas - Sorriu triste.

- Me mudar ? - Dulce gritou do closet. - Como assim?

- Ué, não sabia? - Maite encarou a porta do closet confusa - Christopher vai te vender hoje.

Dulce soltou um grito de espanto.