Dulce encontrou Anahí e Zach sentados no sofá quando chegou em casa, pouco antes da hora do jantar. Colocou o filho no chão e jogou a bolsa no sofá, caindo depois no mesmo.
- Como foi lá? - Zach perguntou, preocupado.
- Como você acha? - Dulce ironizou - Horrível, Zach!
- Ele fez mal à você? Ou ao Andrew? - Ele perguntou.
- Não, não. Veio com os deboches e as piadinhas, fora a Maite que está passando dos limites - suspirou - acredita que ela mal olhou na minha cara? Fiquei muito mal.
- Ela tem certa razão, não é? - Annie olhou a amiga.
- Você diz isso porque não falou com ela ainda. - apertou os olhos - A propósito, falei com um cara da máfia chinesa. Vou me encontrar com eles amanhã à tarde. E tenho que levar o Drew de novo na casa do pai dele, sinceramente não sei como vou fazer isso. - suspirou.
- Eu posso levá-lo - Zach se voluntarializou - Aproveito e tenho uma boa conversa com o babaca Uckermann.
- Não! - Anahí enfatizou - Deixa Dul, que eu o levo e fico de olho no Uckermann por lá.
- Eu agradeço muito, Annie. - Dulce sorriu cansada.
- E esses presentes? - A loira olhou alguns brinquedos no chão, novos em folha.
- Adivinhe? - Dulce riu - Maite. Babou Drew mais do que você.
- Mais do que eu? - Anahí se espantou - como é possível? - riu.
- Acredite, ela consegue. - Dulce se levantou. - Preciso de um favor agora.
- Pode falar - Zach disse imediamente.
- Vou subir e começar a revisar o relatório, tenho muito pouco tempo. Vocês podem cuidar da janta, banho e dormida do Drew, por favor? - pediu enfadada.
- Claro, pode deixar comigo - Annie sorriu beijando a bochecha do afilhado.
- E podem também pedir ao Louis que suba até o meu escritório bem rápido? Preciso que ele me ajude a encontrar e organizar alguns documentos importantíssimos. Estatísticas que farão aqueles asiáticos comerem em minha mão. - Sorriu convencida.
- Porque Louis? - Zach perguntou - Eu faço isso!
- Não, o senhor vai comer e descansar. Levou um tiro no braço, por pouco não teve uma séria hemorragia. - O repreendeu - Louis sempre me ajudou muito e muito bem, e Julian está muito ocupado. Podem avisá-lo que o estou chamando no escritório?
Zach bufou vencido e assentiu. Dulce subiu até o quarto, apanhou seus documentos e foi para o seu escritório. Querendo ou não, por ordem de Christopher, passaria a viver em Miami por tempo indeterminado. Odiava que ele sempre decidisse coisas importantes em sua vida, mesmo que indiretamente.
- Mandou me chamar Ariel? - Louis perguntou entrando na saleta.
- Sim Lou, sei que é tarde, mas preciso muito de cópias desses documentos organizadas de forms cronológica, e a verdade é que nem as originais estão realmente arrumadas. - suspirou passando a mão nos cabelos.
- Sem problemas Ariel, estou aqui para ajudar. - Sorriu sincero
- Obrigada. Viu Drew?
- O bundudinho estava jantando, mas vi quando a Aurora subiu com ele para banhá-lo.
- Ótimo - Sorriu - Vamos ao trabalho?
No dia seguinte, Anahí acordou entusiasmada. Tomou banho, fez suas higienes, pôs um short preto, uma camisa com estampa de ursinhos, calçou tênis, colocou os óculos, penteou os cabelos e comeu apenas uma barra de cereais e um copo de suco. Depois, foi para o quarto do afilhado e o encontrou dormindo tranquilo em sua enorme cama.
- Bebê? Vamos amor, o seu pai te espera. - Ela o pegou no colo e caminhou com o menino até a janela.
- Cadê a mamãe? - Ele perguntou coçando os olhinhos.
- A mamãe vai estar muito ocupada bebê, a tia Annie que vai te levar. - Beijou seu rostinho e abriu as cortinas.
A loira deu um banho rápido no menino e o vestiu como um principezinho, com camiseta, bermuda jeans, cap preto e azul, tênis, protetor solar e perfuminho. Depois lhe deu uma mamadeira de suco e os dois foram com um segurança para a casa de Christopher.
- Eu quelo ver o meu papai! - Drew sorriu mostrando os pequenos dentinhos.
- Você vai vê-lo meu lindinho - Anahí arrumou o boné - estamos quase chegando.
Em dez minutos chegaram na mansão. Passaram pelos seguranças e Anahí sentiu uma pontadinha de raiva quando lembrou com que razão esteve ali da última vez. Dois seguranças armados abriram as portas e antes que pudesse respirar, uma criatura de cabelos cacheados morenos já havia tirado Drew de seu colo.
- E aí carinha? - Jack brincou com o menino lhe fazendo cócegas. - Ah, oi Anahí!
- Oi pra você também Jack - Annie riu - Onde estão as pessoas dessa casa?
O rosto de Jack de repente ficou sério, e ele caminhou com Drew no colo até a sala, onde se sentou no sofá. Assustada, a loira foi atrás dele e se sentou no outro sofá, o fitando atenta.
- Camille ficou muito diferente depois do que aconteceu. - Jack começou cauteloso - Com Dulce, quero dizer. Ela nunca mais foi a mesma depois que vocês desapareceram. Disse coisas horríveis a mim e ao Ucker, voltou para Toronto e entrou em um estado de pré-depressão.
Anahí levou as mãos à boca.
- Ãh? - A loira perguntou, culpada.
- Sim. - Jack negou com a cabeça - Faltava muito pouco para ela ficar realmente depressiva quando o Ucker descobriu do carinha, e, você sabe... ela está desse jeito porque amava o Drew desde a barriga da Dulce, e também considerava vocês muito amigas dela. Ele acha que conhecer o Drew vai animá-la.
- Claro que vai - Anahí concordou, ainda em estado de choque.
- Eles foram buscá-la no aeroporto. - Jack explicou, olhando Drew bater palmas e cantarolar umas canções - Por isso saíram, mas já devem estar voltando.
- E... - Ela sentiu a barriga revirar - e Poncho?
Jack a olhou espantado, mas depois suavizou a sua expressão.
- Eu, Poncho e Christian nunca achamos que Dulce traiu o Ucker com o Zach. Sabíamos que ela era apaixonada por ele, e veja, ele estava completamente cego de raiva, iria pedi-la em casamento. Sim, nunca pensei que veria aquele cara tão louco por uma mulher. Não dá pra contrariar o Ucker quando ele está daquele jeito.
- E Maite? Porque está tratando Dulce tão mal? - quis saber.
- Veja o lado dela, Annie. - Jack suspirou - A minha irmã nunca teve amigas de verdade, ela realmente gostava muito de vocês. Embora ela e o Christian tenham se acertado depois que vocês foram embora, ela se sentiu muito só sem ter verdadeiras amigas. Ela sente raiva de vocês pois, cá entre nós, vocês a abandonaram.
O coração da loira apertou ao ouvir aquilo, ela sabia que era verdade.
- Nós sentimos muito, de verdade. - a loira disse, sincera.
- Sei que devem sentir. Não concordo com o que fizeram, mas entendo. - Ele assentiu e colocou o menino no chão.
- E estes presentes? - Anahí perguntou curiosa, mudando de assunto.
- Aqueles? - Apontou uma pilha perto da porta - São desse carinha ai.
- Meu? - Drew arregalou os olhos.
- Todos seus. Um é do Poncho, um é meu, um é do Christian, cinco são da Maite, um é da Lila e os outros quinze são do Ucker. - Anahí arregalou os olhos - E tem mais uma surpresa pra ele, mas sabe, tem que esperar o Ucker pra abri-los. - Se virou para Annie e disse, sério: - O Ucker está apaixonado pelo Andrew.
Anahí o encarou desconfiada.
- De verdade. Ele ama o pirralho. - Afirmou Jack outra vez - Aposto que deixaria que cortassem o seu pa·u por ele, apesar de ser extremamente doloroso e extremo.
- Pro todo-poderoso aceitar perder seu p·au, realmente ele deve gostar muito do Drew.
- Gosta... - Jack debochou - Ele o ama.
Os dois ficaram em silêncio, vendo Drew brincar com um controle sem pilhas. Em menos de cinco minutos, a porta foi aberta e por ela passaram várias pessoas dando gostosas gargalhadas. A loira se virou e pegou o rosto de Camille quando bateu os olhos em Drew. Os olhos arregalados. A boca aberta. As lágrimas surgindo. O rosto ficando mais pálido. Ucker riu e sussurrou, para todos ouvirem:
- Camz? Conheça Andrew Saviñón Uckermann.
Camille olhou para o irmão, e depois para o menino que brincava no tapete. Ficou imóvel, como se a tivessem pregado no chão. Ela olhou para o sobrinho desconfiada, será que estava tendo alucinações? Depois de seus outros vários sintomas da pré-depressão, essa não seria novidade.
- Que tipo de brincadeira é essa, Ucker? - A loira perguntou, o olhando chorosa.
- Não é brincadeira Camz. - Mai pôs as mãos em seu ombro - Aquele ali é o nosso sobrinho.
Camille pôs as mãos na boca, e seus olhos se encheram ainda mais de lágrimas.
- É sério? - Ela perguntou se virando para os amigos.
Christian e Poncho assentiram. Ela se virou novamente para Drew e dessa vez o menino já não brincava com o controle, mas os olhava curioso. Viu um por um até detectar o seu pai, e abrir um enorme sorriso com pequenos dentes.
- Papai! - O menino gritou sorridente.
Ucker provou de uma sensação totalmente nova. Saber que de tantos presentes na sala o seu filho lhe reconhecia tão rápido, lhe enchia de orgulho. Era tão impressionante a rapidez com a qual havia de apaixonado por aquela criatura, que até ele mesmo se espantava. Apenas acenou. Não queria estragar o momento da irmã, podia ouvir os batimentos acelerados dela ao seu lado. Camille soluçou e correu até o sobrinho, caindo de joelhos ao seu lado. O fitou por alguns momentos e o mesmo também lhe encarou.
- Oi - Ela sorriu em meio às lágrimas.
- Putê você tá xolando? - O menino perguntou curioso.
- Ai meu Deus Ucker ele é a sua cara! - Camille comentou, chorando - Eu gostei de te ver.
- Eu? - O menino arregalou os olhinhos - Não xola menina - Ele disse com um bico.
- Se eu não chorar você me dá um beijinho? - Ela perguntou secando as lágrimas com as costas das mãos.
O menino assentiu frenéticamente e sentou um singelo beijo na bochecha da tia.
- Essa é a tia Cami meu amor - Ucker lhe contou, abraçando o filho e o colocando no colo.
- Tia Cami? - Ele repetiu olhando o pai.
- Isso mesmo. - Ele confirmou sorridente - Agora dá mais um beijinho na tia Cami e fala que ela é linda.
Drew enfiou o rostinho no pescoço do pai, envergonhado, mas depois se virou e deu outro beijo na bochecha da tia.
- Você é bunita - ele disse, com as bochechas coradas.
- Ucker... - Camille sussurou encantada - Ele é tão parecido com você... tem os nossos olhos!
- Tem os olhos de um Casillas. - Ucker aprovou e tirou o boné do filho - Os cabelos dele parecem com os seus.
Camille passou os longos dedos pelos fios sedosos do sobrinho e sorriu emocionada.
- Sim... - ela murmurou.
Enquanto Maite, Christian, Jack, Ucker e Camille babavam Drew, Anahí e Poncho trocavam tensos olhares.
- Eu posso falar com você? - Poncho perguntou por fim.
Anahí suspirou.
- Não acho que seja uma boa idéia. - encarou todos que estavam no tapete.
- Não vai te matar. Precisamos conversar. - O moreno disse, sério.
Annie o encarou, depois se levantou e arrumou o shorts.
- Dez minutos. - Avisou e saiu na frente.
Afinal, o que perderia apenas conversando com Alfonso?
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VOU VOLTAR A POSTAR COM MAIS FREQUENCIA, ESPERO QUE ME PERDOEM PELO MINI-SUMIÇO... SABEM COMO É FIM DE ANO NO COLÉGIO, UM CAOS...
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